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Biomembranas

São a fronteira da célula, com o conteúdo celular.


A zona apolar seleciona o que sai o que entra na célula
Constituintes das biomembranas:
Lipidos- formam a bicamada lipídica:
 Fosfolípidos - interações afipaticas, cabeça polar(hidrofílica, grupo fosfato), zona
apolar(hidrofóbica, ácidos gordos);
 Glicolípidos
 Triacilglicerois e ácidos gordos
Os triaglicerois, por substituição do OH por ácidos gordos por reação de esterificação:
CH 2−OH ⇒ Acido gordo−monoglicerodo
l
CH 2−OH ⇒ Acido gordo−diglicerido
l
CH 2−OH ⇒ Acido gordo−triglicerodo
↪ Apolar
 Esteróis: colesterol (animais) e fitosterol (plantas)
Proteínas:
 Integradas ou intrínsecas: atravessam as membranas e estão ligadas a estas
 Periféricas ou extrínsecas: totalmente exteriores ou parcialmente mergulhadas na
bicamada ligadas por interações eletrostáticas ou pontes de H.

Membrana Celular
As membranas celulares estabelecem as fronteiras entre o meio intra e extracelular e são as
responsáveis pela compartimentação celular. - São complexos lipoproteicos. - Formam barreiras
de permeabilidade formando compartimentos, enquanto que proteínas especificas medeiam
todos os processos de membrana. - São elementos fundamentais nos processos de regulação das
funções celulares. Delas dependem directa ou indirectamente, propriedades importantes dos
seres vivos: movimento, metabolismo, reprodução e crescimento.
Propriedades das Membranas

 Fluidez: depende da percentagem de ácidos gordos insaturados, fosfolípidos e colesterol


 Permeabilidade seletiva: cadeias hidrofóbicas de ácidos gorodos constituem barreira à
passagem da maioria dos iões e substancias polares
 Capacidade auto-regeneração: quando ocorre ruptura da membrana esta regenera-se
espontaneamente devido a rápida substituição dos componentes apolares (ácidos gordos
dos fosfolípidos)
 Assimetria na distribuição dos lípidos de membrana: a composição fosfolipídica em
cada face da bicamada é diferente.

Membrana do Eritrócito Humano


Glicoforina A-(pera) proteína
transmembranar intrínsecas que forma
um revestimento glúcido à superfície
Espectrina – proteína responsável pelo
citoesqueleto dos eritrócitos evitando a
sua deformação. Não se liga
diretamente á membrana
Anquirina - forma ligações cruzadas
com a cadeia β da espectrina e o
domínio citosólico do canal aniónico (Banda 3)
−¿ −¿
Canal Aniónico (Banda 3)- transportador que media o transporte de HCO¿3 e Cl ¿ através
das membranas eritrocitárias.
Proteina 4.1- promove a ligação dos filamentos de actina com a porção carboxilo termina da
espectrina e liga o complexo espectrina-actina à glicoforina.

Transporte
Transporte passivo: a favor de um gradiente de concentração, não gasta energia, e ocorre ate
equilíbrio de concentração ou carga.
Difusão Simples: passagem através de canais da membrana a favor de um gradiente de
concentração e respeitando o equilíbrio electrostático.
Difusão facilitada: A molécula liga-se à proteína transportadora, a qual sofre uma alteração de
conformação que permite a passagem da substância para o interior da biomembrana.
Transporte Ativo primário: consome energia fornecido pelo ATP, vai contra o gradiente de
concentração
Formação de ATP:

AMP+ Pi ( H 3 PO 4 ) → ADP + H 2 O

ADP + Pi ( H 3 PO 4 ) → ATP+ H 2 O

↪ A energia para formar ATP, fica acumulada nas ligações


ATP+ H 2 O → ADP+ Pi ( H 3 PO 4 ) Liberta a energia

+¿
Bomba de +¿ e K ¿
Na¿
+¿¿ +¿
O transporte de K para o interior da célula e de Na ¿ para o exterior necessita de energia.
+¿ ¿
Este transporte é mediado por uma proteína integrada na membrana ( +¿ , K ATPase) e
Na¿
envolve o consumo de ATP.
Para manter o potencial elétrico da célula, esta precisa de uma baixa concentração de iões sódio
e de uma elevada concentração de iões potássio, dentro da célula.
Transporte ativo secundário: contra o gradiente de concentração á custa do transporte passivo
de outra espécie
A glucose pode ser co-transportada contra um gradiente de concentração à custa do transporte
+¿
passivo do ião Na ¿ (a favor do gradiente de concentração).
+¿
Como a concentração de Na ¿ aumenta fora a célula, começa novamente a entrara devido ao
gradiente de concentração levando consigo a glucose
Sistemas de transporte:
Canais- alteram-se para fazer passar a favor do gradiente de concentração;
−¿
A proteína de Banda 3 permite a passagem de −¿ e HCO¿3 porque a célula não consegue
Cl¿
transporar pode todo o CO2 , este canal serve para aumentar o transporte de CO2 ,
quando a Hemoglobina não o consegue fazer.

CO2 + H 2 O⇋ HCO3 ⟶ Acido Carbonico


+¿
−¿+ H 3 O¿
HCO3 + H 2 O ⇋ HCO ¿3
−¿ −¿
Sai o HCO¿3 e entra Cl ¿ (ião cloreto é mais pequeno) nos tecidos o CO2 entra na
membrana sozinho (á vontade)
−¿ −¿
Nos pulmões entra HCO ¿3 e sai o Cl ¿

Mecanismos de Transpote:
Uniporte- transporte de uma substancio (difusão facilitada)
Simporte- transporte de duas substancias no mesmo sentido (ativo secundario)
+¿
Antiporte – transporte de duas susbtancias em sentidos opostos (Bomba de +¿ e K ¿ ).
Na ¿

Enzimas
São catalisadores, aceleram a velocidade das reções químicas (uma reação não espontânea não
acontece na mesma)
São específicos para as reações em que intervém
A energia de Gibbz dá-nos a medida da espontaneidade das reações:
ΔG > não espontânea (neste caso os enzimas não tem qualquer efeito)
ΔG < espontânea
ΔG > equilíbrio
Os catalisadores baixam a energia de ativação necessária para converter reagentes em produtos.
Propriedades dos Enzimas:
Os catalisadores não se consomem nem se alteram.
Os catalisadores são macromoléculas de natureza proteica, são proteínas globulares (estrutura
quaternária)
São todas proteínas com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA com propriedades
catalíticas, os ribozimas.
Os enzimas são específicos para determinados substratos ou grupos de substratos
Isoenzimas- enzimas que existem no mesmo organismo, mas que tem estruturas diferentes
conforme o órgão em que atuam
Precursor-molécula que origina outra~
Os proenzimas são sintetizados na forma de precursor inativo que é ativado quando necessário
Classificação dos Enzimas
O sistema de classificação atribui EC(Enzime Commussion) seguido de 4 algarismos e o nome
sistemático e o nome comem entre().
1º dígito – classe
2º dígito – subclasse
3º dígito – sub-subclasse
4º dígito – nº de série relacionado com o substrato
Exemplo: EC 1.1.3.4 β–D–glucose: oxigénio redutase (glucose oxidase)
Classes:
1-Oxiredutases-transferência de eletrões de um redutor para um exidante (na forma de H ou H -)
Ex:

2-Transferases-transferência de grupos químicos de um composto(dador) para outro (aceitador)


Ex:

3-Hidrolases-transferência de grupos com interação da molécula de agua


4-Liases-adição de grupos químicos onde existem ligações duplas ou formação de ligações
duplas onde estas não existem
5-Isomerases - transformam isómeros uns nos outros
6 – Ligases – Formação de ligações C-C, C-S, C-O e C-N com gasto de ATP
Os enzimas são específicos para determinados substratos ou grupos de substratos, o local de
ligação do substrato ao enzima designa-se por centro ativo.
Os enzimas podem ser:

 Constituídos apenas por proteínas;


 Conjugados
Parte proteica(apoenzima) + grupo não proteico(co-fator)
Holoenzimas- só funcionam na presença de co-fator
Co-fatores:

 Grupos protéticos: encontram-se permanentemente ligados ao enzima por ligações


fortes(covalentes);
 Iões metálicos: necessários para a atividade catalítica: (Ca 2+Fe2+Mg2+Mn2+Zn2+);
 Moléculas orgânicas: co-enzimas;
Enzimas que contem ou necessitam de elementos inorgânicos com co-fatores (metálicos)

Enzima Co-fator
Peroxidase Fe2+e Fe3+
Citocromo oxidase Cu2+
Alcool Desidrogenase Zn2+
Hexocinase Mg2+
Urease Ni2+

Co-enzimas podem ser:

 Transportadores de hidrogénio

Co-enzimas Abreviatura Reação catalisada Origem


Nicotinamida Nad+ Oxi-redução Niacina ou
adenina vitamina B3
dinucleótido
Nicotinamida NADP+ Oxi-redução Niacina ou
adenina vitamina B3
dinucleótido
fosfato
Flavina adenina FAD Oxi-redução Riboflavina ou
dinucleótido vitamina B2

 Transportadores de grupos químicos

Co-enzima Abreviatura Reação catalisada Origem


Co-enzima A CoA-SH Transferência de Pantotenato ou
grupo acil vitamina B5
Biotina Transferência de Biotina ou vitamina
CO2 H
Piridoxal fosfato PyF Transferência de Piridoxina ou
grupo amino vitamina B6
Metilcobalamina Transferência de Cabalamina ou
unidades de carbono vitamina B12
Tetrahidrofolato THF Transferência de Acido fólico
unidades de carbono
Tiamina pirofosfato TPP Transferência de Tiamina ou
grupo aldeído vitamina B1

Centros ativos dos enzimas


Centro ativo é o local onde se liga o substrato
Podem ser:

 Catalíticos: possuem resíduos de aminoácidos que estão diretamente envolvidos no


processo de catalise enzimática;
 Ligação de S: responsáveis pela ligação S à molécula do enzima durante o processo
de catalise
 Alóstereos centros distintos do centro ativo a que se ligam modificadores
apropriados. Esta ligação provoca alterações de conformação do centro ativo e
implica regulação da atividade enzimática
 Outros: presentes na molécula de enzima e responsáveis pelas interações: em
complexos multienzimáticos, enzimas ligados a membrana e co-fatores.

Modelos do centro ativo


Modelo da chave fechadura
As enzimas e o substrato têm que ter formas especificas para encaixarem.
Modelo encaixe induzido
O centro ativo da enzima tem uma forma maleável que se adapta ao formato do substrato.

Cinética enzimática
Modelo de Michaelis-Menten

K1 e k-1 são as constantes de velocidade para a reação direta e inversa de formação do


complesxo ES
K2 é a constantes de velocidade da reacão de decomposição do complexo ES em E+P
A primeira reação é muito mais rapida que a segunda, ou seja a formação do complexo ES é
mais rapida que a formação de E+P
A velocidade da segunda reação limita o processo por isso a velocidade inicial (V 0) é dada por:
d [ P]
V 0= V 0 =k 2 [ ES]
dt
Quando [S] é baixa, maior parte do enzima está livre sobre a forma de E, e a velocidade da
reação é proporcional a [S].
A velocidade máxima da reação é atingida quando praticamente todo o enzima está sob a forma
de [ES].
A partir daqui o enzima fica saturado e o aumento de [S] não aumenta a velocidade da reação
Quando [S] é alta, a velocidade da reação aumenta, quando de atinge o máximo de [substrato] a
velocidade máxima (enzima saturado)
Curva de saturação
A concentração de enzima é fixa, não se altera.
Estado estacionário: a concentração do complexo ES não varia.
Velocidade de formação de ES = Velocidade de decomposição de ES

k 1 [ E ] . [ S ] =( k −1+ k 2 ) [ ES]

Como [ Et ]=[ E ] +[ ES] tem-se:

k
k
(¿ ¿−1+ k 2 )[ES ]⟺
(¿ ¿−1+ k 2 )[ES ]⟺ k 1 . [ Et ] [ S ] −k 1 [ES] [ S ] =¿
k 1 . ( [ Et ]−[ ES ] ) [ S ] =¿

k 1 . [ Et ] [ S ]
⟺ k 1 . [ E t ] [ S ] =( k 1 [ S ] +k −1 + k 2 ) [ ES ] ⟺ [ ES ] = ⟺
k 1 [ S ] +k −1 +k 2
k
[ S ] +(¿ ¿−1+k 2 )/k 1

⟺ [ ES ] = t
[ E ] [ S]
¿
k
Constante de Michaelis-Menten (Km)= (¿ ¿−1+ k 2 )/k 1 é a concentração de substrato quando
¿
a velocidade é igual a metade da velocidade maxima. Dá a medida da afinidade do enzima com
o seu substrato:
Quando Km > a Afinidade é <
Quando Km < a Afinidade é >
Posto isto:
k

[ S ] +(¿ ¿−1+k 2 )/k 1 ⇔ [ ES ] =


[ Et ] [ S ]
[ S ]+ K m
[ Et ] [ S ]
[ ES ] = ¿
Como V 0=k 2 [ES ] tem-se que

k 2 [ Et ] [ S ]
V 0=
[ S ]+ K m
Como V max =k 2 [ Et ] tem-se que:
V max [ S ]
V 0= Equação de Michaelis-Menten
[ S ]+ K m
V max [ S ]
Quando Km>>[S] tem-se V 0=
Km

Quando Km<<[S] tem-se V 0=V max

A velocidade máxima corresponde a velocidade máxima da reação quando [S] está saturado
Curva de saturação:
Sempre com [E] constante
Concentração de substrato em função da velocidades.
Cada gráfico com A em função de t gera erros por isso tem-se métodos melhores.

Métodos de Linearização
Método de Lineweaver-Burk

V max [ S ] 1 [ S] + K m
V 0= ⟺ = ⇔
[ S ]+ K m V 0 V max [ S ]

1 Km [S]
⟺ = + ⇔
V 0 V max [ S ] V max [ S ]

1 K 1 1
⟺ = m × + que é equivalente a y=mx+b
V 0 V max [ S ] V max
Metodo de Eisenthal-Cornish Bowden (metodo direto)
Marcar velocidades no próprio eixo do y, e marcar
[S] no próprio eixo do x do lado negativo

O local onde se encontram as retas V max vê-se


no eixo do y e K m no x

Fatores que afetam a velocidade das reações


enzimáticas:
Concentração de Enzima:
Quanto maior [E] maior a velocidade da reação.
A velocidade de transformação do S em P é proporcional à quantidade de E.
Concentração de substrato:
Se [E] for constante:

 [S] pequena a V0 aumenta linearmente


 [S] elevada a V0 tem incrementos cada vez menores

Quando V max é atingido mesmo que [S] aumente o aumento de V0 é insignificante.

O V max é atingido quando E estiver praticamente toda na forma de ES e a [E] livre for
insignificante (enzima saturado com substrato e não há aumento de V 0 com o aumento de [S].
pH:
Os enzimas só são estáveis para determinados valores de pH
O valor de pH influencia o Km
Temperatura
A temperaturas muito altas existe desnaturação do enzima, perdem a forma estrutural.
(irreversível)
A temperaturas muito baixas o enzima fica inativo (reversível).
Inibidores
Os inibidores regulam a atividade enzimática negativamene, reduzem a velocidades da reação.
Reversiveis:
Inibição competitiva
O inibidor compete com o substrato pelo centro ativo do
enzima.
O Km aumenta porque a afinidade do substrato com a
enzima diminui, pois o inibidor esta ligado ao enzima, e a
Vmax mantem-se constante.

Inibição não competitiva

O inibidor liga-se a um local diferente ao que se liga o


substrato, alterando assim a conformação da molecula
enzimatica.

Como a quantidade de enzima ligada ao subatrato é menor


a Vmax diminui e a Km mantem-se constante.

Inibição anti-competitiva

O inibidor liga-se ao complexo ES, diminuindo assim a [ES]


ativo, logo tanto a Vmax como Km diminuem e a afinidade do
substrato com a enzima aumenta.

Enzimas Homologos
Enzimas que desempenham a mesma função:

Heteroenzimas: funções identicas presentes em diferentes especies

Isoenzimas:

Funções identicas presentes na mesma especie

Bioenergética
Autotróficos - conseguem sintetizar glúcidos a partir de CO 2 e H2O na presença de luz
solar(Fotossíntese)
Heterotróficos - a energia é obtida essencialmente pelos processos catabólicos dos compostos de
carbono
Processos Anabólicos - parte de células pequenas para chegar as grandes, consumo de energia
Processos Catabólicos - degradação de nutrientes em moléculas mais pequenas- produção de
energia
Reações metabólicas:

 Degradação de nutrientes(catabolismo), produz ATP


 Biossíntese de biomoléculas simples como os aminoácidos e nucleótidos
 Biossíntese de biomoléculas complexas (fosfolípidos, compostos esteroides, etc),
consomem ATP

Os processos catabolicos originam energia sob a forma de ATP e transportadores de eletrões


como o NADH, NADPH e FADH2

A energia é acomulada na ligação de esterificação do fosfato

Figura 1 obtenção de energia em processos catabólicos

Nos processos anabólicos é o inverso, enzima hidrólase


Oxidação redução
As reações de oxidação redução envolvem transferência de eletrões e átomos de Hidrogénio
O potencial de redução (Eº’) mede a tendência que uma substância tem
para se reduzir (aceitar eletrões) relativamente ao elétrodo padrão de
hidrogénio.
2 H+ + 2 e- → H 2 (Eº’ = 0,000 V)
Oxidação no Metabolismo
Os eletrões podem ser transferidos por:

 Transferência direta de eletrões: (compostos orgânicos cedem eletrões, são redutores)


−¿
3+¿+ e¿
Redutor
2+¿ ⇋ Fe¿ Semirreação de oxidação
¿
⇒ Fe
+¿
−¿ ⇋ Cu¿
Oxidante
2+ ¿+e ¿ Semirreação de Redução
⇒Cu¿
+¿
3+ ¿+Cu¿
2+¿ ⇋ Fe¿ Reação Global
2+ ¿+Cu¿
Fe ¿
 Transferência de átomos de hidrogénio (H++ e-):
+¿
−¿+2 H ¿ A H 2+ B ⇋ A +B H 2
A H 2 ⇋ A +2 e¿

 Através do ião hidreto(H-) que fornece 2 eletrões:


 Através da combinação direta com o oxigénio:
O oxigénio combina-se com um redutor orgânico, e é covalente incorporado no produto
da reação. O redutor orgânico é o dador e o átomo de oxigénio é o aceitador de eletrões.
1
R−CH 3 + O 2 ⟶ R−CH 2−OH
2
Nos processos catabólicos o dador de eletrões é referido como fonte de energia.
ΔH > 0 – Reação endotérmica (sistema absorve calor)
ΔH < 0 – Reação exotérmica (sistema liberta calor)
ΔG = 0 – Sistema em equilíbrio
ΔG < 0 – Reação espontânea
ΔG > 0 – Reação não espontânea
Q = K – equilíbrio
Q < K – sentido direto
Q > K – sentido inverso
Condições Padrão Transformadas (ΔH’º, ΔS’º, ΔG’º):

 Temperatura 298 K (25ºC)


 Concentração inicial de reagentes e produtos 1 mol dm-3
 Pressão parcial inicial dos gases 1 atm
 [H+] = 1 x 10-7 mol dm-3 ou pH = 7
 [H2O] = 55,5 mol dm-3
 [Mg2+] = 1,0 mmol dm-3
Equações:

o Δ G= ΔH −TΔS
o Δ G= ΔG ’ º−RTlnQ
o Δ G' º =−nFE ´ º

Metabolismo
As vias metabólicas são uma serie de reações enzimáticas integradas, que em cada passo produz
uma pequena alteração química.
Percursor é a molécula inicial, apartir da qual se inicia o metabolismo.
Metabolitos são os compostos intermediários
O Metabolismo é um conjunto de 4 processos:

 Acumulação de energia, apartir da decomposição de materiais ou da conversão de


energia solar;
 Utilização de energia, para a síntese de componente essenciais e produção de trabalho
 Decomposição dos componentes celulares
 Síntese de decomposição de moléculas com funções especializadas.
Processos Catabólicos (degradação): são um conjunto de processos degradativos que levam á
decomposição de macromoléculas(hidratos de carbono, lípidos, proteínas) em moléculas mais
simples(acido láctico, CO2, NH3). São acompanhados pela libertação de energia(sob a forma de
ATP ou de transportadores de eletrões reduzidos como o NADH, NADPH e FADH 2).
Processos Anabólicos (biossíntese): conjunto de processos que, a partir de moléculas mais
simples, conduzem à biossíntese das macromoléculas mais complexas. Requerem, normalmente
grandes quantidades de energia.
Primeiros estádios de desenvolvimento: Processos anabólicos > processos catabólicos
(crescimento de maturação)
Jovem-adulto: processos anabólicos=processos catabólicos (estado estacionário)
Velhice: processos anabólicos< processos catabólicos

Metabolismo de Glúcidos
Os glúcidos são ingeridos sob a forma de polissacáridos (amido 50%), dissacáridos(sacarose
35% e lactose 5%) e monossacáridos(glucose, galactose e frutose)
Glucose- percursor principal metabólicos dos glúcidos
Ex:
Amido ⟶ Maltose ⟶ Gluscose

↳ Amílase salivar

Degradação da Glucose:

Aeróbia- na presença de oxigénio


Anaeróbia- na ausência de oxigénio
Glicólise(extramitocondrial)
A degradação da glucose dá origem a 2 moléculas de piruvato
Fase preparatória- consumo de energia
1. Fosforilação- a glucose dá origem a glucose6 fosfato, enzima-hexoquinase, utiliza 1
ATP dando origem a ADP pois o grupo fosfato vem do ATP.
2. Isomerização – a glucose 6 fosfato dá origem a frutose 6 fosfato, enzima-fosfohexose
isomerase, não há consumo de Energia
3. Fosforilação – a frutose 6 fosfato dá origem a frutose 1,6 difosfato, enzima-
fosfofrutocinase utiliza 1 ATP dando origem a ADP pois o grupo fosfato vem do ATP.
4. Clivagem aldólica – a frutose 1,6 difosfato divide.se em dois , uma
cetose(dihidroxicetona fosfato) e uma aldose(gliceraldeído 3 fosfato), enzima-aldolase,
não há consumo de Energia
5. Isomerização- transformação de cetose em aldose a dihidroxicetona dá origem á
gliceraldeído 3 fosfato, enzima-triose-fosfato isomerase
Contas: gasto de 2 ATP e 1 glucose dá origem a 2 moléculas de gliceraldeído 3 fosfato

Fase Retorno energético: (os processos ocorrem para duas moléculas em simultâneo)
6. Oxidação fosforilativa – entra um grupo fosfato dando origem 1,3 bifosfoglicerato sem
consumo de ATP e forma-se 1 NADH, enzima-gliceraldeído 3 fosfato desidrogenase
7. Desfosforilação – sai o grupo fosfato ocorrendo a produção de 1 ATP dando origem 3-
fosfoglicerate, enzima- fosfogliceratoquinase
8. Isomerização – O grupo fosfato para do C3 para o C2, ou seja para a 2-fosfoglicerate
enzima-fosfoglicerato mutase, não há produção de energia.
9. Desidratação – sai uma molécula de agua, dá origem a fosfoenolpiruvato enzima-
enolase.
10.Desfosforilação – sai o fosfato e dá origem a pituvato, ocorrendo a produção de 1 ATP,
enzima- piruvatoquinase
Contas: Produção de 2ATP × 2 = 4 ATP, 1 NADH× 2=2 NADH, 2 moléculas de piruvato
Cada NADH =3 ATP
Portanto total= 10 ATP
Pontos de controlo:
1. Hexocinase/glucocinase, controla a fosforilação da glocose em glucose 6 fosfato
3. Fosfofrutocinase é inibida pelo ATP
10.Piruvato-cinase é inibido pelo ATP e pelo acetil-CoA, e ativado pelo AMP e pela
frutose1,6 difosfato
A Neoglicogénese é a síntese de glicose a partir do piruvato.
O piruvato é convertido em oxaloacetato na mitocôndria, como o oxaloacetato não consegue
atravessar a mitocôndria é posteriormente convertido em malato, que é transportado para o
citoplasma novamente e reoxidado a oxaloacetato, que em seguida é convertido em glucose
através da neoglicogénese (inverso da glicólise)
Fermentação alcoólica e acética
Alguns microrganismos em condições aeróbias conseguem converter o piruvato em acetaldeído,
por ação do piruvato descarboxílase. O acetaldeído é o substrato do álcool desidrogenase, que se
transforma em piruvato através de fermentação alcoólica.
Fermentação Láctica
Nos mamíferos, em condições de anaerobiose, o piruvato é convertido em lactato. Esta reação é
catalisada pela lactato desidrogenase na presença de NADH como dador de eletrões.
O catabolismo anaeróbio da glucose a lactato, ocorre nos humanos, em períodos muito curtos de
intenso esforço físico, no qual o oxigénio não consegue chegar aos músculos em quantidade
suficiente para oxidar o piruvato. Os músculos utilizam a glucose armazenada (sob a forma de
glicogénio) como combustível para gerar ATP, produzindo lactato como produto final. A
quantidade em excesso de lactato no sangue é depois convertida em glucose (neoglucogénese)
no fígado, com grande consumo de oxigénio (respiração acelerada para repor o oxigénio
consumido).
Em condições aeróbias o piruvato dá origem a. Acetil-CoA e sai CO 2 enzima: piruvato
desidrogenase
Ciclo de Krebs
(dentro da
mitocôndria)
1. Formação do
citrato- a
Acetil-CoA
liga-se à
oxaloacetato e dá origem ao citrato, perde um H + enzima:
citrato sintetase
2. Formação do isocitrato- Citrato dá origem á isocitrato,
enzima: aconitase
3. Oxidação do isocitrato a α-cetoglutarato forma-se 1
NADH e 1CO2, enzima:isocitrato desidrogenase
4. Conversão de α-cetoglutarato a succinil-CoA - forma-se 1 NADH e 1 CO2 enzima: α-
cetoglutarato desidrogenase
5. Conversão do succinil-CoA a succinato- forma-se 1 ATP, enzima- succinil CoA
sintetase
6. Oxidação do succinato a fumarato- forma-se 1 FADH2 enzima: succinato desidrogenase
7. Hidratação do fumarato a malato, enzima: fumarase
8. Oxidação do malato a oxaloacetato, forma-se 1 NADH enzima: malato desidrogenase
3 NADH=3×3ATP=9ATP 1FADH2=1×2ATP=2ATP
Contas:12 ATP por molécula, como ocorre em 2 moléculas ao mesmo tempo temos 24 ATP
Pontos de controlo:
Piruvato-desidrogenase é inibida pelo ATP e NADH
1. Citrato sintetase é inibida pelo ATP, NADH, succinil CoA, citrato e baixa concentração
de oxaloacetato. E é ativada pela baixa concentração NAD + e ADP
3. Isocitrato desidrogenase: ativada pelo AMP, ADP e NAD + e inibida pelo ATP e NADH
4. Α-cetglutarato desidrogenase é ativada pelo ADP e NAD + e inibida pelo ATP NADH,
GTP e succinil CoA
Cadeia Transportadora de eletrões
Localiza-se na membrana interna da mitocondria, o transporte e feito por 4 complexos: NaDH
desidrogenase(I), Citocromo b-c1(III), Succinato oxirredutase(II), Citocromo oxidase(IV) e dois
transportadores de eletrões: coenzima Q (ubiquinona) e citocromo c
O NADH entra no complexo I o FADH entra no complexo II
O NADH entra e dá 2e - (tem que passar 4H+ da matriz para o espaço intermembranar), a
Ubiquinona transporta os 2e- para o complexo III (tem que passar 2H + da matriz e 2H+ da
ubiquinona para o espaço intermembranar) que serão posteriormente transportados um de cada
vez pelo citocromo C para o complexo IV
O O2 aceita os e- e forma com o H+ agua para isso tem que passar 2H+ para o espaço
intermembranar.
OFADH2 entra no complexo II e transfere os e - e estes são transportados para o complexo III
pela ubiquinona. (o resto do processo é o mesmo)

Fosforilação Oxidativa
A ATP sintetase é uma proteína localizada na membrana interna da mitocôndria que catalisa na
síntese de ATP usando energia fornecida pelo gradiente de protões.

Metabolismo de Lipidos
Degradação de Triglicéridos
Ácidos gordos – ácidos com grupo carboxílico, quando ligados ao glicerol são triglicéridos
Tem numero par de carbonos
A pH fisiológico liberta um H ficando -COO-
Saturados-ligações simples na cadeia carbonatada(mais estável)
Insaturados-ligações duplas ou triplas na cadeia carbonatada
Triglicéridos são completamente apolares, OH é polar

Os triglicéridos armazenam energia, isolamento térmico, produz mais energia que os glúcidos e
como são apolares não estão hidratados, logo é possível o transporte de mais de cada vez.
Absorção de triglicéridos em Humanos
1. Devido a serem apolares tem que ser emulsionados pelos ácidos biliares antes de serem
absorvidos pela mucosa intestinal
2. Lípases intestinais hidrolisam os triglicéridos e dão origem a ácidos gordos e glicerol
3. Os ácidos gordos são absorvidos na mucosa intestinal, voltando a unir-se e dão origem a
triglicéridos
4. Os triglicéridos com o colesterol e as lipoproteínas formam as lipoproteínas quilomicra
5. As lipoproteínas quilomicra migram para o sistema linfático, corrente sanguínea e para
os tecidos
6. Ativada pela APO-II, a enzima lipoproteína lípase liberta os ácidos gordos e o glicerol
7. Ácidos gordos entram nas células
Os ácidos gordos são oxidados a Acetil CoA ou reesterificados para serem armazenados
nas células adiposas.
Degradação de Trigliceridos
Glicerol:
1. convertido em glicerol-3fosfato gasto de 1 ATP enzima: glicerol quinase
2. dihidroxicetona-fosfato produz 1 NADH enzima:glicerol 3 fosfato desidrogenase
3. gliceraldeído 3 fosfato enzima triose fosfato
Ácidos gordos:
Para serem transportados para a mitocôndria (matriz) se:
Tiver menos de 12C entram diretamente na mitocôndria
Tiver mais de 14C tem que se ativados a Acetil-CoA
1 ATP liberta 2 fosfato e o acido gordo liga-se ao AMP e CoA liga-se ao acido gordo (ligação
tioester) e depois sai AMP coenzima A + acido gordo (acetil-CoA)
Acetil-CoA não entra na mitocôndria, por isso liga-se a carnitina através da libertação do CoA,
depois dentro da mitocôndria a carnitina transfere o grupo acilo para uma molécula de CoA,
apos o processo a carnitina livre volta para o citoplasma através do transportador.
Dentro da mitocondria ocorre:
Β-Oxidação dos ácidos gordos
Ciclo de Krebs
Cadeia transportadores de eletrões
Β-Oxidação dos ácidos gordos
Para o Acido Palmitico(C16)
1. Desidrogenação dos carbonos α e β com formação de uma ligação dupla entre estes
carbonos (trans-enol-CoA) enzima:Acetil-CoA desidrogenase forma 1 FADH2
2. Hidratação da ligação dupla dando origem ao L-β-Hidroxiacil-CoA enzima:enol-CoA-
hidratase
3. Desidrogenação (remoção de 2 H) do carbono β e formação de uma ligação dupla forma
1 NADH+H+ enzima:βhidroxi-CoA desidrogenase
4. Entrada de uma molécula de CoA e quebra da molécula em dois fragmentos. Libertando
Acetil-CoA enzima:tiolase

Noas ácidos gordos insaturados existe um passo adicional na β-Oxidação no ponto 2 a enzima:
enoil-CoA isomerase coloca a molecula em posição trans
Corpos Cetonicos
Depois da β-Oxidação no caso do acetil CoA não seguir para o Ciclo de Krebs é convertido em
copos cetónicos que são armazenados no fígado
Acetona-produzida em pequena quantidade e posteriormente libertada por exalação
Acetoacetato e β -Hidroxibutirato que são enviados para tecidos onde é necessária energia
(músculos, coração e córtex renal) onde ocorre o criclo de Krebs
O β -Hidroxibutirato é enviado para o cérebro que faz a neoglucogenese para produzira glucose.
Produção de corpos cetónicos:
1. 2 moleculas de Acetil-CoA dão origem a acetoacetil-CoA enzima: tiolase
2. Dando origem a HMG-CoA através da enzima:HMG-CoA sintetase
3. Sai o Acetil-CoA dando origem ao Acetoacetato
4. Acetona enzima: acetoacetato descarboxílase; β -Hidroxibutirato enzima: β
-hidroxibutirato desidrogenase
Oxidação do β -Hidroxibutirato fora do fígado
1. β -Hidroxibutirato dá origem ao Acetoacetato e produz 1 NADH enzima: β
-Hidroxibutirato desidrogenase
2. Acetoacetato dá origem a acetoacetil-CoA enzima:Acetoacetil-CoA transferase
3. Acetoacetil-CoA dá origem a 2 Acetil-CoA enzima: tiolase
Armazenamento de triglicéridos:
São armazenados nos adipócitos sob a forma de bolhas de lípidos, rodeados de fosfolípidos e
uma camada de proteínas (perilipinas) que impedem a sua mobilização
Quando os níveis de glucose no corpo descem, a
glucacon é ativada e liga-se ao seu recetor na
membrana do adiposito
É ativada a produção de cAMP que ativa a
proteína quinase (PKA) ;
A PKA fosforila a lípase hormono-sensível.
A fosforilação da lípase hormono-sensível
permite o seu acesso à superfície da bolha de
lípidos, onde hidrolisa os triglicéridos a ácidos
gordos livres (5).
Os ácidos gordos deixam o adipócito e ligam-se
à albumina do soro no sangue.
Os ácidos gordos entram nos tecidos através de
um transportador específico e (8) são oxidados a
CO2, produzindo ATP.

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