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Causas/factores

ESÓFAGO Considerações gerais Sinais/sintomas Diagnóstico/ECD Tratamento Outros


desencadeantes
- esfíncter esofágico superior DISFAGIA:
Alts na motilidade
(cricofaríngeo) - orofaríngea (geralmente
esofágica devido a: - disfagia (sensação
- esfíncter esofágico inferior (3- causa funcional) ou
- alts nerv centrais (dça de dificul// na
5cm de comp; pressão repouso: esofágica (causa funcional
Parkinson) e periféricas deglutição)
5 (hipotensivo)-35 - raio-X simples ou orgânica)
- dça do refluxo - sialorreia (dificul//
Disfagia (hipertensivo) mmHg tórax; - contínua ou intermitente
- miopatias (p. ex., déf em deglutir a própria
orofaríngea (ou > afectado por: - trânsito esofágico; - dilatações/ esofagomiotomia - progressiva (característica
d colagénio) saliva)
disfunção do horm (gastrina, CCK, - EDA; cervical de maligni//) ou paradoxal
- exclusão d causas - regurgitação
cricofaríngeo) estrog, progest) - manometria (+ para líquidos  sugere
orgânicas (carc, - risco de pneumonia
medicação (etanol, causa funcional)
bócio…) ou outras de aspiração
nicotina, -bloq,
(globus histericus) - tosse
metoclopramida) Associação c/ rouquidão
- dor à deglutição
alimentos (choc, e/ou perda ponderal – dça
gorduras) maligna
fact mecânicos (hérnia - disfagia paradoxal
hiato, esófago curto) - regurgitação de
- trânsito esofágico
- ondas de peristaltismo: alimentos não
Distúrbio motor do (dilatação esof e
Primárias (deglutição) digeridos
corpo do esófago por afilamento da porção
Secundárias (não - perda ponderal - nitroglicerina, nitratos Acalásia vigorosa -
ausência de relaxa/ do terminal em “bico de
voluntárias) - dor torácica - dilatações esofágicas associação com
EEI e hipomotilidade: lápis”);
Acalásia Terciárias (não propulsivas) - sintomas resp: tosse - injecção de Botox hipermotilidade esofágica
- ausência do plexo de - manometria
- anel/membr esofágica pneumonia de -esofagomiotomia  dça pré-maligna: 2-8%
Auerbach (dça de (ausência de relaxa/
proximal aspiração, - esofagectomia (mega-esófago) degenerescência
Chagas – do EEI e de
Sínd d Plummer-Vinson – bronquiectasias,
Trypanossoma cruzi) peristaltismo);
mulher idosa, desnutrida, má broncoespamo)
- esofagoscopia
placa dentária, anemia
microcítica crónica, glossite, (progressão lenta)
queilose e “koiloniquia” (unhas - ingestão de alimentos Regurgitação: vinda de
- dor
quebradiças, com depressão) frios; - trânsito esofágico; - medidas sintomáticas; alimentos à boca s/
Espasmo - disfagia
- membr esofágica inf – anel de - cólica biliar; - manometria; - sedação; conteúdo ácido (não foram
esofágico difuso - regurgitação
Schatzki - associação com stress - esofagoscopia - esofagomiotomia? ao estômago)
- espasmo
Constrição  com a idd e emocional; Esófago em quebra-nozes:

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surgem sintomas se diâm < 13 -associação c/ sínd do peristalse esofágica c/ ondas
mm cólon/intestino de grd amplitude (>180
irritável mmHg)
Dor torácica d causa n cardíaca Ausência de
Perturbação da
(DTNC): peristalse esofágica e
motilidade esofágica
- dças dig abdominais presença de refluxo: Se esofagite severa com
Doenças do por:
- sínd. de Da Costa – da flexura - disfagia; estenose e esófago curto:
colagénio - esclerodermia;
esplénica - dor; - gastro-fundoplicatura de Collis
- lupus;
- dismotili// esofágica e outras -perda ponderal;
- dermatomiosite
dças esof - tosse (…)
- Herpes zoster - disfagia
- costocondrite (dependente do
Faringo- -osteoartrose coluna cervico- volume do
esofágico Pulsão (disfunção do - esofagomiotomia ou pexia
dorsal divertículo e da
(de músc cricofaríngeo) - diverticulectomia ou pexia
- dças pulm disfunção do músc)
Zenker) -dças psiq – sínd. de - regurgitação, dor,
Divertículos

Munchausen, depressão… tosse


Do - hiperalgesia visceral
- trânsito esofágico
esófago
Tracção (por reacção
médio
inflamatória)
(parabrôn
quico)
- disfagia;
Se > 3 cm  esofagomiotomia
Pulsão (associação c/ - regurgitação;
Epifrénico e diverticulectomia
dismotili// esofágica) - dor;
(fundoplicatura)
- tosse
- queimaduras (1º, 2º ou 3º
- dor e afecção da
graus)  trat/ conservador
Esofagite - ingestão de subst mucosa esofágica - trânsito esofágico;
- perfuração cáustica 
cáustica alcalinas ou ácidas (dependente da - EDA
ressecção esofágica e/ou
situação/gravidade)
gástrica
- iatrogénica; - dor (cervical, - raioX simples tórax; - controle da sépsis; Sínd de Boerhaave
Perfuração
- complicação de torácica, abdominal); - trânsito esofágico: - drenagem; (perfuração esofágica
esofágica
cirurgia cervical; - vómito; c/ gastrografina*, s - reparação da lesão e reforço espontânea pelo esforço do

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- sínd de Boerhaave - hematemese; perfuração baixa, de tecido vascularizado (fundo vómito):
- sínd. Mallory-Weiss - febre; peritoneal; gástr, pleura, epíploon…) - crepitação gasosa no
- enfisema c/ produto não pescoço;
subcutâneo e/ou iónico, s suspeita de - dor torácica/abdom
mediastínico; perfuração alta - dificul// respiratória
- timpanismo ou Sínd Mallory-Weiss
macicez torácica (*gastrografina causa (laceração da mucosa na
pneumonite por junção esofago-gást, s/ dor)
edema pulmonar)
- geralmente são tumores do estroma – GIST - disfagia;
- excisão (se > 5cm e c/
Tumores (gastrointestinal stromal tumors), com expressão do c-KIT - leve dor Leiomioma é o + freq
- trânsito esofágico; características benignas)
esofágicos (por mutação do oncogene, recept da tirosina-quinase, c-
- EDA - Imatinib – inibidor da tirosina-
benignos KIT) (sem invasão da
quinase do c-KIT
mucosa)
Carcinoma do Ressecção cirúrgica: 6ª neoplasia + freq ( da
esófago Espinhocelular – variante + freq nos países de > incidência
-trânsito esofágico; - Esofagectomia transhiatal incidência do adenoarc do
(China)
- endoscopia e (Orringer) cárdia e 1/3 inf)
Factores de risco: - desconforto bópsia/citologia; - Esofagectomia transtorácica:
- dominantes: Adenocarcinoma: retroesternal; - broncoscopia; i) anastomose intratorácica Agressivi// desta neoplasia:
tabaco (5) e - variante + freq nos EUA; - disfagia progressiva; - TC toraco-abd; (IvorLewis) - ausência de serosa;
álcool (5); - associação a esófago de Barret (metaplasia intestinal c/ - perda de peso; - ecografia ii) anastomose cervical - drenagem linf extensa (ggs
- outros: céls colunares no esófago distal – exposição prolongada a - vómito e endoesofágica; (McKeown) mediastínicos, cervicais e
nitrosaminas, refluxo gástr)  adenocar desenvolve-se em 30% dos regurgitação; - PET/TC; - Esofagectomia “em bloco” abdominais);
malnutrição, esófagos de Barret - tosse (passagem de - toracoscopia transtorácica c/ - localização anatómica de
anemia, fraca alimentos para as linfadenectomia mediastínica difícil acesso)
higiene dentária, DRGE afecta 7% da apopulação ( 8-15% com esóf de vias resp); Tratamento sup (Skinner, Kato) e dissecção 
cir gástr prévia, Barret) - rouquidão (afecção paliativo: ganglionar: 85-90% c/ invasão linf
ingestão de Carcinoma do cárdia: do nervo recurrente) - dilatação e prótese a) em 2 campos (territórios quando operados
alimentos mt (localizado até 5 cm acima ou abaixo da transição esóf- aramada; ganglionares abdominais e
quentes; gástr) - radioterapia mediastínicos) Estadiamento (sist TNM)
- outras dças - tipo I – esófago distal - (terapêutica b) em 3 campos (associa T (eco);
esofágicas: - tipo II – cárdia puro fotodinâmica, laser) dissecção ggs cervicais N (eco – gg suspeito se >
> esófago de - tipo III – subcádico (+ semelhante a tumores gástr) supraclaviculares e 1cm, hipoecóide e

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Barret (30-40); paratraqueais) homogéneo, arredondado;
> esofagite de - Esofagectomia toracoscópica TC – ggs à distância)
Carcinoma da hipofaringe (faringe laríngea e seios Radioquimioterapia M (TC – metástases
refluxo;
piriformes): neoadjuvante (regressão hepáticas, pulm e ósseas)
> acalásia;
- cursa c/ dor crónica cervical, disfagia, sensação de corpo
> sínd d tumoral para  o sucesso da
estranho, otalgia
Plummer-Vinson; excisão);
- faringo-laringectomia cervical e dissecção radical do
>leucoplasia Quimioterapia adjuvante (após
pescoço (c/ esofagectomia se tumor extenso)
a cirurgia)

- tipo I – de deslizamento (fraqueza da memb freno- Tamanho da hérnia


- dor;
esofágica) – sobe o cárdia condiciona a pressão do EEI
Hérnia do hiato - azia; S hérnia assintomática  s/
- tipo II – paraesofágica (sobe o fundo gástr) Graus de esofagite:
-hemorragia necessi// de tratamento
- tipo III – mista (sobe o cárdia e o fundo gástr) Classificação de Savary-
Medidas gerais:
Miller (1-eritema; 2-
- s/ tabaco, café;
Exame físico dá ulceração linear; 3-
- evitar grds refeições e deitar
poucos dados ulceração confluente; 4-
- azia (sensação de após a refeição;
estenose)
ardor retroesternal e - levantar pés da cabeceira da
- endoscopia (graus Classificação de Los Angeles
da região epigástr); cama e evitar vestuário que
de esofagite) (A-ulceração <5mm; B-
Fraqueza dos - regurgitação comprima o abdómen
- manometria ulceração >5mm numa
factores que (alimentos digeridos Terapia médica:
(pressão do EEI baixa prega; C-ulcerações
Associação frequente com hérnia normal/ evitam o ou não); - IBP, procinéticos, antiácidos…
(< 5 mmHg); contínuas <75%; D-
do hiato refluxo: - disfagia (progressão Terapêutica cirúrgica
motilidade esof ulcerações contínuas >75%
- EEI; da dça, diagn dif) (alternativa ao trat méd ou na
DRGE ineficaz)
- fibras oblíquas do - anemia resistência a este):
- pH das 24h (normal Tratamento cirúrgico
Refluxo fisiológico vs patológico cárdia (Helvetius); (microhemorragias - fundoplictura de Nissen
se % total de pH<4 >Possíveis complicações:
- diafragma; da mucosa) (360º), laparoscópica
for < a 4% e score de - disfagia;
- esófago intra- - sint extra ou supra- - fundoplicatura parcial (se
DeMeester < 14.7) - incapaci// de eructações;
abdom esof: rouquidão, motili// esof ineficaz, peristalse
- trânsito esofágico - falência
tosse, sinusite, < 60% ou amplitude das ondas
>Possíveis problemas:
laringite, aspiração e < 30 mmHg:
- estenose;
fibrose pulm) Post (operação de Toupet)
- esófago de Barret;
Ant (operação de Dor)
- esófago curto;
- sintomas extra-esofágicos

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