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I
Faculdade de Ciências
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
12o ANO
Números Complexos
Resolução dos Exercícios
Armando Machado
2004
REANIMAT
2) a) Podemos escrever
E$ œ Ê
; ;# :$
,
# % #(
F$ œ Ê
; ;# :$
,
# % #(
pelo que, somando as duas expressões, vemos que se tem efectivamente E$ F $ œ ;# ;# œ ; .
b) O que é preciso aqui é reparar que, tendo em conta a fórmula bem conhecida para a diferença de
dois quadrados, tem-se
Ð Ê Ñ ‚ Ð Ê Ñ œ
; ;# :$ ; ;# :$
# % #( # % #(
œ Ð Ñ# ÐÊ Ñ# œ
; ; # : $
# % #(
;# ;# :$ :$
œ Ð Ñœ .
% % #( #(
Podemos agora notar que se tem
–1–
EF œ Ë Ê ‚ Ë Ê
$ ; ;# :$ $ ; ;# :$
# % #( # % #(
œ ËÐ Ê Ñ ‚ Ð Ê Ñ œ
$ ; ;# :$ ; ;# :$
# % #( # % #(
œ Ê
$ :$ :
œ .
#( $
c) Pela fórmula que nos dá o cubo duma soma, vem
ÐE FÑ$ œ E$ $ E# F $E F # F $ œ E$ F $ $EFÐE FÑ œ
œ ; :ÐE FÑ
e portanto
ÐE FÑ$ :ÐE FÑ ; œ !,
o que mostra que E F é realmente uma solução da equação do terceiro grau C$ :C ; œ !.
3) a) Temos neste caso : œ $ e ; œ #, pelo que a fórmula de Cardano dá-nos a solução
Concluímos que # é certamente uma solução da equação, o que pode, evidentemente, ser também
verificado por substituição directa.
b) Como sabemos, uma vez que o polinómio B$ $B # admite a raíz #, ele deve ser divisível por
B #. Se efectuarmos a divisão pelo nosso método preferido (algoritmo da divisão ou regra de
Rufini), vemos que
B$ $B #
œ B# #B ".
B#
A equação B$ $B # œ ! pode assim ser escrita na forma ÐB #ÑÐB# #B "Ñ œ ! e portanto
as suas soluções são # e as soluções da equação B# #B " œ !. Estas últimas podem ser obtidas
pela fórmula resolvente da equação do segundo grau, sendo assim iguais a
# „ È% % # „ !
œ œ "
# #
(estamos portanto no caso em que a equação do segundo grau tem uma única raíz).
c) Utilizando a calculadora gráfica para esboçar o gráfico do polinómio B$ $B #, obtemos uma
figura como a seguinte onde aparece a solução #, um ponto em que a função é crescente, e a solução
–2–
", um ponto em que a função atinge um máximo relativo.
1
1
È$ È$
Ë# "! Ë# "!
$ $
¸ !Þ%##'& "Þ&(($& ¸ #.
* *
b) O valor obtido na calculadora não nos dá a certeza absoluta de que a solução tem o valor exacto
#, embora seja psicologicamente difícil não ficarmos convencidos disso. Podia perfeitamente
acontecer que, ao utilizarmos mais casas decimais, aquela soma desse, por exemplo,
#Þ!!!!!!!!!!!!!!!!!(&'%$"ÞÞÞ
c) Utilizando a fórmula para o cubo de uma soma, vemos que
È$ È$ È$ È$
Ð" Ñ$ œ Ð"Ñ$ $ ‚ Ð"Ñ# ‚ $ ‚ Ð"Ñ ‚ Ð Ñ# Ð
Ñ$ œ
È $È$ "!È$
$ $ $ $
œ " È$ $ ‚ œ # È$
$ #(
œ #
* #( #( *
e, analogamente,
È$ È$ È$ È$
Ð" Ñ$ œ Ð"Ñ$ $ ‚ Ð"Ñ# ‚ Ð Ñ $ ‚ Ð"Ñ ‚ Ð Ñ# Ð Ñ$ œ
È#( È$ È$
$ $ $ $
œ " È$ $ ‚ œ # È$
$ $ "!
œ # ,
* #( #( *
o que nos permite concluir os valores exactos
È$ È$
Ë# "!
$
œ "
* $
È$ È$
Ë# "!
$
œ " .
* $
–3–
Somando os resultados ficamos assim com a garantia do valor exacto
È$ È$ È$ È$
Ë# "! Ë# "!
$ $
œ Ð" Ñ Ð" Ñ œ #.
* * $ $
b) Se multiplicarmos um número cujo quadrado seja * por um número cujo quadrado seja ",
obtemos um número cujo quadrado é Ð"Ñ ‚ * œ *. Concluímos assim que $3 (tal como $3) é
uma raíz quadrada de *. Mais geralmente, se + é um número real arbitrário, ou + !, e já
sabemos que tem raíz quadrada, ou + ! e então pode-se escrever + œ , , com , ! e tem-se
–4–
9) a) + œ 1 e , œ !
b) + œ ! e , œ #
c) Tem-se Ð" #3Ñ Ð# 3Ñ œ " 3, portanto + œ " e , œ ".
d) Tem-se
Ð" #3Ñ ‚ Ð" $3Ñ œ Ð" $3Ñ #3Ð" $3Ñ œ " $3 #3 '3# œ
œ " 3 ' œ ( 3,
pelo que + œ ( e , œ ".
e) Tem-se
Ð" 3Ñ# œ "# # ‚ " ‚ 3 3# œ " #3 " œ #3,
pelo que + œ ! e , œ # (“de caminho”, descobrimos que um número imaginário puro também
pode ter raíz quadrada).
f) Reparando que 3$ œ 3# ‚ 3 œ 3, vem
Ð" È$3Ñ$ œ Ð"Ñ$ $ ‚ Ð"Ñ# ‚ ÐÈ$3Ñ $ ‚ Ð"Ñ ‚ ÐÈ$ 3Ñ# ÐÈ$ 3Ñ$ œ
œ " $È$ 3 * $È$ 3$ œ ),
pelo que + œ ) e , œ ! (“de caminho” descobrimos que ) tem outra raíz cúbica, além de #).
" È$
11) Queremos descobrir números reais Bß C tais que B C 3 seja uma raíz quadrada de 3,
È$
# #
"
ou seja, tais que ÐB C 3Ñ# œ # # 3. Uma vez que
B# C # œ
È$
#
.
#BC œ #
È
A segunda equação é equivalente a C œ %B$ pelo que, substituindo este valor de C na primeira
equação, ficamos reduzidos a procurar B que verifique a equação
–5–
$ "
B# #
œ
"' B #
Multiplicando ambos os membros da equação por "'B# , ficamos reduzidos a procurar as sioluções
não nulas da equação
"' B% $ œ ) B# ,
ou ainda
"' B% ) B# $ œ !.
Apesar de se tratar de uma equação do quarto grau, ela é facilmente redutível a uma equação do
segundo grau, fazendo a substituição A œ B# . Procuramos então as soluções positivas da equação
"' A# )A $ œ !
e, utilizando a fórmula resolvente das equações do segundo grau, constatamos que existe uma única
solução positiva,
) È'% "*# ) "' $
Aœ œ œ ,
$# $# %
à qual vão corresponder dois valores possíveis para B,
È$
B œ „Ê
$
œ„ .
% #
È$ È$ " È$
Ao valor B œ # fica a corresponder o valor C œ %B œ # e ao valor B œ fica a corresponder
È$ È$
#
" "
o valor C œ %B œ # . Concluímos finalmente que # # 3 admite as duas raízes quadradas
È$ " È$ "
3, 3.
# # # #
12) a) Uma vez que D Á ! e A Á !, sabemos que D A Á !. Uma vez que ÐDAÑ" é o único
número complexo que multiplicado por D A dá ", para vermos que ÐDAÑ" œ D " A" , tudo o que
temos que fazer é calcular o produto de D " A" por DA e verificar se dá efectivamente ". Ora,
tem-se
ÐD " A" ÑDA œ D " DA" A œ " ‚ " œ ",
como queríamos.
b) Para 8 œ " a fórmula é verdadeira, uma vez que ÐD " Ñ" œ D " œ ÐD " Ñ" . Supondo que ela
é verdadeira para um certo 8, vemos que, com 8 " no lugar de 8 tem-se ainda
ÐD 8" Ñ" œ ÐD 8 ‚ DÑ" œ ÐD 8 Ñ" ‚ D " œ ÐD " Ñ8 ‚ D " œ ÐD " Ñ8" .
–6–
13) A ideia é semelhante à do exercício anterior: Para verificarmos que
A A ‚ Dw
œ ,
D D ‚ Dw
A
basta verificar que, multiplicando D por D ‚ D w , obtemos A ‚ D w . Ora, tem-se
A A
‚ ÐD ‚ D w Ñ œ Ð ‚ DÑ ‚ D w œ A ‚ D w .
D D
Nota: Por vezes é preciso fazer várias tentativas para se conseguir obter de modo simples um
w
resultado. Também podíamos ter pensado em verificar que, multiplicando A‚D
D‚D w por D , se obtém A e
aí a solução não era tão simples. Uma boa ideia para quando um caminho que se está a seguir
conduz a dificuldades é tentar um caminho alternativo.
14) a)
"3 Ð" 3ÑÐ# 3Ñ # 3 #3 3# " $3 " $
œ œ # #
œ œ 3.
#3 Ð# 3ÑÐ# 3Ñ # 3 %" & &
b)
" #3 Ð" #3Ñ ‚ Ð3Ñ 3 # 3#
œ œ œ # 3.
3 3 ‚ Ð3Ñ "
15) a) Uma vez que o produto de dois números diferentes de ! nunca é !, vemos, em particular,
que, se D Á !, então D # œ D ‚ D Á !. O número ! não pode ter assim nenhuma raíz quadrada
diferente de ! e, de facto, ! é uma raíz quadrada, uma vez que !# œ ! ‚ ! œ !.
b) Consideremos então D Á ! e suponhamos que A é uma raíz quadrada de D , ou seja, que
A# œ D . Então A é também uma raíz quadrada de D , uma vez que
ÐAÑ# œ Ð"Ñ# ‚ A# œ A# œ D
e trata-se de uma raíz quadrada diferente de A, uma vez que A não é ! (!# œ !). Poderia haver mais
alguma raíz quadrada, além de A e A? Vamos verificar que não! Seguindo a sugestão, se ? fosse
uma raíz quadrada qualquer de D , tinha-se ?# œ D , ou seja, ?# D œ !. Mas então
! œ ?# D œ ?# A# œ Ð? AÑÐ? AÑ,
pelo que, pela regra de anulamento dum produto, ou ? A œ ! (isto é, ? œ A), ou ? A œ ! (isto
é, ? œ A). Não pode assim existir mais nenhuma raíz quadrada, além de A e de A.
c) O que nos é proposto é que tentemos fazer com um número complexo arbitrário
È
D œ + ,3, o que fizémos no exercício 11 com o número complexo "# #$ 3. Vamos assim tentar
mostrar que, dados + e ,, existe sempre um número complexo B C3 tal que ÐB C3Ñ# œ + ,3.
Uma vez que, como naquele exercício, ÐB C 3Ñ# œ ÐB# C # Ñ # B C 3, ficamos reduzidos a
mostrar que existem Bß C que verificam o sistema de equações
œ#BC œ ,
B# C # œ +
.
–7–
Para prosseguirmos como no exercício já resolvido convirá supor que , Á ! para podermos afirmar
,
que a segunda equação é equivalente a C œ #B . O facto de termos de supor que , Á ! não levanta
problemas, uma vez que, quando , œ !, o número complexo D é real e já verificámos que todos os
números reais, positivos ou não, têm raíz quadrada no quadro dos números complexos. Fazendo a
,
substituição C œ #B na primeira equação, ficamos reduzidos a mostrar a existência de B tal que
,#
B# œ +,
%B#
ou seja, multiplicando ambos os membros por %B# , a existência de B Á ! tal que
%B% ,# œ %+B# ,
equação que pode ser posta na forma
%B% %+B# ,# œ !.
Como antes, pondo A œ B# , basta-nos encontrar uma solução positiva da equação do segundo grau
%A# %+A ,# œ !,
solução que existe efectivamente e é igual a
+ È +# , #
BœË
#
, ,
#É + #+ ,
È # #
Cœ œ
#B
(não é uma expressão muito bonita, mas só queríamos ter a certeza de que havia solução…). É claro
que D também admite a raíz quadrada B C3.
c) É verdade: Sabemos que È" é um dos dois números cujo quadrado é " e que esses dois
#
números são 3 e 3; podemos assim garantir que È" œ 3 ou È" œ 3, apesar de não sabermos
qual das duas coisas acontece.
d) É falso: O quadrado de 3 é ", e não " 3.
–8–
17)
i
-2+i
ey
O 1
ex
1-2i
19)
ey
z+2
z
O ex
z-i
-(3/2)z
20Ñ
P
z-w
z-w ey Q
O ex
–9–
21) a) São os números reais.
b) Os pontos do eixo das abcissas são exactamente aqueles que coincidem com os seus
simétricos relativamente a este eixo.
c) São os imaginários puros.
lDl œ ÈD ‚ D œ ÈD ‚ D œ lDl.
Outra maneira de chegar à mesma conclusão é reparando que, se D œ + ,3, então D œ + ,3,
portanto
24) Uma tentativa directa de provar este resultado consiste em partir da forma algébrica dos
números complexos, D œ + ,3 e A œ - .3 e, reparando que D A œ Ð+ -Ñ Ð, .Ñ3, tentar
provar que
ÈÐ+ -Ñ# Ð, .Ñ# Ÿ È+# , # È- # . # .
Apesar de não ser impossível chegar ao resultado seguindo esta via, trata-se de uma solução que
não é fácil de descobrir. De acordo com a sugestão, o que se pretende aqui é dar um argumento
geométrico para justificar a nossa desigualdade. Uma vez que o afixo vectorial da soma de dois
números complexos é a soma dos respectivos afixos vectoriais e que o módulo de um número
complexo é igual ao comprimento (norma) do seu afixo vectorial, podemos “esquecer” os números
complexos e mostrar simplesmente que o comprimento da soma de dois vectores é sempre menor
ou igual à soma dos respectivos comprimentos. Recordemos o método gráfico de obter a soma de
dois vectores:
– 10 –
B
z w
C
A z+w
B
A
B
C
a distância entre E e G é igual à diferença entre a maior e a menor das outras duas distâncias, e
portanto é novamente menor que a soma destas. Em todas as hipóteses, a distância de E a G é
menor ou igual à soma das distâncias de E a F e de F a G .
– 11 –
25) Uma vez que o módulo de um número complexo é igual à distância do seu afixo à origem, o
conjunto em questão vai ser a circunferência de centro na origem e raio 2.
b) A condição é que a distância do afixo de D ao afixo de 3 deve ser menor ou igual a ".
Obtemos assim o conjunto
-i
c) Procuramos os pontos do plano que estão à mesma distância dos afixos de "# e de 3,
portanto os ponmtos da perpendicular ao meio do segmento determinado por estes pontos:
– 12 –
i
-1/2 1
d) Temos aqui a intersecção da circunferência de centro no afixo do ponto " e raio " com um
dos semi-planos abertos determinados pela recta dos pontos equidistantes dos afixos dos complexos
! e " 3:
1+i
0 1
e) Temos aqui a união do círculo de centro na origem e raio " com a circunferência de centro
no afixo de 3 e raio ":
f) Temos aqui a intersecção de dois semi-planos fechados, um limitado pela recta dos pontos
equidistantes dos afixos de 3 e de " e outro limitado pela recta dos pontos equidistantes dos afixos
– 13 –
de 3 e de ":
-i
28) a) O afixo de ! é a própria origem dos eixos, pelo que não define uma semi-recta a partir
desta última.
b) Por exemplo, D w œ % '3, ou, mais geralmente, qualquer complexo da forma #> $>3, com
> ! e > Á ".
– 14 –
c) São os argumentos da forma #5 1, com 5 − ™.
d) Por exemplo, ! 1 e ! 1 (igual a ! 1 #1).
e) Por exemplo, !.
29) a) O número complexo em questão é D œ # ÐcosÐ #$1 Ñ 3 senÐ #$1 ÑÑ. Recordando os valores
conhecidos das funções trigonométricas, vemos que cosÐ #$1 Ñ œ cosÐ 1$ Ñ œ #" e senÐ #$1 Ñ œ
È$
senÐ 1$ Ñ œ # , pelo que obtemos, na forma algébrica,
D œ " È$ 3.
b) Temos o número complexo
30) a) Tem-se l" È$ 3l œ É"# ÐÈ$Ñ# œ È% œ #. Uma vez que a parte real e o coeficiente
da parte imaginária são ambos positivos, os argumentos estão no primeiro quadrante. O co-seno dos
argumentos de ! é igual a "# , pelo que um dos argumentos possíveis é 1$ .
b) Tem-se l" 3l œ ÈÐ"Ñ# "# œ È#. O argumentos estão no segundo quadrante e o
È#
È#
" 1 $1
seno dos argumentos são iguais a œ # , pelo que um dos argumentos possíveis é 1 % œ % .
c) Pensando no afixo de 3 no plano de Argand, concluímos logo que l3l œ " e que 1# é um dos
argumentos.
d) Pensando no afixo de # no plano de Argand, vemos que l#l œ # e que 1 é um dos argu-
mentos.
31) Tem-se l$ %3l œ È* "' œ &. Quanto a um valor aproximado para um argumento
!, reparamos que este está no terceiro quadrante e que tanÐ!Ñ œ %$ . Ao determinarmos, com o
auxílio da calculadora, um ângulo cuja tangente é %$ , esta dá-nos um ângulo do primeiro quadrante.
Podemos então obter um valor aproximado
%
! œ 1 tan" Ð Ñ ¸ %Þ!'*.
$
32) a) Tem-se
1 1 1 1 1 #1 1 #1
D ‚ A œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñœ
' $ ' $ ' ' ' '
1 1
œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ œ 3.
# #
– 15 –
b) Queremos determinar um complexo que multiplicado por D dê A. Uma vez que D e A têm
ambos módulo ", basta-nos achar um complexo de módulo " que tenha um argumento que somado
com o argumento 1' de D dê o argumento 1$ de A. O argumento do complexo procurado pode assim
ser 1$ 1' œ 1' , pelo que
A 1 1
œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ
D ' '
(em particular, vemos que, neste caso, AD œ D ).
c) Tem-se 3 œ cosÐ 1# Ñ 3 senÐ 1# Ñ e " œ cosÐ1Ñ 3 senÐ1Ñ, pelo que
1 1 1 1 #1 #1
3D œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ,
# ' # ' $ $
1 1 (1 (1
D œ Ð"Ñ ‚ D œ cosÐ1 Ñ 3 senÐ1 Ñ œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ.
' ' ' '
33)
a)
b)
– 16 –
34) a) Uma vez que " œ " ‚ ÐcosÐ!Ñ 3 senÐ!ÑÑ, vem
" " " "
œ ÐcosÐ!!Ñ 3 senÐ! !ÑÑ œ ÐcosÐ!Ñ 3 senÐÐ!ÑÑ œ ÐcosÐ!Ñ 3 senÐ!ÑÑ.
D < < <
b) Vem
D # œ D ‚ D œ < ‚ < ‚ ÐcosÐ! !Ñ 3 senÐ! !ÑÑ œ <# ÐcosÐ#!Ñ 3 senÐ#!ÑÑ.
c) Vem
D $ œ D # ‚ D œ <# ‚ < ‚ ÐcosÐ#! !Ñ 3 senÐ#! !ÑÑ œ < # ÐcosÐ$!Ñ 3 senÐ$!ÑÑ.
d) Vem
D % œ D $ ‚ D œ <$ ‚ < ‚ ÐcosÐ$! !Ñ 3 senÐ$! !ÑÑ œ <# ÐcosÐ%!Ñ 3 senÐ%!ÑÑ.
35) A Fórmula de Moivre é evidentemente verdadeira para 8 œ ". Suponhamos que ela é
verdadeira para uma certa potência 8 e verifiquemo-la no caso da potência 8 ": Vem
D 8" œ D 8 ‚ D œ <8 ‚ < ‚ ÐcosÐ8! !Ñ 3 senÐ8! !ÑÑ œ
œ <8" ÐcosÐÐ8 "Ñ!Ñ 3 senÐÐ8 "Ñ!ÑÑ.
36) a) Tem-se
lD" l œ È$ " œ # ,
lD# l œ È$ " œ #,
lD$ l œ È! % œ #,
pelo que os três afixos vão estar sobre a circunferência de raio # e centro na origem. Quanto aos
argumentos, podemos escrever
È$ " 1 1
D" œ # Ð 3Ñ œ # ÐcosÐ Ñ 3 senÐ ÑÑ,
È$ "
# # ' '
&1 &1
D# œ # Ð 3Ñ œ # ÐcosÐ Ñ 3 senÐ ÑÑ,
# # ' '
$1 $1
D$ œ # ‚ 3 œ # ÐcosÐ Ñ 3 senÐ ÑÑ,
# #
pelo que os três complexos admitem respectivamente os argumentos 1' , &1
' e $1
# . Podemos, a partir
daqui, desenhar as representações no plano de Argand:
– 17 –
o
150 z1
z2
o
270
o
30
1
z3
37) a) Ponhamos a raíz quadrada procurada na forma D œ < ÐcosÐ!Ñ 3 senÐ!ÑÑ, com ! no
intervalo Ò!ß #1Ò. Tem-se assim D # œ <# ÐcosÐ#!Ñ 3 senÐ#!ÑÑ e pretendemos que se tenha
" È$ 1 1
D# œ 3 œ cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ.
# # $ $
Tem-se assim <# œ ", portanto < œ ", e #! deve ser um dos argumentos de cosÐ 1$ Ñ 3 senÐ 1$ Ñ no
intervalo Ò!ß %1Ò. Estes últimos são 1$ e 1$ #1 œ ($1 , pelo que obtemos dois valores possíveis para
1 (1 " È$
!, a saber, e ' . Concluímos assim que 3 tem duas raízes quadradas:
È$ "
' # #
1 1
cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ œ 3,
È
' ' # #
(1 (1 $ "
cosÐ Ñ 3 senÐ Ñ œ 3.
' ' # #
– 18 –
b) Ponhamos a raíz quarta procurada na forma D œ < ÐcosÐ!Ñ 3 senÐ!ÑÑ, com ! no intervalo
Ò!ß #1Ò. Tem-se assim D % œ <% ÐcosÐ%!Ñ 3 senÐ%!ÑÑ e pretendemos que se tenha
D % œ % œ % ÐcosÐ1Ñ 3 senÐ1Ñ.
Tem-se assim <% œ %, portanto < œ È#, e %! deve ser um dos argumentos de cosÐ1Ñ 3 senÐ1Ñ no
intervalo Ò!ß )1Ò. Estes últimos são 1, $1, &1 e (1, pelo que obtemos quatro valores possíveis para
!, a saber, 1% , $%1 , &%1 e (%1 . Concluímos assim que % tem quatro raízes quartas:
Z3 Z2
Z4 Z1
1
Z5 Z7
Z6
38) a) Uma vez que as raízes sextas se situam na mesma circunferência de centro na origem que
passa pelo ponto dado D" e constituem um hexágono regular, construímos sucessivamente essas
raízes sextas, intersectando essa circunferência com uma circunferência com o mesmo raio e centro
– 19 –
em cada um dos pontos entretanto determinados
z1
z2
z6
O 1
z3
z5
z4
z1=w1
w6
w5
w2
O 1
w4
w3
39) a) Não podemos: Por exemplo, argÐ3Ñ œ 1# e, apesar de 1# ser um dos argumentos de
3 œ 3, tem-se, de acordo com a nossa convenção, argÐ3Ñ œ $#1 .
b) Não há maneira de conseguirmos que a igualdade argÐDÑ œ argÐDÑ seja verdadeira para
todo o número complexo não nulo, qualquer que seja o intervalo que escolhamos, em vez de Ò!ß #1Ò,
– 20 –
na definição da função “argumento”. Se tivéssemos escolhido um dos intervalos Ò1ß 1Ò ou Ó1ß 1Ó,
a igualdade ficava verdadeira para muitos valores de D , mas nunca conseguimos que fique
verdadeira para todo o D , uma vez que, quando D é um número real negativo, tem-se D œ D e,
portanto, argÐDÑ œ argÐDÑ Á argÐDÑ (reparar que o único número real que coincide com os seu
simétrico é !, mas ! não é argumento dos números reais negativos).
40) Mais uma vez, não podemos garantir que esta igualdade seja sempre verdadeira. O que se
passa é que tanto argÐDÑ como argÐDÑ estão no intervalo Ò!ß #1Ò mas a sua soma já pode ser maior
que #1 e, nesse caso, essa soma não é certamente argÐD ‚ AÑ. Por exemplo argÐ"Ñ œ 1 e
argÐ3Ñ œ $#1 mas argÐÐ"Ñ ‚ Ð3ÑÑ œ argÐ3Ñ œ 1# é diferente de argÐ"Ñ argÐ3Ñ œ  . O que
se pode dizer é que, se argÐDÑ argÐAÑ #1, então argÐDÑ argÐAÑ œ argÐD AÑ.
41) a) Tem-se D8 Ä ", uma vez que a parte real de D8 é constantemente igual a ", e portanto
converge para ", e que o coeficiente da parte imaginária de D8 é igual a 8" , e portanto converge
para !. Uma vez que o afixo de D8 está no terceiro quadrante, o seu argumento !8 está entre $#1 e #1
"
e tem-se tgÐ!8 Ñ œ "8 œ 8" , pelo que, uma vez que a função tg" aplicada a um número negativo
está ente 1# e !, vem argÐD8 Ñ œ !8 œ #1 tg" Ð 8" Ñ Ä #1, que é diferente de argÐ"Ñ œ !.
b) Qualquer que seja o intervalo de comprimento #1, fechado numa das extremidade e aberto
na outra, que utilizemos na definição da função argumento, vamos sempre ter complexos não nulos
onde a função “argumento” não fica contínua (aqueles cujo argumento é a extremidade fechada do
intervalo). Por exemplo, se escolhêssemos o intervalo Ó1ß 1Ó na definição da função, a quebra de
continuidade era detectada por qualquer sucessão a convergir, por exemplo, para 1 por complexos
com afixos no terceiro quadrante, uma vez que os argumentos iam convergir para 1 e o argu-
mento de " é 1.
42) a)
b)
– 21 –
43) As raízes de índice 8 de um número complexo A são exactamente os números complexos D
raízes do polinómio D 8 A, de grau 8.
, # ,# -
ÐB Ñ # œ !,
#+ %+ +
ou ainda
, # ,# %+-
ÐB Ñ œ ,
#+ %+#
condição que é equivalente a
, „È,# %+-
B œ ,
#+ #+
ou seja, a
, „ È,# %+-
Bœ .
#+
45) 1) A alínea a) pode ser resolvida do mesmo modo que no quadro dos números reais. A alínea
b) é que levanta problemas. Com efeito, o que podemos deduzir é que, uma vez que
E$ œ Ê ,
; ;# :$
# % #(
F$ œ Ê ,
; ; # :$
# % #(
tem-se
ÐEFÑ$ œ E$ F $ œ Ð Ñ# ÐÊ Ñ# œ
; ;# :$ ;# ;# :$ :
œ Ð Ñ$ ,
# % #( % % #( $
e portanto EF é uma das raízes cúbicas de Ð :$ Ñ$ . Isso não quer dizer, no entanto, que EF tenha
que ser :$ , porque existem três raízes cúbica complexas de Ð :$ Ñ$ e :$ é apenas uma delas.
Quando trabalhávamos no contexto dos números reais este problema não aparecia, uma vez que um
número real tem apenas uma raíz cúbica.
2) Tal como fizémos em 1), reparemos que se tem
– 22 –
Ð Ê Ñ ‚ Ð Ê Ñ œ .
; ;# :$ ; ;# :$ :$
# % #( # % #( #(
œ Ê .
:$
:$ #( ; ;# :$
;# É ;%
$
F œ œ
#( E$ # :$ # % #(
#(
O que se passa é que, em vez de termos deixado F ser uma raíz cúbica qualquer de
;# É ;%
# :$
#( , tomámos para F uma raíz cúbica especial, que depende naturalmente da raíz
cúbica de ;# É ;% #(
: # $
que foi escolhida como E. A vantagem é que continuamos a ter, como
na alínea precedente, E$ F $ œ ; , mas, ao contrário do que sucedia na alínea anterior, já
podemos garantir que EF œ :$ . Podemos agora verificar que E F é efectivamente uma raíz da
equação C$ :C ; œ !, da mesma maneira que procedemos no quadro dos números reais:
Tem-se
ÐE FÑ$ œ E$ F $ $E# F $EF # œ E$ F $ $EFÐE FÑ œ
œ ; :ÐE FÑ,
e portanto
ÐE FÑ$ : ÐE FÑ ; œ !.
Resumindo, obtivémos a fórmula
C œ Ë Ê
$ ; ;# :$ :
,
$Ê ;# É ;%
# % #( $ # :$
#(
que temos a certeza que dá uma raíz sempre que fizer sentido, isto é, sempre que o denominador da
segunda fracção não for !.
– 23 –
b) Se E e F são as duas soluções, sabemos que se tem
, ÈÐ,Ñ# %- , ÈÐ,Ñ# %-
Eœ , Fœ ,
# #
ou o contrário, em qualquer dos casos
, È,# %- , È, # %-
EF œ œ,
ÐE FÑ$ :ÐE FÑ ; œ !
eportanto, uma vez que
ÐE FÑ$ œ E$ F $ $E# F $EF # œ E$ F $ $EFÐE FÑ œ E$ F $ :ÐE FÑ,
obtemos
E $ F $ ; œ !.
$
b) De ser EF œ :$ , concluímos que E$ F $ œ ÐEFÑ$ œ #( :
. Uma vez que, como vimos na
alínea precedente, E F œ ; , concluímos que E e F , sendo dois números cuja soma é ; e
$ $ $ $
:$
cujo produto é #( , têm que ser as duas soluções da equação do segundo grau
:$
B# ;B œ !,
#(
portanto tem que ser
; É; # % #( ; É; # % #(
: $ :$
E$ œ , F$ œ ,
# #
(ou vice-versa, o que corresponde a alterar a escolha feita para a raíz quadrada).
c) Deduzimos da alínea precedente que
Í
Í
Í
$ ; É ; % #(
œ Ë Ê ,
:$
EœÌ
#
$ ; ;# :$
Í
# # % #(
Í
Í
$ ; É ; % #(
œ Ë Ê ,
:$
FœÌ
#
$ ; ;# :$
# # % #(
desde que se tenham feito escolhas convenientes da raíz quadrada e das raízes cúbicas, e portanto,
lembrando que E F œ C ,
– 24 –
C œ Ë Ê Ë Ê
$ ; ;# :$ $ ; ;# :$
# % #( # % #(
é um dos nove valores dados pela fórmula de Cardano.
48) a)
ÐBß CÑ ÐBw ß C w Ñ œ ÐB Bw ß C C w Ñ,
ÐBw ß C w Ñ ÐBß CÑ œ ÐBw Bß C w CÑ œ ÐB Bw ß C C w Ñ,
uma vez que a adição de números reais é comutativa.
b)
ÐÐBß CÑ ÐBw ß C w ÑÑ ÐBww ß C ww Ñ œ ÐB Bw ß C C w Ñ ÐBww ß C ww Ñ œ ÐB Bw Bww ß C C w C ww Ñ ,
ÐBß CÑ ÐÐBw ß C w Ñ ÐBww ß C ww ÑÑ œ ÐBß CÑ ÐBw Bww ß C w C ww ÑÑ œ ÐB Bw Bww ß C Cw C ww Ñ,
onde, ao escrevermos sem parênteses a somas de três números reais (por exemplo B Bw Bww ) está
implícita a utilização da propriedade associativa dessa soma.
c)
ÐBß CÑ ‚ ÐBw ß C w Ñ œ ÐB ‚ Bw C ‚ C w ß B ‚ C w C ‚ Bw Ñ,
ÐBw ß C w Ñ ‚ ÐBß CÑ œ ÐBw ‚ B C w ‚ Cß Bw ‚ C C w ‚ BÑ œ ÐB ‚ Bw C ‚ C w ß B ‚ C w C ‚ Bw Ñ.
Repare-se que, para a última igualdade, tivémos em conta as propriedades comutativas tanto da
multiplicação como da adição de números reais.
d)
ÐBß CÑ ‚ ÐÐBw ß C w Ñ ÐBww ß C ww ÑÑ œ ÐBß CÑ ‚ ÐBw Bww ß C w C ww Ñ œ
œ ÐB ‚ ÐBw Bww Ñ C ‚ ÐC w C ww Ñ ß B ‚ ÐC w C ww Ñ C ‚ ÐBw Bww ÑÑ œ
œ ÐB ‚ Bw B ‚ Bww C ‚ C w C ‚ C ww ß B ‚ C w B ‚ C ww C ‚ Bw C ‚ Bww Ñ
ÐBß CÑ ‚ ÐBw ß C w Ñ ÐBß CÑ ‚ ÐBww ß C ww Ñ œ
œ ÐB ‚ Bw C ‚ C w ß B ‚ C w C ‚ Bw Ñ ÐB ‚ Bww C ‚ C ww ß B ‚ C ww C ‚ Bww Ñ œ
œ ÐB ‚ Bw B ‚ Bww C ‚ C w C ‚ C ww ß B ‚ C w B ‚ C ww C ‚ Bw C ‚ Bww Ñ
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