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– I n sti t ut o d e Medi ci n a Tr a d i ci on a l
F o r m a ç ã Anatomofisiologia – (SNC) (SNP)
o T é c n i c a e P r o f i s s i o n a l E s p e c i a l i z a d a
A N A T O M O F ISIO L OG IA
S I S T E M A N E R V O S O
8©
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Sistema Nervoso, Central e Periférico
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T
IM
O Sistema Nervoso
O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a
tomada de decisões e o envio de ordens. O SNP carrega informações dos
órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso
central para os órgãos efectores (músculos e glândulas).
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O Sistema Nervoso Central
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O SNC dividese em encéfalo e medula.
O Encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais),
O Diencéfalo (tálamo e hipotálamo),
O Cerebelo, e tronco cefálico, dividemse em:
BULBO: situado caudalmente;
MESENCÉFALO: situado cranialmente; e
PONTE: situada entre ambos.
T
IM
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A
substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurónios e a branca, pelos
seus prolongamentos. Com excepção do bulbo e da medula, a substância
cinzenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais
internamente.
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa
craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a
8©
medula também denominada (ráquis) e por membranas denominadas
meninges, situadas sob a protecção esquelética: duramáter (a externa),
aracnóide (a do meio) e piamáter (a interna). Entre as meninges
aracnóide e piamáter há um espaço preenchido por um líquido denominado
líquido cefalorraquidiano ou líquor.
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O TELENCÉFALO
O encéfalo humano contém cerca de 35 biliões de neurónios e pesa
T
aproximadamente 1,4 kg. O telencéfalo ou cérebro é dividido em dois
hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situamse as sedes
da memória e dos nervos sensitivos e motores. Entre os hemisférios, estão
IM
os VENTRÍCULOS CEREBRAIS (ventrículos laterais e terceiro ventrículo);
contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível
do tronco encefálico. São reservatórios do LÍQUIDO CÉFALO
RAQUIDIANO, (LÍQUOR), participando na nutrição, protecção e excreção
do sistema nervoso.
No seu desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir
que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na calote
craniana, que não acompanha o seu crescimento. Por isso, no cérebro
adulto, apenas 1/3 da sua superfície fica "exposta", o restante permanece
por entre os sulcos.
O córtex
cerebral está
dividido em mais
de quarenta áreas
funcionalmente
distintas, sendo a
maioria
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pertencente ao
chamado
neocórtex.
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T
Cada uma das áreas do córtex cerebral controla uma actividade
específica.
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1. Hipocampo: região do córtex que está dobrada sobre si e
possui apenas três camadas celulares; localizase medialmente ao
ventrículo lateral.
2. Córtex olfactivo: localizado ventral e lateralmente ao
hipocampo; apresenta duas ou três camadas celulares.
3. Neocórtex: córtex mais complexo; separase do córtex
olfactivo por um sulco chamado fissura rinal; apresenta muitas
camadas celulares e várias áreas sensoriais e motoras. As áreas
motoras estão intimamente envolvidas com o controle do movimento
voluntário.
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Imagem: McCRONE, JOHN. Como o cérebro funciona.
T
A região superficial do telencéfalo, que acomoda biliões de corpos
celulares de neurónios (substância cinzenta), constitui o córtex cerebral,
formado a partir da fusão das partes superficiais telencefálicas e
diencefálicas. O córtex recobre um grande centro medular branco, formado
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por fibras axonais (substância branca). No meio deste centro branco (nas
profundezas do telencéfalo), existem agrupamentos de corpos celulares
neuronais que formam os núcleos (gânglios) da base ou núcleos
(gânglios) basais CAUDATO, PUTAMEN, GLOBO PÁLIDO e NÚCLEO
SUBTALÂMICO, envolvidos em conjunto, no controle do movimento. Parece
que os gânglios da base participam também de um grande número de
circuitos paralelos, sendo apenas alguns poucos de função motora. Outros
circuitos estão envolvidos em certos aspectos da memória e da função
cognitiva.
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Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto
Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.
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Algumas das funções mais
específicas dos gânglios basais
relacionadas aos movimentos são:
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1. Núcleo caudato: controla movimentos intencionais
grosseiros do corpo (isso ocorre a nível subconsciente e consciente)
e auxilia no controle global dos movimentos do corpo.
IM
2. Putamen: funciona em conjunto com o núcleo caudato no
controle de movimentos intencionais grosseiros. Ambos os núcleos
funcionam em associação com o córtex motor, para controlar
diversos padrões de movimento.
3. Globo pálido: provavelmente controla a posição das
principais partes do corpo, quando uma pessoa inicia um movimento
complexo, Isto é, se uma pessoa deseja executar uma função precisa
com uma das suas mãos, deve primeiro colocar o seu corpo numa
posição apropriada e, então, contrair a musculatura do braço.
Acreditase que essas funções sejam iniciadas, principalmente, pelo
globo pálido.
4. Núcleo subtalâmico e áreas associadas: controlam
possivelmente os movimentos da marcha e talvez outros tipos de
motilidade grosseira do corpo.
Evidências indicam que a via motora directa funciona para facilitar a
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iniciação de movimentos voluntários por meio dos gânglios da base. Essa
via originase com uma conexão excitatória do córtex para as células do
putamen. Estas células estabelecem sinapses inibitórias em neurónios do
globo pálido, que, por sua vez, faz conexões inibitórias com células do
tálamo (núcleo ventrolateral VL). A conexão do tálamo com a área motora
do córtex é excitatória. Ela facilita o disparo de células relacionadas a
movimentos na área motora do córtex. Portanto, a consequência funcional
da activação cortical do putamen é a excitação da área motora do córtex
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pelo núcleo ventrolateral do tálamo.
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T
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Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto
Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.
O DIENCÉFALO (tálamo e hipotálamo)
Todas as mensagens sensoriais, com excepção das provenientes dos
receptores do olfacto, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex
cerebral. Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco
encefálico e o cérebro. O tálamo actua como estação retransmissora de
impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução
dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser
processados.
O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento
emocional; que decorre, não só da própria actividade, mas também de
conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as
emoções).
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O Hipotálamo,
também constituído
por substância
cinzenta, é o
principal centro
integrador das
actividades dos
órgãos viscerais,
· Temperatura corporal,
· Regulação o apetite
· Balanço de água no corpo
· Sono
· Emoções
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· Comportamento sexual
Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com
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O TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõese entre a medula e o diencéfalo,
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situandose ventralmente ao cerebelo. Possui três funções gerais;
(1) Recebe informações sensitivas das estruturas cranianas e controla
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os músculos da
Cabeça;
(2) Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula
espinhal até outras regiões encefálicas e, em direcção contrária,
do encéfalo para a medula espinhal (lado esquerdo do cérebro
controla os movimentos do lado direito do corpo; lado direito de
cérebro controla os movimentos do lado esquerdo do corpo);
(3) Regula a atenção, função esta que é mediada pela formação
reticular (agregação mais ou menos difusa de neurónios de
tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras
nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico). Além
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recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos
cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco
encefálico.
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Imagem: ATLAS INTERATIVO DE ANATOMIA HUMANA. Artmed Editora.
O CEREBELO
Situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é primariamente um
centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex motor (possui
extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal). Como o cérebro,
também está dividido em dois hemisférios. Porém, ao contrário dos
hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os
movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os
movimentos do lado direito do corpo.
Rua Alfredo Trindade, 4A 1600407 LISBOA PORTUGAL 10
Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt
I . M. T. – I n sti t ut o d e Medi ci n a Tr a d i ci on a l
Anatomofisiologia – (SNC) (SNP)
O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos gânglios basais
de todos os estímulos enviados aos músculos. A partir das informações do
córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende executar e de
informações proprioceptivas que recebe directamente do corpo
(articulações, músculos, áreas de pressão do corpo, aparelho vestibular e
olhos), avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre
desempenho e aquilo que se teve em vista realizar, estímulos correctivos
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são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual ao
pretendido. Dessa forma, o cerebelo relacionase com os ajustes dos
movimentos, equilíbrio, postura e tónus muscular.
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Algumas estruturas do encéfalo e suas funções
Córtex Cerebral
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Funções:
· Pensamento
Movimento
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·
voluntário
· Linguagem
· Julgamento
· Percepção
A palavra córtex vem do latim para "casca". Isto
porque o córtex é a camada mais externa do cérebro.
A espessura do córtex cerebral varia de 2 a 6 mm. O
lado esquerdo e direito do córtex cerebral são ligados
por um feixe grosso de fibras nervosas chamado de
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Cerebelo
Funções:
·
·
·
·
Movimento
Postura
Tónus 0
Equilíbrio
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muscular
A palavra cerebelo vem do latim para "pequeno
cérebro”. O cerebelo fica localizado ao lado do tronco
encefálico. É parecido com o córtex cerebral em
alguns aspectos: o cerebelo é dividido em
hemisférios e tem um córtex que recobre estes
hemisférios.
O Tronco
Tronco Encefálico Encefálico é uma
T
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nervosas que ligam o cérebro à medula.
O tálamo recebe
informações sensoriais
do corpo e as passa
Tálamo para o córtex cerebral.
Funções: O córtex cerebral envia
informações motoras
· Integração para o tálamo que
·
0
Sensorial
Integração
Motora
posteriormente são
distribuídas pelo corpo.
Participa, juntamente
com o tronco encefálico, do sistema reticular, que é
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encarregado de “filtrar” mensagens que se dirigem
às partes conscientes do cérebro.
Sistema Límbico
Funções:
T
· Comportamento
Emocional
· Memória
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· Aprendizado
· Emoções
· Vida vegetativa
(digestão, O Sistema Límbico é um grupo de estruturas
circulação, que inclui: hipotálamo, tálamo, amígdala,
excreção etc.) hipocampo, os corpos mamilares e o giro do
cíngulo. Todas estas áreas são muito importantes
para a emoção e reacções emocionais. O
hipocampo também é importante para a memória e
o aprendizado.
Espinhal Medula
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também, como veículo condutor de impulsos nervosos.
Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam.
Por meio dessa rede de nervos, a medula conectase com as várias partes
do corpo, recebendo mensagens de vários pontos e enviandoas para o
cérebro e recebendo mensagens do cérebro e transmitindoas para as
várias partes do corpo.
A medula possui dois sistemas de neurónios:
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O sistema descendente: que controla as funções motoras dos
músculos, regula funções como a pressão e temperatura e transporta sinais
originados no cérebro até ao seu destino;
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O sistema ascendente: transporta sinais sensoriais das extremidades
do corpo até à medula e de lá para o cérebro.
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Os corpos celulares dos neurónios concentramse no cerne da medula
– na massa cinzenta. Os axónios ascendentes e descendentes, na área
adjacente – a massa branca. As duas regiões também abrigam células da
Glia. Dessa forma, na medula espinhal a massa cinzenta localizase
internamente e a massa branca, externamente (o contrário do que se
observa no encéfalo).
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Durante uma fractura ou deslocamento da coluna, as vértebras que
normalmente protegem a medula podem matar ou danificar as células.
Teoricamente, se o dano for confinado à massa cinzenta, os distúrbios
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musculares e sensoriais poderão estar apenas nos tecidos que recebem e
mandam sinais aos neurónios “residentes” no nível da fractura. Por
exemplo, se a massa cinzenta do segmento da medula onde os nervos
rotulados C8 for lesada, o paciente só sofrerá paralisia das mãos, sem
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perder a capacidade de andar ou o controle sobre as funções intestinais e
urinárias. Nesse caso, os axónios levando sinais para “cima e para baixo”
através da área branca adjacente continuariam a trabalhar.
Em comparação, se a área branca for lesada, o trânsito dos sinais será
interrompido até ao ponto da fractura.
Infelizmente, a lesão original é só o começo. Os danos mecânicos
promovem rompimento de pequenos vasos sanguíneos, impedindo a
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O Sistema Nervoso Periférico
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grande de nervos. Seu conjunto forma a rede nervosa.
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Os nervos que
levam informações da
periferia do corpo para
o SNC são os nervos
sensoriais (nervos
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Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos;
quando partem da medula espinhal denominamse raquidianos.
Do encéfalo partem doze pares de nervos cranianos. Três deles são
exclusivamente sensoriais, cinco são motores e os quatro restantes são
mistos.
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cristalino.
Controle da movimentação do
IVTROCLEAR Motora
globo ocular.
Controle dos movimentos da
mastigação (ramo motor);
VTRIGÉMEO Mista Percepções sensoriais da face,
seios da face e dentes (ramo
0
VIABDUCENTE Motora
sensorial).
Controle da movimentação do
globo ocular.
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Controle dos músculos faciais –
mímica facial (ramo motor);
VIIFACIAL Mista
Percepção gustativa no terço
anterior da língua (ramo sensorial).
Percepção postural originária do
VIIIVESTÍBULO
Sensitiva labirinto (ramo vestibular);
COCLEAR
Percepção auditiva (ramo coclear).
Percepção gustativa no terço
T
IX posterior da língua, percepções
Mista
GLOSSOFARÍNGEO sensoriais da faringe, laringe e
palato.
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Percepções sensoriais da orelha,
faringe, laringe, tórax e vísceras.
XVAGO Mista
Enervação das vísceras torácicas
e abdominais.
Controle motor da faringe, laringe,
XIACESSÓRIO Motora palato, dos músculos
esternocleidomastoideo e trapézio.
Controle dos músculos da faringe,
XIIHIPOGLOSSO Motora
da laringe e da língua.
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Imagem: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia. São Paulo, Ed.
Moderna, 2001. vol. 2.
Os 31 pares de nervos raquidianos que saem da medula relacionam
se com os músculos esqueléticos. Eles formamse a partir de duas raízes
que saem lateralmente da medula: a raiz posterior ou dorsal, que é
sensitiva, e a raiz anterior ou ventral, que é motora. Essas raízes unemse
logo após saírem da medula. Deste modo, os nervos raquidianos são todos
mistos. Os corpos dos neurónios que formam as fibras sensitivas dos
nervos sensitivos situamse próximo à medula, porém fora dela, reunindose
em estruturas especiais chamadas gânglios espinhais.
Os corpos celulares dos neurónios que formam as fibras motoras
localizamse na medula.
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Anatomofisiologia – (SNC) (SNP)
De acordo com as regiões da coluna vertebral, os 31 pares de nervos
raquidianos distribuemse da seguinte forma:
· Oito pares de nervos cervicais;
· Doze pares de nervos dorsais;
· Cinco pares de nervos lombares;
· Seis pares de nervos sagrados ou sacrais.
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O corpo celular de uma fibra motora do SNP voluntário fica localizado
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dentro do SNC e o axónio vai directamente do encéfalo ou da medula até o
órgão que enerva.
O SNP Autónomo ou Visceral, como o próprio nome diz, funciona
independentemente de nossa vontade e tem por função regular o ambiente
interno do corpo, controlando a actividade dos sistemas digestório,
cardiovascular, excretor e endócrino. Ele contém fibras nervosas que
conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das
vísceras e à musculatura do coração. Um nervo motor do SNP autónomo
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defere de um nervo motor do SNP voluntário pelo facto de conter dois tipos
de neurónios, um neurónio préganglionar e outro pósganglionar. O
corpo celular do neurónio préganglionar fica localizado dentro do SNC e o
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seu axónio vai até um gânglio, onde o impulso nervoso é transmitido
sinapticamente ao neurónio pósganglionar.
O corpo celular do neurónio pósganglionar fica no interior do gânglio
nervoso e o seu axónio conduz o estímulo nervoso até o órgão executor,
que pode ser um músculo liso ou cardíaco.
O sistema nervoso autónomo compõese de três partes:
· Dois ramos nervosos situados ao lado da coluna vertebral. Esses ramos
são formados por pequenas dilatações denominadas gânglios, num
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total de 23 pares.
· Um conjunto de nervos que liga os gânglios nervosos aos diversos
órgãos de nutrição, como o estômago, o coração e os pulmões.
IM
· Um conjunto de nervos comunicantes que ligam os gânglios aos nervos
raquidianos, fazendo com que os sistema autónomo não seja totalmente
independente do sistema nervoso.
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Imagem: LOPES, SÔNIA. Bio 2.São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.
sistemas têm funções contrárias (antagónicas). Um corrige os excessos do
outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as
batidas do coração, o sistema parassimpático entra em acção, diminuindo o
ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e
IM
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chamados de neurónios adrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligam o
sistema nervoso central à glândula suprarenal, promovendo aumento da
secreção de adrenalina, hormona que produz a resposta de "luta ou fuga"
em situações de stress.
A acetilcolina e a noradrenalina têm a capacidade de excitar alguns
órgãos e inibir outros, de maneira antagónica.
Efeito da
0
Órgão
Olho: pupila
estimulação
simpática
Dilatada
Efeito da estimulação
parassimpática
Contraída
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Músculo ciliar nenhum Excitado
Glândulas Estimulação de
Vasoconstrição
gastrointestinais secreção
Glândulas
Sudação Nenhum
sudoríparas
Coração: músculo Diminuição da
Actividade aumentada
(miocárdio) actividade
Vasodilatação
T
Coronárias Constrição
Vasos sanguíneos
sistémicos: Constrição
Nenhum
Dilatação
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Abdominal Nenhum
Músculo Constrição ou
Nenhum
dilatação
Pele
Pulmões: brônquios Dilatação Constrição
Vasos sanguíneos Constrição moderada Nenhum
Diminuição do tónus e Aumento do tónus e do
Tubo digestivo: luz
do peristaltismo peristaltismo
Esfíncteres
Aumento do tónus Diminuição do tónus
Diminuição da
Rim Nenhum
produção de urina
Bexiga: corpo Inibição Excitação
Esfíncter Excitação Inibição
Acto sexual
Ejaculação Erecção
masculino
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Glicose sanguínea Aumento Nenhum
Secreção da medula
suprarenal Aumento Nenhum
(adrenalina)
0
Em geral, quando os centros simpáticos cerebrais se tornam excitados,
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estimulam, simultaneamente, quase todos os nervos simpáticos, preparando
o corpo para a actividade.
T
IM
Além do mecanismo da descarga em massa do sistema simpático,
algumas condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse
sistema. Duas das condições são as seguintes:
· Reflexos calóricos: o calor aplicado à pele determina um reflexo que
passa através da medula espinhal e volta a ela, dilatando os vasos
sanguíneos cutâneos. Também o aquecimento do sangue que passa
através do centro de controlo térmico do hipotálamo aumenta o grau de
vasodilatação superficial, sem alterar os vasos profundos.
· Exercícios: durante o exercício físico, o metabolismo aumentado nos
músculos tem um efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos
musculares; porém, ao mesmo tempo, o sistema simpático tem efeito
vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo. A
vasodilatação muscular permite que o sangue flua facilmente através
8©
dos músculos, enquanto a vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo em
todas as regiões do corpo, excepto no coração e no cérebro.
Nas junções neuromusculares, tanto nos gânglios do SNPA simpático
como nos do parassimpático, ocorrem sinapses químicas entre os neurónios
préganglionares e pósganglionares. Nos dois casos, a substância
neurotransmissora é a acetilcolina. Esse mediador químico actua nas
dobras da membrana, aumentando a sua permeabilidade aos iões de sódio,
que passa para o interior da fibra, despolarizando essa área da membrana
0
do músculo. Essa despolarização local promove um potencial de acção que
é conduzido em ambas as direcções ao longo da fibra, determinando uma
contracção muscular.
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Quase imediatamente após ter a acetilcolina estimulado a fibra
muscular, ela é destruída, o que permite a despolarização da membrana.
T
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ANATOMOFISIOLOGIA
8©
Sistema Endócr ino
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SISTEMA ENDÓCRINO
As glândulas endócrinas dos vertebrados
Na maioria dos vertebrados e no homem, as principais glândulas endócrinas
são: hipófise, paratireóide, tiróide, suprarenais e as gónadas; existem
hormonas excretadas pelo estômago, pelo intestino e pelos rins.
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A HIPÓFISE
A hipófise, também denominada de glândula pituitária, alojase numa pequena
cavidade do crânio, na base do encéfalo. Por exercer múltiplas funções é
conhecida como a glândula mestra do organismo. É dividida em duas partes:
adenohipófise ou hipófise anterior e neurohipófise ou hipófise posterior.
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Entre essas duas partes situase uma reduzida área, a hipófise intermediária.
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T
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HORMONAS DA ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR
Somatatrofina ou hormona do crescimento
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ossos. A sua hiperfunção, quando ocorre precocemente, provoca o gigantismo;
ocorrendo mais tardiamente determina a acromegalia (crescimento anormal
das extremidades). As deficiências resultam no nanismo, dando lugar ao
aparecimento dos anões.
Tirotrofina ou hormona tireotrófica (TSH)
0
Estimula a Glândula Tireóide.
Adrenocorticotrofina ou hormona adrenocorticotrófica (ACTH)
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Actua sobre as glândulas adrenais (supra renais) estimulando o crescimento e
a secreção.
Gonodotrofinas ou hormonas gonadotróficas
Compreendem:
T
folículoestimulante (FSH)
Age sobre a maturação de óvulos e espermatozóides;
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luteinizante (LH)
Determina a ovulação e formação do corpo amarelo;
luteotrofina ou prolactina (LTH)
Actua na manutenção do corpo amarelo e na produção do leite.
HORMONAS DA NEUROHIPÓFISE OU HIPÓFISE POSTERIOR
Vasopressina ou hormona antidiurética (ADH)
Aumenta a absorção de água nos túbulos renais, o que determina menor
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quantidade de eliminação de urina. A falta dessa hormona provoca a diabetes
insípida, com eliminação de grande quantidade de urina diluída e muito clara.
Oxitocina
Hormona que provoca a contracção uterina durante o parto; também age sobre
a ejecção do leite nas glândulas mamárias.
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HORMONAS DA HIPÓFISE INTERMEDIÁRIA
Nos peixes, anfíbios e répteis, a hipófise intermédia segrega a intermedina ou
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hormona estimulante dos melanócitos (MSH) que dispersa o pigmento dos
cromatóforos, alterando a cor da pele.
A TIRÓIDE
A glândula tiróide ou tireóide é
formada por dois lobos, um de
cada lado da laringe, unidos pelo
chamado istmo. A tiróide produz
duas hormonas: triodotironina e
T
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O bócio ou papo é um aumento exagerado da glândula devido a um hipo ou
hiper funcionamento da mesma. O chamado bócio endémico é acarretado pela
deficiência de iodo necessário para formação da tiroxina. Como medida
profilática deve adicionase iodo ao sal de cozinha.
AS PARATIREÓIDES
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As paratireóides são pequenas glândulas situadas logo atrás das tiróides.
Segregam uma paratormona que regula o metabolismo do cálcio e do fósforo.
A deficiência provoca a tetania com contracções musculares. O excesso ou
hiperparatiroidismo causa excessiva mobilização de cálcio dos ossos,
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levando ao aparecimento de deformações ósseas e fracturas frequentes. Há
eliminação de cálcio e fósforo pela urina, podendo haver formação de cálculos
renais devido a um depósito anormal de cálcio.
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0 8©
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T
AS ADRENAIS OU SUPRA RENAIS
IM
As glândulas adrenais ou suprarenais estão localizadas acima dos rins no
homem ou próximo aos mesmos, na maioria dos vertebrados. Constam de
duas partes, a interna, designada por medula e a externa que corresponde ao
córtex.
A medula da suprarenal segrega adrenalina ou epinefrina e noreradrenalina ou
norepinefrina usada para colocar o organismo na chamada situação de
emergência. Estas duas hormonas aumentam a intensidade do metabolismo e
o nível de glicose no sangue, acelerando os ritmos cardíaco e respiratório.
Produzem vasoconstrição no tubo digestivo e vasodilatação nos músculos,
aumentando a actividade muscular. As principais hormonas do córtex supra
renal são: aldosterona, cortisona e corticosterona.
A aldosterona é chamada de mineralocorticóide por regular os níveis de Na+ e
K+ no sangue.
A cortisona actua no aumento da glicose no sangue, daí ser chamado de
glicocorticóide. Também favorece a utilização de gorduras para fins energéticos
e exerce acção anti inflamatória.
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A corticosterona tem função mineralocorticóide e pequena actividade
glicocorticóide.
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O hiperadrenalismo causa a doença de Cushig caracterizada por obesidade
do rosto e tronco, hipertensão arterial e transtornos psíquicos com vómitos e
diarreia.
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T
IM
O PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula anfícrina ou mista formada por dois tipos de
estruturas: os ácinos e os ilhéus de Langerhans
Os ilhéus de Langerhans são células de secreção interna (endócrinas). Cerca
de 70% dos ilhéus são células beta, que produzem insulina, sendo as restantes
Insulina
O pâncreas liberta insulina quando o nível de glicose no sangue é elevado. A
insulina controla a produção de glicogénio no fígado e estimula o consumo de
glicose, facilitando a sua penetração nas células.
8©
A secreção de insulina diminui quando cai o nível de glicose no sangue.
A falta de insulina, determinada pelo mau funcionamento do pâncreas, produz
uma enfermidade conhecida por diabetes mellitus , geralmente causada por
factores genéticos.
Glucagon
0
É uma hormona cuja função é aumentar o nível de glicose no sangue, tendo
uma acção contrária à da insulina.
20
Estimula a glicogenólise, isto é, a transformação de glicogénio em glicose,
fenómeno que ocorre no fígado e liberta glicose no sangue. O aumento do nível
de glicose inibe a secreção do glucagon.
AS GÓNADAS
T
0 8©
20
Testículos
T
Os testículos são formados por grande quantidade de tubos seminíferos, nos
quais são produzidos os espermatozóides.
IM
Entre os tubos seminíferos aparecem as células de Leydig ou células
intersticiais produtoras da testosterona, a hormona sexual masculina.
A hormona estimulante das células intersticiais (ICSH) é produzido na hipófise
anterior.
0 8©
20
Ovários
As hormonas produzidas nos ovários são os estrogénios e a progesterona.
T
Os estrogénios, hormonas sexuais femininas, são responsáveis pela regulação
do ciclo menstrual e pelo desenvolvimento das características sexuais
secundárias que aparecem durante a puberdade; também provocam o
fenómeno do estro ou cio nas fêmeas dos mamíferos.
IM
Os estrogénios são produzidos nos folículos ovarianos, estimulados pelo FSH.
A progesterona é produzida pelo corpo amarelo que se forma no folículo de
Graaf após a ovulação. A principal função da progesterona é a preparação do
organismo feminino para a gestação, isto é, prepara o útero para a recepção e
o desenvolvimento do embrião. A produção da progesterona é estimulada pelo
LH.
ANATOMOFISIOLOGIA
8©
SISTEMA DIGESTIVO
E
(DOENÇAS ASSOCIADAS)
17
0
20
T
IM
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Deglutição
É a passagem do bolo alimentar pela faringe, até as primeiras porções do
esófago.
A língua empurrao para trás, obrigandoo a atravessar o istmo da garganta e a
chegar à faringe, encaminhandoo para o esófago.
8©
Durante este trajecto, o bolo alimentar
encontra alguns orifícios que vão
fechando para cima, no caso as coanas
que são interceptadas pelo véu palatino
e outros orifícios que se vão fechando
para baixo, no caso a glote é obliterada
pela epiglote. Em tais condições o bolo
alimentar não tem outro caminho a
notada.
Esófago
IM
É um tubo muscular, com aproximadamente 25 cm, que continua a faringe e é
continuado pelo estômago. Distinguemse três porções no esófago: cervical,
torácica e abdominal.
Para atingir o abdómen, o esófago atravessa o músculo diafragma e quase que
imediatamente desemboca no estômago.
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A luz do estômago (diâmetro) aumenta durante a passagem do bolo alimentar,
o qual é impulsionado pela contracção da musculatura da sua parede.
(peristaltismo esofágico).
Estes movimentos
que são próprios de
8©
todo o restante
canal alimentar, são
denominados de
peristálticos e à
capacidade de
realizálos dáse o
nome de
0 peristaltismo.
20
Secreção Esofágica.
O corpo do esófago é revestido por muitas glândulas mucosas simples, cuja
secreção impede a escoriação das suas paredes, pela entrada do bolo
T
alimentar.
Já na extremidade gástrica há muitas glândulas mucosas compostas cuja
secreção protege a parede Esofágica de ser digerida pelos sucos gástricos que
IM
refluem pelo cárdia na porção inferior do esófago. Apesar desta protecção pode
ocorrer eventualmente uma úlcera péptica na extremidade gástrica do esófago
Abdómen
A boca, faringe e esófago, com excepção de sua porção mais caudal, estão
situados na cabeça, pescoço e tórax respectivamente. O restante do canal
alimentar localizase no abdómen.
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Diafragma
0 8©
20
O abdómen está separado do tórax, internamente por um músculo denominado
diafragma que se prende às seis ultimas costelas, extremidade caudal do
esterno e à coluna vertebral.
Peritónio ou peritoneu
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Estômago
É o segundo órgão dilatado do tubo digestivo, que se segue ao esófago e se
continua no intestino. Está situado
na cavidade abdominal, abaixo do
diafragma, sendo que sua maior
porção se situa à esquerda, do
8©
plano meridiano.
O estômago apresenta dois
orifícios:
0
Parte cárdica – junção com o esófago.
20
Parte pilórica – da qual fazem parte o
canal pilórico
Química digestiva
T
A digestão gástrica reduz o bolo alimentar a
uma pasta esbranquiçada denominada
quimo, que deve passar ao intestino através
de ondas peristálticas sucessivas.
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A abertura e o encerramento do esfíncter que rodeia o piloro são provocados
pelo Hcl (ácido clorídrico) que existe no suco gástrico. Do lado do estômago,
o ácido age sobre o piloro e provoca a abertura, após a sua passagem,
actua sobre o intestino e provoca o encerramento.
A digestão química, consiste principalmente na acção do suco gástrico sobre
as proteínas e sobre uma pequena quantidade de lipídios.
8©
No estômago há 2 tipos inteiramente diferentes de glândulas:
Glândulas
gástricas – que
segregam os
sucos gástricos.
0 Glândulas
pilóricas – que
segregam quase
20
que inteiramente
muco, para
protecção da
mucosa gástrica.
Uma glândula
gástrica típica tem
3 tipos diferentes
T
digestiva.
Células mucosas que segregam muco.
Células principais que segregam as enzimas digestivas.
Células parietais que segregam Hcl (acido clorídrico)
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0 8©
Outras enzimas existentes na mucosa gástrica, alem da pepsina são:
Renina – Enzima proteolítica que age sobre a proteína do leite, a caseína,
provocando a coagulação da mesma.
20
Lipase Gástrica – Enzima lipolítica que age sobre as gorduras já
emulsionadas, como as do ovo e a do leite.
Regulação da secreção Gástrica
Portanto é controlada não somente pelo estímulo nervoso, mas também pelo
estímulo hormonal.
Fase Pré Gástrica – Ocorre mesmo antes que o bolo
alimentar entre no estômago. Resulta da visão,
pensamento ou gosto do alimento e, quanto maior a fome
da pessoa, mais intenso é o estímulo. A taxa de secreção
do suco gástrico pode alcançar até 500 ml por hora. Os
impulsos desses receptores (visão, olfacto, etc. …)
Seguem pelas vias aferentes e estimulam o centro do
nervo vago no bulbo. Daí os impulsos descem pelo vago para estimular as
glândulas gástricas.
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Fase Gástrica – quando o bolo alimentar entra realmente no estômago, ele
estimula a secreção do suco gástrico pelas glândulas
gástricas de duas maneira:
b1. O volume do bolo alimentar distende as paredes do
estômago, o que de um modo não conhecido faz com que a
hormona digestiva GASTRINA seja produzida pela própria
mucosa gástrica, que é absorvida e transportada pelo
8©
sangue às glândulas gástricas onde estimula a produção
de suco gástrico.
c. Fase Intestinal – mesmo após o quimo ter deixado o estômago, pequenas
IM
quantidades de suco gástrico continuam a ser segregadas por 6 a 8 horas,
isto é, enquanto o quimo permanecer no intestino delgado. Não se constatou
ainda a existência de nenhuma hormona específica que cause este efeito.
O volume diário de produção de suco gástrico, num indivíduo normal e
adulto, varia entre 1,5 e 2,5 litros.
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Quilificação ou quilose
8©
Pâncreas
Cabeça – uma
0 extremidade direita,
dilatada e emoldurada
pelo duodeno.
20
Corpo – disposto
transversalmente.
Cauda – extremidade
esquerda, afilada, que
continua directamente
o corpo e se situa
próximo ao baço.
T
O pâncreas é uma glândula de secreção mista, excretando hormonas como a
insulina e glucagon (secreção endócrina) e segrega também suco pancreático
(secreção exócrina).
IM
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8©
substancia que é a SECRETINA,
considerada uma hormona digestiva,
sendo logo lançada para o sangue e
através da corrente sanguínea chega ao
pâncreas, estimulandoo a produzir
SUCO PANCREÁTICO (com grande quantidade de água, sais e praticamente
não contendo enzimas) tendo a função de neutralizar o HCl, de modo que o pH
0
do duodeno passe de ácido para alcalino (de 2,5 para 8,0) , pois as enzimas
que vão agir no duodeno só tem actuação em pH alcalino .
Em seguida, as proteínas, hidratos de carbono e lipídios que existem no quimo
fazem com que o duodeno segregue uma substancia que é a
20
PANCREOZIMINA, que também é uma hormona digestiva e que através do
sangue chega ao pâncreas estimulandoo a segregar SUCO PANCREÁTICO
(com pequena quantidade de água, sais e bastante rico em enzimas), tendo a
função digestiva propriamente dita.
O suco pancreático é um líquido incolor, semelhante a saliva. Seu volume
médio diário perfaz de 1 litro a 1,5 litros. Tem reacção alcalina e a
seguinte composição:
T
Água / Sais minerais (bicarbonato de sódio e cloreto de sódio)
IM
Enzimas como:
a)TRIPSINA E CARBOXIPEPTIDASE que são proteolíticas e transformam os
polipetídeos em peptídeos.
c) AMILASE PANCREÁTICA enzima amilolítica que transforma os HC em
dissacarídeos.
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d) LIPASE PANCREÁTICA enzima lipolítica que age sobre as gorduras
transformandoas em ácido gordo e glicerol.
8©
Fígado
A estrutura do fígado é completamente diferente dos demais órgãos, porque as
0
suas células, os hepatócitos, são banhadas directamente pelo sangue, o que
não acontece em nenhuma outra estrutura.
Duas faces são descritas no órgão:
20
Diafragmática –
em relação com
o diafragma;
Visceral – em
contacto com
várias vísceras
abdominais
T
(dorsal)
Na face visceral
distinguemse 4
lobos que
IM
podem ser
identificados
como:
Entre o lobo direito e quadrado situase a vesícula biliar.
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Entre os lobos quadrado e caudado há uma fenda transversal a porta do fígado
por onde saem os elementos do pedículo hepático (artéria hepática, veia
porta, ducto hepático comum, alem dos vasos e nervos linfáticos).
Entre o lobo direito e caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior.
Entre o lobo direito e o esquerdo há o ligamento falciforme (prende o fígado
na parede abdominal).
8©
A bile é segregada continuamente pelo fígado e é armazenada na vesícula
biliar, até que seja necessária no intestino.
Os ductos hepáticos recolhem a bile do fígado, unemse ao ducto cístico, que
provém da vesícula biliar, formando o ducto colédoco, que desemboca no
duodeno juntamente com o canal pancreático.
0
A vesícula armazena a bile na forma concentrada, isto é, bile sem água (pois a
capacidade de armazenamento é bem menos do que a capacidade de
secreção pelas células hepáticas.
20
O esfíncter de Oddi permanece constantemente fechado e a bile fica
acumulada no ducto colédoco, aumentando a pressão dentro do ducto, até que
esta atinja 30 cm3 de H2O) Água), aí a bile do canal começa a ser lançada no
ducto cístico em
direcção à vesícula.
Esvaziamento da
T
vesícula biliar.
Quando o quimo
IM
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relaxamento do esfíncter de Oddi, permitindo assim que a bile chegue ao
duodeno.
Composição da Bile
A bile contém: água, sais biliares, pigmentos biliares e colesterol.
Os sais biliares auxiliam a emulsionar os glóbulos de gordura, de forma que
8©
eles possam ser digeridos pelas lipases, isto é, eles tem uma ACÇAO
DETERGENTE, transformando moléculas grandes de gordura em várias
pequenas. Auxiliam também os produtos finais da digestão lipídica a tornarem
se solúveis, de modo a serem absorvidos.
Os pigmentos biliares não têm função digestiva, eles são o resultado da
degradação da molécula de hemoglobina. O principal pigmento é a
BILIRRUBINA que quando persiste em dose elevada no sangue resulta a
icterícia.
0
O colesterol é importante na absorção de gordura no nível intestinal.
20
Intestino.
Intestino Delgado
O duodeno é o primeiro e menor segmento do intestino delgado, medindo em
média 30 cm de comprimento. É bastante fixo situase na parte posterior da
cavidade abdominal, ao nível das vértebras lombares, formando no seu
conjunto um arco em forma de U ou V para a esquerda que abraça a cabeça
do pâncreas.
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No duodeno, desembocam os seguintes ductos: ducto colédoco que traz a
secreção biliar e o ducto pancreático que traz a secreção pancreática.
O jejuno e íleo, por não apresentarem limites nítidos entre si, são descritos
como um todo – jejunoíleo – que se inicia na flexão duodeno jejunal e termina
na fossa ilíaca direita, onde se continua no intestino grosso através do óstio
íleocecal. O seu comprimento apresenta variações individuais, podendo chegar
ao valor médio de 4
8©
–5 metros de
comprimento.
O jejunoíleo está
preso à parede
posterior do
abdomén por uma
0 prega peritonial
ampla denominada
mesentério. Todo
intestino delgado apresenta como característica anatómica as chamadas
20
vilosidades intestinais, que tem como função aumentar a área de absorção.
Glândulas de Brunner – encontradas na porção superior do duodeno, são
produtoras de muco protector contra o HCl (Acido clorídrico).
T
Composição do suco Entérico
IM
Sais minerais – bicarbonato de sódio, etc.…
Enzimas – que só agem em pH alcalino e promovem a digestão final dos
alimentos.
Erepsina, Aminopeptidase e Dipeptidase – São enzimas proteolíticas que
transformam os peptídeos em aminoácidos, isto é, fazem a digestão final das
proteínas.
Dissacaridases – Enzimas amilolóticas que transformam os dissacarídeos em
monossacarídeos, isto é, terminam a digestão dos HC ( Hidratos de carbono ).
Maltose – maltose em 2 moléculas de glicose
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Sacarase – sacarose em glicose e frutose
Lactase – lactose em glicose e galactose
Lipase entérica – enzima lipolítica que praticamente não tem função, pois toda
a gordura já sofreu digestão pela acção da lipase pancreática. Ela só actua em
indivíduos portadores de distúrbios pancreáticos.
8©
Movimentos Intestinais
as proteínas que necessitam.
Os açúcares, fundamentalmente a glicose e a frutose são os mais importantes,
são transportados pelo sangue, chegam às células onde são queimados, isto é,
IM
Quanto às gorduras, temos AG e Glicerol, sendo que uma parte deles (ácidos
gordos de cadeia curta) vai para o sangue e outra parte (ácidos gordos de
cadeia longa) vai para os vasos linfáticos. Os ácidos gordos unemse
novamente com os gliceróis formando moléculas de gordura. As gorduras que
seguem para os vasos linfáticos destinamse à formação de depósito de
gordura e as que seguem para o sangue, vão principalmente para o fígado,
onde são armazenadas e utilizadas como fonte de energia. A maior parte vai
para os vasos linfáticos.
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Intestino grosso
Constitui a última porção do tubo digestivo, sendo mais calibroso e mais curto
que o intestino delgado.
O intestino grosso é
subdividido nos seguintes
8©
segmentos: Cecum ou ceco;
Cólon ascendente; Cólon
transversal; Cólon
descendente; Cólon
sigmóide , Recto e ânus.
0 vilosidades intestinais e o que
o diferencia do intestino
delgado, alem de seu calibre
maior é a menor velocidade
20
dos seus movimentos.
O intestino grosso tem como finalidade a acção de reabsorção de água e sais
minerais. No mais ele tem acção de armazenamento. Para que ele possa
T
Esta flora é bastante instável, modificandose continuamente. A vantagem é ter
a capacidade de sintetizar substâncias
importantes, principalmente vitaminas como
as do Complexo B e K. Quando ocorre a
destruição desta flora, praticamente não são
sintetizadas as vitaminas e alterase o
mecanismo de absorção de água e sais
minerais, assim ao invés de absorver, o
organismo passa a eliminar água, e
aumentandose a quantidade de água no intestino, aumenta também os
movimentos sendo este o quadro clínico da diarreia.
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Flatulência
A flatulência é a sensação de apresentar uma maior quantidade de gases no
trato gastrointestinal. O ar é um gás que pode ser deglutido juntamente com os
alimentos. A deglutição de pequenas quantidades de ar é normal, mas alguns
indivíduos deglutem inconscientemente grandes quantidades, sobretudo
quando estão ansiosos. Quase todo o ar deglutido é posteriormente eructado e,
8©
consequentemente, apenas uma pequena quantidade passa do estômago para
o restante do trato gastrointestinal. A deglutição de grandes volumes de ar faz
com que o indivíduo se sinta “cheio” e pode eructar excessivamente ou eliminar
flatos (expulsão do ar através do ânus).
Outros gases são produzidos no sistema gastrointestinal de várias maneiras. O
hidrogénio, o metano e o dióxido de carbono são produzidos pelo metabolismo
bacteriano dos alimentos no intestino, especialmente após a ingestão de certos
0
alimentos (p.ex., feijões e repolho). Os indivíduos com deficiências das
enzimas que metabolizam determinados açúcares também tendem a produzir
grandes quantidades de gases quando consomem alimentos que contêm esses
20
açúcares. A deficiência de lactase, o espru tropical e a insuficiência pancreática
são problemas que podem acarretar a produção de grandes quantidades de
gases. O corpo elimina os gases através da eructação, da sua absorção
através das paredes do trato gastrointestinal para o sangue e, em seguida,
excretandoos através dos pulmões e elimininandoos através do ânus. As
bactérias presentes no sistema gastrointestinal também metabolizam alguns
gases.
T
Sintomas
entanto, não se conhece a relação exacta entre a flatulência e qualquer desses
sintomas. Alguns indivíduos parecem ser particularmente sensíveis aos efeitos
dos gases do sistema gastrointestinal; enquanto outros conseguem tolerar
grandes volumes sem apresentar qualquer sintoma.
A flatulência pode produzir eructação repetida. As pessoas normalmente
eliminam gases pelo ânus mais de 10 vezes por dia, mas a flatulência pode
fazer com que a frequência dessa eliminação seja maior. Algumas vezes,
lactentes com cólicas abdominais eliminam quantidades excessivas de gases.
Ainda não está claro se essas crianças realmente produzem mais gases que
outras ou se elas são simplesmente mais sensíveis.
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Tratamento
8©
eructam ou eliminam gases excessivamente podem ter de alterar a dieta,
evitando alimentos de difícil digestão.
Descobrir quais são os alimentos que causam o problema pode requerer a
eliminação de um alimento ou de um grupo de alimentos por vez. O indivíduo
pode começar eliminando o leite e lacticínios. A seguir, ele elimina as frutas
frescas e, finalmente, determinados vegetais e outros alimentos. A eructação
também pode ser decorrente da ingestão de bebidas carbonatadas ou do uso
0
de antiácidos (p.ex., bicarbonato de sódio).
Apesar deles geralmente não serem eficazes, o uso de medicamentos algumas
vezes ajuda o indivíduo a reduzir a produção de gases. O simeticone, presente
20
nalguns antiácidos e também disponível isoladamente, pode prover um
pequeno alívio. Algumas vezes, outros medicamentos (p.ex., determinados
antiácidos, metoclopramida e betanecol) podem ser úteis. O consumo de uma
maior quantidade de fibras ajuda algumas pessoas, mas, em outras, ele piora
os sintomas.
Distúrbios do Movimento Intestinal
T
A função intestinal varia bastante, não apenas de um indivíduo para outro, mas
também no mesmo indivíduo em momentos diferentes. A função intestinal pode
ser afectada pela dieta, pelo stress, por drogas, por doenças e inclusive por
padrões sociais e culturais. Na maioria das sociedades ocidentais, o número
IM
normal de evacuações varia de 2 a 3 por semana até 2 a 3 por dia. As
alterações da frequência, da consistência ou do volume das evacuações ou a
presença de sangue, muco, pus ou um excesso de matéria gordurosa (óleo,
gordura) nas fezes podem indicar uma doença.
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Obstipação (Prisão de ventre)
8©
começar de modo insidioso e pode persistir por meses ou anos.
Frequentemente, a causa da obstipação aguda é apenas uma alteração
recente da dieta ou uma diminuição da actividade física (p.ex., quando o
indivíduo permanece no leito por um ou dois dias devido a uma doença).
Muitos medicamentos podem causar obstipação como, por exemplo, o
hidróxido de alumínio (princípio activo comum de antiácidos de venda livre),
sais de bismuto, sais de ferro, anticolinérgicos, antihipertensivos, narcóticos e
0
muitos tranquilizantes e sedativos.
Ocasionalmente, a obstipação aguda pode ser causada por problemas graves
como, por exemplo, a obstrução do intestino grosso, o suprimento insuficiente
20
de sangue para o intestino grosso e uma lesão nervosa ou medular. A
actividade física escassa e a dieta pobre em fibras são causas comuns da
constipação crónica. Outras causas incluem a hipoatividade tireoidiana
(hipotireoidismo), a concentração elevada de cálcio no sangue (hipercalcemia)
e a doença de Parkinson. A redução das contracções do intestino grosso (cólon
inactivo) e o desconforto durante a defecação levam à obstipação crónica. Os
factores psicológicos são causas comuns de obstipação aguda e crónica.
T
Tratamento
Quando a causa da obstipação for uma doença, esta deve ser tratada. Caso
contrário, a obstipação é melhor prevenida e tratada com uma combinação de
IM
exercícios adequados, uma dieta rica em fibras e o uso ocasional de
medicamentos adequados. São excelentes fontes de fibras, os vegetais, as
frutas e o farelo de cereais. Muitas pessoas consideram útil salpicar duas ou
três colheres de chá de farinha integral ou de um cereal rico em fibras sobre as
frutas, duas ou três vezes ao dia. Para serem eficazes, as fibras devem ser
consumidas com uma grande quantidade de líquido.
Laxantes
Muitas pessoas utilizam laxantes para aliviar a obstipação. Alguns são seguros
para o uso prolongado e outros somente devem ser usados ocasionalmente.
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Alguns são úteis para prevenir a obstipação e outros podem ser utilizados para
tratála. Os agentes formadores de volume (farelo de cereais, psílio,
policarbófilo de cálcio e metilcelulose) adicionam volume às fezes.
O volume maior estimula as contracções naturais do intestino, e as fezes
volumosas são mais moles, sendo eliminadas mais facilmente. Os agentes
formadores de volume actuam de forma lenta e suave e representam uma das
formas mais seguras para promover evacuações regulares. Em geral,
8©
primeiramente esses agentes são tomados em pequenas quantidades. A dose
é aumentada gradualmente até que ocorra regularização. O uso desses
agentes de volume exige sempre a ingestão de muito líquido. Os emolientes
fecais (p.ex., docusato) aumentam a quantidade de água retida pelas fezes.
Na verdade, esses laxantes são detergentes que diminuem a tensão superficial
das fezes, permitindo que a água penetre com mais facilidade no bolo fecal,
amolecendoo. Um volume maior, estimula as contracções naturais do intestino
grosso e ajuda no deslocamento das fezes amolecidas para fora do corpo. O
0
óleo mineral amolece as fezes e facilita a sua eliminação do corpo. Entretanto,
ele também pode diminuir a absorção de determinadas vitaminas lipossolúveis.
Se o indivíduo aspirar acidentalmente o óleo mineral, pode ocorrer uma
20
irritação pulmonar grave.
Os agentes osmóticos que contêm magnésio e fosfato são parcialmente
absorvidos para o interior da corrente sanguínea e, consequentemente, são
nocivos para os indivíduos com insuficiência renal.
Esses laxantes, que geralmente agem no prazo de três horas, são mais
adequados para tratar a obstipação do que para prevenila. Eles também são
utilizados para se eliminar as fezes do intestino antes da realização de
T
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prevenir ou tratar a obstipação causada por medicamentos que reduzem as
contracções do intestino grosso (p.ex., narcóticos).
Obstipação Psicogénica
8©
necessariamente normais e evacuações menos frequentes não indicam
necessariamente algum problema, excepto quando elas representam uma
alteração importante do padrão de evacuação prévio. O mesmo é válido para a
cor e a consistência das fezes. A não ser que haja uma alteração substancial
dessas características, o indivíduo provavelmente não apresenta constipação.
Essas concepções erróneas sobre a obstipação podem levar a um tratamento
excessivo, especialmente no que diz respeito ao uso prolongado de laxantes
0
estimulantes, de supositórios irritantes e de enemas (clisteres).
Este tratamento pode lesar gravemente o intestino grosso, acarretando a
síndrome do intestino preguiçoso e a melanose do cólon (alterações anormais
20
do revestimento do intestino grosso causadas por depósitos de um pigmento).
Antes de estabelecer o diagnóstico de obstipação psicogénica, o médico deve
primeiramente assegurarse de que não existe nenhum problema orgânico
subjacente que possa ser responsável pelas evacuações irregulares. Pode ser
necessária a realização de exames diagnósticos, como a sigmoidoscopia
(exame do cólon sigmóide com o auxílio de um tubo de visualização flexível) ou
um enema baritado. Quando não existe um problema orgânico subjacente, o
indivíduo deve aceitar o seu padrão de evacuação e não insistir para conseguir
T
um padrão mais irregular.
Inércia Colónica
IM
A inércia colónica (cólon inactivo) é uma redução das contracções no intestino
grosso ou uma insensibilidade do recto à presença de fezes, resultando em
uma obstipação crónica. A inércia colónica ocorre com frequência em idosos,
em indivíduos debilitados ou acamados, mas também afecta mulheres jovens e
saudáveis. O intestino grosso deixa de responder aos estímulos que
normalmente provocam a evacuação: a ingestão de alimentos, o estômago
cheio, o intestino grosso cheio e a presença de fezes no recto. Os
medicamentos utilizados no tratamento de algumas doenças frequentemente
produzem ou agravam o problema, sobretudo os narcóticos (p.ex., codeína) e
drogas anticolinérgicas (p.ex., a amitriptilina para a depressão ou a
propantelina para a diarreia). Algumas vezes, a inércia colónica ocorre em
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indivíduos que têm o hábito de retardar a evacuação ou que fizeram uso
prolongado de laxantes ou de enemas( Clisteres ).
Sintomas
8©
não apresenta necessidade de defecar e só consegue fazêlo com dificuldade.
Os indivíduos com esse distúrbio podem apresentar impactação fecal
(Fecalomas), na qual as fezes localizadas na porção distal do intestino grosso
e no recto endurecem e bloqueiam a passagem. Esse bloqueio acarreta
cólicas, dor rectal e esforços intensos, porém inúteis, para evacuar.
Frequentemente, ocorre a passagem de um muco aquoso em torno do
bloqueio, que, algumas vezes, dá a falsa impressão de diarreia.
Tratamento
0
Para a inércia colónica, o médico algumas vezes recomenda a utilização de
20
supositórios ou de enemas com 60 a 90 ml de água, com água e sais (enemas
salinos) ou com óleos ( p.ex., azeite ) Para a impactação fecal, também se faz
necessário o uso de laxantes, geralmente do tipo osmótico. Algumas vezes, o
médico ou o enfermeiro deve retirar as fezes impactadas ( Fecalomas ) com o
auxílio de uma sonda ou de um dedo enluvado. Os indivíduos com inércia
colónica devem tentar evacuar diariamente, preferivelmente 15 a 45 minutos
após uma refeição, pois a ingestão de alimentos estimula a evacuação. A
realização de exercícios frequentemente é útil.
T
Disquinésia
A Disquinésia é a dificuldade para evacuar causada por uma incapacidade de
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8©
Diarreia
A diarreia é um aumento do volume líquido das fezes ou da frequência das
evacuações. Os indivíduos com diarreia causada por um problema clínico
significativo, geralmente apresentam volumes excessivos de fezes, eliminando
normalmente mais de meio quilo de fezes por dia.
Aqueles que ingerem grandes quantidades de fibras vegetais podem produzir
0
uma quantidade ainda maior, mas as fezes são bem formadas e não são
aquosas. Frequentemente, as fezes contêm 60 a 90% de água. A diarreia
ocorre principalmente quando a percentagem excede 90%. A diarreia osmótica
20
ocorre quando certas substâncias que não podem ser absorvidas para a
corrente sanguínea permanecem no intestino.
A diarreia pode ser abundante, podendo ser eliminado mais de um litro por
hora em casos de cólera. Certos tumores raros (p.ex., carcinóide, gastrinoma e
vipoma) também causam diarreia secretória. As síndromes de má absorção
também causam diarreia. Os indivíduos com essas síndromes não conseguem
digerir os alimentos normalmente.
T
Na má absorção generalizada, as gorduras que permanecem no intestino
grosso devido à má absorção podem causar diarreia secretória. Os hidratos de
carbono podem causar diarréia osmótica. A diarréia exsudativa ocorre quando
IM
Este tipo de diarréia pode ser causado por muitas doenças como, por exemplo,
a colite ulcerativa, a doença de Crohn (enterite regional), a tuberculose,
linfomas e cancros. Quando o revestimento do recto é afectado, o indivíduo
frequentemente sente uma necessidade urgente de defecar e as evacuações
são frequentes porque o recto inflamado é mais sensível à distensão produzida
pelas fezes. O trânsito intestinal alterado pode causar diarreia. Para que as
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As fezes que deixam o intestino grosso muito rapidamente são aquosas e as
que permanecem durante um tempo excessivo tornamse duras e secas.
8©
(hipertireoidismo); a remoção cirúrgica de parte do intestino delgado, do
intestino grosso ou do estômago, a secção do nervo vago para tratamento de
úlceras; a derivação (bypass) cirúrgica de parte do intestino e medicamentos
(p.ex., antiácidos e laxantes contendo magnésio, as prostaglandinas, a
serotonina e mesmo a cafeína).
A hiperproliferação bacteriana (crescimento de bactérias intestinais normais em
quantidades anormalmente elevadas ou o crescimento de bactérias
0
normalmente não encontradas nos intestinos) pode causar diarreia. As
bactérias intestinais normais possuem um papel importante na digestão. Por
essa razão, qualquer alteração destas pode provocar diarreia.
20
Alimentos e Medicamentos que Podem Causar Diarreia
Ingrediente Que Causa a
Alimentos e Medicamentos
Diarreia
Sumo de maçã, sumo de pêra, Hexitóis, sorbitol, manitol
pastilhas sem açúcar, menta
Sumo de maçã, sumo de pêra, Frutose
T
uvas, mel, tâmaras, nozes, figos,
refrigerantes (sobretudo aqueles
com sabores de frutas)
IM
Açúcar refinado Sacarose
Leite, sorvetes, iogurte Lactose
congelado, iogurte, queijos
moles, chocolate
Antiácidos, contendo magnésio Magnésio
Café, chá, refrigerantes do tipo Cafeína
cola, remédios para dor de
cabeça de venda livre
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Tratamento
A diarreia é um sintoma e o seu tratamento depende da causa. Para a maioria
dos indivíduos com diarreia, basta remover a causa (p.ex., pastilhas elásticas
dietética ou determinado medicamento) para suprimir a diarreia e permitir que o
organismo se recupere espontaneamente. Algumas vezes, a diarreia crónica é
curada pela eliminação do consumo de café ou de refrigerantes do tipo cola,
8©
que contêm cafeína.
0
O caolim, a pectina e a atapulgita activada podem ajudar a tornar as fezes mais
consistentes. Quando a diarreia grave causa desidratação, pode ser necessária
a hospitalização do indivíduo para submetêlo a reposição líquida e electrolítica
20
intravenosa. Desde que o indivíduo não esteja a vomitar e não se sinta
nauseado, a ingestão de líquidos contendo água, açúcares e sais balanceados
pode ser muito eficaz.
A Rectocolite Ulcerativa (Colite Ulcerosa)
É descrita como um processo inflamatório que compromete o intestino grosso,
fazendo com que a mucosa intestinal se apresente inflamada, vermelha,
T
coberta de muco e com ulcerações.
No início do século 20, a Rectocolite Ulcerativa era considerada crónica,
irreversível, comprometendo, na maioria das vezes, o recto e o colón sigmóide
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Incidência e prevalência
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sem, no entanto, atingir níveis de significância. Na Inglaterra e no Pais de
Gales a frequência é de 1,5 mulheres para 1 homem.
Causas
8©
A causa infecciosa da Rectocolite Ulcerativa, pode ser invalidada devido a
menor incidência da Rectocolite Ulcerativa nos países subdesenvolvidos, onde
seria de se esperar uma maior incidência das doenças de natureza infecciosa.
A favor dessa não infecção tem também o fato de se saber que a Rectocolite
Ulcerativa não se transmite por contágio.
O factor genético, por outro lado, deve ser valorizado. Há uma incidência
0
familiar da Rectocolite Ulcerativa maior que na população geral. Outra pista
genética é a evidente associação entre a Espondilite Anquilosante, uma
doença estabelecida por gene autossómico dominante ligado ao HLAb27, e a
20
Rectocolite Ulcerativa.
Pesquisas recentes tentam explicar a participação do sistema imunológico na
ocorrência da Rectocolite Ulcerativa. Não há dúvida de que, muitas vezes,
pode observarse algum distúrbio da imunidade no paciente com Rectocolite
Ulcerativa, demonstráveis em exames de laboratório, como por exemplo, a
síntese e secreção de imunoglobulinas, especialmente a IgA.
Os elementos causais de origem psicológica foram destacados no final da
T
década de 40. Alguns argumentos podem ser apresentados a favor de
elementos psicossomáticos na génese da RCU: em 75% dos casos de
Rectocolite Ulcerativa podese identificar alguma sorte de stress; a morte
IM
O stress é, de fato, desencadeador dos ataques de Rectocolite Ulcerativa mas,
atrapalhando as investigações, observase que tais ataques ocorrem, também,
em situações onde não se detecta o stress. Inversamente, noutras ocasiões, há
fortes componentes emocionais sem que desencadeie um ataque da doença.
Portanto, tem sido um consenso, e isso deve ser aceito, que os factores
emocionais devem ser vistos como fortes elementos contribuidores e
precipitadores da melhor ou da pior fase da doença, mesmo que não possam
ser considerados agentes directamente causadores.
Rua Alfredo Trindade, 4A 1600407 LISBOA PORTUGAL
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Sintomas
No que diz respeito aos progressos efectuados no campo do diagnóstico e da
evolução clínica da Rectocolite Ulcerativa, os mais importantes sintomas para o
diagnóstico são:
Diarreia (mais de 6 evacuações por dia),
8©
Sangue e muco nas fezes,
Presença de úlceras,
Alterações inflamatórias contínuas e sangramento de contacto ao exame
endoscópico.
Cólicas abdominais,
Perda de peso,
Febres.
0
Rectocolite e Cancro
esquerdo. A morte por causa do cancro colorectal é três vezes maior na
população com Rectocolite Ulcerativa do que na população geral.
IM
DOENÇA DE CROHN
A inflamação pode causar dor e levar a evacuações frequentes, resultando em
diarreia.
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O seu diagnóstico pode ser difícil porque os sintomas são semelhantes aos de
outros distúrbios intestinais, como por exemplo, a Síndrome do Cólon Irritável e
a Rectocolite Ulcerativa.
Prevalência
A Doença de Crohn afecta os sexos masculino e feminino em iguais
proporções, e parece correr com certa predominância em algumas famílias
8©
pois, cerca de 20% das pessoas com a Doença de Crohn têm algum parente
com alguma forma de Doença Intestinal Inflamatória, mais frequentemente um
irmão ou irmã e, algumas vezes, um dos pais ou um filho.
Sintomas
NA Doença de Crohn também são muito frequentes os sintomas fora do trato
digestivo. Estes sintomas incluem a artrite, febre, úlceras na boca e
0
crescimento mais lento.
Artrite
20
Manifestase por edema, dor e rigidez das articulações, podendo ocorrer
durante as crises intestinais ou mesmo fora delas. Aproximadamente 30% dos
pacientes com Doença de Crohn e 5% dos pacientes com Rectocolite
Ulcerativa têm artrite. Os joelhos e tornozelos são as articulações mais
envolvidas. O edema dura geralmente algumas semanas e desaparece sem
deixar lesão permanente.
T
Febre
A febre é um sinal de inflamação e comum durante uma exacerbação dos
sintomas intestinais, aparecendo tanto na Doença de Crohn como na
IM
Úlceras na Boca
Pequenas ulcerações no interior da boca são outro sintoma de Doença de
Crohn. Estas úlceras são semelhantes a aftas e aparecem durante a fase de
crise aguda da inflamação no intestino. Desaparecem quando a inflamação no
intestino é tratada.
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Crescimento
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Controlandose a inflamação e a alimentação voltar ao normal, o crescimento
deverá recomeçar.
Para o diagnóstico da Doença de Crohn são necessários um exame físico
minucioso e uma série de testes. Podem ser feitos exames no sangue para
pesquisa de anemia, e exames de fezes para detectar sangramento intestinal.
Os exames do sangue também poderiam descobrir uma contagem de
0
leucócitos alta como um sinal de inflamação. Podem ser pedidas radiografias
gastrointestinais.
20
Também deve ser feita uma colonoscopia para ver qualquer inflamação ou
sangramento e, durante o exame, fazse biópsia da mucosa intestinal.
Causas
A causa da Doença de Crohn ainda não é conhecida. Factores ambientais,
alimentares, genéticos, imunológicos, infecciosos e raciais têm sido
exaustivamente investigados como possíveis causadores da patologia.
T
Portanto, não se conhece a causa da Doença de Crohn e são muitas as teorias
sobre o que poderia causála. Uma das teorias mais populares é a imunológica.
De acordo com essa ideia, o sistema imunológico do organismo reagiria a
IM
algum vírus ou bactéria, causando inflamação contínua do intestino.
A influência da genética na Doença de Crohn é complexa. Uma das
dificuldades é a constatação de que a vasta maioria dos filhos de pacientes
com Doença de Crohn não desenvolve a doença.
Em segundo lugar, 90% das pessoas com Doença de Crohn ou não têm
parentes com a doença. Apesar disso, há fortes evidências da participação de
elementos genéticos na Doença de Crohn, como por exemplo, as diferenças na
frequência da doença entre vários grupos étnicos, incluindo aí os judeus, e os
estudos de famílias onde a Doença de Crohn seja prevalente.
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Ansiedade, Stress e Doença de Crohn
A tensão emocional pode influir no curso e evolução da Doença de Crohn. A
ansiedade devida aos problemas causados pelas pressões da vida moderna
talvez seja a emoção que mais pesa nos indícios científicos que a ligam ao
começo da doença e ao curso da recuperação.
8©
Quando a ansiedade serve para que nos adaptarmos a alguma situação nova,
para nos prepararmos para lidar com algum perigo, ela está nos ajudando. Mas
na vida moderna a ansiedade é, na maioria das vezes, fora de propósito e
dirigida para o alvo abstracto. Repetidos momentos de ansiedade indicam altos
níveis de stress.
Tratamento
0
O tratamento para a Doença de Crohn depende da localização e severidade da
doença e das complicações. Os objectivos do tratamento são controlar
inflamação, deficiências nutricionais correctas e aliviam sintomas como dor
20
abdominal, diarreia e sangramento rectal. O tratamento pode incluir drogas,
suplementos nutricionais, cirurgia ou uma combinação destas opções. No
momento, o tratamento pode ajudar a controlar a doença, mas não há cura.
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F o r m Anatomofisiol
a ç ã o T é c n i c aogia
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ANATOMOFISIOLOGIA
SISTEMA RESPIRATÓRIO
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CAVIDADE TORÁCICA
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A cavidade torácica esta dividida em três partes: cavidade pleural direita,
cavidade pleural esquerda e mediastino.
a) Pleura
0
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T
A pleura consiste em 2 camadas que são contínuas uma com a outra.
IM
O pulmão é envolvido por uma camada que se denomina por pleura visceral,
que penetra nas fissuras e faces interlobulares.
As 2 camadas colocamse uma oposta a outra e são lubrificadas pelo líquido
pleural.
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A pleura parietal é denominada de acordo com a região que passa, pleura
costal (costelas), pleura diafragmática (diafragma), pleura mediastinal
(mediastino).
A parte da pleura que cobre a raiz do pulmão e se prolonga até o diafragma é
denominada ligamento pulmonar e a pleura cervical prolongase até o pescoço
pela abertura torácica superior.
8©
b) Pulmões
0
20
T
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O pulmão esquerdo é ligeiramente menor devido ao coração e o pericárdio se
localizarem mais à esquerda da linha mediana e o pulmão direito é maior,
porém mais curto.
Uma linha que vai da terceira vértebra torácica, posteriormente, até a
articulação costocondral na margem inferior do pulmão é a referência de
superfície da fissura oblíqua, acima dessa linha é o lobo superior, abaixo dessa
linha é o lobo inferior, no pulmão direito ainda existe uma segunda linha que é
a fissura horizontal, que se estende anteriormente a partir da fissura oblíqua na
linha axilar até a quarta cartilagem costal.
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VIAS RESPIRATÓRIAS
Fazem parte das vias respiratórias, segundo a Nomina Anatómica do comité
internacional de nomenclatura anatómica, os seguintes órgãos: nariz , cavidade
nasal, faringe, laringe, traqueia e brônquios com suas divisões.
Nariz e cavidade nasal
8©
O nariz esta dividido em 2 partes pelo septo nasal, formado por osso (vómer e
etmóide) e cartilagem, a sua base é formada pelo palato duro e o tecto pela
lâmina crivosa do osso etmóide, as paredes laterais são formadas por 3
conchas.
As cavidades nasais e os seios nasais são forrados de epitélio colunar ciliado.
0
Posteriormente cada cavidade nasal abrese para a faringe, a essa abertura se
dá o nome de coana e mede aproximadamente 2,5 cm por 1,25 .
Faringe
20
É uma cavidade fibromuscular afunilada com cerca de 15 cm de comprimento.
Dividese em 3 partes:
Nasofaringe atrás da cavidade nasal, o tecto é formado por ossos do crânio,
acima do palato mole, as tubas auditivas abremse uma de cada lado da
nasofaringe, isto regula a pressão aérea nos dois lados da membrana
T
timpânica.
Orofaringe situase atrás da cavidade bucal, abaixo do palato mole e
estendese até a laringe , nessa área há as tonsilas palatinas (amígdalas), que
IM
são tecidos linfóides que atuam como filtro protegendo o trato respiratório de
infecções.
Laringofaringe localizase atrás da laringe .
Essas três regiões apresentam 3 funções:
· Filtrar o ar
· Humedecer o ar
· Elevar a temperatura do ar, se necessário.
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Laringe
Estendese ao nível da terceira vértebra cervical até a margem inferior da sexta
vértebra cervical, a laringe é sustentada por duas cartilagens hialina e elástica,
a tireóide e a cricóide.
A cartilagem tireóide (maçã de Adão) são duas lâminas que são fundidas na
linha mediana.
8©
A cartilagem cricóide forma o único anel completo de cartilagem.
A epliglote situase acima das pregas vocais e serve para dirigir alimentos e
líquidos para o esófago.
Traqueia
É um tubo de 12 cm de comprimento que se estende da cartilagem cricóide da
0
laringe (C6) até o ângulo esternal (T5) onde se bifurcam os brônquios.
A traqueia é formada por 16 a 20 peças de cartilagem em forma de C, o círculo
20
é completado por músculo liso involuntário e as cartilagens unidas por tecido
fibroelástico.
A bifurcação da traqueia é denominada por carina.
A árvore brônquica
Dividese da seguinte maneira: Carina
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Pulmão direito – brônquio principal direito, lobo superior (brônquio segmentar
apical, brônquio segmentar posterior, brônquio segmentar anterior), lobo médio
(brônquio segmentar lateral, brônquio segmentar medial), lobo inferior
(brônquio segmentar apical, brônquio segmentar basilar medial, brônquio
segmentar basilar anterior, brônquio segmentar basilar lateral, brônquio
segmentar basilar posterior.
8©
Pulmão esquerdo – brônquio principal esquerdo, Lobo superior (brônquio
segmentar ápice posterior e brônquio segmentar anterior), Língula (superior e
inferior) e Lobo inferior (brônquio segmentar apical, brônquio segmentar basilar
anterior, brônquio segmentar basilar lateral e brônquio segmentar basilar
posterior)
Mecanismos da Respiração
Inspiração
0
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Inspiração em repouso da segunda a
sétima costela o movimento ocorre em 2
direcções: ao redor do eixo esterno
vertebral (alça de balde) que aumenta o
diâmetro transverso do tórax e ao redor da
articulação costovertebral (braço de
bomba) que aumenta o diâmetro ântero
posterior. As fibras do diafragma contraem
T
se e as vísceras abdominais superiores são
comprimidas e os músculos abdominais
relaxam, aumentando o diâmetro vertical do
tórax .
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Expiração
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realizada pelos músculos abdominais e
grande dorsal.
Referências de superfície
Laringe
0 Traqueia
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Sexta vértebra cervical até o ângulo
esternal ou quarta vértebra torácica.
Pulmões
Oitava costela linha axilar média.
Décima costela linha do ângulo inferior da escápula.
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Diafragma depende muito da posição do indivíduo, a cúpula direita fica a
nível da articulação xifoesternal (quinta costela, 1 a 2 cm abaixo do mamilo)
anteriormente, e posteriormente a nível do corpo de T9 (1 a 2 cm abaixo do
ângulo inferior da escápula, a cúpula esquerda fica anteriormente a nível da
sexta costela (2,5 cm abaixo do mamilo) e posteriormente 2,5 cm abaixo do
ângulo inferior da escápula.
8©
Os níveis de medição do tórax são:
Quarta cartilagem costal
Processo xifóide
Nona cartilagem costal
Mediastino
O mediastino superior é formado
pelo arco aórtico e seus ramos,
tronco braquiocefálico, artérias
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O mediastino inferior e dividido em 3 partes :
Mediastino anterior – entre o pericárdio e o corpo do esterno, contém tecido
gorduroso e 2 ou 3 linfónodos .
Mediastino posterior – entre o pericárdio e o diafragma e oitava vértebra
torácica, contém a parte torácica descendente da aorta, nervos simpáticos e
vago, ducto torácico, linfónodos e esófago .
8©
mediastino médio contém o coração e pericárdio, parte ascendente da aorta,
metade inferior da veia cava superior, bifurcação da traqueia, brônquios
principais, artérias pulmonares, veias pulmonares, nervos frénicos e linfónodos.
Anatomia da árvore traqueobrônquica
Anatomicamente o sistema
respiratório dividese em duas
0 partes:
alveolares e sacos
alveolares, é nesta
segunda porção ocorre a
troca gasosa.
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A traqueia é revestida de epitélio colunar
ciliado, contendo abundantes glândulas
secretoras de muco e caliciformes , a sua
parede é uma membrana fibroelástica e nos
hiatos da traqueia há uma bainha muscular ,
importante para o mecanismo da tosse .
nem glândulas excretoras e caliciformes nem cartilagem.
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Aparelho Cardiovascular, Linfático e Patologias Associadas
Form ação Técnica e Profissional Especializada
ANAT O M O FI SI O L O GI A
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APARELHO CARDIOVASCULAR
LINFÁTICO E DOENÇAS ASSOCIADAS
0 19
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T
IM
Aparelho Circulatório Linfático e Cardiovascular
O aparelho circulatório é constituído por: um órgão muscular o coração e vasos
sanguíneos que permitem a circulação do sangue a todas as partes do
organismo. O coração é
um músculo formado
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por quatro bombas
distintas: duas de
preparação, os átrios
ou aurículas; e duas
bombas de pressão, os
ventrículos. O coração
está localizado no
centro do tórax, entre
O coração está dividido em duas metades: esquerda e direita, cada uma delas
subdivididas em duas câmaras. As câmaras superiores, os átrios também
designados por aurículas; as câmaras inferiores, os ventrículos.
O Átrio funciona, em grande parte, como uma bomba primária (fraca) que
aumenta aproximadamente em 30% a eficácia dos ventrículos.
O Ventrículo, por sua vez, fornece a força principal
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que arremessa o sangue pela circulação
pulmonar. Durante a sístole ventricular
(Período de contracção), uma grande quantidade
de sangue acumulase nos Átrios (Aurículas),
devido ao encerramento das válvulas. Como
consequência, logo que termina a sístole e as
pressões sistólicas começam a cair, de volta aos
seus valores diastólicos (relaxamento ou
0
dilatação), as pressões moderadamente
aumentadas nos Átrios, promovem a abertura
das válvulas, permitindo o rápido fluxo de
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sangue para os ventrículos.
Todas essas válvulas se fecham e se abrem passivamente.
Do lado esquerdo do coração só passa sangue arterial, rico em oxigénio (O2),
e do lado direito só passa sangue venoso, saturado de gás carbónico (CO2).
Na pequena circulação (ver diagrama anterior), o sangue venoso que chegou
ao átrio direito, passa para o ventrículo direito pela válvula tricúspide e, através
da artéria pulmonar, é lançado nos pulmões.
Depois de sofrer a hematose (transformação do sangue venoso em arterial
nos pulmões pelo contacto com o oxigénio do ar respirado), o sangue
oxigenado tornase outra vez arterial retornando ao átrio esquerdo. Em resumo
é uma circulação coração – pulmão – coração.
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Regulação da Função Cardíaca
Quando uma pessoa está em repouso, o coração deve bombear apenas 4 a 6
litros de sangue por minuto. Porém, durante o exercício moderado pode ser
necessário bombear de 4 a 7 vezes esta quantidade. Na presente secção, vão
estudarse os meios pelos quais o coração se pode adaptar a tais aumentos
extremos do débito cardíaco.
0
Os dois mecanismos básicos pelos quais a acção de bomba do coração é
regulada, são:
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(1) Auto – regulação intrínseca de bombeamento em resposta às alterações no
volume de sangue que chega ao coração e
(2) Controle reflexo do coração pelo sistema nervoso autónomo.
Efeito da frequência cardíaca sobre a função do coração como uma
bomba.
T
Em geral, quanto mais vezes o coração bate por minuto, mais sangue ele pode
bombear, porem, há limitações importantes a esse efeito. Uma vez que a
frequência cardíaca se eleve acima de um nível crítico, a força de contracção
diminui, provavelmente devido ao esgotamento de substratos metabólicos no
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miocárdio.
Vasos Sanguíneos
O coração e os vasos sanguíneos formam um sistema de transporte que
distribui a todas as células do corpo os materiais necessários para o seu
funcionamento adequado e retira de todo o corpo os produtos do metabolismo.
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T
IM
Ao trazer oxigénio e materiais nutritivos às células e ao remover o dióxido de
carbono e outros elementos metabólicos, a circulação estabelece um modo de
comunicação entre as células e o meio externo.
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T
IM
Nos níveis mais elevados da escala evolucionária, a circulação adquire funções
suplementares, como por exemplo, a disseminação de hormonas, que são
importantes para muitas células do corpo, mas manufacturadas apenas por
órgãos e / ou tecidos especializados, bem como a distribuição de gorduras e
hidratos de carbono dos depósitos de armazenamento, para regiões onde eles
são utilizados. Vários mecanismos para defesa do organismo são também
transportados pelo sistema vascular e podem ser distribuídos através da
corrente circulatória a regiões onde ocorra injúria ou invasão.
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apenas de maneira indirecta, através da mediação de um fluído extra
celular no qual todas as células estão imersas.
As substancias que deixam o sistema vascular através das paredes dos seus
ramos menores, os capilares, penetram no fluído extracelular e em seguida
atravessam a membrana celular para atingir o interior da célula, Este conceito
revela um meio interno constante que se comunica, de um lado com o sangue
circulante e de outro lado, com as células, é fundamental para a moderna
fisiologia.
0
O sistema cardiovascular inclui o coração, artérias, capilares e veias, todos
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diferentes na sua função e estrutura. O coração fornece a força motriz que
impele o sangue através do sistema, as artérias levam sangue do coração para
os tecidos do corpo e as veias devolvem o sangue ao coração. As artérias são
um sistema ramificante de vasos que se subdividem de uma maneira mais ou
menos ordenada em ramos cada vez mais numerosos e de calibre cada vez
menor e que, eventualmente se abrem nos capilares.
menores ramos
terminais da arvore
arterial aos menores
ramos que formam o
início do sistema
venoso.
células que eles servem, embora o fluído extracelular se interponha sempre,
entre a parede capilar e a membrana
celular.
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redes capilares para o interior das
veias, que formam um sistema
ramificante semelhante àquele das
artérias. Aqui, porém, as veias unem
se em vasos cada vez menos
numerosos e de diâmetro cada vez
maior a medida que se aproximam do
coração.
formando canais progressivamente mais amplos, até que acabam por drenar
para dentro das grandes veias, próximas do coração.
O fluído contido nesses canais, a linfa, carrega solutos que se difundem para
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dentro dos canais a partir do fluído extracelular e os devolvem ao sangue
circulante. Muitos dos canais linfáticos maiores são guarnecidos de válvulas
que dirigem o fluxo em direcção as veias. Os vasos linfáticos atravessam
sempre um ou mais lóbulos linfáticos.
Artérias
São tubos cilindróides, elásticos, nos quais o sangue circula
centrifugamente em relação ao coração.
Calibre
0 8©
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Tendo em vista seu calibre, as artérias podem de um modo simplificado serem
classificadas em artérias de grande, médio e pequeno calibre e arteríolas.
As de grande calibre tem diâmetro interno 7 mm a 25 mm, as de médio calibre
entre 2,5 a 7 mm, as de pequeno entre 0,5 e 2,5 mm e arteríolas com menos
de 0,5 mm de diâmetro interno.
Levando em conta a sua estrutura e função, as artérias classificamse em:
T
Elástica ou de grande calibre; Distribuidoras (ou ainda musculares) ou de
tamanho médio; Arteríolas, que são os menores ramos das artérias e oferecem
maior resistência ao fluxo sanguíneo, contribuindo assim para reduzir a tensão
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Elasticidade
uma energia potencial que mantém até certo grau a tensão durante a diástole
(dilatação) ventricular.
As artérias podem dilatarse no sentido transversal para conter maior volume
de sangue; podem também distenderse no sentido longitudinal, atendendo aos
deslocamentos dos movimentos corpóreos. Em geral, as artérias encontramse
em estado de tensão no sentido longitudinal, o que explica a retracção das
duas extremidades do vaso quando seccionado transversalmente.
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Ramos
As artérias emitem ramos terminais e ramos colaterais.
Ramos Terminais
Quando a artéria
0 dá ramos e o
tronco principal
deixa de existir por
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causa desta
divisão (em geral
bifurcação) dizse
que os ramos são
terminais.
Ramos
Colaterais
T
São assim
classificados quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a
existir. Entre eles situamse na grande maioria dos ramos arteriais.
IM
Número
O número de artérias que irriga um determinado órgão é muito variável, mas
está em relação não apenas com o volume do órgão, mas principalmente com
sua importância funcional e mesmo com sua actividade em determinados
momentos. Geralmente um órgão ou uma estrutura recebe sangue de mais que
uma artéria embora haja excepções; exemplo: rins e baço.
Situação
As artérias podem ser superficiais ou profundas. As artérias superficiais em
geral são oriundas de artérias musculares e destinamse á irrigação da pele,
sendo por isso mesmo de calibre reduzido e distribuição irregular.
A quase totalidade das artérias são profundas, e isto é funcional pois nesta
situação as artérias encontramse protegidas. As artérias têm "filia" pelos ossos
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e "fobia" pela pele. Às vezes, a contiguidade entre artéria e osso é tão
acentuada que ela faz sulcos nos ossos. Ao nível das juntas, as artérias
principais ficam na face de flexão, onde são mais protegidas contra as
tracções.
As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias, tendo estas
o mesmo trajecto, calibre semelhante e em geral o mesmo nome da artéria que
a acompanha, sendo chamadas veias satélites.
0
Quando seguem juntos; artéria, veias e nervos, o conjunto recebe o nome de
feixe vásculo – nervoso. Alguns pequenos trechos de artérias profundas
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apresentam trajectos superficiais, e disto se aproveitam os médicos para
aplicações práticas. Assim, a artéria radial é superficial ao nível da extremidade
distal do antebraço, do que se vale o médico para comprimila contra o rádio e
pesquisar a pulsação.
Veias
São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação ao
T
coração. As veias fazem sequência aos capilares e transportam o sangue
que já sofreu trocas com os tecidos, da periferia para o centro do sistema
circulatório que é o coração.
IM
Forma
É variável de acordo com a quantidade de sangue no seu interior. Quando
cheias de sangue, as veias são mais ou menos cilíndricas; quando pouco
cheias ou mesmo vazias são achatadas. Fortemente distendidas apresentam
se moniliformes ou nodosas devido a presença de válvulas.
Calibre
Como para as artérias, as veias podem ser classificadas em veias de grande,
médio e pequeno calibre e vénulas, estas ultimas seguindose aos capilares.
As veias em geral têm maior calibre que as artérias correspondentes. Em
virtude da menor tensão do sangue no seu interior e de possuir paredes mais
delgadas, as veias são muito depressíveis, podendo as suas paredes entrar em
contacto ("colamento") e assim permanecer por algum tempo. O poder de
distensão das veias no sentido transversal é tão acentuado, que elas podem
segundo alguns autores quintuplicar o seu diâmetro.
Tributárias ou Afluentes.
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A formação das veias lembra de perto a formação dos rios. Os afluentes vão
confluindo no leito principal e o caudal deste tornase progressivamente mais
volumoso. As veias recebem numerosas tributárias e o seu calibre aumenta à
medida que se aproximam do coração; exactamente o oposto do que ocorre
com as artérias, nas quais o calibre vai diminuindo à medida que emitem ramos
e se afastam do coração.
Número
0
O número de veias é maior do que o das artérias, não só porque é muito
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frequente a existência de duas veias satélites acompanhando uma artéria,
como também pela existência de um sistema de veias superficiais às quais não
correspondem artérias. Em geral há duas veias a acompanhar uma artéria,
mas há excepções: Exemplo, na porção proximal dos membros há uma veia
satélite; no pénis e no cordão umbilical há duas artérias e uma veia.
Tendo em conta que a velocidade do sangue é menor nas veias que nas
artérias e que as veias têm de transportar o mesmo volume de sangue num
T
Situação
IM
De acordo com a sua localização e em relação às camadas do corpo humano,
as veias são classificadas em superficiais e profundas.
menos nítidas no sexo feminino. As veias superficiais não acompanham as
artérias.
Devido à sua situação subcutânea, é nestas veias que se fazem aplicações de
injecções endovenosas.
As veias profundas podem ser solitárias isto é, não acompanham artérias ou
satélites das artérias. Numerosas veias superficiais comunicam com veias
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profundas e são denominadas veias comunicantes.
As veias da cabeça e do tronco podem ser classificadas em viscerais, quando
drenam as vísceras ou órgãos e em parietais, quando drenam as paredes
daqueles seguimentos.
Anastomoses
0 As anastomoses venosas são mais frequentes que as
arteriais, sendo difícil delimitar o exacto território de
uma drenagem de uma veia. Mesmo a distribuição
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de uma veia é extremamente variável, o que torna
difícil fixar o padrão normal da sua distribuição.
Válvulas
A presença de válvulas é uma das principais características
das veias, embora haja excepções pois, estão ausentes nas
veias do cérebro e nalgumas veias do tronco e do pescoço.
T
As válvulas são pregas membranosas da camada interna da
veia, em forma de bolso.
borda livre voltada sempre na direcção do coração. O espaço delimitado pela
borda aderente que está situado entre a válvula e a
parede da veia, chamase seio da válvula.
Comparandoa com um bolso de vestuário, à costura
do bolso corresponde a borda aderente, à parte sem
costura, a borda livre e a cavidade do bolso ao seio da
válvula.
Quando o sangue contido na veia é impulsionado, ele
empurra a válvula de encontro à parede do vaso,
circulando assim livremente em direcção ao coração. Como a progressão da
Pode haver mais de uma válvula num mesmo ponto de veia, sendo frequente
8©
encontrar duas e mais raramente três. A insuficiência
de uma válvula é a impossibilidade de impedir
completamente o refluxo do sangue. A Insuficiência
de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua
dilatação e consequentemente estase sanguínea: Tal
estado é conhecido pelo nome de varizes.
Capilares Sanguíneos
universal no corpo humano, sendo rara a sua ausência em tecidos ou órgãos,
como é o caso da epiderme ou da cartilagem hialina.
O SISTEMA LINFÁTICO
É um sistema formado por vasos e órgãos linfóides e nele circula a linfa, sendo
basicamente um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxiliar do sistema
venoso.
8©
moléculas do
líquido tecidual
passam para
os capilares
sanguíneos. É
o caso de
moléculas de
grande
0 tamanho, que
são recolhidas
em capilares
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especiais, os
capilares
linfáticos, de
onde a linfa segue para os vasos linfáticos, e destes para troncos linfáticos
mais volumosos, que por sua vez lançam a linfa em veias de médio ou grande
calibre.
Os capilares linfáticos são mais calibrosos e mais irregulares que os
T
Os vasos linfáticos estão ausentes no sistema nervoso central, na medula
óssea, nos músculos esqueléticos (mas não no tecido conjuntivo que os
reveste) e em estruturas avasculares.
Diferenças entre sistema linfático e sistema sanguíneo
8©
ocorre a absorção do líquido tecidual, contudo estes capilares são tubos de
fundo cego. Por outro lado, o sistema linfático não possui um órgão central
bombeador, conduzindo apenas a linfa para vasos de maior calibre que
desembocam
principalmente nas veias
do pescoço. Uma outra
diferença importante é que
aos vasos linfáticos
0 associamse a estruturas
denominadas linfónodos.
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Linfónodos
T
produzem glóbulos brancos, principalmente linfócitos.
Frequentemente encontramse
localizados ao longo do trajecto
dos vasos sanguíneos, como
ocorre no pescoço e nas cavidades torácicas, abdominal e pélvica. Na axila e
na região inguinal são abundantes, sendo em geralmente palpáveis nesta
última. Como reacção a uma inflamação, o linfónodo pode intumescerse e
tornarse doloroso; fenómeno conhecido com o nome vulgar de íngua.
Fluxo da Linfa
O fluxo da linfa é relativamente lento durante os períodos de inactividade de
8©
uma área ou órgão. A actividade muscular provoca o aparecimento de fluxo
mais rápido e regular. A circulação da linfa aumenta durante o peristaltismo
(movimento das vísceras do tubo digestivo) e também com o aumento dos
movimentos respiratórios, mas é pouco influenciada pela elevação da tensão
arterial.
Baço
0
É um órgão linfóide, situado do lado esquerdo da cavidade abdominal, junto ao
diafragma, ao nível das 9ª, 10ª, 11ª costelas. Apresenta duas faces distintas,
uma relacionada com o diafragma – face diafragmática e outra voltada para as
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vísceras abdominais – face visceral. Nesta verificase a presença de uma fenda
– o hilo do baço, onde penetram vasos e nervos. O Baço é drenado pela veia
esplénica tributária da veia aorta.
Timo
Órgão linfóide, formado por uma massa irregular, situado em parte no tórax e
em parte na porção inferior do pescoço. A porção torácica fica atrás do esterno
T
e a porção cervical anteriormente e dos lados da traqueia. O Timo cresce após
o nascimento até atingir seu maior tamanho na puberdade. A seguir começa a
regredir, sendo grande parte da sua substância substituída por tecido adiposo e
fibroso, não desaparecendo, entretanto, totalmente o tecido tímico.
IM
Circulação Sanguínea
A circulação sanguínea é fundamental para que nós como indivíduos biológicos
possamos sobreviver. A circulação é essencial para que as nossas células se
possam manter organizadas em tecidos, os tecidos em órgãos, os órgãos em
sistemas e os sistemas em indivíduos.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
É um sistema que se caracteriza por ser
um sistema fechado. O sangue é o
líquido que circula. O sangue fora dos
8©
vasos é doença – hemorragia. O sangue
circula através de um sistema de tubos
fechados chamados de vasos
sanguíneos e é movido principalmente
pela força propulsora desenvolvida pelo
coração. Quem gera a pressão que
movimenta o sangue é a bomba do
sistema cardiovascular, que é o
0 coração.
O sistema cardiovascular incorpora:
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coração e duas circulações:
Nas duas, vamos encontrar vasos sanguíneos num sistema de distribuição
T
(sistema arterial). O Sangue transportado pelas artérias na circulação pulmonar
é venoso, e é o sangue que saindo do coração vai para os pulmões para ser
oxigenado.
IM
Sistema de Troca – Sistema de Capilares
Sistema de Retorno – Sistema Venoso (Colector)
Sistema de Distribuição – Sistema Arterial
No sistema de troca, vamos ter a grande artéria Aorta, emitindo artérias
menores para o fígado, tubo digestivo, rins, membros inferiores, cabeça,
braços, etc.... As artérias vão ramificarse em artérias menores, as arteríolas.
As arteríolas, em capilares. Os capilares conduzem o sangue para pequenas
veias (vénulas). Essas vénulas conduzem o sangue para veias maiores e
essas convergem nas veias cavas superior e inferior.
Diferença entre Circulação Pulmonar e Sistémica
Não existe diferença entre a quantidade de sangue que circula por minuto. O
volume de sangue que circula no sistema cardiovascular por minuto é chamado
de Débito Cardíaco. O Débito Cardíaco é o mesmo para a pequena circulação
como para a grande circulação.
8©
O que nós vamos encontrar no sistema arterial de ambas as circulações, é a
pressão mais elevada, pois o sangue circula do coração para o corpo e volta ao
coração. E quem fornece essa energia para circular é o coração.
Então, no início do sistema circulatório é de se esperar que a pressão
sanguínea seja elevada. A pressão arterial é bem mais elevada do que a
pressão dos capilares, que por sua vez é mais elevada do que nas veias.
0 No sistema venoso, a pressão é
mais baixa e tem capacidade de
reservatório. Além de colectar o
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sangue, ele o reserva. No
sistema capilar o que
caracteriza é a estrutura para
facilitar as trocas de
substâncias entre o sangue e o
liquido intersticial.
A estrutura dos vasos sanguíneos obedece à função; as grandes artérias são
T
suficientemente elásticas para receber o sangue e para o expelir.
As arteríolas possuem uma musculatura lisa. Quando essa musculatura se
contrai, ela faz a vasoconstrição. Quando essa musculatura se relaxa, ela faz a
IM
vasodilatação.
Mas além disso, através desse mecanismo de vasodilatação, num lugar e
vasoconstrição no outro, o sangue é dirigido prioritariamente para os locais
mais necessitados. Então quando nos encontramos no período digestivo, vai
ocorrer uma vasodilatação, enviando mais sangue para o canal alimentar.
Durante uma actividade física. Por exemplo, um animal numa situação de
emergência vai ter que fugir ou lutar, então, nesse momento não é interessante
estar a fazer a digestão. Nessa situação, o sistema nervoso programa a
vasodilatação dos músculos e a vasoconstrição no tubo digestivo. Existem,
portanto, duas maneiras utilizadas pelo sistema cardiovascular para atender à
8©
necessidade de fluxo
sanguíneo, de acordo com as
exigências.
1 – Aumentar a velocidade de
circulação
2 – Produzir vasoconstrição e
vasodilatação
0 Os capilares têm uma estrutura
de paredes bastante finas,
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facilitando o sistema de trocas.
As vénulas são mais espessas
e as veias são complacentes.
Circulação do Sangue no Coração
T
O sangue chega ao coração através das veias cavas superior e inferior que
chegam ao átrio direito; do átrio direito, desce para o ventrículo direito e sai
deste pelo tronco pulmonar que se bifurca nas artérias pulmonares.
IM
O sangue chega aos pulmões e volta ao coração pelas veias pulmonares, esse
sangue chega ao átrio esquerdo, desce para o ventrículo esquerdo, e sai pela
Aorta.
Uma coisa muito importante na circulação do sangue no coração, é o processo
rítmico de contracção do coração e a existência das válvulas, que são
estruturas que direccionam o sangue.
Lado direito:
Tricúspide
Lado esquerdo: Mitral
ou Bicúspide
8©
e pulmonares. Uma
característica
funcional diferencial
do coração como um
órgão muscular, é
que o coração,
mesmo se fossem
cortados os nervos
0 cardíacos,
batendo.
ele continuaria
20
O coração tem uma propriedade
chamada automatismo. O que
acontece é que toda a célula
cardíaca é capaz de se auto
excitar e é capaz de determinar
a sua própria contracção.
T
Na verdade, existe um tecido especial no coração, chamado tecido ou sistema
de Purkinge (ou tecido nodal) que é mais eficiente para realizar este processo
IM
de auto excitação. Devido a essa capacidade, o sistema acaba por controlar
todo o coração.
No coração existem comunicações entre as membranas das células cardíacas,
facilitando o impulso. A excitação eléctrica passa rapidamente de uma célula
para outra. Isso porque o coração possui a característica de as células se
intercomunicarem. Assim, essas células geram a capacidade de
despolarização e a excitação dandose mais rapidamente, passa a comandar o
resto.
Dentro desse sistema de Purkinge vamos ter um conjunto de estruturas
chamadas "Nós". O Nó sino atrial que é o mais
rápido, é que comanda todo o coração. Ele
determina o ritmo cardíaco. É o Nó sino atrial que
gera aquela excitação e se propaga ao Nó atrio
ventricular. Chegando ao Nó A.V., ele sofre um
retardamento e diminui de velocidade. Depois,
esse impulso chega ao feixe de his, descendo
8©
pelos ramos direito e esquerdo. Nesse momento
não há passagem de impulso para a musculatura.
O impulso só passará para a musculatura quando
chegar às redes de Purkinge.
0
primeiro a ponta, o sangue é todo direccionado para cima.
Circulação portal: é um sistema auxiliar do sistema venoso. Um certo volume
20
de sangue procedente do intestino é transportado para o
fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue. As
veias recolhem novamente o sangue, incorporandoo à
circulação geral até a aurícula direita.
O fígado é a maior víscera do corpo humano,
correspondendo a 1/5 do peso corporal em adultos e
1/20 do peso corporal de um neonato.
T
Situase no quadrante superior direito do abdómen,
aderido à superfície inferior do diafragma. É, essencialmente, uma massa de
células permeada por um complexo mas organizado sistema de canais que
IM
transportam o suprimento sanguíneo e a bile. Recebe 2530% do débito
cardíaco.
Hipertensão Portal
A hipertensão portal é definida como uma
pressão sanguínea anormalmente elevada na
veia porta, uma veia de grande calibre que
transporta o sangue do intestino ao fígado. A veia
porta recebe o sangue oriundo de todo o intestino,
do baço, do pâncreas e da vesícula biliar. Após entrar no
fígado, o sangue é distribuído para pequenos canais disseminados por todo o
órgão. Ao deixar o fígado, o sangue retorna à circulação geral através da veia
hepática. Dois factores podem aumentar a pressão sanguínea nos vasos
sanguíneos do sistema porta: o volume de sangue que circula através dos
vasos e o aumento da resistência ao fluxo sanguíneo através do fígado.
Sangue
0 8©
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O sangue é um tecido líquido, viscoso, de cor vermelha, que circula por todo o
corpo através de um sistema fechado, impulsionado pela força das contracções
cardíacas, transportando substâncias em quantidades necessárias às células
dos outros tecidos e trazendo os resíduos eliminados.
T
Essa troca de substâncias entre os tecidos, é feita através da osmose,
mantendo assim um equilíbrio. Se observarmos uma amostra de sangue,
estaremos a ver uma solução mais solvente.
IM
Soluto = elementos figurados
Solvente = plasma ou soro
8©
sempre em constante substituição, pois o seu tempo médio
de vida é de 120 dias. A principal proteína encontrada na
Hemácia é a hemoglobina, rica em ferro, responsável pela
coloração do sangue e pelo transporte de gases.
Quando se combina com o oxigénio forma a oxumoglobina
(sangue arterial) tendo uma coloração mais clara. Quando se combina com o
gás carbónico forma a carmoglobina (sangue venoso) e apresenta uma
0
coloração mais escura.
Leucócitos.
T
Leucócitos – ou glóbulos brancos, são os responsáveis pela defesa do
organismo. Num indivíduo sadio são encontrados cerca de 7 mil por milímetro
cúbico.
IM
substância que inactiva a acção dos micróbios e das toxinas.
8©
microrganismos desconhecidos, atacandoos e destruindoos. Quando eles
identificam um invasor, recebem uma ordem para sair do vaso através dos
poros (ocorre a diapedese). Quando se encontram a combater o invasor,
ocorre a fagocitose. Quando o invasor é destruído, formase o piócito (célula de
pus).
Contando o número de leucócitos do sangue através do exame denominado
Hemograma, podemos saber em que condição está o nosso organismo. O
0
aumento de número de leucócitos no sangue indica um processo infeccioso, ao
qual se dá o nome de leucocitose. O número baixo de leucócitos indica baixa
resistência ao quadro infeccioso, é a leucopenia.
20
Plaquetas ou Trombócitos.
São cerca de 250 mil por milímetro cúbico. São fragmentos de células que são
responsáveis pela coagulação do sangue, com o auxílio de uma proteína, a
fibrina.
T
Plasma – é a parte líquida do sangue, possui 91,5% do volume total de água;
os outros 8,5% são divididos por outras substancias, sendo: 1,5% divididos
entre ácido úrico, bicarbonato, sódio, cloro, colesterol, ferro, fosfato, glicose,
magnésio, potássio, cálcio, sulfato e ureia. São os mais importantes para a
IM
medicina. Os restantes 7% são proteínas. A Albumina, que dá a viscosidade do
sangue e é responsável pelo transporte de lipídeos, hormónios e distribuição
de água. A Globulina, que fabrica um anticorpo para defesas especificas. O
Fibrinogénio, que ajuda na coagulação sanguínea.
ALGUNS DISTÚRBIOS CARDÍACOS
Sopro no coração
É uma alteração no fluxo do sangue dentro do coração provocada
por problemas em uma ou
mais válvulas cardíacas ou
8©
por lesões nas paredes das
câmaras. Na maioria das
vezes, não existem
seqüelas. No entanto,
quando o sopro é muito
forte, decorrente de lesões
nas paredes das câmaras,
ele certamente precisará ser
0 tratado, pois um volume
considerável de sangue sem
oxigênio irá se misturar com
20
o sangue que já foi
oxigenado.
Algumas pessoas já nascem
com válvulas anormais.
Outras vão apresentar esse tipo de alteração por causa de males como a febre
reumática, a insuficiência cardíaca e o infarto, que podem modificar as
válvulas.
T
Sintomas: Sopros são caracterizados por ruídos anormais,
percebidos quando o médico ausculta o peito e ouve um som semelhante
ao de um fole. O problema pode ser diagnosticado de maneira mais
precisa pelo exame de ecocardiograma, que mostra o fluxo sanguíneo
IM
dentro do coração.
Tratamento: Como existem várias causas possíveis, o médico
precisa ver o que está provocando o problema antes de iniciar o tratamento
— que vai desde simples medicamentos até intervenções cirúrgicas para
conserto ou substituição das válvulas, que poderão ser de material
biológico ou fabricadas a partir de ligas metálicas.
Prevenção: Não há uma maneira de prevenir o sopro. Mas existem
formas de evitar que ele se agrave. Para isso, é importante que você saiba
se tem ou não o problema, realizando exames de checkup.
Enfarto do miocárdio
É a morte de uma área do músculo cardíaco, cujas células ficaram
sem receber sangue com oxigénio e nutrientes.
8©
A interrupção do fluxo de sangue para o coração pode acontecer de várias
0
maneiras. A gordura vai se acumulando nas paredes das coronárias (artérias
que irrigam o próprio coração). Com o tempo, formamse placas, impedindo
que o sangue flua
20
livremente. Então, basta um
espasmo — provocado pelo
stress — para que a
passagem da circulação se
feche. Também pode ocorrer
da placa crescer tanto que
obstrui o caminho sanguíneo
completamente, ou seja,
pode acontecer por
T
Dessa forma, as células no trecho que deixou de ser banhado pela circulação
acabam morrendo. A interrupção da passagem do sangue nas artérias
coronárias também pode ocorrer devido contracção de uma artéria
parcialmente obstruída ou à formação de coágulos (trombose).
Prevenção:
Evite o cigarro, o
stress, os
alimentos ricos em
gorduras e o
sedentarismo, que
são os principais
8©
factores de risco.
Também não
deixe de controlar
a pressão arterial.
Tratamento: Em
primeiro lugar, deve
se correr contra o
relógio, procurando
0 um atendimento
imediato — a área
do músculo morta
cresce como uma
20
bola de neve com o
passar do tempo. Se
ficar grande demais,
o coração não terá a
menor possibilidade
de se recuperar.
Conforme a
situação, os
médicos podem
T
optar pela
angioplastia, em que
um cateter é
introduzido no braço
IM
e levado até a coronária entupida. Ali, ele infla para eliminar o obstáculo
gorduroso. Outra saída é a cirurgia: os médicos constroem um desvio da área
enfartada — a ponte — com um pedaço da veia safena da perna ou da artéria
radial ou das artérias mamárias (torácicas).
número de pontes pode variar de 1 a 5, dependendo da necessidade do
paciente.
0 8©
20
T
IM
Cateterismo (angioplastia por stent):
2 Identificada a área
1 Para ver o local da obstruída, colocase um fio 3 Além de esmagar a placa de
obstrução, é inserido um através do cateter. Há um obstrução, o balão, quando
cateter (tubo com um visor) balão vazio nesse fio, que é cheio, monta o stent. A tela de
que identifica até onde o inflado no local de bloqueio, aço, já montada, cola na
sangue ainda chega dentro da esmagando as placas que parede interna da artéria e
8©
artéria. provocaram o entupimento. impede que esta se feche.
Uma evolução: o stent (tela de
aço inoxidável) acompanha o
balão e consegue aumentar a
eficácia do procedimento.
0
20
4 O balão que acompanhou o 5 Depois de instalado o stent,
fio durante a angioplastia o fio é retirado junto com o Não pode ser usada em:
esvazia e é retirado da artéria. tubo do cateter que lhe deu
Mas o stent permanece. No passagem. As possibilidades
momento em que o balão de sucesso da angioplastia · Pessoas com mais de
seca, o sangue volta a circular com stent chegam a 98%. 80 anos;
normalmente. · Pacientes que sofrem
de doenças
hemorrágicas;
· Quem fez a cirurgia
T
nos últimos 6 meses;
· Quem sofreu derrame
cerebral nos últimos
dois anos.
IM
Aterosclerose
Os componentes alterados dão origem a uma resposta inflamatória que altera
progressiva e perigosamente os vasos. Gradualmente desenvolvese fibrose
dos tecidos situados ao redor ou no interior dos depósitos gordurosos e,
frequentemente, a combinação do cálcio dos líquidos orgânicos com gordura
forma compostos sólidos de cálcio que, eventualmente, se desenvolve em
placas duras, semelhantes aos ossos. Dessa forma, no estágio inicial da
aterosclerose aparecem apenas depósitos gordurosos nas paredes dos
vasos, mas nos estágios terminais os vasos podem tornarse extremamente
8©
fibróticos e contraídos, ou mesmo de consistência óssea dura, caracterizando
uma condição chamada arteriosclerose ou endurecimento das artérias.
0
Descobertas recentes indicam que os efeitos protectores do HDL
20
colesterol (“bom colesterol”) derivam não só da remoção do LDL colesterol
dos vasos, mas também por interferirem na oxidação de LDL.
A aterosclerose muitas vezes causa oclusão coronária aguda,
provocando enfarto do miocárdio ou "ataque cardíaco".
Prevenção: Reduzir o peso e a ingestão de gorduras saturadas e
colesterol (presente apenas em alimentos de origem animal), parar de
fumar, fazer exercícios físicos.
T
Arritmia
Toda vez que o coração sai do ritmo certo, dizse que há uma
arritmia. Ela ocorre tanto em indivíduos saudáveis quanto em doentes.
IM
A agitação costuma fazêlo tremer, paralisado, em vez de contrair e
relaxar normalmente. Às vezes surgem novos focos nervosos no músculo
cardíaco, cada um dando uma ordem para ele bater de uma determinada
forma. No caso, também pode surgir a paragem cardíaca.
0 8©
20
Sintomas: Na taquicardia, o principal sintoma é a palpitação. Nas
bradicardias ocorrem tonturas e até desmaios.
T
Tratamento: Em alguns casos, os
médicos simplesmente receitam remédios.
Noutros, porém, é necessário apelar para a
IM
operação. Hoje os cirurgiões conseguem
implantar no coração um pequeno aparelho,
o pacemaker, capaz de controlar
os batimentos cardíacos.
Prevenção: Procure um médico ao
sentir qualquer sintoma descrito acima. Além
disso, tente diminuir o stress no seu diaa
dia. Reduzir o peso e a ingestão de gorduras
saturadas e colesterol (presente apenas em alimentos de origem animal),
parar de fumar, fazer exercícios físicos.
Arteriosclerose
Processo de espessamento e endurecimento da parede das artérias,
tirandolhes a elasticidade. Decorre de proliferação conjuntiva em
substituição às fibras elásticas. Pode surgir como consequência da
aterosclerose (estágios terminais) ou devido ao tabagismo.
O cigarro, além da nicotina responsável pela dependência, tem
8©
cerca de 80 substâncias cancerígenas e outras radioactivas, com perigos
genéticos. Investigações epidemiológicas mostram que esse vício é
responsável por 75% dos casos de bronquite crónica e enfisema pulmonar,
80% dos casos de cancro do pulmão e 25% dos casos de enfarto do
miocárdio. Além disso, segundo pesquisas, os fumadores têm risco entre
100% e 800% maior de contrair infecções respiratórias bacterianas e
viróticas, cancro da boca, laringe, esófago, pâncreas, rins, bexiga e colo do
0
útero, como também doenças do sistema circulatório, como arteriosclerose,
aneurisma da aorta e problemas vasculares cerebrais.
A probabilidade de aparecimento desses distúrbios tem relação
20
directa com o tempo do vício e sua intensidade. O cigarro contrai as
artérias coronárias e, ao mesmo tempo, excita excessivamente o coração;
também favorece a formação de placas de ateroma (aumento de radicais
livres).
Prevenção: Reduzir o peso e a ingestão de gorduras saturadas e
colesterol, parar de fumar, fazer exercícios físicos.
Hipertensão
T
Etnia ou raça: Por motivos também de
Genética: factores genéticos podem ordem genética talvez, a hipertensão
predispor à hipertensão. incida mais e de forma mais severa
sobre negros.
Sexo: Os homens têm mais propensão
à pressão alta do que as mulheres
8©
Idade: A maioria dos estudos mostra
antes da menopausa. Depois empatam
que a hipertensão afecta 50% da
ou pode haver até ligeira
população com idade acima de 60
predominância feminina. Os
anos. Isso depende do grupo étnico e
especialistas estão cada vez mais
do sexo. O mais comum nesses casos
convencidos de que a reposição
é a elevação da pressão máxima, sem
hormonal de estrogénios após a
que ocorra o aumento da mínima, que
menopausa pode prevenir a
é decorrente do endurecimento das
hipertensão, como faz com outras
artérias.
0
doenças cardiovasculares e com a
osteoporose.
20
Como factores genéticos, podemos citar:
· Alta concentração de cálcio na membrana das células
(defeito primário): aumenta a contracção da musculatura lisa das
artérias, fazendoas fecharemse, o que diminui a passagem de
sangue, resultando na hipertensão essencial ou primária (factor
genético;
· Aumento da concentração de sódio nas paredes das
artérias, fazendoas se fecharem cada vez mais (factor genético);
T
pressão arterial.
O uso de anticoncepcionais orais (pílulas anticoncepcionais) também
é um factor que predispõe mais as mulheres à hipertensão.
O cigarro e níveis elevados de colesterol (LDL) também estão entre
os elementos de risco: cerca de 70% do colesterol existente no homem é
produzido pelo próprio organismo, no fígado. O restante provém da
alimentação, dos produtos de origem animal. Por isso, o distúrbio pode ter
origem externa, resultante principalmente de dietas erradas e vida
sedentária, ou interna, de causa genética. A consequência directa é a
aterosclerose, que dificulta ou, às vezes, impede o fluxo sanguíneo na
região.
Prevenção:
8©
· Dieta hipossódica (com pouco sal) e hipocalórica
(sem excesso de calorias);
· Redução de peso;
· Prática de exercícios físicos aeróbicos (de baixa
intensidade e longa duração) ou isotónicos (com
grande movimentação dos membros). Sedentários
devem procurar um cardiologista antes de iniciar
qualquer tipo de exercício;
0 ·
·
Dieta balanceada rica em vegetais e frutas frescas
e pobre em gorduras saturadas e colesterol;
Medir periodicamente (a cada seis meses) a
20
pressão arterial e tratar a diabetes (quando for o
caso);
· Eliminar ou reduzir o fumo e, nos casos de
mulheres hipertensas, eliminar o uso de
contraceptivos orais (são uma bomba para o
coração quando associados ao cigarro);
· Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas;
· Consultar o médico regularmente
T
IM
ANATOMOFISIOLOGIA
8©
SISTEMA EXCRETOR
APARELHO URINÁRIO E REPRODUTOR
E
0 DOENÇAS ASSOCIADAS
20
20
T
IM
SISTEMA EXCRETOR
DEFINIÇÕES SOBRE O FENÓMENO DA ELIMINAÇÃO
O que não é assimilado pelo organismo – O que o organismo não assimila, isto é, os
materiais inúteis ou prejudiciais
8©
ao seu funcionamento deve ser
eliminado.
1Observe, durante 24 horas,
tudo o que o seu corpo elimina –
os resíduos. Certamente
constarão: fezes, urina, suor...
2Os materiais desnecessários
0 ao funcionamento do seu corpo e
por ele expelidos são iguais? –
Não! Há água, substâncias
sólidas (nas fezes) etc.
20
As nossas células produzem
muitos resíduos que devem ser
eliminados (excretados) do
organismo. Esses resíduos são
chamados excretas.
Os resíduos formados a partir
das reacções químicas que
ocorrem no interior das células
T
podem ser eliminados através:
· Do sistema respiratório (gás carbónico)
IM
· Da pele (suor)
· Do sistema urinário (urina)
O gás carbónico é eliminado de nosso organismo pela expiração. A eliminação
de excretas dáse através do suor e da urina.
A pele e o sistema urinário encarregamse de eliminar do nosso organismo os resíduos
das actividades das células e também as substâncias que estão em excesso no
sangue, expelindoos sob a forma de suor (pela pele) e de urina (pelo sistema urinário).
O sistema respiratório encarregase de eliminar do nosso organismo o gás carbónico.
Não confunda fezes com excretas. As fezes são formadas principalmente pelos
restos de alimentos não digeridos; os excretas são produtos das actividades das
células e também substâncias que estão em excesso no sangue
Suor
O suor é um líquido produzido pelas glândulas sudoríparas,
que se encontra na pele. Existem cerca de dois milhões de
8©
glândulas sudoríparas espalhadas pelo nosso corpo; grande
parte delas localizase na fronte, nas axilas, na palma das
mãos e na planta dos pés.
O suor contém principalmente água, além de outras
substâncias, como ureia, ácido úrico e cloreto de sódio (o sal
de cozinha). As substâncias contidas no suor são retiradas
do sangue pelas glândulas sudoríparas. Através de canal
0 excretor – o ducto sudoríparo –, elas chegam até a superfície
da pele, saindo pelos poros. Eliminando o suor, a actividade
das glândulas sudoríparas contribui para a manutenção da
20
temperatura do corpo.
Urina
A urina é composta de aproximadamente 95% de
água. Os principais excretas da urina humana são: a
ureia, o cloreto de sódio e o ácido úrico .
O sistema urinário
As vias urinárias compreendem o ureter, a bexiga e a uretra.
Os nossos tecidos, que recebem do sangue as substâncias nutritivas, ao sangue
abandonam aqueles compostos químicos tóxicos que neles se formam como resultado
do complexo fenómeno da nutrição. Tais substâncias são danosas e devem ser
eliminadas para não intoxicar o organismo e pôr a vida em perigo.
8©
A maior parte
desses produtos é
eliminada por
trabalho do
aparelho urinário;
somente uma parte
mínima é eliminada
pelas glândulas
0 sudoríparas
mediante o suor.
O aparelho urinário
20
tem a tarefa de
separar do sangue
as substâncias
nocivas e de
eliminálas sob a
forma de urina.
Compõese ele dos rins, que filtram o sangue e são os verdadeiros órgãos activos no
trabalho de selecção das substâncias de rejeição; dos bacinetes renais com os
T
respectivos ureteres, que conduzem a urina até a bexiga; da bexiga, que é o
reservatório da urina; da uretra, canal mediante o qual a urina é conduzida para fora.
Juntamente com as substâncias de rejeição, o aparelho urinário filtra e elimina também
água. A eliminação de água é necessária seja porque as substâncias de rejeição estão
IM
dissolvidas no plasma, que é constituído, na sua maior parte, de água, seja porque
também a quantidade de água presente no sangue e nos tecidos deve ser mantida
constante. A água entra na composição de todos os tecidos e da substância intercelular
(que enche os espaços entre as células): ela é o constituinte universal de todos os
"humores" do organismo e tem a tarefa essencial de servir de "solvente" de todas as
substâncias fisiologicamente activas. A água entra no organismo com os alimentos e as
bebidas; em parte se forma no próprio organismo por efeito das reacções químicas que
aí têm lugar; Depois de ter realizado as suas importantes funções, a água deve ser
eliminada: como antes tinha servido de veículo às substâncias nutritivas, agora serve
de veículo às substâncias de rejeição.
APARELHO URINÁRIO
O aparelho urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de
elaborar a urina e armazenála temporariamente até a oportunidade de ser eliminada
para o exterior. Na urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato,
8©
etc. O excesso de ureia e ácido úrico causa Encefalopatia.
0 urina para fora do corpo.
RIM
T
Os rins são em número de dois, direito e esquerdo, com a forma comparável a de um
grão de feijão e tamanho aproximadamente de 12 centímetros de altura e 6 centímetros
de largura. Sua coloração é vermelhoparda.
IM
Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior
da parede posterior do abdómen, estendendose entre a 11ª costela e o processo
transverso da 3ª vértebra lombar.
O rim direito geralmente é um pouco mais baixo que o esquerdo.
Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades.
Das duas faces, uma é anterior e a outra é posterior, as duas são lisas, porém a
anterior é mais abaulada e a posterior mais plana.
As bordas, uma é medial com característica côncava, e a outra é lateral e convexa.
8©
se distribui perifericamente denominado córtex do rim
(córtex renal).
Na região mais central apresenta prolongamento do córtex
formando colunas radiadas que são as colunas renais,
entre as quais se intercalam pirâmides mais escuras
pirâmides renais de base dirigida para a periferia do rim.
Na região mais central do rim, após as pirâmides renais
0 encontramos os cálices renais menores e os cálices renais
maiores. Os cálices renais maiores juntamse formando a
pelve renal que dá origem ao ureter.
20
A borda medial do
rim apresenta
uma fissura
vertical, o hilo, por
onde passam o
T
ureter, artérias e
veias renais,
vasos linfáticos e
nervos formando
IM
em conjunto o
Pedículo Renal.
FISIOLOGIA DO APARELHO RENAL
O nefrónio é a unidade anátomofisiológica do rim, é nele que a urina é elaborada.
8©
Dos cerca de 5 litros de sangue
bombeados pelo coração a cada
minuto, aproximadamente 1.200
ml, ou seja, pouco mais de 20%
deste volume flui, neste mesmo
minuto, através dos nossos rins.
interlobular, no córtex renal, ramificase em numerosas arteríolas aferentes. Cada
arteríola aferente ramificase num tufo de pequenos capilares denominados, em
conjunto, glomérulos.
IM
Os glomérulos, milhares em cada rim, são formados, portanto, por pequenos
enovelados de capilares.
O filtrado glomerular tem o aspecto aproximado de um plasma: um líquido claro, sem
células. Porém, diferente do plasma, tal filtrado contém uma quantidade muito reduzida
de proteínas (aproximadamente 200 vezes menos proteínas), pois as mesmas
dificilmente atravessam a parede dos capilares glomerulares.
O filtrado passa a circular, então, através de um sistema tubular contendo diversos e
distintos segmentos: Túbulo Contornado Proximal, Alça de Henle, Túbulo Contornado
Distal e Ducto Colector.
Na medida em que o filtrado flúi através destes túbulos, diversas substâncias são
reabsorvidas através da parede tubular, enquanto que, ao mesmo tempo, outras são
excretadas para o interior dos mesmos.
Túbulo contornado proximal
Ao passar pelo interior deste segmento, cerca de 100% da glicose é reabsorvida
0 8©
20
T
IM
(transporte activo) através da parede tubular e retornando, portanto, ao sangue que
circula no interior dos capilares peritubulares, externamente aos túbulos.
Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das
proteínas que porventura tenham passado através da parede dos capilares
glomerulares.
Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% das moléculas
de Na+ e de Cl (estes últimos por atracção iónica, acompanhando os catiões).
A reabsorção de Na Cl faz com que um considerável volume de água, por mecanismo
de osmose, seja também reabsorvido.
Desta forma, num volume já bastante reduzido, o filtrado deixa o túbulo contornado
proximal e atinge o segmento seguinte: a Alça de Henle.
Alça de henle
8©
Esta dividese em dois ramos: um descendente e um ascendente. No ramo descendente
a me mbrana é bastante permeável à água e ao sal (Na Cl). Já o mesmo não ocorre com
relação à membrana do ramo ascendente, que é impermeável à água e, além disso,
apresenta um sistema de transporte activo que promove um bombeamento constante
de iões sódio do interior para o exterior da alça, carregando consigo iões de cloreto
(por atracção iónica).
Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado glomerular flúi através do
0
ramo ascendente da alça de Henle, uma grande quantidade de iões de sódio é
bombeada activamente do interior para o exterior da alça, carregando consigo iões de
cloreto. Este fenómeno provoca um acúmulo de sal (Na Cl) Cloreto de sódio no
20
interstício medular renal que, então, se torna hiperconcentrado em sal, com uma
osmolaridade um tanto elevada, quando comparada aos outros compartimentos
corporais. Essa osmolaridade elevada faz com que uma considerável quantidade de
água constantemente flua do interior para o exterior do ramo descendente da alça de
Henle (lembrese que este segmento é permeável à água e ao ( Na Cl ) enquanto que,
ao mesmo tempo, Na Cl flúi em sentido contrário, no mesmo ramo.
Portanto, o fluxo de iões e de água verificase através da parede da alça de Henle:
No ramo descendente da alça de Henle flúi, por difusão simples, Na Cl do exterior para
T
o interior da alça, enquanto que a água, por osmose, flúi em sentido contrário (do
interior para o exterior da alça).
No ramo ascendente da alça de Henle flúi, por transporte activo, Na Cl do interior para
IM
o exterior da alça.
Túbulo contornado distal:
Neste segmento ocorre um bombeamento constante de iões sódio do interior para o
exterior do túbulo. Tal bombeamento devese a uma bomba de sódio e potássio que,
ao mesmo tempo em que transporta activamente sódio do interior para o exterior do
túbulo, faz o contrário com iões de potássio. Esta bomba de sódio e potássio é mais
eficiente ao sódio do que ao potássio, de maneira que bombeia muito mais sódio do
interior para o exterior do túbulo do que o faz com relação ao potássio em sentido
contrário. O transporte de iões de sódio do interior para o exterior do túbulo atrai iões
de cloreto (por atracção iónica). Sódios com cloreto formam o sal que, por sua vez,
atrai água. Portanto, no túbulo contornado distal do nefron, observamos um fluxo de sal
e água do lúmen tubular para o interstício circunvizinho.
A quantidade de sal + água reabsorvida no túbulo distal depende bastante do nível
plasmático da hormona aldosterona, segregado pelas glândulas suprarenais.
Quanto maior for o nível de aldosterona, maior será a reabsorção de Na Cl + H2O e
8©
maior também será a excreção de potássio.
O transporte de água, acompanhando o sal, depende também de uma outra hormona:
ADH (hormona anti diurética), excretada pela neurohipófise. Na presença do ADH a
membrana do túbulo distal tornase bastante permeável à água, possibilitando a sua
reabsorção. Já na sua ausência, uma quantidade muito pequena de água acompanha
o sal, devido a uma acentuada redução na permeabilidade deste segmento.
Ducto colector:
0 Neste segmento ocorre também
20
reabsorção de Na Cl
acompanhado de água, como
ocorre no túbulo contornado
distal.
Da mesma forma como no
segmento anterior, a reabsorção
de sal depende muito do nível da
T
hormona aldosterona e a
reabsorção de água depende do
nível do ADH.
IM
Filtração glomerular:
Na região cortical do rim existem milhares de glomérulos. Cada glomérulo é formado de
um conjunto de capilares. O sangue que flui no interior de tais capilares, chega aos
mesmos, proveniente de uma arteríola denominada arteríola aferente. Esse mesmo
sangue, após fluir pelos capilares glomerulares, dirigese para a arteríola eferente, que
forma uma rede de capilares peritubulares, que envolvem os túbulos renais.
No interior dos capilares glomerulares existe uma considerável pressão hidrostática (60
mmHg), que força o sangue a fluir para frente, em direcção à arteríola eferente, e
também contra a parede dos capilares. No interior da cápsula de Bowmann existe
também uma pressão hidrostática, mas esta é menor (18 mmHg). Outra pressão que
não podemos deixar de mencionar é uma pressão denominada oncótica ou
coloidosmótica (32 mmHg) no interior dos capilares glomerulares, devido à grande
concentração de proteínas no interior dos tais vasos. Este tipo de pressão atrai água do
exterior para o interior dos capilares glomerulares.
Analisandose as três pressões citadas acima, concluise que existe realmente uma
8©
pressão resultante da ordem de 10 mmHg., que pode ser considerada como Pressão
de Filtração, que favorece a saída de líquidos do interior para o exterior dos capilares
glomerulares e, com isso, proporcionar uma boa filtração do sangue.
Análise simplificada do funcionamento renal
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica no interior da
0
cápsula de Bowman formando um
enovelado de capilares
denominados
glomérulo de Malpighi.
20
O sangue arterial é conduzido sob
alta pressão nos capilares do
glomérulo.
Essa pressão, que normalmente é de
70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que parte do
plasma passe para a cápsula de Bowman, processo denominado
filtração.
T
Essas substâncias extravasadas
para a cápsula de Bowman
IM
constituem o filtrado glomerular,
que é semelhante, em composição
química, ao plasma sanguíneo, com
a diferença de que não possui
proteínas, pois estas seriam
incapazes de atravessar os capilares
glomerulares.
O filtrado glomerular passa em seguida
para o túbulo contorcido proximal,
cuja parede é formada por células
adaptadas ao transporte activo
Nesse túbulo, ocorre a reabsorção activa do sódio. A saída desses iões provoca a
remoção do cloro, fazendo com que a concentração do líquido dentro desse tubo
fique menor do que do plasma dos capilares ( hipotónico) que o envolvem.
Com isso, quando o líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle, há
passagem de água por osmose do líquido tubular (hipotónico) para os capilares
sanguíneos (hipertónicos) – ao que chamamos reabsorção.
8©
O ramo descendente percorre regiões
do rim com gradientes crescentes de
0
concentração. Consequentemente, ele
perde ainda mais água para os tecidos,
de forma que, na curvatura da alça de
20
Henle, a concentração do líquido tubular
é alta.
Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça
T
de Henle, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao
transporte activo de sais.
Nessa região, ocorre remoção activa de sódio, ficando o líquido tubular (hipotónico).
IM
Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção
por osmose para os capilares sanguíneos. Ao sair do nefrónio, a urina entra nos ductos
colectores, onde ocorre a reabsorção final de água.
Dessa forma, estimase que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do
plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que
aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido.
Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao longo dos túbulos renais,
reabsorção activa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do túbulo distal,
essas substâncias já não são mais encontradas.
Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais reúnemse para
formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em direcção
ao coração.
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Sistema Excretor – Aparelho Urinário e Reprodutor
Artéria renal Cápsula de Bowman Glomérulo (Filtrado)
Túbulo contorcido proximal Alça de Henle ( ascendente )
Túbulo contornado distal Ductos colectores
8©
A cada minuto, aproximadamente, cerca de 125 ml de filtrado se formam no
interior da cápsula de Bowmann. Tal filtrado é denominado filtrado glomerular.
É fácil imaginar que, se houver uma queda significativa na pressão sanguínea haverá
também, como consequência, uma queda na pressão hidrostática no interior dos
capilares glomerulares. Isso provocará uma queda acentuada na pressão de filtração, o
que reduzirá a filtração glomerular, poupando líquido (volume) para o corpo, numa
0
tentativa de se corrigir a queda da pressão.
O contrário se verificaria num caso de aumento da pressão sanguínea.
20
A angiotensina, potente vasoconstritor, produzido a partir da acção da renina sobre o
angiotensinogénio, exerce importante poder vasoconstritor especialmente sobre a
arteríola eferente. Portanto, um aumento na produção de angiotensina ocasiona uma
vasoconstrição mais acentuada nesta arteríola e, como consequência, um aumento da
pressão de filtração e da filtração glomerular.
Renina – Angiotensina – Aldosterona:
8©
inverso.
Na medida em que o sangue flui no interior de tais capilares, uma parte filtrase através
da parede dos mesmos. O volume de filtrado a cada minuto corresponde a,
aproximadamente, 125 ml. Este filtrado acumulase, então, no interior de uma cápsula
que envolve os capilares glomerulares (cápsula de Bowmann). A cápsula de Bowmann
é formada por 2 membranas: uma interna, que envolve intimamente os capilares
glomerulares e uma externa, separada da interna. Entre as membranas interna e
0
externa existe uma cavidade, por onde se acumula o filtrado glomerular.
URETER
20
É um tubo mais ou menos uniforme de 25
centímetros de comprimento que vai terminar
inferiormente na bexiga urinária.
Descendo obliquamente para baixo e medialmente,
o ureter percorre por diante da parede posterior do
abdome, penetrando em seguida na cavidade
pélvina, abrindose no óstio do ureter situado no
T
assoalho da bexiga urinária.
IM
BEXIGA
A bexiga urinária
é um reservatório incumbido de armazenar
temporariamente a urina.
A bexiga urinária é um órgão muscular oco situado na
cavidade pélvica, posteriormente à sinfise púbica. No
homem, ela está diretamente na frente do reto, na
mulher, ela está na frente da vagina e abaixo do útero.
A forma da bexiga depende de quanta urina ela contém. Quando vazia, ela parece um
balão vazio, tornandose esférica quando levemente distendida à medida que o volume
urinário aumenta.
A capacidade média de armazenamento da bexiga urinária é de 700 a 800 ml de urina.
0 8©
20
T
IM
URETRA
A uretra é um tubo que vai do assoalho da bexiga urinária com o meio exterior.
A uretra é diferente entre os dois sexos.
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comprimento de 20 centímetros, ela se
estende do óstio interno da uretra, situado
na bexiga, até o óstio externo da uretra que
está localizado na extremidade distal do
pênis.
0 mulher estendese do óstio interno ao óstio
externo, que se situa entre os lábios
menores da vagina, logo abaixo do clitóris.
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ELIMINAÇÃO DE URINA
Controlo da micção:
Aproximadamente 1 ml. de urina, a cada minuto, escoa através dos ureteres em
direcção à bexiga. A partir de um volume de aproximadamente 400 ml. de urina na
bexiga, com a distensão da mesma devido a um aumento de pressão em seu interior,
receptores de estiramento localizados em sua parede se excitam cada vez mais. Com a
T
excitação dos receptores de estiramento impulsos nervosos são enviados em direcção
ao segmento sacral da medula espinhal onde, a partir de um certo grau de excitação,
provocarão o surgimento de uma resposta motora através de nervos parassimpáticos
(nervos pélvicos) em direcção ao músculo detrusor da bexiga (forçandoo a contrair
IM
se) e ao esfíncter interno da uretra (relaxandoo). Desta forma ocorre o reflexo da
micção.
Para que, de facto, a micção ocorra, tornase ainda necessário o relaxamento de um
outro esfíncter, o esfíncter externo da uretra. Porém este esfíncter externo é constituído
de fibras musculares esqueléticas e, portanto, são controladas por neurónios motores
localizados nos cornos anteriores da medula. Estes neurónios recebem comando do
córtex motor (no cérebro).
Sendo assim, não sendo o momento adequado à micção diante de um reflexo, o nosso
córtex motor, área consciente de nosso cérebro, manterá o esfíncter externo contraído
e a micção, ao menos por enquanto, não se fará acontecer.
Aparelho Reprodutor
Aparelho reprodutor, termo aplicado a um grupo de
órgãos necessários ou acessórios aos processos
de reprodução. As unidades básicas da reprodução
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sexual são as células germinais masculinas e
femininas.
Gónadas
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aos gametas femininos, ovos ou óvulos. Em muitos invertebrados, os animais têm
gónadas masculinas e femininas. Geralmente, os testículos dos mamíferos são corpos
ovais englobados por uma cápsula de tecido conjuntivo resistente. Nos marsupiais e
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nos mamíferos superiores, entre eles o homem, os testículos encontramse sempre
encerrados em um escroto externo.
Ovário, órgão próprio das fêmeas dos animais, encarregado de produzir as células
reprodutoras ou óvulos. A mulher tem dois, situados um de cada lado do útero e unidos
a este pelas trompas de Falópio.
Útero, órgão oco, liso, em forma de pêra, localizado na
T
pélvis da mulher. É o órgão onde o óvulo fecundado se
implanta, para desenvolverse durante a gestação.
Trompa de Falópio, um dos dois ductos presentes nas
fêmeas dos mamíferos, que vão dos ovários à área
IM
mulher tem apenas um único folículo de De Graaf num ovário em cada ciclo menstrual.
Quando o folículo de De Graaf alcança a maturidade, libera o óvulo, processo que é
chamado de ovulação. O óvulo está então preparado para a fecundação.
Menstruação, fluxo sanguíneo produzido na mulher e nas fêmeas dos mamíferos. É
constituído por sangue e por células procedentes do revestimento uterino (endométrio).
Começa na puberdade e termina entre os 45 ou 55 anos na menopausa. O período
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menstrual dura entre três e sete dias.
Em torno da metade do ciclo menstrual, o ovário libera o óvulo maduro (ovulação), o
qual passa, através da trompa de Falópio, para o útero. Se o óvulo se unir a um
espermatozóide em seu caminho até o útero, produzse a fecundação e, em
consequência, a gravidez. Se não houver fecundação, o revestimento uterino se rompe
e é eliminado durante a menstruação.
0
A função das gónadas masculinas e femininas sofre a influência hormonal da hipófise.
Em muitos invertebrados e em alguns vertebrados aquáticos, as células reprodutoras
são liberadas das gónadas directamente na água. Nos animais superiores, alguns
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ductos transportam as células para o aparelho urinário ou excretor ou para condutos
independentes destinados à reprodução.
Genitais Femininos
Glândulas acessórias
As glândulas acessórias ao processo de reprodução proporcionam um
meio líquido para os espermatozóides viverem, produzem
secreções que reduzem a fricção durante a cópula, emitem
odores atractivos para os membros do sexo oposto e segregam
nutrientes para o ovo, o embrião e o recémnascido.
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As vesículas seminais do macho, que segregam muco, são
abastecidas pela glândula masculina mais importante, a próstata,
presente apenas nos mamíferos placentários.
As glândulas lubrificantes principais da fêmea são as glândulas do cérvix, localizadas
na área em que o útero se une com a vagina. As fêmeas dos mamíferos placentários
contam também com glândulas uterinas que preparam o útero para a chegada do óvulo
fecundado.
0
As glândulas anais de muitos mamíferos segregam também substâncias especiais
chamadas feromonas, indicando disposição para a reprodução, mediante aromas que
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atraem os membros do sexo oposto.
Feromona, ou feromónio, substância com odor produzida pelo animal e que afecta o
comportamento de outros animais. As feromonas agem de maneira semelhante às
hormonas dentro do organismo. Elas transportam mensagens químicas específicas de
determinadas células até outras, fazendo com que realizem certas acções.
Estão presentes em todo o conjunto dos seres vivos e são, provavelmente, a forma
mais antiga de comunicação animal. Os insectos usam as feromonas regularmente,
T
para atrair indivíduos de sua espécie para a reprodução. Actualmente, utilizamse
armadilhas feitas com feromonas para capturar insectos prejudiciais. As feromonas
também são comuns nos vertebrados. Os mamíferos marcam constantemente os
IM
limites de seus territórios com estas substâncias, segregadas por glândulas
especializadas. Os membros de um casal e os pais de uma cria reconhecemse entre
si pelo cheiro.
Entre as diversas estruturas úteis para a alimentação do feto, a placenta dos
mamíferos placentários é única. As glândulas mamárias dos mamíferos também estão
incluídas entre as células acessórias à reprodução. Os animais que produzem ovos
têm glândulas que fornecem albumina como nutriente ao zigoto, antes que o ovo seja
posto, e glândulas que rodeiam o zigoto e a albumina com uma casca calcária ou
cutânea.
Genitais Masculinos
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extremidade anterior é a glande,
revestida de uma cobertura cutânea
chamado prepúcio. Pelo interior do
pénis desliza a porção terminal da
uretra, conduto pelo qual se expulsa
a urina e o esperma. O pénis é
constituído internamente por duas
estruturas cilíndricas, ou corpos
0 cavernosos situados de cada lado. E
uma estrutura por baixo que é o
corpo esponjoso que alberga a
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uretra. Dentro de cada corpo
cavernoso há uma artéria cavernosa
que, mediante as suas ramificações,
enche de sangue as
ditas estruturas no
momento da erecção.
masculinos têm a tarefa
de produzir o líquido
seminal, de armazená
lo e de conduzilo, no
IM
Os testículos, ou glândulas genitais masculinas, estão situados numa espécie de bolsa,
o escroto, com duas bolsas, uma para cada testículo. O testículo tem a forma quase
oval e uma consistência duroelástica. O seu comprimento total é de cerca de 45
milímetros, a largura de 35, a espessura de 25 milímetros. O peso total de um testículo
é de 14 a 16 gramas.
O testículo está protegido exteriormente por um invólucro espesso e fibroso, a túnica
albugínea, da qual partem septos do tecido que delimitam espaços piramidais nos
quais se encontra o tecido específico do testículo.
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No interior dos testículos produzemse os espermatozóides, mediante um processo
especial denominado espartenogénese.
Os espermatozóides penetram depois no canal deferente, conduto que liga o testículo
às vesículas seminais. Os dois canais deferentes são longos de 40 a 50 centímetros.
Sobem ao longo do bordo interno do testículo e chegam ao orifício do canal inguinal no
qual penetram; alcançam a bacia e terminam nas vesículas seminais.
0
As vesículas seminais podem ser consideradas como verdadeiros reservatórios de
espermatozóides. Estão colocadas entre a bexiga, na frente, e o recto posteriormente.
O seu comprimento médio é de 5 a 6 centímetros.
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Mediante a ejaculação, ou seja, a emissão do esperma, os espermatozóides passam
para a uretra.
A uretra – aparelho urinário – é um canal pelo qual a bexiga comunica com o exterior. A
uretra no homem é muito longa, cerca de 16 centímetros, uma vez que, partindo da
bexiga desemboca na extremidade do pénis. Representa a última porção, comuns
tanto ás vias urinarias como ás genitais.
T
Pela uretra é eliminada a urina e é projectado para o exterior o esperma.
O pénis ou verga é o órgão da copulação, dotado da propriedade de erigirse para
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depor os espermatozóides no canal vaginal da mulher.
Encontrase na parte inferior do abdómen, imediatamente acima das bolsas escrotais.
É cilíndrico, ligeiramente achatado de diante para trás. Termina numa extremidade
intumescida e cónica, a glande, que apresenta, no seu vértice, o meato urinário e está
oculto por uma prega cutânea, o prepúcio.
DOENÇAS RENAIS
As principais doenças do rim e suas características mais comuns
Nefrite
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Caracterizase pela presença de albumina e sangue na urina, edema e
hipertensão.
Infecção Urinária
O paciente queixase de dor, ardência e urgência para urinar. O volume urinado
tornase pequeno e frequente, tanto de dia como de noite. A urina é turva e mal
cheirosa podendo surgir sangue no final da micção. Nos casos em que a infecção
urinar.
Cálculo Renal
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atingiu o rim, surge febre, dor lombar e calafrios, além de ardência e urgência para
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A cólica renal, com dor no flanco e costas é muito característica, quase sempre
com sangue na urina e em certos casos pode haver eliminação de pedras.
Obstrução Urinária
Ocorre quando há um impedimento da passagem da urina pelos canais urinários,
por cálculos, aumento da próstata, tumores, estenoses de ureter e uretra. A
T
ausência ou pequeno volume da urina é a queixa característica da obstrução
urinária.
IM
Insuficiência Renal Aguda
É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão
para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. A principal característica é a
total ou parcial ausência de urina.
Insuficiência Renal Crónica
Surge quando o rim sofre a acção de uma doença que deteriora irreversivelmente
a função renal, apresentandose com retenção de ureia, anemia, hipertensão
arterial, entre outros.
Tumores Renais
O rim pode ser acometido de tumores benignos e malignos. E as queixas são de
massas palpáveis no abdómen, dor, sangue na urina e obstrução urinária.
Doenças Multissistémicas
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O rim pode se ver afectado por doenças reumáticas, diabetes, gota, e doenças
imunológicas. Podem surgir alterações urinárias em doenças do tipo nefrite,
geralmente com a presença de sangue e albumina na urina.
Doenças Congénitas e Hereditárias
policístico).
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Um exemplo dessas doenças é a presença de múltiplos cistos no rim (rim
Nefropatias Tóxicas
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Causadas por tóxicos, agentes físicos, químicos e drogas. Caracterizamse por
manifestações nefríticas e insuficiência funcional do rim.
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
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A incidência das DST vem aumentando nos últimos anos, sendo considerada como um
problema de Saúde Pública. Este aumento ocorre em consequência das baixas
condições sócio económicas e culturais, das péssimas autuações dos serviços de
saúde, da falta de preparação dos profissionais de saúde e de educação, e da falta de
IM
A ineficácia dos serviços de saúde é notória. A notificação inadequada faz com que as
estatísticas sejam falhas, dificultando a orientação de acções necessárias para o
controle dessas doenças. Além disso, a automedicação, a prescrição por pessoas
inabilitadas, a promiscuidade sexual, a dificuldade de investigação dos parceiros
sexuais, a resistência aos antibióticos e o uso inadequado de métodos contraceptivos
favorecem a disseminação destas patologias.
O risco de transmissão e aquisição do HIV ( SIDA ) numa pessoa com DST ulcerada é
muito alto. Na África, sabese que em até 98% dos homens e 40% das mulheres, a
infecção pelo HIV pode estar relacionada à presença de úlcera genital.
Classificação
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No período pósguerra observouse um aumento de doenças venéreas clássicas (sifílis,
gonorréia, linfogranuloma venéreo, cancro mole e donovanose), além do crescimento
de um novo grupo de doenças com características epidemiológicas diversas, com um
traço comum: a transmissão sexual.
Em 1982 surgiu uma classificação relacionada à transmissão:
1. Doenças essencialmente transmitidas por contágio sexual:
• Sífilis
• Gonorreia
• Cancro mole
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• Linfogranuloma venéreo
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2. Doenças frequentemente transmitidas por contágio sexual:
• Donovanose
• Uretrite nãogonocócica
• Herpes simples genital
• Condiloma acuminado
• Candidíase genital
• Fitiríase
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• Hepatite B
3. Doenças eventualmente transmitidas por contágio sexual:
• Molusco Contaghoso
IM
• Pediculose
• Escabiose
• Shigelose
• Amebíase
Hoje, devido à multiplicidade de quadros relacionados a um mesmo agente, ou quadros
clínicos semelhantes devidos a agentes diversos, tornase difícil uma classificação
mais simplificada e completa destas patologias.
Alguns autores adoptam uma classificação baseada na etiologia e na patologia.
Vírus
· Herpes simples: herpes genital primário/recorrente, meningite asséptica, herpes
neonatal, aborto espontâneo, parto prematuro.
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· Vírus da hepatite A: hepatite A.
· Vírus do molusco contagioso genital.
· Citomegalovírus: infecção congénita, mononucleose infecciosa.
HIV ( SIDA )
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Bactérias
· Mycoplasma homínis:
· Febre pósparto, salpingite.
· Ureaplasma urealiticum:
uretrite, corioamniotite, baixo peso ao nascer.
· Neisseria gonorrhoeae:
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uretrite, epidimite, cervicite, proctite, faringite, conjuntivite, endometrite, peri
hepatite, bartholinite, infecção gonocócica disseminada, salpingite, DIP,
infertilidade, gravidez ectópica.
IM
· Chlamydia trachomatis:
uretrite, cervicite, endometrite, salpingite, DIP, infecções neonatais etc.
· Treponema pallidum:
sífilis.
· Gardnerella vaginallis:
bacteriose vaginal.
· Haemophilus ducreyi:
cancro mole.
· Calymmatobacterium granulomatis:
donovanose.
· Shigella sp:
shigelose.
· Salmonella sp:
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salmonelose.
· Campylobacter foetus:
enterite e proctite.
· Streptococcus
do grupo B: septicemia e meniginte neonatal.
Fungos
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Candida albicans:
vulvovaginite, balanite e balanopostite.
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Protozoários
· Trichomonas vaginallis:
vaginite, uretrite.
Entamoeba kystolitica:
amebíase.
· Giardia lamblia:
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giardíase.
Ectoparasitas
· Phthirus pubis:
IM
Pediculose do púbis.
· Sarcoptes scabiei:
· Escabiose.