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Todavia, entendemos que a causa de tanto deleite n�o � o fato de nos relacionarmos

com algu�m que julgamos diferente, mas sim a experi�ncia de vivenciarmos o �eu� em
seu estado mais puro. Com a amante o sujeito, al�m de n�o formar sociedade, est�
livre da obriga��o de form�-la, uma vez que j� cumpriu seu papel, ou seja, j� se
casou. Os homens demonstraram bastante coer�ncia quando responderam que n�o
abandonariam as esposas para viverem com as amantes. Nada mais l�gico, pois quem
procura uma amante n�o est� procurando viver no living novamente. N�o lhe interessa
o que j� possui. Interessa-lhe, sim, procurar o que foi escondido, o que foi
proibido, o que lhe foi roubado pelo novo modo de vida: o prazer de s� ser. Como
dissemos antes, o casamento fechado, em que apenas um julga-se no direito de viver
a pr�pria individualidade, corre o risco de formar tiranos e n�o maridos ou
mulheres. E muitas vezes � esse o papel do c�njuge na vida do outro. Um sistema
regido por tiranos n�o tem longa dura��o. Voltando �s amantes, observamos que o
prazer n�o est� nelas propriamente ditas, por�m, no ambiente a que elas conduzem.

a amante tem sido fundamental para manuten��o e sobreviv�ncia do casamento, uma vez
que, conforme dissemos anteriormente, viabiliza a passagem de um estado de
sociedade para um estado de individualidade.

O amante� ou a amante� � mais atraente do que o marido� ou a esposa� assim como a


novidade � mais atraente do que a repeti��o

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