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Patricia Wallace
High Ability Studies Vol. 16, No. 1, June 2005, pp. 77–86
No texto, a autora descreve como o ensino a distância tem crescido nos EUA, inclusive nas escolas
de ensino médio, apontando que esta modalidade de ensino tem sido usada nestes casos para
alcançar as necessidades de grupos de estudantes que não tenham todo seu potencial aproveitado em
salas com muitos alunos. E neste caso, para os alunos com altas habilidades, o ensino a distância
pode oferecer oportunidades de suplementação escolar, permitindo que estes estudantes tenham
acesso a cursos avançados em horários flexíveis, obtenham instrução de tutores que estejam em
locais distantes ou ainda interajam com seus pares ao redor do mundo.
A autora ainda descreve alguns tipos diferentes de ensino a distância: um em que os estudantes e
professores podem estar separados geograficamente, porém necessitam se encontrar em um horário
determinado, como em uma videoconferência, por exemplo, e outro em que o horário não necessita
ser o mesmo e o aluno entra em contato com outros alunos e tutores por meio de fóruns ou outras
formas de comunicação.
Analisando estudos que comparam a satisfação e o aproveitamento entre estudantes de ensino
presencial e a distância, não foram encontrados resultados conclusivos. Por isso a autora sugere ser
mais proveitoso avaliar como estes recursos poderiam ser usados para auxiliar um determinado
grupo, no caso o grupo de estudantes com altas habilidades. A partir daí ela descreve como é feito o
trabalho no programa a distância do “Center for Talented Youth” do que ela participa.
Neste centro, os alunos com altas habilidades podem obter aceleração de estudos e enriquecimento
em suas áreas de interesse. Na matemática, por exemplo, o aluno pode, ao invés de acompanhar a
aula regular de sua turma, ir para o laboratório de informática naquele determinado horário e fazer
sua aula online em tópicos mais avançados.
Analisando a satisfação dos alunos com os cursos, a autora mostra por meio de pesquisas realizadas
com os próprios alunos que os mesmos se mostram satisfeitos com o programa e com os tutores. Os
cursos são feitos de forma que o aluno consegue determinar a velocidade de sua evolução.
A conclusão do artigo é que a ideia da educação a distância para estes alunos não é tirá-los da
escola, mas enriquecer e suplementar o conteúdo de interesse, permitindo que os alunos com altas
habilidades tenham maior aproveitamento dentro do próprio ambiente escolar.
Education and self-regulation of learning for gifted pupils: Systemic design and
development
Ton Mooij
Resumo:
No artigo, o autor faz uma comparação entre diferentes formas de intervenção educacional em
alunos com altas habilidades. Ele mostra resultados de diferentes pesquisas, como por exemplo, ele
cita o trabalho de Reis, Westberg, Kulikowich, and Purcell (1998) que diz que alunos com altas
habilidades que tiveram compactação do currículo de um ano para meio ano, não obtiveram
prejuízos no rendimento final, usando o restante do tempo em estudos independentes, projetos, ou
conteúdos mais avançados. O trabalho de VanTassel-Baska, Bass, Ries, Poland, and Avery (1998)
mostrou que alunas com altas habilidades que participaram de um projeto de ciências em que era
exigido mais atividades experimentais, trabalho em grupo, pesquisas, tiveram maior aproveitamento
do que alunas que não tiveram acesso a tais projetos. Outros autores analisaram o rendimento de
alunos que eram colocados em classes especiais com relação a alunos que eram mantidos em
classes mistas, porém com atendimento específico. Estes autores perceberam uma queda no
rendimento de alguns alunos que foram colocados em classes especiais por causa da comparação
que estes alunos faziam de si mesmos com os demais, mostrando nestes estudos que a melhor
alternativa seria manter os alunos com altas habilidades em classes mistas, porém oferecendo
atividades específicas em suas áreas de interesse. A aceleração de estudos também foi indicada por
alguns autores como tendo resultados positivos para alunos com altas habilidades, desde que
acompanhada por adultos que pudessem garantir o bem-estar dos alunos. Estudos mostrando o
resultado da participação destes estudantes em cursos de verão também mostraram que no geral, os
alunos desenvolveram suas capacidades de liderança e comunicação durante os programas.
Após a apresentação de tais trabalhos, o autor faz um levantamento de quais seriam os melhores
métodos de se trabalhar com alunos com Altas habilidades. E é um consenso entre muitos autores
de que estes alunos necessitam de atividades planejadas individualmente. Neste ponto, o autor
destaca estudos que mostram a importância do uso das tecnologias para garantir que seja possível
um planejamento individualizado para tais alunos, uma vez que com o uso das tecnologias seria
possível para o aluno desenvolver seus estudos em seu próprio ritmo, e para o professor, a avaliação
e o acompanhamento de vários alunos se torna mais fácil. Os estudos apontam que todos os alunos
podem se beneficiar de planos individualizados de ensino, porém os alunos com altas habilidades
apresentam desempenho ainda melhor. A parte final do trabalho mostra o estudo de caso de uma
escola em que o plano individualizado e o uso das tecnologias foi usado com todos os alunos num
período de 3 anos. Um ponto importante a ser destacado deste projeto piloto é o de que este plano
individualizado tem maior aproveitamento para alunos que estão muito acima ou muito abaixo da
média, ou seja, alunos com altas habilidades e alunos com deficiências.
Neste texto, a autora fala das vantagens do uso da tecnologia no ensino de alunos com altas
habilidades. Ela destaca a facilidade de criar planos de estudo individualizados com o uso de
ambientes virtuais e jogos online. Ela destaca alguns destes jogos que podem ser usados para o
aprendizado. O artigo ainda sugere ferramentas de avaliação online. A autora conclui que o uso de
tecnologias pode auxiliar os alunos com altas habilidades.
Os autores fazem uma revisão de trabalhos que falam a respeito de alunos com altas habilidades em
Matemática e observam que até o início da década de 80 havia uma falsa ideia de que estes alunos
não necessitavam de apoio educacional. Apenas no final desta década é que se tornou um consenso
de que estes alunos também precisam de orientação para que sejam capazes de desenvolver todo seu
matemática pode ou não estar associada a outras habilidades, apesar de muitos autores associarem
habilidade matemática com inteligência geral (QI). Outro problema destacado é o perigo do
estereótipo criado por professores e alunos, que podem fazer com que os alunos entrem em um ciclo
positivo ou negativo de reação em relação à sua habilidade matemática, uma vez que a forma como
os alunos se veem diante da matemática pode gerar neles um reforço positivo ou negativo em
relação a esta disciplina. Outra forma de analisar a inteligência, proposta por Gardner (1983,1999),
mostra que a inteligência pode consistir em 6 a 7 habilidades diferentes, sendo a inteligência lógico-
matemática uma delas. Há ainda a inteligência visual-espacial, que também está relacionada à
inteligência matemática. Desta forma, não haveria apenas uma das inteligências propostas por
Um aspecto importante a ser destacado do texto é de que muitos autores acreditam que a habilidade
matemática pode ser inata porém necessita de estímulo para evoluir. Com isso, baseado na teoria de
para que qualquer aluno desenvolva sua habilidade em matemática. No caso de alunos com altas
habilidades, esta intervenção do professor não deve permanecer na zona de realização de tarefas
comuns, mas deve ir além. O professor deve oferecer desafios para que a zona de desenvolvimento
proximal do aluno seja estimulada ainda mais. Nem sempre isso significa que o aluno necessite de
aceleração, mas propor tarefas diferentes das usuais, com desafios que saiam do padrão curricular,
Ridge e Renzulli (1981) propuseram um modelo de altas habilidades em que o aluno é considerado
com altas habilidades quando apresenta capacidade acima da média, criatividade e envolvimento
com a tarefa. Para alunos com altas habilidades em matemática, a criatividade pode estar presente
na forma não convencional de resolver problemas, a capacidade acima da média pode ser entendida
como a facilidade em relacionar conteúdos, entender conceitos, identificar padrões, entre outros.
Na parte final do artigo, os autores descrevem uma pesquisa de dois anos feita com alunos de
diversas escolas. Uma das dificuldades apontadas pelos professores que trabalharam com estes
alunos foi a questão do material a ser trabalhado com eles. Muitos professores afirmaram que os
alunos responderam melhor a atividades abertas, que exigiam maior raciocínio e, portanto, eram
mais desafiadoras. Em contrapartida, atividades repetitivas e no estilo das que já eram oferecidas
em sala de aula, mesmo que de séries mais avançadas, não despertaram tanto o interesse dos alunos.
Vale ressaltar também a fala de alguns professores a respeito da experiência de trabalhar com estes
alunos. Os autores pontuam no texto que os professores puderam reavaliar sua forma de ensinar não
apenas para os alunos com altas habilidades, mas para todos os alunos. Esta ideia é defendida por
muitos autores pois o enriquecimento curricular não é útil apenas para alunos com altas habilidades,
Resumo:
Neste texto, as autoras fazem uma revisão do que é a superdotação, quais as características de um
aluno superdotado e quais as principais leis que regulamentam o atendimento destas crianças.
Nas páginas 90-91 o texto dá direção sobre como trabalhar com o aluno com altas habilidades em
sala de aula.
Nas páginas 110-113 o texto sugere como trabalhar com o aluno superdotado usando pesquisas.
Na página 130, o texto sugere outras atividades para serem trabalhadas especificamente com alunos
de perfil matemático.
Capítulo 3: Modelo de Enriquecimento Escolar. Autoras: Jane Farias Chagas; Renata Rodrigues
criança é apresentada a vários temas para que ela demonstre seu interesse. Nesta etapa podem ser
oferecidas palestras, filmes, visitas a museus, entre outros. Na segunda etapa, após definir um tema
de interesse, a criança começa a pesquisar sobre um tema mais específico, com pesquisa
bibliográfica, entrevistas, análise de dados, etc. Na terceira fase, as crianças passam a pesquisar
problemas reais, usando os métodos de investigação aprendidos na segunda fase. Estes projetos são
“A maioria dos autores concorda com a necessidade de um sistema ABERTO que lhes permita
tarefas, seus tempos e sua avaliação, AUTO-REGULADO. (Pérez, Rodríguez & Fernández, 1998,
pp. 134-135) “
Neste texto, apesar de não ser apresentado o ambiente virtual de aprendizagem como sugestão,
podemos pensar que ele se encaixa, uma vez que usando um ambiente virtual o professor pode
Resumo:
No texto, os autores fazem uma revisão bibliográfica de textos que relacionam a superdotação com
o uso de tecnologias digitais. Dos artigos destacados nas páginas 65 e 66, pelo menos 4 falam da
relação do uso das tecnologias para ensino a distância de alunos com altas habilidades.