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ISSN: 1413-8123
cecilia@claves.fiocruz.br
Associação Brasileira de Pós-Graduação em
Saúde Coletiva
Brasil
Cavalcante, Fátima
Família, subjetividade e linguagem: gramáticas da criança anormal
Ciência & Saúde Coletiva, vol. 6, núm. 1, 2001, pp. 125-137
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Rio de Janeiro, Brasil
ARTIGO ARTICLE
gramáticas da criança “anormal”
Fátima Cavalcante 1
Abstract This paper discuss how the birth of Resumo O artigo procura refletir sobre o im-
an “abnormal” child causes a social impact in pacto do nascimento social de uma criança
the family’s life. In order to articulate the in- “anormal” na família. Propõe uma grade con-
dividual and the social levels, it was integrat- ceitual, abstraída da antropologia e da filoso-
ed some conceptual notions from antropholo- fia da linguagem, que permita articular sujei-
gy and philosophy of language. This study is to e contexto social. Analisa um rico material
based upon an empirical data of life histories empírico, baseado em histórias de vida de fa-
from “abnormal” children’s families, which was mílias com filhos excepcionais, de uma pesqui-
collected in a research made in Rio de Janeiro. sa desenvolvida no município do Rio de Janei-
In these analyses, it is done some descriptions ro. Faz uma descrição densa das etapas ini-
of families’ reactions when they find out about ciais, pelas quais a família passa, quando des-
their children’s mental illness. It is also given cobre a anormalidade mental de seu filho, na
an emphasis in the families’ capabilities to com- primeira infância. Este enfoque valoriza a ca-
municate their own experience against the ab- pacidade das famílias de comunicarem sua ex-
normality, as a learning way of gaining strength periência de enfrentamento da anormalidade,
and wisdom. The conclusions say that the pro- como aprendizado, luta e sabedoria de vida.
cedure to communicate the diagnosis is very As conclusões revelam que o momento do diag-
important, because it changes the child condi- nóstico é delicadíssimo, pois transforma o ser
tion to an “abnormal” one, and it also creates a da criança e inaugura um novo pai e uma no-
new kind of mother, and a new kind of father. va mãe. As reações à dor serão inevitáveis. Um
A lot of pain will have to be faced. It is neces- acolhimento e uma orientação clara são fun-
sary to comfort the families and to give them damentais. A rotina familiar se altera. Uma
the right orientations. Families’ routines will ética da responsabilidade e do sacrifício se im-
1 CLAVES – Centro be changed. A new kind of care will be devel- põe pelos cuidados ao filho. A família precisa
Latino-Americano de oped with these children; new responsibilities desenvolver um novo estoque de conhecimen-
Estudos da Violência and some sacrifice’s acts will be expected from to. O apoio familiar é crucial, para que a fa-
e Saúde Jorge Careli,
Escola Nacional de
their families. It is needed a new repertory of mília tenha condições de fazer face ao deses-
Saúde Pública, knowledge. It is very important to offer family pero, à confusão, à desorientação. O combate
Fundação Oswaldo Cruz. support in order to help them to overcome des- mais difícil é contra a discriminação social por-
Av. Brasil, 4.036 sala 702
Manguinhos 21040-361,
peration, confusion, and disorientation. But, que traz, como conseqüência, uma dor que fe-
Rio de Janeiro, RJ, Brasil. what it is more difficulty than anything is the re por dentro e por fora.
cavalcan@ensp.fiocruz.br fight against the social discrimination, which Palavras-chave Família, Linguagem e subje-
injures people inside and outside. tividade, Criança anormal, Doença mental in-
Key words Family, Subjectivity and language, fantil
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Cavalcante, F.
oculto, e nem desentranhar algum tipo de in- A noção de subjetividade foi introduzida no
tenção imperceptível. Ela focaliza as regras que estudo da linguagem por Benveniste. Para o
estão implicadas na produção, reprodução ou autor, é na linguagem e pela linguagem que o
invenção de significados (...), na exteriorização homem se constitui como sujeito; porque só a
de modelos de ação e dos padrões de comporta- linguagem fundamenta na realidade, na sua rea-
mento (...), no inter-subjetivamente compreen- lidade que é a do ser, o conceito de “ego”. A cons-
sível (Faustino, 1995). A gramática do signifi- ciência de si mesmo só é possível se experimen-
car interroga o que são as significações, exibe tada por contraste. Eu não emprego eu a não ser
a riqueza das possibilidades de uso da lingua- dirigindo-me a alguém, que será na minha alo-
gem, realça a diferença, a variedade, a multi- cução um tu. Essa condição de diálogo é que é
plicidade de explicações dos significados. A constitutiva da pessoa, pois implica reciprocida-
compreensão wittgensteiniana da linguagem de – que eu me torne tu na alocução daquele que
é demolidora de uma visão essencialista e por sua vez se designa por eu (Benveniste, 1974).
mentalista, na medida em que devolve à co- Toda fala entrelaça vozes de diferentes ins-
municação pragmática das pessoas, o poder tâncias sociais, reproduzindo uma espécie de
de construir significados. Que implicações es- agenda moral. Signo e situação social estão in-
se pensamento tem para se analisar uma teoria dissoluvelmente ligados (...) A palavra é o sig-
do sujeito? Ele se distancia da idéia de essência no ideológico por excelência; ela registra as me-
e da idéia de mente, como depositárias de re- nores variações das relações sociais (...) que se
presentações. O que se privilegia nesse enfo- exprime na vida corrente (Bakhtin, 1979). Os
que, não é o que está na cabeça da pessoa, mas contextos de enunciação variam e se mantêm
aquilo que sai da sua boca, ou seja, o que é di- tensos, em conflito o tempo todo, dialetica-
to no uso da linguagem. mente relacionados mediante uma coexistên-
Ganha destaque o dizer e o dito, ou seja, o cia conflituosa. Isso deve ser levado em conta
que foi dito, como foi dito e o contexto de na interpretação de contextos diferentes, no
enunciação em que a fala se deu, contexto aqui sentido de se considerar como um contexto de
entendido como o ambiente em que se produ- fala afeta o outro e qual o efeito de sentido do
ziu o discurso. Isto é, os diferentes modos de cruzamento de muitos contextos. O dialogis-
enunciação das palavras produzem diferentes mo de Bakhtin, o jogo de múltiplas vozes, re-
efeitos de sentido. Uma palavra não é o sentido mete à noção de jogo de palavras. Em resumo,
que ela toma num contexto, (...) enunciado não a língua é vista como o cenário de um jogo de
é a soma das significações, mesmo contextuais, palavras, um território de confronto entre sub-
das palavras.O efeito de sentido contextual de jetividades, o embate polifônico de diferentes
uma palavra é somente a mudança produzida instâncias sociais, a coexistência conflituosa
neste contexto pela introdução desta palavra, is- de vozes e efeitos de sentido.
to é, a modificação pela qual a palavra é respon- Em sintonia com esses autores e idéias da
sável no sentido global do enunciado (Ducrot, filosofia da linguagem, Costa (1994) nos apre-
1987). Isso amplia a idéia de contexto lingüís- senta uma concepção de sujeito, desenvolvida
tico para além do ambiente de uma palavra por Rorty (1994), na qual o sujeito não é pre-
numa frase, incluindo os fenômenos sociopsi- existente aos elementos lingüísticos constitu-
cológicos que aparecem no ato de enunciação. tivos de sua descrição. O sujeito, o eu, o ‘self ’
Não é apenas o enunciado que conta, mas so- são um efeito da linguagem. Dizer que o sujei-
bretudo o ato de enunciação. to é um efeito da linguagem é dizer que aprende-
Ducrot (1987) descreve a língua como um mos a falar do sujeito sem necessitar de outro
espaço de confronto de subjetividades, um ter- referente, exceto as palavras ou proposições que
ritório mediado pela polêmica. Qualquer fra- o definem. O sujeito, então, é o conjunto de enun-
se que se diga implica a exclusão de alguma ciados, atitudes, estados, condutas ou processos
coisa, qualquer coisa que se diga são muitos intencionais formados por termos lingüísticos
sujeitos falantes. Quando uma mensagem é elementares como sensações, sentimentos, emo-
transmitida, ela produz um efeito de sentido, ções, pensamentos, expectativas etc. (...) O su-
como resultado de um jogo de sentidos produ- jeito é uma rede de crenças e desejos (...) Cren-
zido pelo emissor, que será reinterpretado pe- ças são regras de ação seguidas conforme a tra-
lo destinatário. O enunciado cria juridicamen- dição ou inventadas conforme os contextos de
te uma situação nova, uma atribuição de poder vida (...) Crenças e desejos são, portanto, reali-
que pode ou não produzir o efeito esperado. dades lingüísticas.
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razão, cheio de imprevistos. Por outro lado, tal, dizendo que ele se sentiu como um carro
numa entrevista oral, o eu costuma fazer uma que sai fora da estrada. O momento do diag-
apresentação oficial de si, uma apresentação nóstico produz um corte muitíssimo doloro-
pública, submetida a coações e censuras espe- so, marcado por um grande choque e uma pro-
cíficas. Nesse sentido, é bom relembrar Bour- funda sensação de desorientação. Um carro só
dieu, quando diz que se deve atentar para o fa- sai fora da estrada se estiver desorientado, ou
to de que a representação mais ou menos cons- no caso de uma colisão com outro veículo, em
ciente que o investigado fará da situação da face de uma forte pancada. A notícia de uma
investigação irá orientar todo o seu esforço de “anormalidade”, nos primeiros momentos, soa
apresentação de si, de produção de si, numa como uma pancada, um acidente, um baque,
espécie de ilusão biográfica (Bourdieu, 1996). um choque de grande proporção, que fere e
que machuca.
A psicóloga Silva (2000) fala que o mo-
Gramáticas do significar: o nascimento mento do diagnóstico tem a aparência de um
social de uma criança “anormal” machado que cai sobre a cabeça. Nos primeiros
instantes, é vivenciado como “mortífero”. Mui-
Podemos dizer que um bebê, ao nascer, desa- tos acreditam que não irão “sobreviver” a ele.
fia os estoques de conhecimento do continente Fica a sensação de despedaçamento. O pedia-
familiar que o recebe. E o que vem a ser isso? tra Aguiar (2000) esclarece que, no momento
Cada família possui um repertório de expe- do diagnóstico, o médico também pode estar
riências e situações vivenciadas que lhe serve em crise. Também é difícil para o médico trans-
de referência para interpretar o mundo e bali- mitir o diagnóstico mas é preciso entender o
zar suas ações (Schutz, 1971). Esse conheci- problema do ponto de vista dos pais. Leva-se
mento forma uma tessitura psíquica, social e o tempo de uma gestação para uma família
cultural que irá ancorar a chegada do bebê. É conseguir processar a perda, o luto do bebê
através desse estoque, construído na sucessão que foi sonhado, e elaborar o “nascimento”
de gerações, que a família irá dar à criança as psíquico de um filho “anormal”. Os nove me-
chaves de acesso ao mundo. Mas esse processo, ses de uma gestação correspondem ao timing
habitualmente complexo, pode se transformar que a natureza criou não apenas para se con-
num desafio muito maior, em circunstâncias ceber uma criança no interior do útero, mas
especiais. O nascimento de um bebê “anor- também junto à mãe, ao pai, aos irmãos e de-
mal” ou o surgimento de distúrbios mentais mais familiares que a esperam. É razoável que
na primeira infância produz uma perturbação a “gestação” psíquica de um filho portador de
que afeta toda a família. Distúrbios assim, tão deficiência, demore pelo menos mais 9 meses
precoces, interferem globalmente no desen- para ser processada (Aguiar, 2000).
volvimento da criança. A família se vê em pe- A palavra enigma salta aos olhos. Parece
rigo, uma vez que seus recursos tradicionais indicar que lidar com a “anormalidade” é al-
serão insuficientes para fazer face à anorma- go obscuro, misterioso, difícil de decifrar, di-
lidade. Um novo repertório deverá ser cons- fícil de compreender. Os estoques de conheci-
truído. Vejamos como isso ocorre, na narrati- mento da família não dão conta dessa situa-
va das famílias. ção. O psiquiatra Camargo (2000) diz que a
Foi difícil ouvir do médico, pela primeira família, quando descobre a deficiência, viven-
vez, que minha filha tinha uma deficiência, diz cia como se tivesse comprado um pacote de
um casal. Sua filha foi diagnosticada como viagem para ir a um lugar e acabasse chegan-
portadora de deficiência mental e deforma- do em outro lugar, inteiramente diferente. Um
ções físicas. Desse dia em diante, o casal se viu lugar que fala outra língua. Por essa razão, se-
frente a um “enigma”. A vida se tornou um ob- rão necessários anos e anos para se aprender
jeto de interrogação, onde o que parecia ser o a lidar com tudo isso. Aprender uma nova lín-
chão do cotidiano foge do campo de com- gua e num novo lugar nos leva a pensar na ne-
preensão. Foram tantos os especialistas a opi- cessidade, que a “anormalidade” impõe, do
narem, tantas orientações diferentes que as to- grupo familiar construir um repertório social
madas de decisões não deixaram de ser árduas inteiramente novo, um novo habitus (Bour-
e penosas. Muitos tratamentos, poucas respos- dieu, 1982). Essa situação requer uma adap-
tas. Outro pai descreveu o momento de sua tação afetiva e o aprendizado de regras de con-
descoberta da doença do filho, deficiência men- vivência que favoreçam a autonomia, a comu-
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se respeito. Então, uma gravidez pouco deseja- lia de minha esposa. O casal estava vivendo o
da, após quatro anos de casamento, tornou-se momento de adquirir seus próprios filhos, am-
um evento marcado pela ruptura de sentido, pliar a família, um momento intensamente so-
ruptura de consenso, pelo imprevisto. A lem- nhado e desejado. O parto transcorreu bem.
brança do parto deixou um efeito nebuloso, Os primeiros problemas começaram a apare-
turvo, sem propósito. Num ponto o casal con- cer aos nove meses. Com um ano e meio o be-
cordou: o problema todo é que nosso filho nas- bê recebeu o diagnóstico de autismo, acom-
ceu antes da hora. Com uma gravidez não pla- panhado do seguinte enunciado: autismo não
nejada, um parto difícil, nasce um bebê fora tem cura e nem tratamento. Um grande cho-
de hora que traz, como contraponto, um acú- que fazia seus sonhos ruírem: aí nessa hora deu
mulo de anormalidades. Na história da espo- um nó na cabeça. Uma crise se instala, uma per-
sa, a chegada de um filho com problemas pa- turbação, uma passagem muito dolorosa.
rece adicionar mais decepções a uma vivência A esposa tem lembranças traumáticas da
da existência já marcada pela dor que poten- convivência com seu pai. Ele era violento, be-
cializa as marcas e cicatrizes de sua história bia demais e jogava. Originário da Croácia,
pregressa de sofrimento. Foi o que abstraí de havia fugido de um campo de concentração,
sua narrativa, quando disse: tenho que me reta- logo após o final da guerra. Quando ela tinha
lhar muito para poder lidar com meu filho, por- dez anos, seus pais se separaram. Foi uma se-
tador de deficiência mental. paração difícil. O pai chegou a ameaçar a mãe
Na história do marido, o filho “anormal” com revólver. Os contatos com o pai, após a
materializa motivos para discriminação, rejei- separação, foram penosos, até que ela não quis
ção, reativando ressentimentos arcaicos de sua mais ver o pai. A mãe refez sua vida, casan-
infância, potencializando o reviver de uma do-se com um homem de descendência italia-
possível ruptura familiar já vivenciada. Para na. O padastro foi reconhecido como pai e seus
ele, família é uma fonte de ameaça: dentes que parentes integrados na família. Ele manteve
podem morder a nossa bunda. No senso comum uma convivência familiar muito alegre, crian-
se costuma usar a expressão “chute na bunda”. do no âmbito do lar, um clima de humor sau-
Ele usou, ao invés disso, o verbo morder, a ima- dável. Sua mãe era uma pessoa muito dura,
gem de um ataque que machuca, que fere, que muito pau-pau, pedra-pedra. Segundo ela, não
pode até arrancar pedaço. Por outro lado, ele gostava de falsidade mas fazia o que podia pa-
valoriza quando seu filho é gostado, como pos- ra lhe agradar.
sivelmente desejaria ter sido gostado na infân- O marido veio de uma família disfuncio-
cia, ao invés de ver sua família de origem ex- nal onde havia muita briga. O pai bebia mui-
pulsa, rejeitada, despedaçada, desmantelada. to e era agressivo com ele. Castigava-o com
A presença de um filho “anormal” numa famí- correia, chinelo e cabo de vassoura. Conside-
lia já marcada por cicatrizes da vida parece ter rava-se um saco de pancadas. Seus pais nunca
potencializado vulnerabilidades pessoais de chegaram a se separar. Ao construir sua pró-
cada um, deixando um rastro desagregador. pria família e conhecer a família da esposa, viu
O que chama a atenção na próxima família com entusiasmo a perspectiva de entrar para a
é o efeito de fratria. Tanto a esposa quanto o família dela e conhecer um ambiente de maior
marido ocupam o lugar do primeiro filho, em harmonia.
sua própria fratria. Eles estavam casados há A notícia do diagnóstico de seu primeiro
quatro anos quando decidiram ficar grávidos. filho instaurou grande perplexidade no casal.
Uma gravidez ótima, muito desejada, que da- Autismo não tem cura e nem tratamento foi o
ria lugar ao primeiro neto, primeiro filho, pri- enunciado que pai e mãe registraram na me-
meiro sobrinho, primeiro tudo. Depois de sedi- mória. A fala do médico fotografava a idéia de
mentar uma vida a dois, o casal estava ávido uma doença incurável, portanto a perspecti-
por responder socialmente àquilo que é espe- va de que a doença seria para toda a vida. Es-
rado de um jovem casal: gerar filhos sadios. se enunciado comum na fala médica vem de
Eles estavam aguardando o seu primogênito, um olhar que só vê a doença e só se limita a
aquele a quem era reservado o lugar do pri- falar dela. Ora, a criança não é a doença. A
meiro tudo. A família que nascia nessa união criança é um sujeito onde a doença se mani-
transcendia a visão de família que o pai reti- festa. Dizer que autismo não tem cura e nem
nha de sua infância e adolescência: só fui sa- tratamento produz a impressão de que não há
ber o que é família depois que conheci a famí- nada a fazer nem com a doença, nem com a
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