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Coaching Psicológico
Manual do Formando
Módulo II
Formadora
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Índice
Referências Bibliográficas 57
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2.0 Módulo II – Coaching Psicológico: Diferentes abordagens teóricas -
noções gerais
o A abordagem Comportamental
o O Coaching CognitivoComportamental
o O Coaching focado na solução
o A Entrevista Motivacional
o O Coaching Psicológico centrado na pessoa
o A Abordagem Existencial
o O Coaching Narrativo
o Gestalt Coaching
o Coaching Psicodinâmico
o Coaching Psicológico Positivo
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A lógica comportamental da punição e recompensa está na base das práticas
organizacionais, onde o Coaching ganhou grande desenvolvimento.
O modelo de Coaching Comportamental mais conhecido e utilizado é o modelo
GROW. Este é um modelo de 4 etapas, conforme explicado na tabela abaixo:
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Como e quando pode adquirir estes recursos?
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O que a pessoa conhece sobre o processo de
Coaching, que benefícios acha que vai obter com ele?
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O Coaching Comportamental oferece um modelo simples e positivo para trabalhar o
desenvolvimento humano. Assenta-se na definição clara de objetivos, que leva a
uma melhor performance, na revisão do desempenho passado para descobrir pistas
comportamentais que interferem na evolução das pessoas e também no
braisntorming de ideias, de modo a retirar aprendizagens, tanto através da
autoavaliação comportamental como da análise do comportamento de pessoas-
chaves.
Esta é uma abordagem que se ajusta, de modo geral, muito bem às organizações
ocidentais. A definição clara de objetivos e a construção de um plano de ação para
alcançá-los oferecem um referencial estratégico preciso, que leva à melhoria do
desempenho e à cultura da aprendizagem, com uma especial ênfase na modelagem.
Contudo, a abordagem comportamental não é suficiente para trabalhar questões
mais complexas, relacionadas com padrões de crenças disfuncionais e com a
dimensão intrínseca da motivação.
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O Coaching Cognitivo Comportamental tem sido aplicado em variados contextos e
com diferentes tipos de clientes. Principalmente nos Estados Unidos a sua aplicação
esteve mais centrada na Educação – com o foco na excelência do ensino; enquanto
que no Reino Unido apresentou-se desde sempre nos campos executivo, pessoal,
de negócios, de saúde e de gestão do stress.
O objetivo desta abordagem é ajudar os coachees a desenvolverem as suas
habilidades em termos de solução de problemas, a partir da compreensão e
reestruturação das suas crenças pessoais, alcançando-se, assim, resultados
positivos em termos de performance e de uma maior estabilidade emocional.
Através da experiência de construir e alcançar resultados, via planos de ação
direcionados para o futuro desejado, os coachees aprendem - ao fim do processo de
Coaching - como ser os seus próprios Coaches. Pretende-se que o Coachee perceba,
com esta experiência, como pode encontrar e aplicar a melhor resposta,
especialmente em situações de pressão.
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caso, não necessita ser muito profunda. O foco na solução, e não nas causas que
levaram ao problema, é um elemento norteador do processo, desde a primeira
sessão.
Esta avaliação é transmitida ao Coachee, de modo a se estabelecer com ele uma
relação de colaboração e também para ajudá-lo a perceber o seu problema através
de uma perspectiva Cognitivo-Comportamental, criando, por consequência, a
oportunidade de novos insights.
Modelos de trabalho/ferramentas
o Modelo SPACE
S – contexto social
P – fisiologia
A – ação
C – cognição
E – emoção
O modelo SPACE pode ser usado como ferramenta psicoeducacional para trabalhar
as relações entre as cinco diferentes dimensões biopsicossociais, para avaliar
propósitos e para desenhar programas de Coaching. O modelo pode ser
apresentado ao Coachee como uma ferramenta de trabalho.
o Modelo PRACTICE
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Etapas do Modelo PRACTICE Questões
Qual o problema ou questão?
7. Evolução (E)
O que se aprendeu com ele?
o Modelo ABCDEF
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o Modelo G – ABCDEF. O G se refere à dimensão dos objetivos específicos, que
devem ser definidos no início do processo de Coaching.
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De acordo com Aaron Beck, é preciso trabalhar três níveis de cognições:
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Vitimização: fatores externos explicam o problema da pessoa. Falta
de responsabilização pelos mesmos.
Personalização: interpretação dos eventos de maneira pessoal. Tudo
o que acontece tem a ver com algo que a pessoa fez ou
pensou/sentiu, por exemplo.
Advinhação: previsão do futuro construída na ausência de evidências
objetivas. A pessoa considera que sabe o que acontecerá,
independentemente dos fatos.
Raciocício emocional: interpretação emocional dos eventos.
Confunde-se sentimentos com fatos.
Rotulação: uso de rótulos para descrever a si mesmo ou aos outros.
Exigência: pensamento inflexível, cuja narrativa apresenta
expressões como: deveria, devo, o outro deveria, tenho que…
Amplificação: dar uma proporção extremada a um evento.
Minimização: atribuir um papel menor ao contributo de uma dada
situação ou atitude.
Baixa tolerância à frustração: diálogo interno negativo que reforça a
incapacidade de lidar com situações difíceis ou estressantes.
Phoneyism: crença de que será desmascarado por outros
significativos. “Complexo do impostor”.
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o Procure identificar os rótulos negativos que atribui a si ou aos outros e use
adjetivos mais potenciadores.
o Use uma linguagem menos emotiva, que lhe remeta a estados afetivos de
tensão: evite os devos, tenho que, deveria e utilize expressões mais leves
como é preferível, é esperado que…
o Amplie a compreensão da situação: tome notas de todos os possíveis
fatores que possam ter interferido num determinado resultado, incluindo o
seu comportamento. Perceba se há um equilíbrio de responsabilidades e
onde é preciso fazer ajustes para que a avaliação da situação não seja
tendenciosa, nem no sentido da autoculpabilização, nem da vitimização.
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Alguns exemplos de ferramentas Cognitivo-Comportamentais
o Método do questionário
Pedir ao Coachee para perguntar a pessoas próximas, como colegas e amigos, o que
pensam sobre a questão que se indaga. Depois discutir em sessão como o Coachee
perspectiva a questão tendo em conta esses pontos de vista.
Reação
Identificação do emocional Nova forma, mais efetiva, de lidar
problema PITs comportamental PETs com o problema
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3. Avalie regularmente a sua confiança nesta nova crença.
o Imagens motivadoras
Esta técnica pode ser usada nos momentos de ambivalência e dúvida dos Coachees
quanto a resolução dos problemas.
Ela é feita em dois passos:
1º) O Coachee é encorajado a visualizar todo o resto da sua vida, sem resolver o
problema do qual se queixa e sem alcançar o seu objetivo (imagens de inação).
2º) O Coachee é encorajado a imaginar o seu futuro, tendo trabalhado fortemente
para resolver o seu problema (Imagem de ação).
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O papel do Coach, por conseguinte, é de facilitador. Trata-se de uma relação aberta,
em que o Coach explica como funcionam as técnicas e o Coachee é livre para utilizá-
las autonomamente. Em geral, o progresso é rápido e acontece da maneira mais
simplificada possível, com base em pequenos passos e na adoção de soluções
viáveis e adequadas, na perspectiva do Coachee.
É fortemente utilizada com grupos, equipas, casais, famílias, jovens e crianças.
Do ponto de vista teórico é leve e tem como princípio de trabalho o minimalismo,
ou seja, fazer mais, com a menor exigência possível. Aproveitar aquilo que já
funciona bem na vida do Coachee e fazer cada vez mais disso.
Exemplo:
O que fez diferente para alcançar um dado objetivo?
Que diferença fará na sua vida agir desta maneira a partir de hoje?
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É preciso haver sensibilidade para escutar os problemas do Coachee, para que ele
possa se sentir compreendido, porém o manejo deve sempre ir em direção à
construção de soluções.
Ex: O que pode fazer diante disso? Como acha que pode resolver esta questão?
Quem pode lhe ajudar? O que é preciso para resolver? Se um amigo lhe contasse
esta mesma situação, o que diria a ele? O que já fez no passado que funcionou e
poderia ser útil agora?
É importante ouvir as preocupações do Coachee e facilitar o processo respeitando
as suas preferências. Oferecer soluções prontas, sem que o próprio Coachee as
tenha construído pode ter um efeito positivo a curto prazo, mas interfere no senso
de competência pessoal e produz dependência emocional.
A aprendizagem que acontece ao longo do processo de Coaching focado na solução
é no fundo uma mudança de foco no modo de gerir a vida; ao identificar um
problema logo se inicia a busca por uma abordagem mais construtiva e positiva,
direcionada para o encontro de alternativas e estratégias de solução.
Que recursos existem na pessoa que podem ser acionados para resolver uma dada
situação? Que estratégias foram utilizadas até hoje e geraram progesso? Quais os
passos necessários para lá chegar? Só os próprios Coachees conhecem a melhor
resposta para a sua própria questão.
É fundamental ajudar o Coachee ao longo do processo a construir uma linguagem e
atitude motivadoras. Todo o diálogo durante as sessões de Coaching promovem
uma maior consciência das competências e forças pessoais. O tom das colocações
do Coach é sempre respeitoso, igualitário, colaborativo e otimista.
Esta é uma abordagem que em termos de formação não explora muito a teoria
psicológica, porém há dois temas muito importantes que é preciso compreender
para facilitar bem o processo de coaching: a autorregulação e a aprendizagem
autodirigida. A dimensão da definição de objetivos é outro ponto fundamental para
que o processo aconteça de maneira efetiva e é a base da autorregulação bem
sucedida.
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A Prática
Habilidades e estratégias
Mudança pré-sessão
Na primeira sessão, deve-se deixar o Coachee falar livremente sobre si, sobre os
seus interesses, sem fazer qualquer ligação com os problemas. O objetivo é
conhecer o Coachee no sentido mais ampo, o melhor modo de trabalhar com ele, as
metáforas ou exemplos que possam se adequar, e, também, as forças, qualidades e
valores que vão estar presentes na elaboração das soluções.
Busca da Competência
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alcançar uma maior consciência de recursos, promovendo assim o insight acerca de
soluções.
Construindo exceções
A questão milagrosa
Pedir ao Coachee para imaginar como seria a vida dele se um milagre acontecesse e
não houvesse mais o problema que relata. Quais seriam os primeiros sinais de que
este milagre aconteceu? Como as pessoas à volta agiriam? O que diriam? Como elas
o veriam sem o peso desse problema?
Medida
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Reenquadrar
Diário
Pode se sugerir ao Coachee, se para ele fizer sentido, tomar notas em um diário das
suas mudanças positivas, das estratégias utilizadas, das forças pessoais – de modo
que este se torne um material útil para se recorrer em momentos de dificuldades.
Feedback
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Coachees com baixo nível de autoestima, de maneira que não conseguem
reconhecer as próprias forças e qualidades;
Coachees que não se adaptam a uma abordagem de facilitação e querem
que lhe sejam dadas as respostas;
Coachees na fase de pré-contemplação da mudança podem ainda não estar
disponíveis para o processo. Veremos as fases da mudança humana mais
adiante.
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Este autor considera essencial compreender a narrativa da pessoa a respeito da
mudança para perceber se ela efetivamente mudará. Elementos como motivação
para a mudança e compromisso são essenciais para uma evolução positiva.
A intervenção deve favorecer o compromisso do Coachee com o seu próprio
processo. O estilo empático aumenta a ocorrência de narrativas sobre a mudança,
enquanto que a confrontação promove resistência.
Grande parte da evidência, em termos de eficácia, da Entrevista Motivacional,
provém do âmbito terapêutico clínico, nomeadamente do campo da dependência
química – principalmente o alcoolismo. Também tem sido aplicada na gestão de
doenças crónicas e na mudança comportamental em adolescentes.
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Pré-contemplação: a
mudança ainda não é
considerada
Manutenção: a Contemplação:
mudança ocorre e se
avaliação dos prós
mantém por pelo menos
e contras
6 meses
Estes passos do ciclo da mudança não acontecem todos de maneira direta. Pode
haver muitos momentos de recaída e esses antecedem com frequência a
manutenção a longo prazo. Portanto, trabalhar a ambivalência é essencial para
superar as recaídas. Assim como é fundamental reconhecer a resistência e ajudar o
Coachee, de maneira empática e colaborativa, a ultrapassá-la.
Ao longo das fases de mudança, os níveis de consciência a respeito da motivação
para a mesma também se ampliam e fortalecem o compromisso com o processo. Os
padrões de pensamento e emoções variam segundo cada estágio, o que repercute
no balanço entre prós e contras. Todos estes quesitos podem ser detectados a
partir do discurso do Coachee sobre a mudança.
A ambivalência acontece especialmente nas fases de pré-contemplação,
contemplação e algumas vezes na preparação. O “mas” é revelador da
ambivalência. Portanto, fazer sugestões nesse momento não é uma boa estratégia,
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pois aumenta a resistência do Coachee. Não vale a pena confrontá-lo nem tentar
influenciá-lo, por melhor que sejam os benefícios da mudança.
Já a resistência se revela através de argumentações, interrupções, negações,
esquecimentos, falta de interesse. Em geral, a resistência indica uma falta de
conexão entre Coach e Coachee, no que diz respeito à condução do processo, em
função da abordagem adotada ou mesmo da falta de consciência do Coach acerca
do estágio da mudança em que se encontra o Coachee, com todas as suas
repercussões a nível dos pensamentos e emoções.
É possível avaliar a prontidão do Coachee para a mudança questionando-o de 0 a 10
quanto se sente preparado para a mesma. Através da identificação do nível de
discrepância entre os valores e objetivos do Coachee e o seu comportamento, é
possível verificar os níveis de motivação. Quanto maior a discrepância menor será a
motivação para a mudança.
O Coach não deve jamais induzir o Coachee à mudança, ele deve querê-la pelo seu
próprio interesse e bem. O Coachee deve perceber por ele mesmo que a mudança
está alinhada com quem ele é.
A Entrevista Motivacional é uma abordagem que se baseia na escuta ativa e nas
perguntas abertas. Procura trabalhar com o Coachee no sentido de aproximar o eu
atual do eu ideal, alinhando o comportamento com os valores da pessoa e
ajudando-a a perceber que uma maior congruência a levará a uma experiência de
satisfação mais duradoura.
O foco nos ideais da pessoa promove uma maior abertura à mudança, pois
possibilita a concentração na melhoria da performance e no impacto positivo que a
mudança trará no estilo de vida.
Vale destacar os três princípios teóricos, também elementos técnicos essenciais,
que orientam a facilitação do processo: coerência entre o estilo do Coach e a fase da
mudança em que se encontra o Coachee; prontidão, vontade e capacidade para
mudar; autoeficácia (senso de que consegue mudar).
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Prática
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Como você explica a sua posição nesta escala? Qual a razão que lhe
leva a dar esta pontuação à sua confiança na mudança?
O que seria necessário para você aumentar o seu nível de confiança?
Grelha de balanço:
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Brainstorming de opções para atingir o objetivo.
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numa perspectiva psicológica positiva da saúde mental e esta dimensão é
compreendida através de um foco holístico acerca do funcionamento humano.
De modo geral, uma visão mais construtiva do ser humano é comum às diferentes
abordagens de Coaching.
Rogers defendia que caso estas seis dimensões estejam presentes, acontacerá uma
mudança construtiva na personalidade do cliente. Na verdade, estas condições
refletem as atitudes do profissional num contexto de ajuda centrada na pessoa. São
estas atitudes que configuram o ambiente social facilitador da autoatualização de
acordo com esta abordagem.
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A Prática
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Algumas ideias orientadoras do Coaching Psicológico Existencial
Não há separação entre sujeito e objeto, ou entre o eu e o outro, tudo e todos estão
interrelacionados.
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Conflito e mudança
O conflito faz parte da condição humana. Há dois tipos de conflito, aquele que é
resultado de uma incongruência entre crenças, expectativas, desejos e/ou atitudes e
o conflito que advém da própria dimensão interrelacional da vida. Esta
diferenciação é muito importante para a intervenção em Coaching Existencial.
O conflito, portanto, representa o empenho em viver com a ansiedade em níveis
toleráveis e promotores de crescimento. As soluções a serem implementadas num
processo de Coaching devem ter em consideração este fator. A mudança em
Coaching nunca é apenas comportamental, é também subjetiva.
A Prática
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Há duas habilidades centrais requeridas para aceder à visão de mundo do Coachee:
Com este método, o objetivo é que a escuta do Coach seja o mais neutra possível,
no que diz respeito aos seus possíveis viezes de interpretação.
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Coachee a perceber estas interligações e esse equilíbrio sutil entre as
suas escolhas e as escolhas dos outros. Nada está desconectado.
Esta é uma abordagem muito útil para pessoas que procuram sentido
para as suas vidas – pessoal ou profissional, devido a situações de perda
ou ainda em função de momentos de transição na vida. É uma
abordagem mais reflexiva e exploratória, que procura contribuir para
uma maior compreensão do eu e da condição interrelacional da vida.
Tem como resultados a experiência de um eu em maior harmonia
consigo próprio, na medida em que passa a conhecer-se melhor e a saber
a lidar com as suas contradições e complexidades. Também promove um
maior senso de autorresponsabilização ao ampliar a percepção da
interrelação entre o eu, o outro e o contexto.
Até o momento, há poucas evidências que demonstrem a efetividade do
Coaching Existencial.
O Coaching Narrativo foca-se nas histórias do Coachee acerca das suas experiências
de vida. Procura compreender, no âmbito do discurso, os significados, valores e
competências de modo a ajudar a pessoa a alcançar os seus desejos e sonhos,
gerando assim maiores níveis de esperança. O trabalho é desenvolvido no sentido
da reformulação, via planos de ação, das narrativas. Esta abordagem baseia-se na
antropologia cultural e nos princípios da psicologia da aprendizagem. Devido à
valorização da dimensão cultural, o Coaching Narrativo se aplica bem a diferentes
comunidades.
O Coaching Narrativo é uma adaptação da terapia Narrativa de Michael White e foi
introduzido no Reino Unido pelo próprio num dos seus programas de coaching
comunitário.
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No que se refere à dimensão da aprendizagem nesta abordagem, destaca-se a
influência do trabalho de Vygotsky, nomeadamente o seu conceito de zona de
desenvolvimento proximal (ou seja, a relação entre o nível de desenvolvimento
atual e o nível de desenvolvimento potencial) e o meta-modelo de coaching cross-
cultural conhecido como Universal Integrated Framework. Este modelo tem um
caráter pragmático e caracteriza-se por:
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lógica que o conceito de zona de desenvolvimento proximal se enquadra e o
método carcateriza-se por:
Pressupostos básicos
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O território de ação do Coaching Narrativo pode ser caracterizado por diferentes
campos:
Território da consciência
Prática
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Passo 1 - Descrição: a história recente, com foco numa determinada
resposta, na habilidade de solução de problemas, na identificação de
barreiras à aprendizagem e no alcance de objetivos;
Passo 2 - Mapeamento de relação: O Coach mapeia os efeitos ou
influências dos obstáculos ou problemas em vários campos da narrativa
de vida do Coachee e as respectivas complicações detetadas. O Coach
não deve estimular a identificação de complicações/efeitos negativos em
todas as áreas da vida do Coachee, deve focar-se naquilo que é mais
significativo para o objetivo do mesmo;
Passo 3 - Avaliação: ao final da conversa, o Coach procura identificar os
efeitos que os temas tiveram sobre as histórias em cada domínio de vida
do Coachee;
Passo 4 - Justificação: como o Coachee justifica esta avaliação;
Passo 5 - Conclusão/recomendação: pedir ao Coachee que formule um
plano de ação para ultrapassar os obstáculos e alcançar o seu objetivo.
Este útlimo passo pode fazer uso de outras técnicas, tais como cognitivo-
comportamentais.
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objetivo é a ampliação da consciência acerca de conhecimentos, habilidades
e da própria riqueza da identidade, criando assim uma base para o
desenvolvimento pessoal.
Recontar a história como uma testumunha: esta é uma técnica que pode ser
usada com grupos ou equipas, em que um ou mais membros do grupo são
convidados a escutarem a história do narrador e e recontá-la tal como a
escutou. Que aspectos chamaram a atenção? Como era a expressão do
narrador? Que imagem esta história evocou? Como esta história se enquadra
nas suas próprias experiências de vida? Que conhecimentos podem ser
transferidos e aplicados na sua vida?
O Coaching Narrativo é uma abordagem muito útil, que não se limita a estratégias
de comunicação unicamente orais, fazendo uso também da escrita, do desenho e da
dramatização, sempre que faça sentido ou que seja pertinente ao processo de
Coaching. Também é uma abordagem facilmente adaptável para o trabalho com
crianças e jovens.
Esta é uma abordagem que se interessa pela ampliação dos níveis de consciência
acerca do aqui e agora, de maneira a aplicar esta consciência quando em ação. Há
na concepção gestáltica uma influência humanista, existencial e fenomenológica. O
foco no presente é trabalhado de maneira a aceder aos recursos atuais disponíveis e
potencialmente mais úteis. Todos os movimentos, posturas, sentimentos,
sensações são observados e devem ser explorados, no sentido de se perceber que
efeitos a experiência do aqui e agora está a provocar.
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Um outro ponto importante nos processos de Gestalt Coaching é ajudar o Coachee
a perceber como se organiza e apreende o mundo a sua volta. Pois, o mundo
objetivo é simplesmente uma expressão do modo como o percebemos num dado
momento temporal.
O que vemos como figura num determinado instante pode não o ser num outro. O
que se torna figura para nós, portanto, é resultado da nossa tentativa de organizar a
complexidade da experiência, segundo as nossas crenças, vivências e
preocupações. Tendemos a buscar simetria, equilíbrio, padrões, a agrupar
similaridades e diferenças e a construir um enquadramento. As nossas percepções
são idiossincráticas. Completamos as lacunas para construir um todo significativo
para nós.
O processo de Gestalt Coaching visa, por conseguinte, ampliar a consciência acerca
desta construção subjetiva do mundo e do eu, de maneira a enriquecer o processo
de atualização do potencial humano.
A dimensão relacional é um aspecto fundamental da intervenção, pois ao longo do
diálogo durante a sessão de Coaching emerge sempre algo novo, que foi construído
pela dinâmica da interação entre dois.
O pressuposto do holismo também rege a intervenção, isto é, aquilo que o Coachee
revela e mostra durante a sessão é uma expressão dos seus padrões
comportamentais e contextuais fora da sessão. Ninguém pode ser compreendido
sem referência ao contexto, segundo a teoria do campo. Coach e Coachee são
integrantes do contexto um do outro e a relação é figura neste âmbito.
Quanto mais conscientes estivermos do aqui e agora, de todas as suas
possibilidades, mais responsáveis e menos condicionados pelas supostas
circunstâncias nos tornaremos. Afinal, o eu está constantemente em processo.
De acordo com a teoria do paradoxo da mudança, é preciso na transição de A para
B um envolvimento total com o ponto A. Somente estando plenamente consciente
de tudo o que consiste o ponto de partida é possivel conhecer o seu oposto B e
vislumbrar as inúmeras possibilidades deste trajeto.
Entretanto, a consciência tem diferentes estágios e é fundamental perceber que
estágio caracteriza o funcionamento da pessoa, os seus mecanismos de defesa:
Dessensibilização (interrupção da sensação), Deflexão (interrupção da consciência),
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Introjeção (interrupção da ação de maneira a não agir em prol das próprias
necessidades), Projeção (ver no outro aquilo que é seu); Retroflexão (fazer consigo
aquilo que seria direcionado para o outro/algo ou fazer consigo aquilo que no fundo
você queria que fosse feito pelo outro), Egoísmo (falta de empatia), Confluência
(quando a pessoa não se diferencia do seu contexto ou do outro/s).
Prática
41
no pensamento e comportamento de indivíduos e grupos. Tem uma forte influência
da teoria psicanalítica, com ênfase na função do inconsciente, e da teoria dos
sistemas abertos, com destaque para o papel, a autoridade e o desenho de sistemas
de trabalho e processos. O foco no papel faz com que esta última vertente seja
conhecida como consultoria de papel ou análise de papel.
Desde de meados dos anos 90 tem havido uma demanda de aplicação dos
conhecimentos psicoterapêuticos no âmbito do trabalho via a metodologia do
Coaching. Surgiu a necessidade de abrir espaço para a reflexão e também para um
entendimento mais profundo dos fatores latentes, que podem estar a influenciar
algumas situações no contexto organizacional.
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Conceitos da teoria do sistema aberto
Todos os organismos vivos são sistemas abertos, que têm fronteiras protetoras
do ambiente interno, mas que ao mesmo tempo são também permeáveis,
permitindo trocas com o ambiente externo. Uma organização, por exemplo,
tem essas “membranas”, que funcionam como meio de comunicação entre o
interno e o externo, permitindo a recepção, produção e o envio de
informação/conteúdo. Há uma tarefa principal relacionada com a
“sobrevivência” organizacional e que deve estar clara para todo o sistema, de
maneira que os fluxos produtivos/ as trocas entre e intra ambientes contribuam
para a mesma. Estas trocas são reguladas pelo agente/s da gestão
organizacional e essa é a sua principal função.
Uma questão a refletir, no Coaching Psicodinâmico é: em que medida as atuais
fronteiras e o modo de trocas existentes, condicionadas pelos mecanismos de
defesa utilizados, permitem uma melhoria da performance ou a prejudicam?
A dimensão da liderança, no âmbito organizacional, é um aspecto fundamental
e que envolve tanto a estrutura formal de papéis quanto a estrutura informal.
Processar a experiência, tendo em conta a integração de três elementos -
sistema, contexto e pessoa – permite o foco na ação e no seu papél
correspondente. Responde-se, assim, aos desafios do contexto, fazendo deste
modo a diferença.
Prática
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alcançar uma maior flexibilidade com relação aos mecanismos de defesa
utilizados. Emprega-se, do ponto de vista técnico, nesta abordagem de
Coaching, a compreensão da dimensão inconsciente e não tanto a exploração da
mesma, como na psicoterapia.
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organizações. O florescimento é um conceito que caracteriza uma condição
ótima de bem-estar subjetivo e psicológico, no qual se verifica o pleno uso dos
potenciais. O Coaching Psicológico Positivo é um método orientado para a
definição e alcance de objetivos de bem-estar e funcionamento ótimo.
Conceitos básicos:
Vida virtuosa
Vida prazerosa
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Florescimento Psicológico: modelo PERMA
P E R M A
Emoções Envolviment Relações
Significado Realização
positivas o positivas
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Trabalhar com vistas a promover o florescimento é expandir a perspectiva da
Psicologia, reconhecendo o seu importante papel na promoção da saúde e
desenvolvimento pessoal. É este um dos grandes contributos da Psicologia Positiva
para a ciência psiológica e para a população em geral.
Temos também forças que têm muito potencial, quando cultivadas, para se
destacarem – elas estão latentes, só à espera de “oportunidades” para se
manifestarem mais claramente em nós.
Há, por outro lado, algumas forças que são menos vincadas e que podem ser
compreendidas como “fraquezas”. Isto apenas significa que temos que estar
atentos a elas quando somos desafiados a utilizá-las. Com esta consciência
podemos também exercitar, cultivar e desenvolver as nossas “fraquezas”.
Os comportamentos aprendidos são todos aqueles comportamentos adquiridos e
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que não refletem uma força em nós, pois apesar de sabermos executá-los bem, não
nos sentimos energizados ao desempenhá-los. Utilizámo-os apenas quando é
necessário, não sendo uma via genuína e espontânea.
As forças, apesar do seu componente genético, se manifestam em nós de acordo
com as oportunidades dadas pelo ambiente, mas também em diferentes momentos
do desenvolvimento. Entretanto, as investigações ainda não têm bem delineado um
mapa exato do percurso desenvolvimental das forças. A melhor estratégia para
reconhecê-las ainda é por identificação dos seus sinais característicos, assim como
dos níveis de energia, performance e frequência de uso das mesmas. Através do
teste VIA, disponível no link abaixo, é possível conhecer o perfil de forças da pessoa.
Cada força pertence a um tipo de virtude humana.
As 24 Forças de Caráter
Sabedoria e Trancendência
Conhecimento ESPIRITUALIDADE
Coragem Humanidade Justiça Temperança
CRIATIVIDADE HUMOR
BRAVURA AMOR LIDERANÇA AUTORREGULAÇÃO
CURIOSIDADE ESPERANÇA
PERSEVERANÇA BONDADE JUSTIÇA HUMILDADE
DISCERNIMENTO GRATIDÃO
HONESTIDADE INTELIGÊNCIA TRABALHO EM PERDÃO
AMOR AO SOCIAL EQUIPA APRECIAÇÃO DA
VITALIDADE PRUDÊNCIA
APRENDIZADO BELEZA E
PERSPECTIVA EXCELÊNCIA
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http://www.viacharacter.org/www/Character-Strengths-Survey
Identifique no diagrama abaixo as suas forças de assinatura, após fazer o teste das
forças de caráter. São as oito primeiras listadas no resultado do teste VIA.
Obs: Os exercícios abaixo, sobre as forças e virtudes, foram criados e são utilizados
por Marcela Almeida Alves na sua prática em Coaching Psicológico Positivo.
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Descobrindo as virtudes pessoais
As minhas virtudes
Sabedoria e
Conhecimento Coragem Humanidade Justiça Temperança Trancendência
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Como as suas forças ajudaram-no/a a alcançar realizações na vida?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Como as suas forças de assinatura estão sendo aplicadas hoje na sua vida?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Como pode aplicar estas forças no seu dia a dia? Que escolhas, em que áreas
da vida, favorecem o uso das suas forças de assinatura?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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Que forças lhe ajudam especialmente no cultivo das dimensões do PERMA?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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escute este alguém com atenção, depois partilhe as suas ideias e
pensamentos.
Bravura: realize uma aventura ou hobby que faça parte de uma das suas
áreas de interesse.
Pense em um dos seus medos. Com um passo de cada vez, e de maneira
segura e saudável, enfrente este medo.
Bondade: Ajude alguém que perceba que precisa de ajuda – ofereça a sua
companhia, cuidado, amizade, etc…
53
habitualmente não o faz, para além dos cumprimentos sociais.
Partilhe as suas emoções de uma maneira saudável e compreensível para o
outro, sem deixá-lo desconfortável.
Liderança: organizar uma ação social, uma festa para um amigo querido,
etc.
54
respire profundamente 10 vezes.
Esteja atento ao que consome e defina previamente o que é suficiente para
si. Você pode tomar notas de como vão ser as suas refeições neste dia –
quantidade, qualidade e horário.
55
O exercício das 3 bençãos (Seligman, 2011)
Durante uma semana, reserve 10 minutos antes de ir dormir para tomar notas,
num caderno ou num computador, de 3 coisas boas que aconteceram nesse dia.
Identifique os motivos desses acontecimentos. Podem ser situações muito
simples, o importante é perceber se são situações que você considera como
positivas.
Escreva uma carta para alguém a quem você é grato/a, contudo essa gratidão
nunca foi manifestada por si de maneira consciente, clara e objetiva. A carta
deve dizer especificamente, em até 300 palavras, o que esta pessoa fez por si e
que impacto isto teve na sua vida. Depois, telefone a esta pessoa e diga que
quer visitá-la e, neste encontro, leia esta carta para ela.
Situação Motivos
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Links para aprofundar conhecimentos
Sugestões de vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=C15jnv4GBiM
https://www.youtube.com/watch?v=1y0TZcKlrTk
¤ Anthony Grant
https://www.youtube.com/watch?v=prhVZkUFyaY
Referências Bibliográficas
Allan, J. & Whybrow, A. (2008). Gestalt Coaching. In: Handbook of Coaching Psychology.
London: Routledge.
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Law, Ho (2008). Narrative coaching and psychology of learning from multicultural
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