Papéis do enfermeiro: cuidador, gerente, educador e defensor.
Na saúde, o SUS representa uma grande conquista social, por meio dos princípios de universalidade, equidade e integralidade dos serviços e ações de saúde. Influências sociais (transformações ocorridas na sociedade e avanços científicos e tecnológicos) afetam a prática da enfermagem, exigindo do profissional conhecimento aprimorado e aumento da responsabilidade, uma vez que a prática de enfermagem deve ser baseada em evidências científicas. Os campos de atuação do enfermeiro são diversos, tais como: asilos, instituições de ensino, instituições hospitalares e clínicas, consultoria, domicílio, saúde coletiva, forças armadas, offshore (longe da costa, trabalhando em navios e plataformas petrolíferas). A SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem) organiza o trabalho profissional quanto ao método, ao pessoal e aos instrumentos, tornando possível o Processo de Enfermagem. Este último, por sua vez, é o instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional (o processo atua de modo a aumentar a visibilidade e o reconhecimento profissional do enfermeiro), devendo estar apoiado em um suporte teórico q oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem e que forneça a base para a avaliação dos procedimentos de enfermagem aplicados. A SAE não é o msm que PE, uma vez que sistematização é um termo distinto e mais amplo. Os objetivos do PE são garantir a autonomia técnica do enfermeiro, gerenciar assistência de enfermagem, estabelecer critérios de avaliação das intervenções aplicadas, bem como aumentar a comunicação da equipe de enfermagem e da equipe multidisciplinar, bem como documentar a prática profissional. A resolução 358/2009 do COFEN estabelece que o PE é obrigatório em instituições hospitalares, domicílios, escolas, associações, instituições de ensino públicas e privadas. Etapas do processo de enfermagem: 1. Coleta de dados 2. Diagnóstico de Enfermagem Centrado sempre na coletividade 3. Planejamento de Enfermagem 4. Implementação 5. Avaliação de Enfermagem Ainda segundo a resolução acima, a liderança e a avalização da execução do processo de enfermagem são de responsabilidade do enfermeiro, cabendo, somente a eles, o diagnóstico de enfermagem acerca das resposta da pessoa ou da família, bem como a aplicação de intervenções a serem tomadas em face a essas respostas. Os auxiliares e técnicos participam do PE, mas sob orientação e supervisão do enfermeiro. A coleta de dados consiste em obter informações a respeito da pessoa, família ou coletividade em um dado momento do processo saúde família. Pode ser uma inspeção, palpação, percussão, ausculta. Diagnóstico de Enfermagem: interpretação dos dados obtidos na coleta, que culmina com uma tomada de decisão dos conceitos diagnósticos que representam, com maior exatidão, as respostas da pessoa. O diagnóstico deve ter título, fatores relacionados e caractéristicas definidoras, sendo um julgamento clínico. Focaliza as respostas por aqueles de quem cuidamos relacionados a problemas de saúde ou processos de vida. São potenciais quando têm chance de acontecer. Ultiliza-se a NANDA para definir um diagnóstico. Planejamento de Enfermagem: determina os resultados esperados e as intervenções de enfermagem que serão aplicadas em face às respostas da pessoa. Regras da prescrição de enfermagem: 1. Ter evolução de enfermagem e ser em impresso próprio. 2. Ter validade de 24h. 3. Exclusivamente pelo enfermeiro. 4. Deixar claro o grau de dependência do paciente. 5. Ser operacionalizado por toda equipe de enfermagem. 6. Iniciar no verbo infinitivo. 7. Ser feito com base no diagnóstico de enfermagem. 8. Conter a frequencia das ações de enfermagem. 9. Conter data, assinatura e COREN. Contém diretrizes: alimentação, apiração e sondagem, higiene, medidas terapéuticas, coletas de material. Implementação: aplicação das ações do planejamento. Avaliação de enfermagem: processo de verificação de mudanças nas respotas da pessoa, da família e coletividade, em um dado momento do processo saúde-doença para determinar se as ações tiveram o impacto desejado e se há necessidades de mudanças nas etapas do processo de enfermagem