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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Fortaleza
Novembro de 2011
ii
Fortaleza
Novembro de 2011
iii
iv
"A engenharia não é apenas uma profissão aprendida, ela também é uma profissão de
aprendizagem, na qual os praticantes iniciam-se estudantes e nessa condição permanecem ao
longo de suas carreiras." William L. Everitt.
v
A Deus,
E a minha mãe, Joselidia.
vi
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pelo dom da vida e pela chance que me foi concedida.
Ao professor MSc. Carlos Gustavo Castelo Branco, pela sua orientação, amizade e
disponibilidade durante todo este tempo. Agradeço-o pela oportunidade de trabalhar e
aprender.
Ao professor MSc. Tomaz Nunes Cavalcante Neto, por toda experiência passada ao
longo de diversas disciplinas que tornaram possível realizar esse trabalho e pela motivação
dada ao longo de todo o curso.
Aos professores do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC, Alexandre
Filgueiras, Ricardo Thé, Fernando Antunes e Laurinda.
Aos meus amigos Charlon, Viviane, André Luiz, Vandeilton e Fernando Odon pelo
companheirismo durante toda graduação.
A minha mãe Maria Joselidia, a minha avó Zezinha e aos meus tios Jurandir, Joselina,
Joselino, Jocildo, Jackline, Josilene, João e Reginaldo sem eles minha vida não seria possível.
A minha coordenadora de estágio Ana Lúcia que ofereceu minha primeira oportunidade
de trabalho na área de engenharia e que ao longo desses quatro anos de convivência sempre
me ofereceu todo o apoio necessário para os estudos. Agradeço por toda a compreensão, e
dedicação.
Ao meu chefe de estágio Ricardo Cidade o qual sempre me proporcionou um excelente
exemplo de como se comportar como profissional, através de quem aprendi muito sobre o que
é ser um engenheiro. Obrigado por todos os ensinamentos e pela experiência passada.
A minha namorada Mirlene Kátia, pelo companheirismo ao longo desses seis anos.
Obrigado por todo amor, carinho, compreensão e dedicação.
A todas as pessoas que por motivo de esquecimento não foram citadas anteriormente,
vou deixando neste espaço minhas sinceras desculpas.
vii
RESUMO
ABSTRACT
This paper presents a methodology for developing a program in Excel in order to assist
design engineers in the electrical design of the hard work of electrical conductors of low
voltage and medium voltage.
So all the techniques: the method of the current, voltage drop, short circuit, overload,
economic and environmental criteria section are evaluated. The method section of the
economic and environmental criteria were approached because of the current preoccupation
with saving energy and reducing CO2 emissions.
All work complies with the NBR 5410/2004, NBR 15920/2011 and NBR 14039/2005.
Will be presented several examples of application of the program as a form of validation
and familiarity to the user.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
2.3. ISOLAÇÃO..................................................................................................................................... 5
85
CONCLUSÕES ...........................................................................................................................................111
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 16 - QUEDA DE TENSÃO A PARTIR DE TRANSFORMADOR PRÓPRIO, DA CONCESSIONÁRIA OU DE GERADOR PARTICULAR. ........37
FIGURA 17 - CABOS PIRASTIC OU SINTENAX COM CONECTOR DE COBRE COM CONEXÃO SOLDADA OU PRENSADA [17] ...................39
FIGURA 18 - CABOS EPROTENAX OU AFUMEX COM CONECTOR DE COBRE COM CONEXÃO PRENSADA [17] ..................................40
FIGURA 19 - EPROTENAX OU AFUMEX COM CONECTOR DE COBRE COM CONEXÃO SOLDADA [17] .............................................41
FIGURA 34 - DADOS PARA O DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS EM BAIXA TENSÃO CONSIDERANDO O EFEITO DE
CORRENTES HARMÔNICAS..............................................................................................................................82
FIGURA 35 - DADOS PARA O DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS UTILIZANDO O MÉTODO DA SEÇÃO ECONÔMICA. .......83
FIGURA 45 – INSERIDO OS DADOS NO PROGRAMA DE BAIXA TENSÃO CONSIDERANDO AS HARMÔNICAS (NEUTRO MENOR QUE A FASE)
..............................................................................................................................................................97
FIGURA 46 – RELATÓRIO DE BAIXA TENSÃO CONSIDERANDO AS HARMÔNICAS (NEUTRO MENOR QUE A FASE) ..............................98
FIGURA 47 – INSERINDO OS DADOS NO PROGRAMA DE BAIXA TENSÃO CONSIDERANDO AS HARMÔNICAS (NEUTRO IGUAL À FASE) .....99
FIGURA 48 – MODELO DE RELATÓRIO DO PROGRAMA DE BAIXA TENSÃO COM HARMÔNICAS (NEUTRO IGUAL À FASE) .................. 100
FIGURA 49 – INSERINDO OS DADOS NO PROGRAMA DE BAIXA TENSÃO COM HARMÔNICAS (NEUTRO MAIOR QUE A FASE) .............. 101
FIGURA 50 – MODELO DE RELATÓRIO DO PROGRAMA DE BAIXA TENSÃO COM HARMÔNICAS (NEUTRO MAIOR QUE A FASE) ........... 102
LISTA DE TABELAS
TABELA 10 - FATORES DE CORREÇÃO APLICÁVEIS A CONDUTORES EM LINHAS ABERTAS OU FECHADAS, AGRUPADAS EM UM MESMO
TABELA 11 - FATORES DE CORREÇÃO APLICÁVEIS A AGRUPAMENTOS QUE CONSISTEM EM MAIS DE UMA CAMADA DE CONDUTORES [5].
..............................................................................................................................................................26
TABELA 12 - FATORES DE AGRUPAMENTO PARA MAIS DE UM CIRCUITO - CABOS UNIPOLARES OU CABOS MULTIPOLARES DIRETAMENTE
TABELA 13 - FATORES DE AGRUPAMENTO PARA MAIS DE UM CIRCUITO - CABOS EM ELETRODUTOS DIRETAMENTE ENTERRADOS [5]...27
TABELA 14 - FATORES DE CORREÇÃO PARA CABOS CONTIDOS EM ELETRODUTOS ENTERRADOS NO SOLO [1].................................28
TABELA 15 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM AMPÈRES, PARA CONDUTORES ISOLADOS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES -
COBRE E ALUMÍNIO, ISOLAÇÃO DE PVC, TEMPERATURA DE 70°C NO CONDUTOR, TEMPERATURA DE 30°C AMBIENTE E 20°C NO
TABELA 16 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM AMPÈRES, PARA CONDUTORES ISOLADOS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES -
COBRE E ALUMÍNIO, ISOLAÇÃO DE EPR OU XLPE, TEMPERATURA DE 90°C NO CONDUTOR, TEMPERATURA DE 30°C AMBIENTE E
20°C NO SOLO, PARA OS MÉTODOS A1, A2, B1, B2, C E D [5]. .............................................................................32
TABELA 17 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM AMPÈRES, PARA CONDUTORES ISOLADOS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES -
COBRE E ALUMÍNIO, ISOLAÇÃO DE PVC, TEMPERATURA DE 70°C NO CONDUTOR, TEMPERATURA DE 30°C AMBIENTE E 20°C NO
TABELA 18 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM AMPÈRES, PARA CONDUTORES ISOLADOS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES -
COBRE E ALUMÍNIO, ISOLAÇÃO DE PVC, TEMPERATURA DE 70°C NO CONDUTOR, TEMPERATURA DE 30°C AMBIENTE E 20°C NO
TABELA 19 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM AMPÈRES, PARA CONDUTORES ISOLADOS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES -
COBRE E ALUMÍNIO, ISOLAÇÃO DE EPR OU XLPE, TEMPERATURA DE 90°C NO CONDUTOR, TEMPERATURA DE 30°C AMBIENTE E
TABELA 20 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE EM AMPÈRES, PARA CONDUTORES ISOLADOS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES -
COBRE E ALUMÍNIO, ISOLAÇÃO DE EPR OU XLPE, TEMPERATURA DE 90°C NO CONDUTOR, TEMPERATURA DE 30°C AMBIENTE E
TABELA 28 - FATORES DE CORREÇÃO PARA TEMPERATURAS EM LINHAS SUBTERRÂNEAS E NÃO SUBTERRÂNEAS [4]. .......................52
TABELA 30 - FATORES DE CORREÇÃO PARA AGRUPAMENTO DE CABOS UNIPOLARES AO AR LIVRE [4]. .........................................53
TABELA 31 - FATORES DE CORREÇÃO PARA AGRUPAMENTO DE CABOS UNIPOLARES EM TRIFÓLIO AO AR LIVRE [4]. ........................54
TABELA 32 - FATORES DE CORREÇÃO PARA AGRUPAMENTOS DE CABOS TRIPOLARES AO AR LIVRE [4]. ........................................55
TABELA 33 - FATORES DE CORREÇÃO PARA CABOS UNIPOLARES E TRIPOLARES EM BANCOS DE DUTOS A SEREM APLICADOS ÀS
TABELA 34 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE PARA CABOS UNIPOLARES E MULTIPOLARES: CONDUTOR DE COBRE, ISOLAÇÃO
TABELA 35 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE PARA CABOS UNIPOLARES E MULTIPOLARES: CONDUTOR DE ALUMÍNIO,
TABELA 36 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE PARA CABOS UNIPOLARES E MULTIPOLARES: CONDUTOR DE COBRE, ISOLAÇÃO
TABELA 37 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE PARA CABOS UNIPOLARES E MULTIPOLARES: CONDUTOR DE ALUMÍNIO,
TABELA 44 - PREÇOS DE CONDUTORES UTILIZADOS PARA ANÁLISE ECONÔMICA [24]. .......................................................... 117
1
1 INTRODUÇÃO
As instalações elétricas podem ser divididas em vários assuntos com vastos temas para
discussão. Segundo [11] as instalações elétricas incluem componentes elétricos que não
conduzem corrente elétricas, mas que são essenciais ao seu funcionamento, tais como
condutos, caixas e estruturas de suporte. Enfim, uma instalação elétrica é um sistema físico,
que possui vários componentes coordenados entre si e com funções específicas.
As instalações elétricas se dividem em diversas componentes, tais como: equipamentos
elétricos, aparelhos elétricos, linhas elétricas, dispositivos elétricos, carga elétrica, potência
instalada, falta elétrica, sobrecarga, sobrecorrente, além de outros. Neste trabalho será
estudado um desses componentes, que são: os condutores elétricos, de forma mais objetiva, o
dimensionamento de cabos elétricos, que se enquadram no tópico de linhas elétricas [11].
Dimensionar um condutor significa determinar as seguintes características: seção
nominal adequada e sua isolação para uma aplicação específica, assim o objetivo de um
correto cálculo elétrico é de obter: o equilíbrio térmico, ou seja, fazer com que o condutor
sempre opere na sua faixa limite de atuação, sendo capaz de suportar sobrecargas por um
período de tempo elevado e curto-circuito por intervalos de tempo bem curtos.
A definição de adequada é um item de estudo nesse trabalho, ou seja, adequado não é
somente aquele cabo que suporte uma corrente de carga, vai além disso. A definição correta é
a seguinte: seção nominal adequada é aquele cabo que apresente uma seção que suporte uma
corrente solicitada e que também apresente quedas de tensões dentro de limites estabelecidos
pelas normas pertinentes, que suportes níveis de sobrecargas e curto-circuito e que apresente
um menor custo ao longo da vida útil da instalação elétrica para o consumidor, ou seja,
encontrar o ponto ótimo entre os métodos de dimensionamento técnico e econômico.
Atualmente eficiência energética e a redução da emissão de CO2 são estudadas de forma
bem mais intensa. Com esse propósito diminuir as perdas elétricas é um item de alta
relevância, entretanto isso não é nenhuma novidade para os profissionais da área de
eletricidade que sempre tiveram isso como meta, a grande diferença é que um novo ponto de
eficiência está sendo estudado que são os fios e cabos elétricos, ou seja, investir mais pode ser
algo que pode dar um excelente retorno financeiro. Além disso, tem se estudado uma forma
de redução da emissão de CO2 através do dimensionamento de condutores elétricos, ou seja,
2
aumentando a seção nominal para obter menores perdas, entretanto para isso mais cobre será
necessário se produzir, ou seja, têm que haver um equilíbrio entre a redução devido e aumento
da seção nominal dos condutores e o aumento de emissão que ocorre devido ao aumento de
produção do material de fabricação do cabo.
Todo o assunto abordado é fundamento em normas técnicas, tais como: NBR 5410/2004
[5] e NBR 14039/2005 [4]. Assim toda a metodologia apresentada propiciou a construção do
programa segundo as normas técnicas vigentes.
O programa propõe uma metodologia em que o usuário, ou seja, o projetista de
instalações elétricas decide a situação em que serão instalados os cabos elétricos e através da
seleção de algumas variáveis obterá seção nominal adequada. Será utilizado o software MS
Excel que é um programa de fácil acesso.
Este texto está organizado em oito capítulos sendo que o primeiro encontra-se um breve
resumo do trabalho e a motivação que levou a sua elaboração. No segundo capítulo, há uma
descrição de várias características elétricas dos condutores. No terceiro Capítulo, há a
metodologia teórica adotada para os dimensionamentos dos condutores de baixa tensão. O
quarto capítulo foi dedicado a influências das harmônicas nas instalações elétricas e o quinto
explica a metodologia de cálculo para condutores em média tensão.
O sexto capítulo aborda a metodologia para o dimensionamento econômico de
condutores, ou seja, uma técnica que busca um condutor de seção maior com custo inicial
elevado, entretanto que ao longo da vida útil dos condutores terá um custo total menor. No
sétimo capítulo é abordado o método de dimensionamento ambiental de condutores elétricos,
ou seja, será feito uma análise do ponto de vista da redução da emissão de CO2 devida o
aumento da seção nominal dos cabos. No oitavo capítulo é mostrado um guia para facilitar o
usuário ao utilizar o programa em Excel, e um exemplo de aplicação como forma de
validação do programa. Por fim são apresentadas as conclusões sobre o trabalho proposto.
3
2 CONDUTORES ELÉTRICOS
Segundo [11] os condutores elétricos são os principais componentes das linhas elétricas.
Não de pode confundir condutores elétricos com linhas elétricas, já que segundo [18], a
definição de linhas elétrica é: o conjunto constituído por um ou mais condutores, com
elementos de fixação ou suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destinado a
transportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos. O objetivo dos condutores elétricos
é de permitir a passagem de corrente elétrica, através de um caminho de baixa impedância.
Existem diversas normas que regem a construção dos cabos elétricos tais como:
NBR 5111/97: fios de cobre nu de seção circular para fins elétricos –
Especificação;
NBR 5471/86: condutores elétricos;
NBR NM 280/2002: condutores de cabos isolados;
NBR 6251/2006: cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1kV
a 35kV – Requisitos construtivos;
NBR 11301/90: cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos
isolados em regimes permanente (fator de carga de 100%) – Procedimento;
NBR NM 247-3/2002: cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para
tensões nominais até 450/750V, inclusive – Parte 3: Condutores isolados (sem
cobertura) para instalações fixas;
NBR 7286/2001: cabos de potência com isolação extrudada de borracha etileno-
propileno (EPR) para tensões de 1 a 35kV – Requisitos de desempenho;
NBR 7287/92: cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno
reticulado (XLPE) para tensões de 1kV a 35kV.
O estudo de suas características é muito importante para os cálculos elétricos, já que
influenciam diretamente no seu maior propósito deste trabalho que é definir a seção nominal
do condutor.
4
Condutor elétrico: São fios ou cabos elétricos capazes de transportar energia elétrica.
Fio: é um produto metálico, maciço e flexível, de seção transversal invariável e de
comprimento muito maior que a sua seção transversal [11].
Cabo: é um conjunto de fios encordoados, isolados ou não entre si [11].
As Figuras 1 e 2 mostram respectivamente um fio e cabo elétrico
Condutor encordoado: o termo tem relação com a construção de uma corda, ou seja,
partindo-se de uma série de fios elementares, eles são reunidos (torcidos) entre si, formando
então o condutor. Possui basicamente três variações: normal, compactado e flexível [11].
Condutor encordoado normal: essa constituição apresenta maior flexibilidade que um
fio [11].
Condutor encordoado compactado: os espaços são reduzidos entre os fios componentes,
resultando em um condutor de menor diâmetro, porém com menor flexibilidade [11].
Condutor encordoado flexível: é obtido a partir do encordoamento de um grande
número de fios de diâmetro reduzido [11].
As Figuras 3, 4 e 5 mostram respectivamente um condutor com encordoamento normal,
encordoamento compactado e encordoamento flexível.
5
Existem diversos tipos de isolação elétrica que são utilizadas em condutores elétricos.
Os principais são: PVC, EPR e XLPE.
Segundo [11] a função da isolação é confinar o campo elétrico gerado pela tensão
aplicada ao condutor no seu interior.
Possuem rigidez dielétrica elevada, sendo possível utiliza-lo em cabos isolados até
tensão de 6kV.
Categoria 2:
Compreende todo sistema que não se enquadre na categoria 1 [11].
A Tabela 2 pode ser utilizada para dimensionar um cabo de acordo com a isolação
elétrica.
8
Existem diversos tipos de cabos elétricos, tais como: isolados, unipolares, multipolares,
multiplexados, secos, sob pressão e concêntricos.
Cabo isolado: é o cabo dotado apenas de uma isolação [11].
Cabo unipolar: é um cabo isolado dotado de uma cobertura [11].
Cabo multipolar: é constituído de dois ou mais cabos isolados e dotado de uma
cobertura [11].
Cabo multiplexado: é um cabo formado por dois ou mais condutores isolados ou por
cabos unipolares dispostos helicoidalmente, sem cobertura [11].
Cabos secos: são cabos unipolares ou multipolares formado por condutores isolados ou
unipolares cuja isolação é constituída exclusivamente por algum material sólido [11].
Cabos sob pressão: é uma cabo cuja isolação é mantida sob pressão superior a pressão
atmosférica, por meio de um fluido [11].
Cabo concêntrico: é um cabo multipolar constituído por um condutor central isolado e
por uma ou mais camadas isoladas [11]. No anexo A encontrasse diversos modelos de cabos e
fios elétricos, assim como diversas características construtivas.
As Figuras 6, 7 e 8 mostram respectivamente cabos do tipo isolado, unipolar e
multiplexado.
9
Os condutores elétricos são caracterizados por sua seção nominal. Entretanto não se
pode confundir essa seção como sendo a sua área geométrica total do cabo ou do fio. Na
realidade esse valor se refere ao seu valor máximo de resistência a 20°C. As seções são dadas
em milímetro quadrados (mm2), de acordo com uma série definida pela IEC (International
11
Os cabos de média tensão possuem características diferentes dos cabos de baixa tensão.
O cabo de média tensão possui outras camadas ao seu redor. Nesse trabalho a tensão
considerada como sendo média tensão é de 13,8kV, ou seja, condutores de classe 15kV.
Ao redor do condutor central existe uma camada de fita semicondutora, depois está à
isolação e ao redor da isolação existe outra camada de fita semicondutora, ainda existe uma
camada para blindagem e a última camada é uma proteção mecânica de borracha [7].
As Figuras 9 e 10 mostram respectivamente um condutor de média tensão do tipo
unipolar e do tipo multipolar.
circuito. Assim normalmente são utilizadas terminações especiais, conhecidas como muflas
[7].
Existem diversos tipos de muflas, tais como:
Termocontrátil;
Retrátil a frio;
Porcelana;
Enfaixada.
Nas Figuras 11, 12 e 13 são mostradas respectivamente muflas do tipo termocontrátil,
de porcelana e enfaixada.
O condutor utilizado como neutro, seja ele isolado, cabo unipolar ou veia de cabo
multipolar, obrigatoriamente deve ser utilizado para essa função. “Em caso de identificação
por cor, deve ser usada à cor azul-claro na isolação do condutor” [5].
O condutor de proteção (PE), segundo a norma deve ser utilizado em todos os circuitos
da instalação. “Qualquer condutor utilizado com essa finalidade deve ser identificado com
dupla coloração verde-amarelo ou a cor verde (cores exclusivas da função de proteção)” [5].
Qualquer que seja o tipo de condutor, quando utilizado como condutor de proteção
PEN, deve ser identificado com essa função. “Em caso de identificação por cor, deve ser
usada à cor azul claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis” [5].
14
Qualquer que seja o tipo do condutor utilizado como fase(s) e retorno(s) pode ser
identificado por qualquer cor, observadas as restrições citadas anteriormente. Na prática são
utilizadas as seguintes cores para os condutores, vermelho, preto e branco, indicando fase,
neutro e retorno respectivamente.
Neste capítulo foi feito uma abordagem sobre diversos modelos de condutores elétricos,
assim como foi apresentado suas principais características físicas, químicas e elétricas.
Para o dimensionamento dos condutores é muito importante descrever corretamente as
características do cabo que será dimensionado para o uso correto do software desenvolvido.
15
BAIXA TENSÃO
Este método é utilizado para se determinar o condutor mínimo que deve ser utilizado
para uma determinada aplicação, conforme mostrado na Tabela 3.
Esse método normalmente somente é útil para aplicações de corrente de pequena
intensidade, normalmente em instalações elétricas residenciais, onde condutores de 1,5 e
2,5mm2 são bastante utilizados.
16
Para se determinar a corrente solicitada por uma determinada carga elétrica para circuito
monofásicos é utilizado à equação 3.1:
P
Ic = (3.1)
Vfn.cos
Onde:
Ic – corrente de projeto, em [A];
P – potência demandada pela carga, em [W];
Vfn – tensão fase-neutro aplicada na carga, em [V];
cosϕ – fator de potência da carga.
Para se determinar a corrente solicitada por uma determinada carga elétrica para circuito
trifásicos é utilizado à equação 3.2:
P
Ic = (3.2)
3.Vff.cos
Onde:
Vff – tensão fase-fase aplicada na carga, em [V].
23
A corrente corrigida ou corrente fictícia é uma corrente que de fato não irá circular
pelos condutores, na verdade ela é um indicador de quanto à seção do condutor terá que ser
aumentada para compensar a limitação de corrente que irá circular pelo mesmo, tendo em
vista as condições adversars que o condutor será instalado [9]. Essa corrente pode ser
determinada através da equação 3.3.
Ic
Ic' = (3.3)
f
Onde:
Ic’ – corrente corrigida, em [A];
Ic – corrente de projeto calculada, em [A];
f – fator de correção.
3.3.5.1. Temperatura
Nas tabelas da norma a temperatura para instalações subterrâneas é 20°C e para não
subterrâneas é de 30°C. Assim de posse da temperatura e da isolação dos condutores pode-se
determinar o fator de correção f1, conforme a Tabela 9.
Este critério deve ser utilizado quando ocorrer agrupamento de circuitos dentro de um
mesmo conduíte. Esse fator se dá devido à influência de um condutor percorrido por uma
corrente elétrica exerce sobre o outro cabos instalados ao seu lado, provocando
sobreaquecimentos, sendo que nas tabelas da [5] foram elaboradas para um cabo analisado
isoladamente. O fator de correção pode ser verificado nas Tabelas 10, 11, 12 e 13.
Tabela 11 - Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos que consistem em mais de uma camada de
condutores [5].
Tabela 12 - Fatores de agrupamento para mais de um circuito - cabos unipolares ou cabos multipolares
diretamente enterrados [5]
27
Tabela 13 - Fatores de agrupamento para mais de um circuito - cabos em eletrodutos diretamente enterrados
[5]
28
Este fator deve ser usado para linhas subterrâneas, já que quanto maior a resistividade
térmica do solo pior será a condição de dissipação do calor pelo condutor, logo uma corrente
menor poderá circular pelo mesmo. Os fatores de correção podem ser vistos na Tabela 14.
Tabela 14 - Fatores de correção para cabos contidos em eletrodutos enterrados no solo [1].
Existem algumas condições em que esses fatores de correção podem ser omitidos, tais
como [11]:
Agrupamentos que contêm circuitos de comando ou sinalização;
As capacidades de correntes são muito maiores que as correntes de projeto dos
circuitos, por exemplo, devido às quedas de tensões;
Os condutores não são percorridos continuamente pelas correntes de projeto, as cargas
podendo ser intermitentes;
Os condutores dos circuitos não são simultaneamente carregados com as respectivas
correntes de projeto.
Por fim para determinar o condutor a ser utilizado é necessário estar de posse de quatro
variáveis:
Número de Condutores Carregados;
Corrente Corrigida;
Método de Instalação;
Isolação.
Com esses dados o condutor pode ser selecionado consultados a Tabelas 15, 16, 17, 18,
19 e 20.
Na Figura 14 é mostrado um exemplo de utilização das tabelas de capacidade de
condução de corrente elétrica. Seja uma corrente de 40A, sendo solicitada por uma carga
monofásica a dois condutores carregados, o método de referência é o C, possui isolação de
PVC e o condutor é de cobre.
30
Além de se determinar a seção pela corrente de carga, deve-se também limitar as quedas
de tensões que ocorrem ao longo do condutor devido às distâncias percorridas. Os limites são
estabelecidos em [5] e podem ser verificado na Tabela 21.
As quedas de tensões devem ser montadas a cada trecho da instalação, conforme pode
ser visto nas figuras 15 e 16:
3.Ic.l.(r.cos + x.sen)
ΔVc = (3.7)
10.Ncp.Vff
38
Onde:
ΔVc – queda de tensão, em [V];
r – resistência do condutor, em [Ω/m];
x – reatância do condutor, em [Ω/m];
Ncp – Número de condutores em paralelo.
Nessa etapa do cálculo serão consideradas duas situações: a 1ª trata da seção mínima
para suportar uma corrente de curto circuito e a 2ª trata da distância máxima que um circuito
pode ter em virtude do limite de curto-circuito a ser obedecido.
Figura 17 - Cabos Pirastic ou Sintenax com conector de cobre com conexão soldada ou prensada [17]
40
Figura 18 - Cabos Eprotenax ou Afumex com conector de cobre com conexão prensada [17]
41
Figura 19 - Eprotenax ou Afumex com conector de cobre com conexão soldada [17]
42
Te.Ics
Sc = (3.8)
234 + Tf
0,34. log
234 + Ti
Onde:
Ics – corrente simétrica de curto-circuito, em [kA];
Te – tempo de eliminação do curto-circuito, em [s];
Tf – temperatura máxima de curto-circuito suportada pela isolação do condutor, em [°C];
Ti – temperatura máxima admissível pelo condutor em regime normal de operação, em [°C].
Ift 2 .Tc
Sc = (3.10)
K
Onde:
Sc – seção do condutor, em mm2.
Ift – valor eficaz da corrente de falta fase e terra que pode atravessar o dispositivo de
proteção para uma falta de impedância desprezível, [A];
Tc – tempo de eliminação do defeito pelo dispositivo de proteção, em [s];
K – fator que depende da natureza do metal do condutor de proteção. Das isolações e
outras coberturas, e da temperatura inicial e final.
Na Tabela 23 encontra-se o valor de k de acordo com o tipo de isolação.
Seção mínima do
Seção dos condutor de
condutores de fase proteção
mm2 correspondente
mm2
S 16 S
16<S 35 16
S>35 S/2
45
Ice = If 2 + Ih 2 (4.2)
Onde:
Ice – Corrente de carga, em valor eficaz, devido à presença de componentes
harmônicos, em [A];
∑Ih – Somatório das corrente harmônicas.
Através da equação 4.3 determina-se o somatório das componentes harmônicas de
corrente.
2 2 2 (4.3)
Ih = I1h + I2h + ... + Inh
48
Onde:
Inh – Corrente harmônica de ordem n, em [A].
Assim determinamos a corrente efetiva do que irá circular através do condutor devido à
influência das harmônicas, entretanto segundo a [5] para circuitos trifásicos em que a taxa de
3ª harmônica for superior a 15% deverá ser feito uma correção da corrente, já que nesse caso
o circuito será considerado como tendo quatro condutores carregados, ou seja, é considerado
que além dos condutores de fase o neutro também estará carregado. A taxa de distorção
hârmonica pode ser obtida usando e equação 4.4.
I3h
THDi(3ª ) = .100% (4.4)
If
Onde:
THDi(3ª) – Taxa de distorção hârmonica da corrente de 3° ordem;
I3h – Corrente harmônica de 3ª ordem.
A equação 4.5 define a corrente corrigida considerando o efeito das harmônicas.
Ice
Ice' = (4.5)
0,86
Com base na corrente corrigida devido à influência das harmônicas, as Tabelas 15, 16,
17, 18, 19 e 20 devem ser consultadas para se determinar um condutor que atenda a nova
capacidade de condução de corrente.
Nas tabelas de capacidade de condução de corrente de [5] não existem valores para
quatro condutores carregados, que é o caso em que se consideram os três condutores de fase
mais o condutor neutro carregado, assim deve-se adotar uma das seguintes alternativas:
Deve usar a coluna de 3 condutores carregados de [5] e dividir a corrente de
projeto verdadeira (Ice) por um fator de 0,86, independentemente do método de
instalação;
A outra forma é considerando a coluna de 2 condutores carregados de [5], assim
considera-se que existem dois circuitos com 2 condutores carregados cada, então
utiliza-se os fatores de correção já explicados anteriormente.
49
TAXA DE 3ª
INFLUÊNCIA
HARMÔNICA
THD<15% A SEÇÃO DO NEUTRO PODE SER REDUZIDA
A SEÇÃO DO NEUTRO DEVE SER IGUAL À
15%<THD<33%
SEÇÃO CONDUTOR FASE
A SEÇÃO DO NEUTRO DEVERÁ SER MAIOR
THD>33%
QUE A SEÇÃO DA FASE
Quando a taxa for superior a 33% deve-se utilizar a equação 4.6, para encontrar um
valor de corrente que estime a situação do condutor de neutro.
In = Fcn.Ice (4.6)
Onde:
In – corrente corrigida de neutro;
Fcn – fator de correção do neutro.
O fator de correção do neutro (Fcn) pode ser obtido através da Tabela 26.
Fcn
Taxa de 3ª
harmônica Circuito trifásico com Circuito com duas fases e
neutro neutro
33% a 35% 1,15 1,15
36% a 40% 1,19 1,19
41% a 45% 1,24 1,23
46% a 50% 1,35 1,27
51% a 55% 1,45 1,30
56% a 60% 1,55 1,34
61% a 65% 1,64 1,38
66% 1,73 1,40
Com o valor de corrente de neutro corrigido devem-se consultar as tabelas 15, 16, 17,
18 e 19 para determinar a seção do condutor que suportará essa corrente solicitada.
50
Tabela 28 - Fatores de correção para temperaturas em linhas subterrâneas e não subterrâneas [4].
53
Tabela 31 - Fatores de correção para agrupamento de cabos unipolares em trifólio ao ar livre [4].
55
Tabela 33 - Fatores de correção para cabos unipolares e tripolares em bancos de dutos a serem aplicados às
capacidades de condução de corrente dos métodos de referência F e G [4].
Assim com os fatores de correção definidos e utilizando a equação 3.3 pode-se calcular
a corrente corrigida ou fictícia para condutores de média tensão.
Utilizando esse valor de corrente seleciona-se a seção do condutor a ser utilizado
através das tabelas que variam de acordo com nível de tensão do condutor, com o tipo de
isolação e com a temperatura no condutor.
As Tabelas 34, 35, 36 e 37 mostram as capacidades de condução de corrente que devem
ser utilizadas para determinar a seção nominal dos condutores em média tensão.
57
Tabela 34 - Capacidade de condução de corrente para cabos unipolares e multipolares: condutor de cobre,
isolação de XLPE ou EPR, temperatura no condutor de 90°C [4].
58
Tabela 35 - Capacidade de condução de corrente para cabos unipolares e multipolares: condutor de alumínio,
isolação de XLPE ou EPR, temperatura no condutor de 90°C [4].
59
Tabela 36 - Capacidade de condução de corrente para cabos unipolares e multipolares: condutor de cobre,
isolação de EPR, temperatura no condutor de 105°C [4].
60
Tabela 37 - Capacidade de condução de corrente para cabos unipolares e multipolares: condutor de alumínio,
isolação de EPR, temperatura no condutor de 90°C [4].
61
Onde:
E – energia elétrica dissipada no condutor, ou perdida, em Wh;
R – resistência elétrica do condutor, em Ω;
I – corrente elétrica dissipada no condutor, em A;
ΔT – tempo de circulação da corrente no condutor, em h.
ρ.l
R= (6.2)
S
Onde:
ρ – resistividade do material condutor;
l – comprimento do circuito;
S – seção transversal do condutor, em mm2.
Assim, substituindo 6.2 em 6.1, teremos:
ρ.l 2
E= .I .ΔT (6.3)
S
Através da equação 6.3 vemos que a energia dissipada no condutor depende diretamente
da resistividade do material do condutor, do comprimento do circuito, da corrente solicitada
pela carga, do tempo de uso do circuito e depende inversamente da seção transversal do cabo.
Dessas grandezas citadas podemos economizar energia alterando a bitola do condutor, ou
seja, aumentando a sua seção, as outras grandezas muitas vezes não podem ser alteradas, já
que a corrente será sempre solicita para aquela carga, já considerando a economia que poderia
63
ser feita mediantes ajustes do fator de potência, o tempo muitas vezes também não pode ser
alterada, já que para muitas aplicações o condutor tem que ser usado ininterruptamente, a
resistividade do material depende exclusivamente do material e da temperatura a que ele é
submetido e a distância muitas vezes também não pode ser modificada, já que a carga está
fixa em algum local [14].
Essa análise é valida para qualquer condutor independente da isolação, seja de PVC,
EPR ou XLPE.
Os cálculos para utilizar os condutores com seção econômica são bastante trabalhosos e,
portanto, normalmente somente se justifica utilizar esses cálculos para os seguintes casos
[14]:
Circuitos que funcionam em regime contínuo com correntes que não apresentam
grandes variações;
Circuitos com seções iguais ou superiores a 25mm2;
Em circuitos em que o método da corrente não resultou em uma seção maior, ou seja,
outro método de dimensionamento prevaleceu, já que a seção nominal nesses casos são
maiores que o cabo necessário para transportar corrente, proporcionado alguma economia.
Assim o objetivo desse cálculo é encontrar uma seção de condutor que compense
financeiramente um maior custo inicial na compra do cabo, já que será utilizado uma seção
maior. Na Figura 22 está representado como o método será aplicado, ou seja, o método
consiste em encontrar o ponto com o menor custo total.
A norma brasileira que aborda esse assunto é a NBR 15920 que se trata de uma tradução
da IEC 60287-3-2.
As equações 6.4, 6.5, 6.6, 6.7, 6.8, 6.9 e 6.10 são utilizadas para realizar o cálculo
completo da seção econômica.
Ct = Cc + Ce + Ci (6.4)
Onde:
Ct – custo total durante a vida do cabo, em [R$];
Cc – custo inicial do cabo, ou seja, o custo de compra do cabo, em [R$];
Ce – custo de energia desperdiçado ao longo do tempo, em [R$].
Ci – custo de montagem, ou seja, o custo para instalar o cabo, em [R$];
A equação 6.5 determina a seção econômica do condutor:
2
1000.[Imax 2 .F.ρ20.B.[1+ α20.(θm - 20)]
Sec = (6.5)
A
Onde:
Sec – seção econômica do condutor, em [mm2];
Imax – corrente de projeto máxima, em [A];
F – quantidade auxiliar;
ρ20 – resistência elétrica do material condutor a 20°C;
B – quantidade auxiliar;
α20 – coeficiente de temperatura para a resistência elétrica do condutor a 20°C;
θm – temperatura media de operação do condutor, em [°C];
A – componente variável do custo por unidade de comprimento.
Q
F = Np.Nc.(T.P + D). (6.6)
i
(1+ )
100
Onde:
γp – fator de proximidade;
γs –fator devido o efeito pelicular;
γ1 –fator de perda de cobertura;
γ2 –fator de perda da armação.
B = (1+ γp + γs).(1+ γ1+ λ2) (6.7)
65
N 1- r N
n=1
Q = r n-1 =
1- r
(6.8)
Onde:
Q – quantidade auxiliar;
r – quantidade auxiliar;
N – período coberto pelo cálculo financeiro.
2
a b
1+ . 1+
100 100 (6.9)
r=
i
1+
100
Onde:
a – aumento anual de carga, em [%];
b – aumento anual do custo de energia, em [R$/kWh];
i – taxa de capitalização, em [%].
θ - θa
θm = (6.10)
(3 + θa)
Onde:
θm – temperatura média de operação do condutor, em [°C];
θ – temperatura máxima nominal do condutor, em [°C];
θa – temperatura média ambiente, em [°C].
No entanto esse equacionamento é bastante árduo, assim podemos fazer algumas
simplificações no equacionamento, o que nos conduz a resultados bastante aceitáveis, se
utilizarmos algumas simplificações.
Ib e
Sec = . (6.11)
Ch.Cn A
Onde:
Sec – seção econômica do condutor, em [mm2];
Ib – corrente de projeto, em [A];
Ch – quantidade auxiliar;
Cn – quantidade auxiliar;
e – custo da energia elétrica ativa, em [R$/kWh];
A – quantidade auxiliar.
2, 66
Ch = (6.12)
H
Onde:
H – número de horas / ano de funcionamento.
0, 69
Cn = (6.13)
1- 0,937 N
N – número de anos considerado no cálculo.
P2 - P1
A= (6.14)
S2 -S1
Onde:
P1 – preço do cabo, em [R$/km];
P2 – preço do cabo, em [R$/km];
S1 – seção do cabo, em [mm2];
S2 – seção do cabo, em [mm2].
O termo A deve ser calculado usando essa equação para varias seções de um mesmo
fabricante e o seu valor será a média desses resultados. No anexo B é mostrado alguns preços
de condutores utilizados.
67
Para analisarmos os dois métodos é necessário fazer uso da equação 6.4, comparando os
três tipos de custos em busca de obter qual terá o maior valor total.
Analisando inicialmente o custo devido à energia perdida por efeito joule podemos
utilizar a equação 6.15.
Cd = I 2 .R.n.H.e (6.15)
Onde:
I – corrente elétrica, em [A];
R – resistência elétrica na temperatura de operação do condutor, em [Ω];
n – número de condutores carregados do circuito;
H – tempo de operação do condutor, em [h/ano];
e – custo da energia elétrica, em [R$/kWh].
Deve-se salientar que a variável R depende da temperatura de operação do condutor,
sendo assim, devemos adotar o seguinte procedimento para determinar corretamente seu
valor.
Inicialmente encontramos o fator de carregamento do condutor através da equação 6.16.
Ic
Ca = (6.16)
Iz
Onde:
Ca – carregamento do condutor;
Ic – corrente de Projeto (A);
Iz – corrente suportada pelo condutor (A).
Com esse resultado e utilizando o gráfico mostrado na Figura 23 que relaciona o
carregamento do condutor em função da temperatura de regime podemos encontrar a
temperatura real que o condutor esta submetido.
68
Iz = a.S0,625 (6.17)
Onde:
Iz – capacidade de condução de corrente do condutor, em [A];
a – valor conforme Tabela 39;
S – seção do condutor, em [mm2].
69
Onde:
cc – número de condutores carregados.
I
θr = θa + (θz - θa). (6.18)
Iz
Onde:
θr – temperatura final de regime, em [°C];
θa – temperatura ambiente, em [°C];
θz – temperatura máxima para serviço contínuo, em [A];
I – corrente de projeto, em [A].
Assim podemos usar a Tabela 40 para encontrar a resistência elétrica correta no
condutor de acordo com a temperatura final de regime encontrada.
Temperatura Fator de
(°C) correção
20 1
30 1,039
40 1,079
50 1,118
60 1,157
70 1,197
80 1,236
90 1,275
distribuído ao longo da vida útil dos condutores deve ser deslocado para o tempo presente,
utilizando recursos da matemática financeira podemos encontrar o valor presente do custo de
perda de energia elétrica por efeito joule. Assim para solucionar esse problemas podemos
utilizar as equações 6.19, 6.20, 6.21 e 6.22 podemos realizar os ajustes necessários.
VP = C.Q (6.19)
Onde:
VP – valor presente do custo de energia elétrica, em [R$];
C – custo distribuído ao longo do tempo, em [R$].
1- r n
Q = r. (6.20)
1- r
Onde:
n – tempo de cálculo considerado, em [anos].
1
r= (6.21)
i
1+
100
Onde:
i – taxa de juros ao ano.
Em seguida devemos encontrar o custo inicial dos condutores utilizados, para isso segue
no Anexo B uma tabela com os custos de condutores elétricos com isolação de PVC ou EPR
de 0,6/1kV.
Assim teremos a seguinte equação:
Ci = n.pc.l (6.22)
Onde:
n - número de condutores carregados do circuito;
pc – preço do condutor adotado, em [R$/km];
l – comprimentos do condutor utilizado, em [km].
Por fim devemos encontrar o custo de montagem (Cm), ou seja, custo de instalação dos
condutores. Este critério é considerado constante já que para condutores de grande porte a
diferença nesse critério é mínima.
Desta forma analisando o custo total podemos fazer algumas análises de engenharia
econômica, tais como: VPL (valor presente líquido), TIR (taxa interna de retorno) e Payback
(tempo de retorno do investimento).
71
6.6.1. Definição
É o cálculo da taxa que zera o valor presente líquido do fluxo de caixa das alternativas.
Assim o investimento é considerado rentável se a TIR for maior que a taxa mínima de
atratividade. Em outras palavras, a TIR representa a taxa máxima que o projeto suporta antes
de se tornar negativo [23].
6.6.4. Payback
3% 15%
METALÚRGIA
ELETRODOS
82% OUTROS
As reservas de cobras existentes podem ser verificadas na tabela 41, que mostra dados
até o ano de 2006.
Um dos temas mais discutidos atualmente á o efeito estufa, em particular o aumento das
emissões de CO2, assim se justifica a importância de se encontrar técnicas para se reduzir essa
emissão. Na Tabela 42 é apresentado o volume anual que é lançado na atmosfera por diversos
países [22].
Quantidade Países
Entre 16 e 36 Estados Unidos e Austrália
Entre 7 e 16 Japão, Canadá, Rússia, Ucrânia, Polônia e África do Sul
Entre 2,5 e 7 União Européia, China, México, Chile, Argentina e Venezuela
Entre 0,8 e 2,5 Brasil, Índia, Indonésia, países da América Central e Caribe
Assim a engenharia elétrica pode dar sua contribuição, através de metodologias que
reduzam o impacto ambiental, já que a contribuição para esse problema é elevada,
principalmente na produção de energia que representa 56% do total. A Figura 26 mostra um
gráfico de contribuição da emissão de CO2 para o efeito estufa [22].
7.3. Metodologia
Nesse capítulo foi demonstrado o uso das equações para o dimensionamento ambiental,
ou seja, analisar se esse método é valido foge do escopo desse trabalho. O método é bastante
intuitivo, entretanto suas variáveis são de difícil interpretação.
Utilizando o método ambiental o projetista pode determinar a redução de emissão de
CO2 devido utilização de um condutor de seção nominal maior. Assim avaliar se é viável
fazer um investimento inicial maior em função da compra de condutores de seções maiores.
Essa metodologia ainda é recente, portanto quase todos os projetistas de instalações
elétricas ainda desconhecem. Portanto este trabalho serve com forma de divulgar a
importância da preocupação com o meio ambiente.
77
8 PROGRAMA EM EXCEL
Com o intuito de facilitar a utilização dos métodos foi desenvolvido um programa para
dimensionamento de condutores elétricos, utilizando o MS Excel. Sendo assim este capítulo
abordará todas as funcionalidades do programa, assim como apresenta uma manual do
usuário, de forma a garantir que todas as informações necessárias para realizar os cálculos
elétricos sejam interpretadas corretamente pelos usuários.
Nessa etapa será feito uma explanação sobre como os usuários devem utilizar o
programa para dimensionamento de condutores elétricos em baixa e média tensão.
O programa foi dividido em cinco etapas de cálculo:
Parte 1 – Dimensionamento de condutores de baixa tensão;
Parte 2 – Dimensionamento de condutores de baixa tensão com harmônicas;
Parte 3 - Dimensionamento de condutores utilizando a seção econômica;
Parte 4 – Critério ambiental;
Parte 5 – Dimensionamento de condutores de média tensão.
Para iniciar o programa deve-se clicar no botão Iniciar, conforme Figura 27.
NÚMERAÇÃO DO CIRCUITO
TIPO DE INSTALAÇÃO
TIPO DE LINHA
UTILIZAÇÃO DO CIRCUITO
MATERIAL DO CONDUTOR
LINHA SUBTERRÂNEA
AGRUPAMENT
O
MÉTODO DE INSTALAÇÃO
TIPO DE CIRCUITO
DISTÂNCIA (m)
Figura 34 - Dados para o dimensionamento de condutores elétricos em baixa tensão considerando o efeito de
correntes harmônicas.
MATERIAL DO CONDUTOR
ISOLAÇÃO DO CONDUTOR
Figura 35 - Dados para o dimensionamento de condutores elétricos utilizando o método da seção econômica.
Selecione o condutor que foi calculado de acordo com o método para dimensionamento
de condutores elétricos de baixa tensão.
Taxa de juros ao ano:
Defina a taxa de juros anual que será considerada nos cálculos
Tipo de linha elétrica:
Selecione o método de instalação conforme NBR 5410/2004. Podendo ser: A1, A2, B1,
B2, C, D, E, F ou G.
Número de condutores carregados:
Selecione o número de condutores carregados do circuito que está sendo dimensionado.
Podendo ser de 2 ou 3.
Material do condutor:
Selecione se o material de formação do condutor será de cobre ou de alumínio.
Isolação do condutor:
Selecione o tipo de isolação do cabo. Podendo ser de PVC, XLPE ou EPR.
Comprimento do circuito:
Defina a distância máxima de instalação que o condutor terá, em [km].
85
Comprimento da linha:
Defina a distância máxima de instalação que o condutor terá, em [km].
K1:
Fator constante que indica a quantidade de emissão de CO2, em [KG - CO2 / kWh].
K2:
Fator constante de emissão de CO2, em [KG - CO2 / Kg – Cu].
87
Material do condutor:
Selecione se o material de formação do condutor será de cobre ou de alumínio.
Temperatura ambiente ou do solo:
Selecione a temperatura do ambiente ou do solo do local onde será instalado o condutor,
em [°C].
Linha subterrânea:
Selecione se o condutor será instalado de forma subterrada ou não.
Resistividade térmica do solo:
Selecione o nível resistividade térmica do solo no local em que o condutor será
instalado.
Tipo de cabo:
Defina o tipo de cabo que será utilizado. Podendo ser unipolar em plano, unipolar em
trifólio ou tripolar.
Número de bandejas:
Defina o número de bandejas que serão instalados.
Número de ternas:
Defina o número de ternas que serão instalados.
Corrente de curto-circuito:
Defina a corrente de curto-circuito que o condutor será solicitado, em [kA].
Tempo de abertura do dispositivo de proteção:
Defina o tempo que o dispositivo de proteção do condutor a ser dimensionado irá atuar,
em [s].
Tensão adotada:
Selecione o nível de tensão que será aplicado, em [V].
Distância:
Defina a distância máxima de instalação que o condutor terá, em [m].
Queda de tensão percentual adotada:
Defina o limite máximo de queda de tensão que o condutor poderá sofrer.
MÉTODO DE CURTO-CIRCUITO
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO (KA) 1
TEMPO DE ABERTURA DO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO (s) 0,5
TEMPERATURA MÁXIMA DE CURTO-CIRCUITO 250
TEMPERATURA MÁXIMA ADMÍSSIVEL EM REGIME NORMAL 90
CONDUTOR NEUTRO
SEÇÃO DE FASE ADOTADA (mm2) 50
CONDUTOR TERRA
SEÇÃO DE FASE ADOTADA (mm2) 50
ANÁLISE HARMÔNICA
THD DE 3°
ORDEM 28%
NÃO PRECISA DE
FATOR DE CORREÇÃO DO NEUTRO CORREÇÃO
CORRENTE QUE CIRCULA NO CONDUTOR DE
NEUTRO 0
CONDUTOR PELO MÉTODO DA CORRENTE (mm2) 0
CONDUTOR PELO MÉTODO DA QUEDA DE TENSÃO (mm2) 0
QUADRO COMPARATIVO
CRITÉRIO SEÇÃO (mm2) Ci Ce Cm Ct
TÉCNICO 70 R$ 254,56 R$ 82.757,64 R$ 3.687,00 R$ 86.699,20
ECONÔMICO 240 R$ 636,40 R$ 24.326,45 R$ 12.249,00 R$ 37.211,85
4000
2000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-2000
FLUXO DE CAIXA
-4000
-6000
-8000
-10000
MÉTODO DE CURTO-CIRCUITO
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO (kA) 1
TEMPO DE ABERTURA DO DISPOSITIVO DE
PROTEÇÃO (s) 0,5
8.3.1. Exemplo 1
NÚMERAÇÃO DO CIRCUITO 1
TIPO DE INSTALAÇÃO
TIPO DE LINHA
UTILIZAÇÃO DO CIRCUITO
MATERIAL DO CONDUTOR
LINHA SUBTERRÂNEA
AGRUPAMENTO
MÉTODO DE INSTALAÇÃO
NÚMERO DE CONDUTORES
CARREGADOS
TIPO DE CIRCUITO
MÉTODO DE CURTO-CIRCUITO
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO (KA) 1
TEMPO DE ABERTURA DO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO (s) 0,5
TEMPERATURA MÁXIMA DE CURTO-CIRCUITO 250
TEMPERATURA MÁXIMA ADMÍSSIVEL EM REGIME
NORMAL 90
CONDUTOR NEUTRO
SEÇÃO DE FASE ADOTADA (mm2) 95
SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR A SER UTILIZADO EM mm2 50
CONDUTOR TERRA
SEÇÃO DE FASE ADOTADA (mm2) 95
8.3.2. Exemplo 2
Utilizando o programa de baixa tensão considerando as correntes harmônicas.
Considerando a mesma situação apresentada anteriormente, entretanto considerando que o
circuito apresenta as seguintes componentes harmônicas de corrente. Neste caso verificamos
uma condição em que a seção do neutro será menor que a seção da fase.
Dados de medição:
3ª ordem= 40A, 5ª ordem = 32A e 7ª ordem de 20A
As Figuras 45 e 46 mostram respectivamente os dados inseridos no programa de baixa
tensão considerando as harmônicas e a visualização dos resultados em forma de relatório.
fase)
98
THD DE 3°
ORDEM 27%
NÃO PRECISA DE
FATOR DE CORREÇÃO DO NEUTRO CORREÇÃO
CORRENTE QUE CIRCULA NO CONDUTOR DE
NEUTRO #VALOR!
CONDUTOR PELO MÉTODO DA CORRENTE (mm2) #VALOR!
CONDUTOR PELO MÉTODO DA QUEDA DE TENSÃO (mm2) #VALOR!
8.3.3. Exemplo 3
Utilizando o programa de baixa tensão considerando as correntes harmônicas.
Considerando a mesma situação apresentada no exemplo 1, entretanto adotando que o circuito
apresenta as seguintes componentes harmônicas de corrente. Neste caso verificamos uma
condição em que a seção do neutro será igual à seção da fase.
Dados de medição:
3ª ordem= 60A, 5ª ordem = 32A e 7ª ordem de 20A
As Figuras 47 e 48 mostram respectivamente os dados inseridos no programa de baixa
tensão considerando as harmônicas e a visualização dos resultados em forma de relatório.
8.3.4. Exemplo 4
Utilizando o programa de baixa tensão considerando as correntes harmônicas.
Considerando a mesma situação apresentada no exemplo 1, entretanto adotando que o circuito
apresenta as seguintes componentes harmônicas de corrente. Neste caso verificamos uma
condição em que a seção do neutro será maior que à seção da fase.
Dados de medição:
3ª ordem = 80A, 5ª ordem = 32A e 7ª ordem de 20A.
As Figuras 49 e 50 mostram respectivamente os dados inseridos no programa de baixa
tensão considerando as harmônicas e a visualização dos resultados em forma de relatório.
8.3.5. Exemplo 5
Utilizando o programa de dimensionamento da seção econômica dos condutores
elétricos. Seja um alimentador de um QGF (Quadro geral de força) de uma indústria,
considerando os seguintes dados. Determinar a seção econômica desse condutor.
Tempo de funcionamento com carga dos condutores é de 8000h/ano;
O custo da energia elétrica adota é d 0,49R$/kWh;
O número de ano considerado no cálculo é de 20 anos;
Adotar uma taxa de juros de 6% a.a.
As Figuras 51 e 52 mostram respectivamente os dados inseridos no programa da seção
econômica e a visualização dos resultados em forma de relatório.
MATERIAL DO CONDUTOR
ISOLAÇÃO DO CONDUTOR
QUADRO COMPARATIVO
SEÇÃO
Cm Ce Ci Ct
CRITÉRIO (mm2)
R$ R$ R$
-
TÉCNICO 95 125.159,60 10.307,40 135.467,00
R$ R$ R$
-
ECONÔMICO 240 48.906,90 26.469,30 75.376,20
PAYBACK
RETORNO DO INVESTIMENTO 4,24 ANOS
FLUXO DE CAIXA DO INVESTIMENTO
5000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-5000
FLUXO DE CAIXA
-10000
-15000
-20000
8.3.6. Exemplo 6
NÚMERO DE CIRCUITOS 1
8.3.7. Exemplo 7
TIPO DE
LINHA
ELÉTRICA
TENSÃO NOMINAL
MATERIAL DO CONDUTOR
LINHA SUBTERRÂNEA
TIPO DE CABO
NÚMERO DE BANDEJAS
NÚMERO DE TERNAS 1
OBS:
MÉTODO DE CURTO-CIRCUITO
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO (kA) 5
TEMPO DE ABERTURA DO DISPOSITIVO DE
PROTEÇÃO (s) 1
CONCLUSÕES
Atualmente existe uma grande preocupação com o meio ambiente e um dos grandes
itens de estudo é a redução da emissão de CO2 (dióxido de carbono), que na área de
engenharia elétrica se dá principalmente devido a produção de energia elétrica, dependendo
claro do tipo de geração adotada.
O método ambiental de dimensionamento de condutores elétricos apresenta como
resultado a redução da emissão do poluente quando comparamos as seções calculadas
conforme o método técnico e o método econômico, assim é claro que é um tema muito
complexo de se avaliar, já que envolve muitas variáveis, tais como: capacidade de extração do
cobre, nível de emissão de CO2 devido à geração de energia elétrica, além das características
econômicas do mercado de energia elétrica, essa complexidade foge do escopo desse trabalho.
Caso não se deseje ou não se possa adotar um cabo de seção muito maior conforme foi
calculado, basta adotar um cabo maior que o técnico que pelo menos as perdas elétricas já
serão reduzidas e o meio ambiente já pode se beneficiar com isso.
Foi abordado o critério para dimensionamento de condutores de média tensão, nesse
caso a tensão foi limitada pela NBR 14039/2005 que é de 36,2kV, mostrando vários critérios
técnicos, tais como: método da corrente, queda de tensão e curto circuito. Assim toda a
metodologia aplicada no programa foi apresentada de forma a deixar clara as aplicações para
os usuários.
Conforme pode ser visto no exemplo de aplicação do programa, onde um alimentador é
avaliado pelo método técnico e econômico podemos analisar alguns pontos. Pelo critério
técnico o a seção nominal resultante foi de 95mm2 e pelo critério da seção econômica a seção
a ser adotada é de 240mm2, vimos que o custo ao longo da vida útil do condutor é bem menor
quando se instala um condutor de seção nominal maior, entretanto o investimento inicial é
bem maior, dependendo do caso o retorno desse investimento pode demorar alguns anos,
entretanto essa troca sempre será um investimento rentável. Aprofundando a análise o
problema foi expandido para a análise ambiental onde o objetivo de alcançar a redução de
CO2 foi alcançado, no exemplo 12.525,6kg-CO2 foi deixado de ser lançado na atmosfera ao
longo dos 20 anos de vida útil da instalação elétrica.
Este trabalho apresenta uma alternativa para dimensionamento de condutores elétricos,
já que a maioria dos softwares existentes sobre o assunto normalmente está ligado a
fabricantes de fios e cabos elétricos.
Para trabalhos futuros poderão ser feitos comparações entre os resultados da ferramenta
desenvolvida com outros softwares existentes no mercado para dimensionamento de
113
condutores elétricos, além de criar um mecanismo de fácil manuseio pelo usuário para
atualização dos dados referentes as normas técnicas usadas no programa..
114
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Condutores elétricos de potência em baixa tensão. São Paulo: 2007. 9p.
<http://www.nexans.com.br/eservice/SouthAmericapt_BR/navigate_110909/Cabos_de_alta_t
[3] CREDER, Hélio. Manual do instalador eletricista. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
216p.
[4] NBR-14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0kV a 36,2kV. São Paulo, 2005.
[6] NBR-6251: Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1kV a 35kV –
[7] BARROS, Benjamim Ferreira de; GEDRA, Ricardo Luís. Cabine primária: subestação
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