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Aula 11
Esse dispositivo é muito usado pela defensoria pública, porque ele permite a elaboração de
um relatório (PIA – plano individual de atendimento), feito por equipe interdisciplinar de
profissionais e que auxiliará o juiz na escolha da medida mais adequada ao menor.
ATENÇÃO: O juiz não está vinculado a nenhum laudo psicossocial. O Laudo tem o escopo
de auxiliar na convicção do juiz, apenas. Ademais, a ausência do laudo não importa em
nulidade.
Essa possibilidade de remissão surge para o juiz depois da oitiva do menor, na audiência de
apresentação. Não é necessário que o MP requeira a remissão, mas é essencial a presença do
membro para que o juiz conceda a remissão.
O procedimento é regido pela forma oral, pelo Princípio da concentração das formas e o
momento para produção de provas para o MP é no oferecimento da representação e para a
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defesa é na apresentação da defesa prévia. Caso as partes percam o momento adequado para
a apresentação das provas, dependerão da faculdade do juiz em aceitar ou não que elas sejam
produzidas em outra oportunidade.
Ao final da audiência em continuação, caso o juiz não se sinta convicto para dar a sentença
oralmente, e o prazo de 45 dias tenha expirado, ele pode marcar nova data para a leitura de
sentença no prazo de 05 dias.
Esse dispositivo não fala da hipótese de evasão do menor, ele faz menção ao seu não
comparecimento.
ECA. Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá
ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da sentença.
Com o início do processo, abre-se para o juiz a possibilidade de remissão e o prazo máximo é
o anterior à sentença.
ECA. Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, desde que
reconheça na sentença:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato ato infracional;
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o ato infracional.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o adolescente internado, será
imediatamente colocado em liberdade.
Essas mesmas situações que levam à absolvição, são fundamentos para que o MP requeira o
arquivamento.
ECA. Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de internação ou regime
de semi-liberdade será feita:
I - ao adolescente e ao seu defensor;
II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou responsável, sem prejuízo
do defensor.
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§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá este manifestar se deseja
ou não recorrer da sentença.
OBS: Cabe ao defensor o melhor interesse do menor, por esse motivo é que o defensor pode
interpor recurso, mesmo contra a vontade do menor.
ATENÇÃO! Essa legitimação, que incumbe ao juiz a função de fiscal, permite que ele atue de
oficio para iniciar o procedimento. Essa é uma das exceções ao princípio da inércia da
jurisdição. A peça inicial usada pelo juiz é a portaria. Lembrando que o juiz iniciou o
procedimento não julga o caso, ele apenas exerce uma função tabelar.
ECA. Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer
resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.
ECA. Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autoridade
judiciária designará audiência de instrução e julgamento, intimando as partes.
Esse dispositivo não aproveita os efeitos da revelia e não prevê o julgamento antecipado da
causa. Ou seja, apresentada ou não a resposta a AIJ será designada.
Por exemplo, se autoridade judiciária verificar que a estrutura do local e que se encontram os
menores representa algum perigo ou risco de perigo, poderá, a critério do juiz, fixar um prazo
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para que tais irregularidades sejam sanadas. Caso as irregularidades sejam sanadas no curso
do, o juiz extingue o processo sem o julgamento do mérito.
O art. 97 do ECA fala das medidas aplicáveis às entidades de atendimento pessoa jurídica. O
§ 4º do art. 193 fala de medidas punitivas aplicáveis ao dirigente pessoa física.
É competente para dar início a este procedimento o MP e o conselho tutelar, por representação;
ou pelo comissário de menores, por auto de infração assinado por duas testemunhas.
ATENÇÃO: A figura do comissário voluntário não é mais usada no âmbito do estado do RJ.
O comissário voluntário é classificado como colaborador e por decisão do TJ/RJ o colaborador
não tem a prerrogativa do poder de polícia.
OBS: O auto de infração é uma peça técnica, elaborada pelo comissário de menores, que deve
conter o resumo dos fatos apurados e a assinatura de duas testemunhas.
A lei dá flexibilidade para a atuação do comissário de menores permitindo que o auto seja
lavrado, mesmo após a constatação do fato.
ECA. Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apresentação de defesa,
contado da data da intimação, que será feita:
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O prazo para a resposta e a contestação sempre será de 10 (dez) dias.
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na presença do requerido;
Lembrando que o prazo começa a correr no momento em que é feita a citação validada do réu.
Em regra, a ação é proposta no domicilio do réu, mas quando a infração é praticada por meios
de comunicação (TV e rádio) que atinjam mais de uma comarca, a competência para o
julgamento da ação observa a regra do § 3º do art. 147 do ECA: “§ 3º Em caso de infração cometida
através de transmissão simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para
aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a sentença
eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado”.
OBS: No caso previsto no art. 249 do ECA (descumprimento doloso ou culposo de obrigações
inerentes ao poder familiar) a competência será do local do domicilio dos pais ou do local onde
o menor se encontra.
A lei prevê as formas de citação: por oficial de justiça; por via postal ou por edital.
ECA. Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a autoridade judiciária
dará vista dos autos do Ministério Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.
Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária procederá na conformidade do
artigo anterior, ou, sendo necessário, designará audiência de instrução e
julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão sucessivamente o Ministério
Público e o procurador do requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida proferirá
sentença.
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III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamento, ou declaração
relativa ao período de união estável; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
V - comprovante de renda e domicílio; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
VI - atestados de sanidade física e mental (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
VII - certidão de antecedentes criminais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
VIII - certidão negativa de distribuição cível. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
O art. 197-A e seus incisos estabelecem os requisitos que devem conter na petição inicial da
ação de habilitação de pretendentes à adoção.
O motivo para a habilitação é saber qual o motivo que leva a pessoa querer adotar um menor,
porque o ato de adoção tem como escopo dar uma família a quem não tem família e a
intervenção obrigatória de uma equipe interdisciplinar tem a função de fazer essa avaliação.
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§ 2o Sempre que possível e recomendável, a etapa obrigatória da preparação referida
no § 1o deste artigo incluirá o contato com crianças e adolescentes em regime de
acolhimento familiar ou institucional em condições de serem adotados, a ser realizado
sob a orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da
Juventude, com o apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento
familiar ou institucional e pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da participação no programa referido
no art. 197-C desta Lei, a autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
decidirá acerca das diligências requeridas pelo Ministério Público e determinará a
juntada do estudo psicossocial, designando, conforme o caso, audiência de instrução e
julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou sendo essas indeferidas, a
autoridade judiciária determinará a juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir
vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em igual
prazo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito nos cadastros referidos
no art. 50 desta Lei, sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem
cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de crianças ou adolescentes
adotáveis. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1o A ordem cronológica das habilitações somente poderá deixar de ser observada
pela autoridade judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando
comprovado ser essa a melhor solução no interesse do adotando. (Incluído pela Lei
nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2o A recusa sistemática na adoção das crianças ou adolescentes indicados importará
na reavaliação da habilitação concedida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Uma vez feito o relatório, o juiz poderá, através de sentença, homologar ou não aquele pedido
de adoção.
5. Dos recursos
ECA. Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude fica
adotado o sistema recursal do Código de Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 5.869,
de 11 de janeiro de 1973, e suas alterações posteriores, com as seguintes adaptações:
ECA. Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude,
inclusive os relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema
recursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as
seguintes adaptações: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
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No âmbito da infância os procedimentos são regidos pela gratuidade de justiça, não há
cobrança de custas e emolumentos, no que tange à proteção dos diretos fundamentais da
criança e do adolescente.
O ECA unificou todos os prazos de contestação e de recurso em 10 (dez) dias, com exceção dos
embargos de declaração, que tem prazo de 05 dias.
Pelo princípio da celeridade, dispensa-se a figura do revisor e todos os recursos nessa área têm
preferência de julgamento.
IV - o agravado será intimado para, no prazo de cinco dias, oferecer resposta e indicar
as peças a serem trasladadas; (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
V - será de quarenta e oito horas o prazo para a extração, a conferência e o conserto do
traslado; (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VI - a apelação será recebida em seu efeito devolutivo. Será também conferido efeito
suspensivo quando interposta contra sentença que deferir a adoção por estrangeiro e,
a juízo da autoridade judiciária, sempre que houver perigo de dano irreparável ou de
difícil reparação; (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação,
ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho
fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias;
No âmbito do processo civil, o juízo de retratação só é permitido quando a petição inicial for
indeferida, no ECA, em qualquer recurso é permitido o juízo de retratação e o juiz pode fazer
o juízo de retratação de ofício.
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Em regra, todo recurso no âmbito da infância é recebido com efeito devolutivo, as exceções se
dão quando se tratar de adoção internacional ou quando houver perigo de dano irreparável o
de difícil reparação ao adotando.
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder
familiar fica sujeita a apelação, que deverá ser recebida apenas no efeito
devolutivo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
No caso de destituição do poder familiar, a apelação será recebida apenas no efeito devolutivo.
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa para julgamento no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias, contado da sua conclusão. (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
Devido ao princípio da celeridade, em caso de apelação, não será concedido prazo para o MP
apresentar parecer, ele deverá apresentar o parecer na data do julgamento, de forma oral.
Lembrando que o relator tem que colocar o recurso em mesa no prazo de 60 (sessenta) dias do
recebimento.
Caso o relator não coloque o recurso em mesa para julgamento no prazo de 60 (sessenta dias),
a lei autoriza que o MP requeira a instauração de procedimento para a apuração de
responsabilidade em face do desembargador-relator. Na prática, o que o MP pode fazer é
representar contra o desembargador junto ao CNJ.
6. Do Ministério Público
ECA. Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta Lei serão exercidas
nos termos da respectiva lei orgânica.
A Lei orgânica de cada ministério público é que vais regular a sua atuação na vara de infância.
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I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;
A remissão só pode ser concedida pelo juiz ou pelo MP que atua junto à vara da infância e
juventude da comarca que se deu a ação ou a omissão.
Diante de uma denúncia de irregularidade, antes de propor uma ACP, o MP pode instaurar
um processo administrativo para tentar sanar a irregularidade.
Caso uma pessoa notificada para prestar esclarecimentos sobre uma denúncia de
irregularidade não compareça, o MP pode requisitar a força policial para condução coercitiva.
Claro que essa requisição só será realizada caso o MP observe, no caso concreto, que a pessoa
está se omitindo dolosamente em comparecer.
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Por exemplo, quando a escola segura o histórico escolar do menor para obrigar o responsável
a quitar as dívidas, o MP notificará o responsável pelo estabelecimento de ensino sobre o
comparecimento para prestar esclarecimentos, caso não compareça, o MP requisitará a força
policial para realizar condução coercitiva.
A Lei permite ao MP requisitar informações tanto das autoridades, entidades e órgãos públicos
quanto das pessoas e instituições privadas.
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças
e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
O legislador permite ao MP tomar qualquer medida judicial ou extrajudicial, mas não legitima
que o MP a abrigar um menor, na situação do art. 98 do ECA em uma instituição de crianças
carentes, assim como não é permitido também que interne o menor infrator em uma unidade
de internação, seja ela provisória ou definitiva.
O MP pode requisitar a força policial ou qualquer tipo de serviço que venha auxiliar no
exercício de suas funções. Por exemplo, o MP pode requisitar exame de DNA para determinar
a paternidade de um menor.
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§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo
não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuserem a Constituição
e esta Lei.
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que compatíveis
com a finalidade do Ministério Público.
Esse artigo é exemplificativo, assim, mesmo que não esteja previsto neste dispositivo, mas seja
da alçada do MP, ele poderá tomar medida.
§ 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII deste artigo, poderá o
representante do Ministério Público:
O MP atua em qualquer procedimento junto à vara da infância e da juventude, até mesmo nos
procedimentos disciplinares.
ECA. Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita
pessoalmente.
O MP tem que ser intimado pessoalmente. Caso contrário, essa intimação será nula, anulando
todos os atos praticados em seguida.
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ECA. Art. 205. As manifestações processuais do representante do Ministério Público
deverão ser fundamentadas.
7. Do advogado
ECA. Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa
que tenha legítimo interesse na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de
que trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para todos os atos,
pessoalmente ou por publicação oficial, respeitado o segredo de justiça.
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Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral e gratuita àqueles que
dela necessitarem.
O estatuto reforça essa garantia prevista em sede constitucional e no próprio ECA, na parte
das garantias processuais, e volta a mencionar a garantia da assistência judiciária integral e
gratuita aos necessitados, quando fala da figura do advogado.
ECA. Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional,
ainda que ausente ou foragido, será processado sem defensor.
Por exemplo, caso o menor se apresente sozinho à audiência de apresentação, o juiz deverá
nomear um defensor público para atuar. O mesmo ocorrendo quando o advogado nomeado
pelo menor não comparece à audiência de apresentação, por algum motivo. Nesta situação, o
juiz também nomeará um defensor público para atuar naquele ato, pois o processo não pode
ser suspenso.
A lei permite ao menor constituir outro advogado a qualquer tempo, ele não fica vinculado ao
defensor público nomeado pelo juiz.
A outorga do mandato será dispensada, apenas no caso de defensor nomeado, que pode ser o
defensor público ou o defensor dativo.
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No caso do defensor dativo, será dispensada a outorga, mas não a procuração. Assim, na
audiência, o juiz constituirá procuração apud acta1.
Como são direitos constitucionais que, na matéria da infância e juventude, extrapolam a esfera
do interesse individual e adentram na esfera dos interesses coletivos.
OBS: Esses interesses, previstos no capitulo VII do ECA, não são objetos apenas de ação civil
pública (ACP), qualquer ação, (de fazer, de não fazer, de dar coisa certa e etc.) poderá ser
utilizada para a defesa dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos do menor.
-Direitos coletivos: são aqueles em que, dentro de uma coletividade, é possível identificar
os grupos destinatários.
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa
aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou
oferta irregular:
A oferta irregular, ou a não oferta dos direitos assegurados à criança ou adolescente justifica a
propositura de ação, nos casos enumerados em seguida:
I - do ensino obrigatório;
Segundo a LDB (art. 4º da Lei 9.394/94), o ensino obrigatório vai da pré-escola ao ensino
médio.
1 “É procuração dada nos próprios autos da causa pelo respectivo escrivão, perante o juiz oficiante, ou lavrada em
cartório, perante duas testemunhas. Tem caráter judicial, não sendo válida extrajudicialmente. Equipara-se à
procuração por instrumento público. Ex: procuração em que o réu em processo criminal indica seu defensor
mediante simples manifestação verbal feita ao juiz do processo”. (Jurisway.org).
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A) PRÉ-ESCOLA; (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.796, DE 2013)
B) ENSINO FUNDAMENTAL; (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.796, DE 2013)
C) ENSINO MÉDIO; (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.796, DE 2013)
II - EDUCAÇÃO INFANTIL GRATUITA ÀS CRIANÇAS DE ATÉ 5 (CINCO)
ANOS DE IDADE; (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.796, DE 2013)
II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência;
ATENÇÃO: O disposto no art. 6º c/c o art. 3º do ECA são vitais para a sua melhor intepretação,
norteando a garantia dos direitos assegurados à criança e ao adolescente:
Ademais, o bem comum deve ser garantido, isto é, dentro de um ambiente escolar, não é
permitida aplicação de uma medida que prejudique todo o corpo discente em detrimento de
um aluno. Deve-se buscar uma solução em que os direitos do aluno deficiente e os direitos da
coletividade não sejam violados.
Por exemplo, uma criança autista, que não participa e que prejudica o ambiente de ensino, não
pode ser colocada em u ambiente de alfabetização de crianças sem deficiência.
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