Você está na página 1de 3

PROCESSO CIVIL

AULA 02

JURISDIÇÃO
• Jurisdição é una e indivisível;
• A Jurisdição é igual para um juíz substituto quanto para um Ministro do STF.
Na verdade, o que será diferente serão suas competências.

CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO

• Inércia

No CPC73, havia um tipo de processo que poderia ser aberto de ofício pelo juiz: o
processo de inventário e partilha. Hoje, contudo, no CPC15, não há possiblidade de
abertura de nenhum processo por ofício.

Na verdade, alguns procedimentos é podem ser abertos de ofício. Não existe


nenhuma exceção processual ao princípio da inércia.

• Substitutividade

O Estado-Juiz ao exercer jurisdicão substitui a vontade das partes na solução do


litígio.

• Obrigatoriedade

A decisão judicial vincula as partes envolvidas no litígio. Essa característica remete,


inclusive, a um dos problemas da arbitragem: ela só tem poderes cognitivos ou
declaratórios.

Só possível à arbitragem o reconhecimento do direito, não podendo, contudo,


implementar no mundo dos fatos a ordem exarada. Isso se deve ao fato de árbitro ser
um particular, e, como tal, não pode constranger o patrimônio de outro particular.

• Definitividade

A decisão jurisdicional é a única que pode ser acorbertada pela coisa julgada material,
tornando-se imutável e indiscutível.

A coisa julgada administrativa só existe como força de expressão.

CAPACIDADES PROCESSUAIS
As capacidades processuais são as seguintes:

CAPACIDADE DE SER PARTE:

Todas as pessoas possuem capacidade de ser parte:

• Pessoas naturais: é a que personalidade jurídica "patrimonial", sentido


genérico. Diferente da personalidade jurídica "existencial";

• Pessoas jurídicas: podendo ser de direito público, que adquire capacidade por
"lei"; ou de direito privado, que adquire capacidade pelo "registro dos seus atos
constitutivos";

Lembrar que o órgão, por regra, não tem capacidade jurídica, logo não pode ser
parte em um processo. Apenas alguns órgãos (os superiores) possuem
capacidade judiciária, podendo demandar em defesa de suas prerrogativas.

• Pessoas formais: é o um ente sem personalidade jurídica, possuindo apenas


personlidade judiciária, podendo ser parte em um processo. Ex: espólio
(patrimônio do falecido), massa falida, sociedade em comum (sociedade de
fato, a PJ sem inscrição), condomínio e o nascitura. Assim, todos esses não
podem contrair direitos ou obrigações, mas podem demandar e ser
demandados.

A capacidade de ser parte nada mais é que aptidão para ocupar um dos polos da
demanda. Quem pode ser demandante ou demandado. Ex: um bebê recém
nascido possui capacidade de ser parte.

CAPACIDADE PROCESSUAL:

É a aptidão para a prática de atos processuais dentro do processo.

• Pessoas Naturais: aqui relaciona-se a capacidade jurídica de fato ou de


exercício. Só possuem essa capacidade e, consequentemente, capacidade
processual aqueles que atingirem a maioridade ou se emancipar.

Caso o indivíduo seja menor ou não emancipado, ele poderá ser:

◦ Absolutamente incapaz: precisará de representação;


◦ Relativamente incapaz: precisará de assistência;

• Pessoas Jurídicas: aqui levaremos em conta a Teoria da Representação. E


aqui temos no art. 75, I a IV, os representantes das PJ:

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:


I - a União, pela Advocacia-Geral da União (advogados da únião – administração direta;
procuradores federais – administração indireta; procuradores da fazenda nacional – execução
fiscal federal), diretamente ou mediante órgão vinculado;
II - o Estado (PGE) e o DF (PGEDFT), por seus procuradores;
III - o Município, por seu prefeito (se o município não tiver procuradoria estruturada) ou
procurador;
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado
designar;

• Pessoas Formais: aqui levaremos em conta a Teoria da Representação. E


aqui temos no art. 75, V
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
V - a massa falida, pelo administrador judicial;
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII - o espólio, pelo inventariante;
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo
essa designação, por seus diretores;
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica,
pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial,
agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.

CAPACIDADE POSTULATÓRIA:

Você também pode gostar