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Considerada à luz de Marx, é possível afirmar que uma análise, em um estabelecimento que atenda
a classe popular, que não leve em consideração a estruturação do modo de produção do capital, ou
seja, a luta de classes, é uma violência?
Considerando essa concepção de método, de objeto e de forma de produção, à luz dessa hipótese,
considerando que as problemáticas da forma de produção do capital são imanentes aos
tensionamentos categoriais que compõem essa forma, ou seja, considerando a hipótese de não
haveria materialismo histórico como uma ciência de evolução teleológica da história, mas um
complexo lógico-categorial que se ocupa das categorias da estrutura societal do capital, a
propriedade privada materializada na mercadoria, e que é essa estruturação que produz uma cisão
entre carecimento necessidade, é possível falar em PSICANÁLISE como uma articulação
gramatical trans-histórica ou apenas de PSICANÁLISE na forma de produção do capital?
Já que uma coisa só é quando aparece e quando aparece ela não é o que não era anteriormente, ou
seja, considerando que algo quando aparece enquanto unidade já deixou de dever e, por isso, já não
é mais um produto desse devir, mas algo diferente, considerando essa lógica, o trauma de que trata
o Freud, o sofrimento de que trata a psicanálise é trans-histórico ou algo diferente?
nos manuscritos de 1844, dependendo do nível de intensidade dos graus de determinação das
categorias, o trabalho pode aparecer como uma dimensão trans-histórica. ao mesmo tempo, se
compreendemos que o trabalho é uma categoria fundante apenas no modo de produção do capital, e
não trans-histórica, saturamos essa categoria. por quê? se o trabalho