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NOTA EXTRA: Cabe, inclusive, ponderar que o Fli PRSV11 começou a pagar uma renda maior,
em relação aos últimos 12 meses, face ao impacto positivo do fim das carências da ASSIM
Saúde, cuja locação foi realizada no ano passado. Perceba, portanto, que cada caso deve ser,
de fato, avaliado com o devido discernimento.
O FUNDO
FPAB1 1 foi constituído em 1998 e iniciou um ano depois (1999), cujo objetivo foi
a captação de recursos para "incorporar" os Edifícios ("Torres") New York e Los
Angeles, cujas obras foram concluídas apenas em 2001 e, portanto, para posterior
locação para fins comerciais.
O fundo tem hoje administração e gestão da COIN VALORES, uma das mais
tradicionais empresas do setor, lembrando que a taxa é cobrada em relação à
receita bruta do fundo (5%), reforçando o alinhamento com os cotistas.
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Obviamente, o volume médio diário é baixo - apenas R$ 40 mil. Vale reforçar que
o fundo teve participação em 86% dos pregões nos últimos 12 meses.
Perceba, portanto, que estes 3 fundos detêm por volta de 25% do PL do fundo,
o que reduz naturalmente a liquidez no secundário.
ATIVO IMOBILIÁRIO
A ABL total é de 35,8 mil m2, lembrando que há 878 vagas disponíveis de
estacionamento. Abaixo, a metragem dos andares para cada uma das torres:
• 1° ao 131-1.015,72 m2
• 14° e 15° (dupiex) - 1.636 m2
• 16° ao 20° - 612,87 m2
Muitos investidores podem assumir que estes valores estão baixos, sobretudo
pelo fato de que, em 2016, o VP deste fundo era de R$ 405/cota, isto é, por volta
de R$ 8,4 mil/m2.
No entanto, cabe reforçar que a Barra Funda é uma região secundário em relação
ao mercado corporativo paulista, muito embora a localização destes ativos seja
excelente, conforme apresentado no início deste tópico.
PERSPECTIVAS
Após anos de uma longa disputa judicial, o fundo recebeu uma quantia
extraordinária de R$ 7 milhões, o que gerou uma distribuição adicional, neste
mês, de R$ 5,6 milhões (R$ 7,54/cota), considerando a dedução dos honorários
advocatícios e administrativos.
CURIOSIDADE: Esta Ação Pauliana que os cotistas receberam foi fruto de um problema por
não pagamento por parte da construtora na época da estruturação do fundo, visto que o
mesmo foi estruturado com base no mecanismo de RMG - Renda Mínima Garantida. Veja que
este instrumento não é recente no mercado em geral.
Não temos dúvidas da qualidade implícita deste ativo ao que pese sua localização
e atualizações realizadas.
Todavia, a Barra Funda está bastante ofertada nos dias atuais, apresentando taxa
de vacância de 23% para ativos corporate (lajes maiores) e 30% para office
(escritórios de menor porte)
Vale reforçar que a Barra Funda é a região que apresenta a maior atividade
construtiva - são 123 mil m2 entre corporate e office previstos para os próximos
meses/anos.
Segundo a última edição da Revista Buildings, estes ativos AAA estão com preço
médio pedido de R$ 81/m2, o que denota ainda uma real Vantagem do ponto de
vista do locatário, reforçando a fase desafiadora do mercado.
CONCLUSÃO
Temos de avaliar os FlIs, especialmente passivos e mono ativos, não com base no
que "ele foi", e sim com base no que ele "poderá ser".
O cenário ótimo descrito logo acima é bem difícil de ser concretizado no curto
prazo. Claro que é possível, mas cabe ponderar um longo período de carências
que este fundo poderá enfrentar pela frente.
FPAB11 vive um momento delicado e a região onde o ativo está inserido está
nitidamente passando por um processo de transformação, onde novos prédios
(e mais modernos) estão surgindo com grande velocidade.
Temos uma visão de que este fundo deverá se manter como um bom ativo
gerador de renda passiva ao longo de sua existência, considerando sua presença
em uma carteira com alta diversificação interna.