Modelagem Numérica de Terreno

Adaptado de:
Carlos Alberto Felgueiras

Por: Elizabeth Ferreira

 Modelo Numérico de Terreno

• Definição:
Um modelo numérico de terreno - MNT (em inglês, DTM =
Digital Terrain Model) é uma representação matemática da
distribuição espacial de um atributo espacial (grandeza
medida dentro de uma região da superfície terrestre). A
grandeza é, em geral, contínua e o fenômeno por ela
representado pode ser variado. Assim podemos ter modelos
de temperatura, de elevação, de dados geoquímicos e
geofísicos, etc. INPE
 Modelo Numérico de Terreno

Alguns usos do MNT

a) Armazenamento de dados de altimetria para gerar mapas
topográficos;
b) Análises de corte-aterro para projetos de estradas e
barragens;
c) Elaboração de mapas de declividade e exposição para apoio
a análise de geomorfologia e erodibilidade;
c) Análise de variáveis geofísicas e geoquímicas;
d) Apresentação tridimensional (em combinação com outras
variáveis)

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 Modelo Numérico de Terreno

• O processo de Modelagem Numérica Mundo Real

– Dados de entrada nas representações
• pontos 3D (X,Y,Z)
• Isolinhas ( { (x,y) }, z )
Dados de Entrada
• linhas de restrição (características)

– Modelagem propriamente dita: criação de estruturas

Modelagem
• de grades regulares
• de grades irregulares

– Aplicações ou análises: uso dos modelos Aplicações

• imagens, declividade
• fatiamento, visibilidade, contornos
• volumes, drenagens, etc...
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 Modelo Numérico de Terreno
(representações)
(a) pontual (b) isolinhas

• Estruturas de
representação
computacional:
(a) pontos cotados
(b) isolinhas
(c) grade triangular (c) grade triangular (d) grade retangular
(d) grade retangular

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 Entrada e Edição
(Dados de Entrada)

• Fontes de dados:
– Bases topográficas, Levantamentos em campo, GPS’s, Tabelas (X, Y
e Z), importação de outros sistemas (SRTM, GTopo30, Topodata, etc.)

• Classificação quanto a distribuição:

– Espaçamento regular (grade retangular)
– Espaçamento não regular (amostras esparsas)

•Organização das amostras: Otimização para buscas de vizinhos, definição

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da vizinhança, raio de influência e de vizinhos + próximos
 Entrada e Edição
(Definição da vizinhança)

Raio de influência Número de vizinhos

Ponto da grade Ponto amostral Amostra vizinha

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Modelagem Numérica por Grades

Grade retangular Grade triangular

Ponto da grade Ponto amostral

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Modelagem Numérica de Terreno
 Modelagem por Grade Regular
(Interpolação Espacial)
• Interpolação Espacial
• processo de estimar grandezas a partir de amostras na área de
estudo
• (usualmente) grandeza deve ser quantizada

• Lei de Tobler para SIG

• pontos vizinhos no espaço tem valores mais correlacionados que
pontos distantes

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Modelagem Numérica de Terreno
 Modelagem por grade regular
(Interpoladores: por ponto x por área)
• Interpolação pontual
– dado um conjunto de pontos de localização e valor 10 9
conhecidos, determinar o valor em localizações pre- 9.5
determinadas
– usada para dados coletados pontualmente (dados
8 7
meteorológicos, topografia)
– uso em algoritmos de gerar contorno
zona urb.
128a. ZE

127a. ZE

zona rural.
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Modelagem Numérica de Terreno
 Modelagem por Grade Regular
(Interpoladores: exatos x aproximados)
• Interpoladores exatos
• mantém os valores dos pontos de entrada
• superfície passa em todos os pontos conhecidos
• ex; B-splines, triangulação

• Interpoladores aproximados
• incerteza sobre os dados de entrada
• hipótese: dados tem tendências globais (que variam lentamente)
e flutuações locais
• amaciamento reduz erro na superfície resultante

INPE
Modelagem Numérica de Terreno
 Modelagem por Grade Regular
(visualização em projeção planar)

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Modelagem Numérica de Terreno
 Modelagem por Grade Regular:
Interpoladores Locais
• Vizinho mais próximo
• Média simples
• Média Ponderada
– 1/d2
• Média Ponderada Quadrante
• Média Ponderada por Cota e
Quadrante

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Modelagem Numérica de Terreno
 Geração de Grade Retangular
(SPRING - Média simples e ponderada)
n
w z i i
wi = 1/dik
Z* = i =1
n
w i
i =1

Média Local Ponderada

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 Geração de Grade Retangular
(média ponderada por quadrante)

(a) (b)

Ponto da Ponto Amostra

grade amostral vizinha
INPE
 Geração de Grade Retangular
(média ponderada por quadrante e cota)
Za

Zb

INPE
Modelagem por Grade Retangular
(representação matricial)

INPE
 Modelagem por Grade Retangular
(interpoladores)

Vizinho mais próximo Média Simples Média Ponderada

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 Modelagem por Grade Retangular
(Interpoladores: média móvel)

• Ampla margem para variação

• função de ponderação
• número e vizinhança de pontos
• Problemas
• variação dos valores interpolados limitada pelos dados de
entrada
• nenhum valor pode ser maior que a entradas
• como incluir restrições espaciais na interpolação ?

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Modelagem Numérica de Terreno
 Modelagem por Grade Retangular
(Interpolador - Média Móvel)

300
250
200 Terreno
150 Amostras
100 Interpol.
50
0
0

00
0

0
10

20

30

40

50

60

70

80

90
10

INPE
Modelagem Numérica de Terreno
Modelagem por Grade Triangular

INPE
Modelagem Numérica de Terreno
 Modelagem por Grade Triangular:
Conceitos
• Superfície definida por um poliedro
– faces triangulares
– vértices = pontos amostrados
– triangulação não é única.
• Triangulação de Delaunay- Critério do Circumcirculo
– “Dados os pontos pa, pb e pc  Conjunto Amostral P
onde abc, uma triângulação T é dita ser de Delaunay
sse  t  T, com vértices nos pontos pa, pb e pc , o
circumcirculo que passa pelos vértices de t não
contém nenhum outro ponto pd  P / d  a  b  c”.
INPE
Modelagem Numérica de Terreno
Triangulação de Delaunay- Critério do
Circumcirculo

INPE
Geração de Grade Triangular:
Visualização

INPE
 Modelagem Numérica por Grades:
Comparação
Grade triangular
Vantagens 1. Melhor representação de re-
levo complexo
2. Incorporação de restrições
como linhas de crista
Problemas 1. Complexidade de manuseio
2. Inadequada para visualiza-
ção 3D
Grade regular
1. Facilita manuseio e
conversão
2. Adequada para geo-
física e visualização
3D
1. Representação de re-
levo complexo
2. Cálculo de declividade
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 Aplicações:
Geração de Imagem

Imagem MNT Nível de Cinza Imagem MNT Sombreada

- Mapeamento linear dos valor
de cota (Z) para nível de cinza
Zmin -> 1 e Zmax->255
- Valores dos níveis de cinza
proporcionais à intensidade de
iluminação que atinge o pixel.
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 Aplicações:
Geração de Imagem

Imagem em Nível de Cinza Imagem Sombreada

INPE
 Aplicações
Projeção Geométrica Planar
Modelo Digital de Terreno
3D, representado por uma
grade regular, é projetado
no plano 2D juntamente
com uma imagem de
textura (imagem
sombreada ou imagem de
sensoriamento remoto)

INPE
 Aplicações
Projeção Geométrica Planar
Projeção Paralela com Imagem
Sombreada como Textura

INPE
 Aplicações:
Projeção Geométrica Planar
Projeção Perspectiva do Modelo com
Imagem de Sensoriamento Remoto

INPE
 Aplicações: Fatiamento

Classificação de um MNT através da

definição de faixas de valores e associação
desses valores com classes pré-definidas.

INPE
 Aplicações: Fatiamento

Imagem em Nível de Cinza Imagem de Alturas Fatiada INPE

(920-1000-1100-1200-1220)
 Aplicações:
Mapa de Declividade e Exposição

A declividade e a exposição são obtidas a

partir da definição do vetor gradiente.
Z i-1,j+1 Z i,j+1 Z i+1,j+1
D = arctg {[( Z/X )2+( Z/Y )2]1/2}

E = arctg [-( Z/Y )/ ( Z/X )] ( -< E <  )

Uma metodologia para grade regular Z i-1,j Z i,j Z i-1,j

[Z/X]i,j = [( Zi+1,j+1 + 2*Zi+1,j + Zi+1,j-1 ) –

( Zi-1,j+1 + 2*Zi-1,j + Zi-1,j-1 )]/8*X
Z i-1,j-1 Z i,j-1 Z i+1,j-1
[Z/Y]i,j = [( Zi+1,j+1 + 2*Zi,j+1 + Zi-1,j+1 ) –
( Zi+1,j+1 + 2*Zi,j-1 + Zi-1,j-1 )]/8*Y
INPE
 Aplicações:
Mapa de Declividade

Grade regular de declividade Imagem de declividade fatiada

INPE
(0-2, 2-5, 5-10 e >10)
 Aplicações:
Análise de Perfis

Determinação das trajetórias INPE

 Aplicações:
Análise de Perfis

INPE
 Aplicações:
Mapas de isolinhas

Interpolações nas
arestas das células
retangulares ou
triangulares.
Isolinhas mais suaves
dependem de modelo
mais refinado.
(a) (b)
Grade Regular Malha triangular INPE
 Aplicações: Outras

- Cálculo de volumes
Volumes de corte e aterro em relação à uma cota Z base.
- Geração automática de drenagem
- Outras

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