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DE ESGOTO SANITÁRIO
MÓDULO DIDÁTICO I
SALVADOR - BAHIA
2.010
APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é uma tarefa que exige grande labor, porém, é muito
recompensador por tornar realidade um sonho de quem se dedica ao ensino, à pesquisa,
ao estudo permanente ...
Escrever um livro é, também, possibilitar, para quem utilizá-lo, uma caminhada
intelectual para a conquista do saber estruturado que, com o tempo, liberta a consciência
da escravidão das trevas da ignorância para dar lugar à luz do discernimento e da
responsabilidade...
O presente MÓDULO DIDÁTICO dá continuidade ao projeto de elaborar
textos técnicos com a intenção de servir de apoio às atividades de ensino nesta área do
conhecimento. A coleta, a condução, o afastamento e o destino final dos esgotos
sanitários domésticos, ou seja, a caracterização, a elaboração e o dimensionamento de
um sistema da instalação hidráulica predial domiciliar de esgoto sanitário constituem o
foco básico da abordagem que é feita neste texto didático para atender, parcialmente, ao
conteúdo da disciplina identificada pela terminologia “INSTALAÇÕES PREDIAIS”,
e por outras expressões similares, a qual faz parte da estrutura curricular do curso de
Engenharia Civil e de cursos afins, bem como objetivando atender aos cursos de nível
médio de ensino que são ministrados em diversas escolas técnicas brasileiras.
Observa-se uma disponibilidade muito reduzida de textos didáticos como este
ora apresentado, de maneira que temos a convicção que o mesmo será muito útil à
comunidade a que se destina. Esta é, pelo menos, a nossa maior pretensão.
Este texto didático também poderá servir aos colegas docentes de outras
universidades e de escolas técnicas, como fonte de exercícios para seus estudantes, bem
como aos profissionais-técnicos de nível médio e engenheiros que desejem reciclar seus
estudos nesta útil e fascinante área de conhecimento da engenharia.
Neste texto didático apresenta-se a parte teórica relativa ao tema SISTEMA
PREDIAL DOMICILIAR DE ESGOTO SANITÁRIO, sem ter a pretensão de expor
toda a temática com grande profundidade, porém com uma abordagem que permita aos
estudantes acompanharem as aulas e, posteriormente, resolverem os exercícios
propostos na segunda parte deste Módulo Didático.
Bons estudos!
O AUTOR
(i)
SISTEMA PREDIAL DOMICILIAR
DE ESGOTO SANITÁRIO
S U M Á R I O
Página
1 GENERALIDADES .................................................................................................. 1
1 GENERALIDADES .................................................................................................... 16
(ii)
3 DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS RETENTORAS DE GORDURA ......... 18
1 GENERALIDADES ................................................................................................. 20
1.1 Sistemas coletivos ................................................................................................ 20
1.2 Sistemas individuais ............................................................................................. 21
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 43
ANEXOS ...................................................................................................................... 44
(iii)
TEORIA
SISTEMA PREDIAL DOMICILIAR
DE ESGOTO SANITÁRIO
1 GENERALIDADES
2 RECORDANDO A HISTÓRIA
3 ASPECTOS TEÓRICOS
5.4 Desconector
5.9 Subcoletor
5.13 Sumidouro
6.9 Sifão
OBS.: o diâmetro nominal (DN) é um simples número que serve para classificar
dimensionalmente os elementos de tubulações (tubos, conexões,
condutores, calhas, etc.) e que corresponde aproximadamente ao diâmetro
da tubulação, em milímetros.
DE ESGOTO SANITÁRIO
1 GENERALIDADES
2.2 Caixa de gordura simples (CGS): atende a uma ou duas pias de cozinha
• Características: diâmetro interno = 40 cm
parte submersa do septo = 20 cm
capacidade de retenção = 31 litros
DN da tubulação de saída = 75
2.3 Caixa de gordura dupla (CGD): atende de três a doze pias de cozinha
• Características: diâmetro interno = 60 cm
parte submersa do septo = 35 cm
capacidade de retenção = 120 litros
DN da tubulação de saída = 100
2.4 Caixa de gordura especial (CGE): atende mais que doze pias de cozinha
• Características: geometria prismática – base retangular;
possui duas câmaras: câmara receptora (CR)
câmara vertedoura (CV)
distância mínima entre o septo e a tubulação de saída deve ser
igual a 20 cm;
altura molhada mínima = 60 cm
parte submersa do septo = 40 cm
DN da tubulação de saída = 100
Capacidade de retenção (V)
V = 2xN + 20 (01)
DE ESGOTO SANITÁRIO
1 GENERALIDADES
c)Retenção prévia dos sólidos sedimentáveis quando da utilização de rede coletora com
diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos
sedimentáveis.
• Retenção (T)
• Decantação
• Digestão
• Redução de volume
Obs: os tanques sépticos prismáticos retangulares são empregados nos casos em que
esteja disponível uma área de terreno relativamente maior para obter uma menor
profundidade.
PROPOSTAS
SISTEMA PREDIAL DOMICILIAR
DE ESGOTO SANITÁRIO
06)Como são classificadas as águas pertinentes ao esgoto doméstico? Defina cada tipo e
sua origem.
10)Defina o dispositivo designado por fossa séptica, sua finalidade e em que situação é
recomendada sua utilização.
14)A planta arquitetônica feita na escala 1:50 indica a representação gráfica relativa
à instalação predial domiciliar de esgoto sanitário de um conjunto de banheiros
pertencentes a um edifício de apartamentos com três (3) pavimentos. Cada
banheiro possui os seguintes aparelhos sanitários: vaso sanitário, chuveiro,
lavatório e ducha. A edificação possui em sua cobertura a estrutura do telhado
envolvida perimetralmente por uma platibanda de 1,00 m de altura. Sabendo-se
que cada pavimento possui pé-direito igual a 3,00 m, solicita-se dimensionar a
referida instalação de acordo com as orientações técnicas contidas na NBR
8160/1999/ABNT.
15)Solicita-se dimensionar uma caixa retentora de gordura que irá atender a 215
pessoas, através de uma mesma pia de cozinha de restaurante. Por razões
construtivas, a geometria da caixa de gordura será prismática, com base
retangular. As canalizações de entrada e de saída terão diâmetro nominal (DN)
igual a 100. Em seguida aos cálculos, fazer o detalhamento construtivo, em
planta e corte, da caixa de gordura dimensionada. Considerar os valores mínimos
a serem observados no dimensionamento, relativos à altura da “lâmina líquida” e
da imersão do septo nesta mesma lâmina e que a relação numérica entre os
volumes correspondentes à câmara receptora e à câmara vertedoura vale 2.
16)Uma caixa retentora de gordura irá atender a 200 pessoas, numa mesma pia de
cozinha de um clube social. Solicita-se dimensionar esta estrutura sanitária,
considerando que a sua forma geométrica seja prismática (base retangular) e que
a câmara de entrada (receptora) tenha 1,6 vezes o volume da câmara de saída
(vertedoura). A distância vertical entre a geratriz superior da canalização de
entrada (E) da caixa retentora de gordura e a face inferior da laje de cobertura
será igual a 0,40 m. As canalizações de entrada e de saída terão diâmetro
nominal (DN) igual a 100. A parede divisória terá 0,05 m de espessura.
Apresentar também os detalhes construtivos, em planta e corte.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
V = 2xN + 20
Altura da “lâmina líquida” ≥ 0,60 m
Parte submersa do septo = 0,40 m
As canalizações de entrada e de saída da caixa de gordura terão diâmetro nominal
(DN) igual a 100
A distância vertical entre a geratriz superior da canalização de entrada e o fundo
da tampa da caixa de gordura vale 0,20 m
A parede divisória entre as câmaras receptora e vertedoura possui 0,05 m de
espessura
A distância horizontal mínima entre a parede divisória (septo) e parede lateral
correspondente à câmara de saída vale 0,20 m
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:
• V = 2xN + 20
• Altura da “lâmina líquida” ≥ 0,60 m
• Parte submersa do septo = 0,40 m
• As canalizações de entrada e de saída da caixa de gordura têm diâmetro
nominal (DN) igual a 100
• A distância vertical entre a geratriz superior da canalização de entrada e o
fundo da tampa da caixa de gordura vale 0,15 m
• Distância horizontal mínima entre o septo e a canalização de saída = 0,20 m.
• Registra-se no local da construção deste dispositivo sanitário a presença de
rocha situada a 2,80 m de profundidade em relação à superfície do terreno e
de lençol freático localizado a uma profundidade igual a 1,50 m.
• A caixa retentora de gordura terá a sua tampa fechada hermeticamente e
localizada em nível com a superfície do terreno.
20)Solicita-se dimensionar uma fossa séptica de câmara única para atender a uma
população de 320 pessoas, moradora de um prédio de apartamentos com padrão
construtivo tipo médio, sabendo-se ainda que a extração do lodo digerido será
feita por processo rudimentar. Apresentar, adicionalmente, além do memorial de
cálculos, os detalhes construtivos necessários para uma boa execução. A fossa
séptica terá geometria prismático-retangular. As canalizações de entrada e de
saída deste dispositivo sanitário possuem diâmetro nominal (DN) igual a 150.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
INFORMAÇÕESCOMPLEMENTARES
24) Dimensionar uma fossa séptica de câmara única para atender a uma edificação
residencial de apartamentos, possuidora de padrão construtivo considerado alto,
com cinco pavimentos, tendo um apartamento em cada pavimento, em que cada
apartamento tem três quartos sociais e um quarto de empregada. A fossa séptica
será construída num terreno com área disponível para permitir a alternativa
construtiva com forma geométrica prismática (base retangular). As canalizações
de entrada (afluente) e saída (efluente) da fossa terão diâmetro nominal (DN)
igual a 150.
Investigações do subsolo revelaram tratar-se de um solo arenoso, com excelente
permeabilidade, cujo lençol freático está situado numa profundidade igual a
2,80 m.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:
DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
NOTAS
a)O diâmetro nominal (DN) indicado nesta TABELA 1 e relacionado com o número de Unidades Hunter de
Contribuição é considerado como mínimo.
3 40
6 50
20 75
160 100
620 150
DIMENSIONAMENTO DE TUBOS DE QUEDA (TABELA 3)
Grupo de aparelhos sem vasos sanitários Grupo de aparelhos com vasos sanitários
Número de UHC DN Número de UHC DN
Até 2 40 Até 17 50
3 a 12 40 18 a 60 75
13 a 18 50 - -
19 a 36 75 - -
DIMENSIONAMENTO DE COLETORES E SUBCOLETORES (TABELA 6)
Contribuição
Prédio Unidade Despejo (C) Lodo Fresco (LF)
Ocupantes permanentes
Residência
- Padrão alto Pessoa 160 1
- Padrão médio Pessoa 130 1
- Padrão baixo Pessoa 100 1
Alojamento provisório Pessoa 80 1
Ocupantes temporários
- Escritório Pessoa 50 0,20
- Fábrica em geral Pessoa 70 0,30