Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Florianópolis
2017
CAMILA SALES DE OLIVEIRA
Florianópolis
2017
CAMILA SALES DE OLIVEIRA
______________________________________________________
Professor e orientador Tiago André Cruz, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Kamilla Souza, Lic
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Fabíola Reinert, Ms
Universidade do Sul de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Silvana e Fernando, pelo apoio, auxílio e por
proporcionarem meus estudos. À minha família que me apoiou. Ao meu namorado, Marcelo,
pelo incentivo e ajuda. Ao meu amigo, Luis Gustavo, que me acompanhou durante todo o
projeto e toda a faculdade. Ao meu orientador Tiago Cruz pelo auxílio e dedicação.
RESUMO
Este trabalho tem como proposta desenvolver uma barraca de feira-livre mais fácil
de montar, desmontar e transportar, seguindo a barraca de feira-livre do Largo da Alfândega,
em Florianópolis. Utilizou a biônica como ferramenta para a criação e foi pensado em todos os
tipos de usuários, para que tanto os feirantes experientes quanto os novatos consigam montar,
desmontar e transportar sem maiores esforços. Utilizou-se a biônica, que consiste em observar
os sistemas naturais e reproduzir seus princípios de solução, buscando respostas relevantes para
o processo de desenvolvimento de produto. A metodologia da biônica foi aplicada no
desenvolvimento da barraca de feira-livre, utilizando o joelho humano como analogia para o
trabalho. Este estudo resultou em uma barraca de feira-livre articulada dividida em duas peças,
para que o facilite a montagem, a desmontagem e o transporte e atenda às necessidades dos
feirantes.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 72
A natureza, com suas formas, texturas e propriedades funcionais tem sido utilizada
para apoiar o desenvolvimento de novos projetos de mobiliário, como também na melhoria de
produtos, pois além de ter propriedades específicas que as ajudam a sobreviver no meio
ambiente, configuram produtos com mais harmonia e eficiência, podendo ser otimizados em
questão a praticidade e funcionalidade nas barracas de feira livre.
1.1 TEMA
As feiras livres, comuns em todo o mundo, foram criadas com o objetivo de permitir
ao feirante oferecer diretamente ao consumidor os produtos de suas atividades. Geralmente
13
acontecem nas ruas em dias específicos e oferecem aos consumidores frutas, legumes, verduras,
carnes, biscoitos e embutidos, além de barracas de pastéis e de flores; e tudo quanto há que
possa ser trocado ou comercializado.
As barracas de feira normalmente são erguidas na calçada e são compostas por
armações de metal que formam a estrutura e a cobertura e comportam os produtos
comercializados. Além de expositores de mercadorias, as barracas de feira são ferramentas de
trabalho, portanto devem facilitar a atividade do feirante no seu dia-a-dia.
Na feira livre realizada no Largo da Alfândega em Florianópolis, local de estudo
deste trabalho, o modelo de barracas foi definido pela Secretaria Executiva de Serviços Públicos
(SESP) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMDU).
Esta barraca consiste em quatro metros por quatro metros em cor azul sobre a lona
e vermelho sobre a saia – cores padrão da Prefeitura -, com aplicação do símbolo do Executivo
na parte inferior, como se pode ver na Figura 1 abaixo.
Como as barracas são instrumentos de trabalho para os feirantes e elas não ficam
montadas à sua disposição, o trabalho de montagem, desmontagem e transporte também fazem
parte da rotina destes profissionais. Por isso, esta parte do trabalho se releva importante para a
melhoria das atividades das pessoas que têm que repetir sempre o mesmo processo, que pode
ser exaustivo, ao início e término de todo o dia de feira.
1
Disponível em: < https://www.tripadvisor.com.ar/Attraction_Review-g303576-d7258334-Reviews-
Feira_do_Largo_da_Alfandega-Florianopolis_State_of_Santa_Catarina.html> Acesso em: 07 jun. 2017.
14
1.5 OBJETIVOS
A partir da biônica, projetar do modelo de barraca para feira livre que tenha foco
nas necessidades de montagem e desmontagem dos feirantes melhorando as suas condições de
trabalho.
1.5.2 Objetivos Específicos
1.6 JUSTIFICATIVA
Ainda que tenha certo aspecto estético padronizado para as feiras, estabelecendo o
tamanho, cores e layout da barraca; é importante visar às condições de todas as etapas de
trabalho dos feirantes. Adicionando praticidade e funcionalidade ao reprojeto deste produto, os
feirantes poderão reduzir a quantidade de tempo e esforço para deixar as barracas prontas no
início e no final da feira.
Ao realizar este trabalho, além de propor uma solução de melhoria das condições
de trabalho para os feirantes de Florianópolis também será possível aplicar a biônica em um
projeto acadêmico de design e avaliar a sua eficiência e eficácia dentro de um estudo de caso
de design.
15
1.7.2 Abordagem Do Problema
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
17
Figura 2- Exemplos de mobiliário urbano.
Para definir o que é mobiliário urbano optou-se pelo conceito utilizado pelo IPPUC
(Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) no Plano de Mobilidade Urbana e
Transporte Integrado:
Ao planejar e projetar o mobiliário urbano, como expresso por Mourthé (1998), faz-
se necessário considerar a existência de culturas sociais em diferentes níveis, de modo que esse
se integre ao espaço onde será implantado, representando referenciais e signos tanto tangíveis
quanto intangíveis de um dado contexto. Importante verificar que a paisagem pode ser
18
facilmente alterada caso o desenho do mobiliário não se adeque a ela, causando interferências
de ordem estrutural, simbólico-cultural ou organizacional.
Além disso, devem ser pesquisadas as interações entre a comunidade e seu entorno,
interpretando as informações geradas com a finalidade de definir conceitos ou parâmetros que
possibilitem uma tomada de decisões e que estejam relacionadas direta ou indiretamente com
todo o processo projetual de intervenção urbanística e de desenvolvimento do mobiliário urbano
(MONTENEGRO, 2005)
Para Lima (2001), o mobiliário urbano pode caracterizar e representar uma cidade
(Figura 3), como é o exemplo das famosas cabines de telefone vermelhas que sempre remetem
a cidade de Londres e as cabines telefônicas em Recife que são formato de coco ou berimbau
remetendo a cultura local.
A forma como o desenho das cidades é percebida permite buscar uma lembrança
das características visuais que poderiam despertar perspectivas relacionadas a organização do
espaço urbano.
Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, é conhecida pela sua paisagem
natural, suas praias, costões e dunas. O centro da cidade é um reflexo da história de das
transformações passadas ao longo do tempo, como é visto em seu planejamento urbano, no
contraste da arquitetura e nas construções modernas mais recentes. (ADDISON, 2003)
2
Disponível em: <www.pt.hostelbookers.com/blog/ideias-de-viagem/cabines-telefonicas-orelhoes-engracados-
pelo-mundo/> Acesso em: 09 out. 2016.
19
2.1.1 Feiras-livres
As feiras livres surgiram por volta de 2.000 a.C. no Egito antigo, na Grécia e Roma
antigas e entraram em extinção na sociedade ocidental após a queda do Império Romano, porém
continuaram a existir na China e na Índia (AZEVEDO; QUEIROZ, 2013).
As feiras ressurgiram no século XII, com a retomada das rotas comerciais europeias,
como sendo uma forma eficaz de comércio para os materiais agrícolas que sobravam, havendo
a necessidade de troca de mercadorias (Figura 4), começando entre os grupos vizinhos e,
posteriormente, comercializando para os grupos do entorno das comunidades (AZEVEDO;
QUEIROZ, 2013). O comércio era tão ativo que nos locais onde eram realizadas, surgiam as
aldeias, pois as feiras dinamizavam a economia desses locais
Os produtos que não eram consumidos pelas famílias camponesas eram expostos
para a troca de mercadorias, gerando um mercado de compra e venda, assim promovendo o
3
Disponível em: <http://ivanildejesus.blogspot.com.br/2012/08/feira-livre-desde-o-periodo-medieval.html>
Acesso em: 26 jun. 2016.
20
surgimento do artesanato urbano. Esta troca de mercadorias passou a ser chamada de feiras
livres (WEBER, 1979 apud Lopes 2014).
O surgimento das feiras foi acompanhado de uma demanda natural das pessoas para
criar um ambiente onde fosse possível expor a maioria dos produtos, disponibilizando-os a um
maior número de pessoas, vendendo ou trocando excessos por outros produtos dos quais se
tinha falta (BRAUDEL, 1998).
As primeiras feiras brasileiras foram criadas nos interiores das capitanias e das
províncias e estavam associadas a atividade criadora, onde eram realizadas as trocas
de gado e burros, animais utilizados como transporte e tração nas principais atividades
econômicas no período colonial. Logo se tornaram expressivas com o crescimento
demográfico e com a diversidade econômica da colônia. Ainda hoje, as feiras são a
forma mais eficaz de abastecer a população. (MOTT, 1975 apud. BRUGGER, 2014,
p. 67)
21
Figura 5 - Feira-livre do Largo da Alfândega de Florianópolis
A Casa da Alfândega, foi inaugurada em 1876, e até hoje é tida como um exemplo
da arquitetura neoclássica do Sul do país. Hoje, o local é um ponto de exposição e exposição
no centro da cidade. Ao lado da Casa da Alfândega, é feita a feira-livre, às terças, quartas, sextas
e sábados, com barracas vendendo frutas, verduras, queijos, salames, produtos naturais, pastéis,
biscoitos, caldo de cana, entre outros (SOUZA, 1992).
2.2 ERGONOMIA
23
Figura 7 - Ergonomia no local de trabalho.
4
Disponível em: <
http://www.mundoergonomia.com.br/website/conteudo.asp?id_website_categoria_conteudo=6960 > Acesso em:
06 jun. 2017.
24
adquiridos (Laville, 1997apud Filho, 2003). Hoje, os estudos ergonômicos são muito amplos,
podendo contribuir para melhorar as residências, a circulação de pedestres em locais públicos,
ajudar pessoas idosas, crianças em idade escolar, portadores de deficiências físicas e assim por
diante. (IIDA, 2005, p. 15)
Conforme Iida (2005, p.22): “A ergonomia tem contribuído para a vida cotidiana,
tornando os meios de transporte mais cômodos e seguros, a mobília doméstica mais confortável
e os aparelhos eletrodomésticos mais eficientes e seguros”.
25
Figura 8 - Postura no posto de trabalho.
2.3 ANTROPOMETRIA
26
apresenta medidas representativas e confiáveis de uma população, que é composta de
indivíduos dos mais variados tipos e dimensões (IIDA, 2005).
Até a década de 40, apenas as medidas médias da população, como peso e estatura
eram determinadas pela antropometria. Com o tempo, adicionou-se o estudo das variações e os
alcances dos movimentos e, atualmente, o interesse se concentra nas diferenças entre grupos
em função e a influência de certas variáveis como etnias, alimentação e saúde. Com o
crescimento progressivo do comércio internacional, aumenta também a necessidade de
estabelecer padrões mundiais de medidas antropométricas que possibilitem a comercialização
de produtos que se adaptem aos mais variados tipos de usuários (IIDA, 2005)
Grande parte das pesquisas de coleta de dados antropométricos são no setor militar,
devido ao resultado de investimentos durante a II Guerra Mundial, pois a coleta de dados com
uma amostra nacional representativa exige observadores habilitados e demanda tempo, alto
investimento e muita dedicação (PANERO, 2002).
27
Figura 9 - Diferenças entre as proporções corporais de indivíduos de diferentes etnias.
28
Figura 10 - Curva de Gauss
Isso quer dizer que para qualquer dimensão do corpo humano (por exemplo, a
estatura), a maioria dos indivíduos está em torno do valor médio, existindo poucos indivíduos
muito baixos ou muito altos.
Dapper (2013, p. 27) descreve a biomimética como, "uma área da ciência que tem
por objetivo a análise e o entendimento das estruturas biológicas, suas funções, propriedades,
mecanismos e processos, visando à aplicação no desenvolvimento das criações humanas".
Segundo Benyus (1997), a biomimética é uma nova ciência que estuda os modelos
da natureza e depois imita-os ou inspira-se neles ou em seus processos para resolver os
problemas humanos.
A biomimética apresenta-se como um termo mais amplo que poderá ser aplicada em
áreas diversas e ainda conta com poucos exemplos de aplicação prática. Por outro
lado, a aplicação da biônica tem sido mais estudada e possui um campo teórico mais
definido, no design de produtos pode ser feita na pesquisa básica: identificando
sistemas naturais com características úteis para serem aplicadas em novos produtos
ou em produtos já existentes.
30
processos de construção e princípios de desenvolvimento observados nos sistemas biológicos”
(SANTOS, 2009, p. 31).
Sendo uma área de estudo da relação entre forma, função e material na natureza, a
biônica pode auxiliar o designer a compreender os princípios da natureza para projetos na
31
procura de soluções, indicando os sistemas naturais que podem ser a solução para os problemas
encontrados.
Conforme Gomes, (1988 apud Pazmino, 2007) a biônica é uma ferramenta que faz
a análise de “princípios de funcionamento e solução” de processos biológicos, sendo necessário
a compreensão profunda das funções, características e aplicações dos sistemas naturais com o
auxílio de disciplinas como: biologia, mecânica, física entre outras. Utilizando a Biônica, pode-
se observar a combinação de diferentes materiais, funções, formas e estruturas que os sistemas
naturais utilizam. Esta ferramenta não é apenas uma simples comparação e aplicação de
resultados encontrados no mundo natural.
Bluchel (2009) afirma que a biônica pode fornecer valiosos serviços pioneiros à
pesquisa e ao desenvolvimento muito antes de todas as outras áreas parciais técnicas e
científicas.
Segundo Ramos (1994), o ser humano utiliza a experiência da natureza como fonte
de inspiração para suprir suas necessidades desde os tempos mais primitivos. Criou modelos de
habitação, como as ocas que se assemelhavam com o ninho de pássaros, até os produtos como
a ponta do arpão, usado desde a idade da pedra, semelhante ao ferrão dos insetos e aos espinhos
de algumas plantas.
A natureza levou milhares de anos para aprimorar a forma e o material. Uma boa
compreensão de como ela lida com tais tarefas sob as desfavoráveis restrições ambientais em
32
que se encontra é uma questão fundamental para muitos investigadores de hoje em dia
(MARTINS, 2012).
Meira (2008), afirma que através de investigações dos sistemas biológicos, pode-se
aprender técnicas de fabricação permitindo o desenvolvimento de produtos inspirados na
biônica. “Ao contrário do ser humano, que tem uma curta existência para criar, a natureza possui
milhões de anos de experiência, modelando e adequando suas criações, sempre buscando a
eficiência” (RAMOS, 1994, p. 96).
33
Figura 12 - Estudo do voo dos pássaros por Leonardo Da Vinci
5
Disponível em: <http://www.espiritualismo.info/leonardo_vinci.html> Acesso em: 26 jun. 2016.
34
Figura 13 - BionicCar da Mercedes-Benz, inspirado no Peixe-cofre.
George estudou por dez anos uma forma de desenvolver um equipamento com um
sistema que funcionasse de forma similar à adaptação natural encontrada nos carrapichos. Então
6
Disponível em: <http://www.cascadeovo.com/2015/10/01/aprendendo-ux-com-as-coisas-que-a-natureza-da-
pra-gente/> Acesso em: 26 jun. 2016.
7
Disponível em: < http://www.biomimetic-architecture.com/2009/stick-like-a-burr/> Acesso em: 26 jun. 2016.
35
o cientista desenvolveu um equipamento composto de duas partes. A primeira formada por
pequenos pinos com ganchos em suas pontas. A segunda composta por pequenos laços de
tamanho similar ao dos pinos. Quando ocorre a junção de ambas as partes, têm-se uma região
de forte aderência, formando-se o Velcro (RAMOS, 1994).
As formas encontradas na natureza oferecem uma fonte rica em ideias para uma
possível aplicação nas estruturas de engenharia. As conchas, os ossos e as folhas das plantas
estão entre as formas naturais que servem como potenciais fontes de imitação para a concepção
de novos edifícios (MARTINS, 2012).
Como pode ser visto na Figura 11, segundo Broeck (1989) a disposição das vigas
ósseas do colo do fêmur humano tem semelhanças com a ossatura da Torre Eiffel que é uma
estrutura ultraleve e resistente.
Figura 15 - Biônica das vigas ósseas da ossatura do colo do fêmur humano com as vigas da
Torre Eiffel.
36
2.5 METAIS
Kula e Ternaux (2012) afirmam que os metais não existem na natureza como os
conhecemos em nossas vidas, prontos para o uso. Apenas alguns, como o cobre, o ouro, a
platina ou as rochas meteoríticas que contêm ferro e níquel, estão disponíveis na natureza e são
conhecidos como metais em estado natural.
37
Figura 16 - Classificação dos materiais metálicos e não metálicos.
Kula e Ternaux, dividem as principais propriedades dos metais em: brilho metálico,
dureza, resiliência, elasticidade, plasticidade/ductilidade, magnetismo, isotropia, condução de
eletricidade e condução de calor e dilatação. Citando algumas destas propriedades, a dureza,
trata da resistência de um componente à penetração e ao desgaste em sua superfície. A
elasticidade é a capacidade do metal de retornar à sua forma original depois de ser tencionado.
A plasticidade é a propriedade de se sujeitar a uma deformação permanente e irreversível sem
que se rompa. A ductilidade, ou a capacidade de ser esticado sem se quebrar, é o desafio da
plasticidade do material. (KULA; TERNAUX, 2012, p. 62).
Em geral, os metais são bons condutores térmicos e elétricos. Quase todos são
mecanicamente resistentes, dúcteis e elétricos e são mecanicamente resistentes, dúcteis e muitos
mantêm resistência mesmo em altas temperaturas. (CARAM, 2000)
Para Barros (2016) as ligas metálicas são materiais que possuem propriedades
metálicas compostos por dois ou mais elementos, sendo pelo menos o maior constituinte deles,
um metal. Kula e Ternaux (2012) completam que os metais raramente são usados em sua forma
pura e que a liga é obtida ao se combinar um metal com outro ou com vários elementos
(metálicos ou não).
2.5.1 Alumínio
O alumínio é o metal mais abundante na Terra, ele é oriundo da bauxita. Pode ser
utilizado praticamente puro, na forma de ligas de alumínio ou como elemento de liga de aço,
8
Disponível em: <http://etec-mecatronica.weebly.com/tecnologia-materiais-mecanicos.html> Acesso em: 26
jun. 2016.
38
zinco, cobre, titânio, etc. Devido à industrialização, o alumínio se tornou um metal comum,
amplamente utilizado na indústria, concorrendo com os plásticos (KULA; TERNAUX, 2012).
O alumínio anodizado é fácil de encontrar por ser sua utilização muito comum no
mercado atual. Pode substituir a pintura, sendo tão resistente quanto a mesma. A Figura 17 traz
exemplos de alumínio anodizado, para ser possível observar e conhecer sua aparência.
9
Disponível em: <http://acpa.net.br/anodizacao/> Acesso em: 26 jun. 2016.
39
Devido a sua alta ductilidade, o alumínio é facilmente laminado, forjado e trefilado,
de modo que possa ser utilizado na forma de chapas, folhas muito finas, fios, tubos etc. (SENAI,
2006)
40
3 METODOLOGIA PROJETUAL
41
atividades no âmbito da análise funcional com os requisitos e necessidades do
produto proposto, bem como a sua forma e estrutura analisados, ajustando-os à
morfologia do projeto. Nesta etapa deverá ser analisado e avaliado o
funcionamento do sistema artificial e, se necessário, o sistema deverá ser
analisado novamente.
42
4 DESIGN DA BARRACA DE FEIRA
0%
5% 10% 20 a 29 anos
30 a 39 anos
30% 20% 40 a 49 anos
Faixa etária
50 a 59 anos
60 a 69 anos
35%
Feminino
Gênero
Masculino
65%
43
10% 15%
Menos de 5 anos
Tempo de
5 a 10 anos
experiência na
11 a 20 anos
40%
feira 35%
Mais de 20 anos
20%
Montagem e
Sim
desmontagem
Não
complicadas
80%
0%
Poderia
melhorar a
Sim
montagem e a
Não
desmontagem?
100%
44
Os trabalhadores relataram que para montar a barraca, o feirante, acompanhado de
três ou quatro ajudantes, levam de 31 a 40 minutos para realizar a montagem.
0% 0%
Número de
15% 1 pessoa
pessoas
40% 2 pessoas
necessárias 3 pessoas
0% 0%
10%
10 a 20 minutos
Além disso, foi relatado que o tempo para a montagem varia de acordo com a
experiência e habilidade da pessoa em montar a barraca e das condições climáticas, podendo
atrasar o início das vendas ou fazendo com que o feirante chegue mais cedo para a montagem.
45
Figura 19 - Montagem da estrutura da barraca de feira-livre
São montados todos os quatro cantos desta forma e em todos são necessários que
fique um trabalhador em cada ponta segurando-a e que leve a escada para a montagem de todas
as pontas.
Por fim encaixam as partes que formam o quadro, finalizando a estrutura para seguir
encaixando as partes que ficam os produtos expostos.
46
A desmontagem da barraca de feira-livre inicia-se com a remoção da lona de
cobertura, para ter acesso as peças. Observou-se que para remover a cobertura da barraca, foi
necessário a ajuda de uma peça comprida para que fosse possível empurrar a lona para fora,
deixando as peças expostas para a desmontagem como visto na Figura 21. Este movimento está
fora do alcance corporal, fazendo com que seja preciso da ajuda de outro equipamento para
ajudar a realizar a atividade.
Os encaixes são feitos por um furo em cada peça, onde é encaixado um tipo de
parafuso que prende a estrutura, como visto na Figura 26. Foi observado que estes parafusos
são soltos e podem cair e serem perdidos com facilidade e por isso diversos encaixes encontram-
se sem a fixação necessária.
49
movimentá-las. Na Figura 27 é possível observar a dimensão das peças e a dificuldade para
movimentá-las.
50
As amostras da natureza selecionadas para serem estudadas neste projeto foram
escolhidas a partir da necessidade identificada, que é uma barraca de feira-livre que utiliza
articulações para que assim seja mais fácil de montar e desmontar. As amostras de elementos
naturais que se adaptam ao projeto foram as articulações dos membros superior e inferior
humano. Estas articulações possuem a capacidade de ficar fixa e de dobrar, além de serem
resistentes e conseguirem suportar o peso colocado sobre elas sem danificar.
A articulação do joelho é a ligação de dois ou mais ossos, como visto na Figura 31.
O encontro dos ossos numa articulação é denominado de superfície articular e existe uma folga
10
Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com> Acesso em: 11 jun. 2017
11
Disponível em: < medicinadoquadril.com.br/site/nocoes-de-anatomia/> acesso em: 11 jun. 2017.
52
entre eles, permitindo mover livremente entre si. As superfícies articulares são cobertas por
uma cartilagem articular, que é uma camada macia, aderente e bem lubrificada (CESAR, 2017).
O joelho foi a articulação definida para o projeto devido suas características. Esta
articulação tem a capacidade de flexionar e entender, permitindo extensa mobilidade para a
estrutura. O joelho é resistente para suportar o peso todo do corpo humano sem danificar, além
do formato do encaixe dos ossos que compõe a articulação que traz estabilidade ao corpo.
53
4.5 IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA
Cada membro inferior é dividido em regiões como coxa, perna, tornozelo e pé. A
coxa corresponde à região entre a articulação do quadril e a articulação do joelho, o osso da
coxa é o fêmur, o mais longo do corpo. O joelho articula-se com a tíbia e a fíbula, que são os
dois ossos da perna. A região frontal do joelho é protegida por um osso pequeno circular, chamo
de rótula. O tornozelo é formado pelos tarsos, que são pequenos ossos, a planta do pé é formada
pelos metatarsos e os dedos dos pés, pelas falanges (LACERDA, 2009).
O fêmur, a tíbia e a fíbula são ossos longos, isto é, eles têm o comprimento maior
que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. A característica principal
do osso longo é sua forma tubular, por isso ele é oco, possuindo uma cavidade medular interior.
Os ossos longos também possuem extremidades largas que se articulam com outros ossos. Eles
possuem maior resistência, absorvem o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos,
de tal forma que há melhor distribuição do mesmo (RIZZOLO; MADEIRA, 2012).
54
oferecendo mobilidade a estrutura, além de possuir grande estabilidade e extensão, diversas
possibilidades de movimento, além de possibilitar uma estrutura fixa, rígida e adaptada para a
sustentação de peso. Esta articulação pode auxiliar na diminuição do tempo de montagem da
barraca, tornando as peças articuladas, diminuindo o número de encaixes, menos peças na
estrutura e menos pessoas necessárias para realizar a tarefa.
Após seleção e coleta das amostras das articulações, foi escolhida para o projeto a
articulação do joelho devido suas características que auxiliam no desenvolvimento do projeto,
como visto na identificação da amostra, e nela observou-se os componentes, estruturas e
morfologias (organização das partes) e funções e processos.
Sua anatomia é formada pela extremidade do fêmur, pela extremidade proximal da
tíbia e pela patela. O joelho sustenta todo o peso do corpo e possibilita que a perna se dobre,
realizando o movimento de flexão, extensão e pequena rotação (CESAR, 2017).
O joelho funciona como uma dobradiça de uma porta, onde o fêmur e a tíbia se
encaixam de tal modo que a tíbia alcança um ângulo de quase 180 graus para trás em relação
ao fêmur conforme a Figura 32. A patela impede que esse osso dobre para a frente e auxilia no
aumento de força da extensão do joelho.
12
Disponível em: < http://www.precisionnutrition.com/all-about-the-knee> Acesso em: 20 abr. 2017
55
firmes, mantendo a perna esticada e evitando que a parte inferior da perna gire ou faça a dobra
contrária como visto na Figura 33 (KAEMPF, 2017).
Para manter o joelho fixo sendo possível resistir ao peso do corpo sem dobrar, os
ligamentos ficam tensionados dando estabilidade e o osso do fêmur sofre uma pequena rotação
sobre a tíbia, tornando o membro inferior uma estrutura fixa e rígida e adaptada para a
sustentação do peso. Para flexionar o joelho, ocorre uma contração no musculo, fazendo com
que o fêmur gire lateralmente, possibilitando a flexão.
A flexão e a extensão (Figura 34) do joelho são possíveis pela sua anatomia, que
possibilita o encaixe e os ossos deslizam entre si durante o movimento. A flexão é o movimento
que aproxima a parte de trás da perna e da coxa, a amplitude deste movimento é de 0º a 140º
(WHITING et al 2001).
13
Disponível em: < http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/anatomia/anatomia-do-joelho/> Acesso em: 20
abr. 2017
56
Figura 34 - Articulação do joelho estendida e fletida
4.7 PARAMETIZAÇÃO
14
Disponível em: <http://anatomiaonline.com/articulacoes-membro-inferior/> Acesso em: 31 mar. 2017
57
Tabela 4 - Parametrização do elemento natural
Encaixe do
fêmur com a
tíbia
Ligamentos
do joelho
4.8 ANALOGIA
58
do joelho, que trazem para o projeto a possibilidade de desenvolver peças articuladas, com
menos encaixes e mais rápida de realizar a montagem e a desmontagem.
Figura 37 – Alternativa 1
Figura 38 - Alternativa 2
Figura 39 - Alternativa 3
Figura 40 - Alternativa 4
61
A próxima alternativa possui a parte de baixo um quadrado e com um “X” no centro
para dar estabilidade a estrutura e para poder encaixar a parte de cima. A parte superior com
peças que se encaixam no centro da de baixo e os tentáculos encaixam nas extremidades da
parte inferior (Figura 41).
Figura 41 - Alternativa 5
Nesta alternativa buscou-se melhorar a alternativa anterior, fazendo com que a peça
superior também fosse articulada, o que a tornaria menor quando fechada. Na parte inferior
seguiu-se com o mesmo desenho, pois é simples e fácil de montar e desmontar (Figura 42).
Figura 42 - Alternativa 6
A primeira peça forma a parte de baixo da estrutura (Figura 43), possui as quatro
pontas da barraca tradicional, seguindo as mesmas medidas, porém é articulada. Esta parte é a
que dá sustentação a e forma o quadrado de baixo.
A parte central da barraca é formada por peças que se cruzam para dar mais
estabilidade à estrutura e também é para apoiar a segunda parte da estrutura que vai por cima.
Esta parte, quando puxada para baixo, encolhe todo o resto da estrutura, fechando-a, fazendo
com que seu tamanho fique bem reduzido, medindo 26cm por 26cm e 2,7m de altura, facilitando
no transporte, como visto na Figura 44.
63
Figura 44 - Parte inferior da estrutura da barraca de feira-livre fechando para o transporte
Também possui encaixes para que a segunda parte da estrutura possa ficar em cima.
No centro encontra-se o encaixe que fica a peça central da parte de cima e nas extremidades
estão os encaixes para receber as pontas da peça superior (Figura 46).
64
Figura 46 - Encaixes para receber a parte superior da estrutura
A segunda parte da estrutura é a peça que forma a tenda (Figura 47), que
corresponde a parte de cima da barraca.
65
É formada por 10 peças, sendo 8 delas articuladas. A parte de cima tem 30 cm por
30 cm e 1,5 metros de altura quando fechada (Figura 48). Esta é uma peça individual articulada,
que também facilita no transporte pois seu tamanho fica reduzido quando fechado.
A estrutura completa será feita de alumínio, afim de deixa-la mais leve para facilitar
o trabalho dos feirantes na montagem, desmontagem e transporte. Foi projetada sendo utilizado
o perfil quadrado de alumínio de 30mm por 30mm, com o centro vazado que será utilizado por
toda a estrutura (Figura 49). Os encaixes serão feitos de chapas de alumínio de 1,5mm e
confeccionados por soldas para chegar no desenho final.
66
Pela sua estrutura ser feita de alumínio, as peças não ficam tão pesadas, sendo
possível que os trabalhadores as carreguem facilmente. A primeira peça pesa 20kg e a segunda
pesa 7,8kg. A segunda peça, que precisa ser erguida, é leve, o que facilita o trabalho e ficou
mais leve que o modelo da barraca antigo, que pesava 60kg.
67
Para abrir a peça número 1 que fica embaixo, apoia-se o centro no chão e dois
trabalhadores precisam se locomover para duas extremidades, esticando-as para abrir a
estrutura. (Figura 51).
Com a primeira parte estrutura em pé, é necessário que coloque os encaixes nos
buracos para que a estrutura fique fixa, impossibilitando que a articulação se mova (Figura 52).
As fixações encontram-se nas articulações da peça de dois metros.
Após a primeira peça aberta e fixada, inicia-se a montagem da segunda peça. Está
mais rápida, basta encaixar a peça central no centro da estrutura de baixo, se necessário pode
ser utilizado um apoio como uma banqueta, por exemplo, para esta tarefa, para em seguida abrir
68
as articulações até que elas cheguem aos encaixes nas extremidades da primeira peça como
demonstrado na Figura 53.
Figura 53 - Encaixe da peça superior na estrutura de baixo
69
Para desmontar a parte de baixo, retira-se as peças de fixação, fazendo com que a
estrutura deixe de ficar rígida e, assim, basta o trabalhador puxar as articulações para baixo,
fazendo com que a estrutura feche em relação ao centro (Figura 55). Por fim leva-se ao
caminhão.
70
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se por este trabalho que a natureza, mesmo após milhares de anos de
evolução, segue se reinventando, selecionando aquilo que funciona e está sempre evoluindo.
Ela contribui como uma forma de criatividade e de soluções aos problemas encontrados no
design, devendo o designer sempre olhar para esse meio como uma forma de aprimorar seus
trabalhos, pois a natureza sempre terá algo para oferecer.
Por fim, é possível obter um resultado final com soluções inovadoras partindo da
biônica, fundamentando-se no conhecimento obtido ao analisar as soluções que a natureza
encontra para seus problemas.
71
REFERÊNCIAS
ABDALA, Roger Valentim. Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho. São Paulo: [s.n.],
2012. 72 p.
AGE, Mônica Juergens; PAZMINO, Ana Veronica. Investigação da biônica como técnica
criativa para problemas em design de produtos. 2011.
BENYUS, Janine M., Biomimética – Inovação inspirada na natureza. São Paulo: Cultrix, 1997.
BLUCHEL, Kurt G. Bionica: como podemos usar a engenharia da natureza a nosso favor. São
Paulo: Pub. HouseLobmaier, 2009.
BRAUDEL, Fernand. Os Jogos das trocas. São Paulo. Martins Fontes, 1998, v. 2.
DETANICOA, F.B.; TEIXEIRAB, F.G.; SILVA, T.K. A Biomimética como Método Criativo
para o Projeto de Produto. Programa de Pós-Graduação em Design, Departamento de Design e
Exp. Gráfica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, 2010.
Disponível em:
<http://www.pgdesign.ufrgs.br/designetecnologia/index.php/det/article/viewFile/52/33>
Acesso em: 22 mai. 2016.
73
FILHO, João Gomes. Ergonomia do Objeto: sistema técnico de leitura ergonômica. São Paulo,
Escrituras Editora, 2003.
FORMAN, Shepard. Camponeses: Sua Participação no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1979.
GOHR, Cláudia Fabiana. Trabalho de conclusão de curso em administração II: livro didático.
Palhoça: UnisulVirtual, 2008. 186 p.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção/ ItiroIida – 2ª edição ver. e ampl. - São Paulo: Edgard
Blucher, 2005
LIMA, Marco Antonio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos para Designers. Rio
de Janeiro, Editora Ciência Moderna, 2006.
74
LOPES, LarianeHartmann. Feiras livres em Florianópolis – SC: práticas sustentáveis na
comercialização de frutas, legumes e verduras in natura. Dissertação (Pós-graduação) –
Nutrição, Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.
MEIRA, Gerson Luiz. A biomimética utilizada como ferramenta alternativa na criação de novos
produtos. II encontro de sustentabilidade em projeto do vale do Itajaí. Itajaí, 2008.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo. 1º Ed. Martins Fontes, 1998.
RAMOS, Jaime; SELL, Ingeborg. A biônica no projeto de produtos. Prod., Dez 1994, vol.4,
no.2, p.95-108. ISSN 0103-6513. Disponível em
<http://www.prod.org.br/files/v4n2/v4n2a01.pdf > Acesso em 16 de maio de 2016.
RIZZOLO, Roelf J. Cruz; MADEIRA, Miguel Carlos. Anatomia Facial: Com Fundamentos de
Anatomia Geral. 4ª. ed. [S.I.]: Editora: Sarvier, 2012. 368 p.
SENAI. Mecânica: Materiais Metálicos e Não Metálicos. Espírito Santo, SENAI, 2006.
SOUZA, Alcidio Mafra. Guia dos Bens Tombados - Santa Catarina. 1. Ed. Rio de janeiro:
Expressão e Cultura, 1992.
VANDEN BROECK, F. O uso de analogias biológicas. Revista Dasign o Interiores, São Paulo,
n.15, p.97-100, 1989.
76
<http://www.ergonomia.ufpr.br/Introducao%20a%20Ergonomia%20Vidal%20CESERG.pdf>
Acesso em: 22 mai. 2016
77
APÊNDICE A – Questionário para coleta de dados
1. Faixa etária:
o 20 a 29
o 30 a 39
o 40 a 49
o 50 a 59
o 60 a 69
o 70 ou mais
2. Gênero
o Feminino
o Masculino
78
o 21 a 30 minutos
o 31 a 40 minutos
o 41 a 50 minutos
o 51 a 60 minutos
o Mais de 1 hora
79
APÊNDICE B – Desenhos técnicos
80
VISTA
SUPERIOR
2000
4000
1199,41
3170,10
2000
VISTA LATERAL
VISTA FRONTAL
Nome: Camila Sales de Oliveira
Barraca de feira-livre - Estrutura Completa
Data: 06/06/2017
Design Escala: 1:50
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
2000 30
1,50
30
VISTA INFEIROR
2000
30
1970
VISTA INFERIOR
30
VISTA SUPERIOR
15
R30
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
10
10
30
VISTA SUPERIOR
30
1200
1168,50
30
30
VISTA SUPERIOR
15
R30
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
10
10
30
VISTA SUPERIOR
30
108
,33°
30
25
R30
67°
10
15
46,6
6
71
Nome: Camila Sales de Oliveira
Barraca de feira-livre - Peça 6
Data: 06/06/2017
Design Escala: 1:10
10 10
60
30
VISTA SUPERIOR
45°
100
30
30
100
15
25
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
30
R3
0
70
Nome: Camila Sales de Oliveira
Barraca de feira-livre - Peça 7
Data: 06/06/2017
Design Escala: 1:2
6
6,6
20
10
VISTA SUPERIOR
30
29,11
15
R30
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
30
VISTA SUPERIOR
30
215,14 R30
30
15
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
158,14 10