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Palhoça
2019
SABRINA REGINA DE FARIA
Palhoça
2019
SABRINA REGINA DE FARIA
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Professor e orientador Valnei Carlos Denardin, MSc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. Paulo Fernandes Valadares, ESp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. Paulo Roberto May, MSc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Aqueles que há 10 anos acreditaram que eu
chegaria aqui.
Aos meus sobrinhos, Arthur e Juliano, que
nem imaginam o tamanho da força que me
dão.
AGRADECIMENTOS
A minha família, que mesmo de origem simples acreditou que seria possível
chegar aqui e há 10 anos me apoia. Meus pais, Mario e Sônia, e meu irmão, Júlio, essa
conquista é de vocês também.
Aos amigos que incentivaram e estiveram presentes em momentos de dúvidas. Em
especial a Daniela Freitas, que se empenhou muito para que eu chegasse aqui.
Ao gerente de produção do estaleiro, Fabiano José Leal, e ao presidente do
estaleiro que me permitiram realizar o presente trabalho, apoiaram e ajudaram em diversos
momentos.
Ao técnico de segurança, Wagner de Oliveira, que abraçou a implantação do
programa e ajudou no seu desenvolvimento.
Ao meu professor orientador, Sr. Valnei Carlos Denardin, que me direcionou para
o melhor caminho, além de ser muito paciente durante essa jornada.
“Não há nada nobre em ser superior ao seu semelhante. A verdadeira nobreza é
ser superior ao seu antigo eu.” (Ernest Hemingway).
RESUMO
The present work is a case study in a nautical industry related to the implementation of the 5S
program and its main objective is to explore the theory of the program and apply in the
practice. Such implementation seeks to solve some recurring problems in the company and
that generate grate waste of time, raw materials and financial resources, without production
process. Some examples noted: long lead times, excessive movement, and clutter in the
workplace. From this problematization, it was verified the necessity to perform
bibliographical research in websites, specialized magazines and technical books; in order to
mobilize, motivate and raise awareness throughout the company to meet customer needs.
Such analysis and reflection on the possible solutions to the current situation of the company,
aroused in the managers (owners) a huge interest in the promotion and maintenance of this
philosophy.
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Com o fim da Segunda Guerra Mundial surge a Qualidade Total através dos
Círculos de Controle da Qualidade. Segundo Ishikawa (1993), o sistema pode ser definido
como uma técnica de administração multidisciplinar formada por um conjunto de programas,
ferramentas e métodos, aplicados no controle do processo de produção das empresas, visando
obter bens e serviços pelo menor custo e melhor qualidade, objetivando atender as exigências
e superar as expectativas dos clientes.
Historicamente a Revolução da Qualidade Total tornou acirrada e global a
competição entre as empresas, mudando o panorama do mercado. A sociedade e o mercado se
tornaram mais exigentes, fazendo com que as organizações mais ágeis ganhassem novos
mercados, e punindo as empresas que não atendessem suas exigências ao deixarem de
adquirir seus produtos e serviços. As empresas para sobreviverem neste mercado cada vez
mais competitivo se viram obrigadas a se voltar para as necessidades de seus clientes. Assim,
entrar para o movimento de Qualidade Total se tornou crucial para uma organização, porque
dela depende seu futuro.
O controle da Qualidade Total é um sistema administrativo aperfeiçoado no
Japão, a partir de ideias americanas introduzidas logo após a Segunda Guerra Mundial. O
sistema de Gestão de Qualidade Total, como praticado no Japão, é baseado na participação de
todos os setores da empresa e de todos os empregados no estudo e condução do controle da
qualidade (JUNIOR e BONELLI, 2006).
Sob a ótica de Campos (2004), os conceitos básicos relativos à qualidade total
podem ser divididos em: Controle, Processo, Produto e Clientes.
2.3 PROGRAMA 5S
Seiri é a união de dois caracteres onde a palavra “Sei” significa organizar e “Ri”
significa lógica ou razão, e quando unidas transmitem a ideia de organizar efetivamente
conforme as regras ou princípios. As palavras que podemos destacar para evidenciar esse
senso seriam classificar e separar. Para Silva (1996), o senso de utilização significa utilizar os
recursos disponíveis, com bom senso e equilíbrio, evitando ociosidades e carências.
O primeiro senso segundo Silva (1994) serve para separar o que é útil do
que não é. Eliminar e descartar adequadamente os materiais que não terão mais
serventia, e destinar outros a um local onde poderão ser utilizados.
De acordo com Fujita apud Silva et al. (2001) Seiton é a união de dois caracteres
onde a palavra “Sei” significa organizar e “Ton” que transmite a ideia de imediatamente.
Tendo em vista a conotação do fator tempo, esse senso é interpretado como organizar para
que o acesso a informações e/ou objetos sejam rápidos.
Ribeiro (2010) relata que o seiso se baseia em criar o hábito de zelo pelas
instalações e recursos através das seguintes atividades:
• Fazer com que os próprios usuários se sintam responsáveis pela limpeza do
ambiente de trabalho. Dessa maneira mesmo quando a limpeza é feita por pessoal
especializado, os colaboradores devem evitar a geração de sujeiras.
• Sempre que sair dos locais de uso coletivo, deixar limpo e organizado para que
outras pessoas possam usar.
• Verificar as lixeiras e outros coletores de resíduos, pois facilita para o pessoal da
limpeza a remoção do material descartado.
Silva (1996) e Ribeiro (1994) referem-se a Seiketsu como o estado atingido com a
prática dos 3 sensos anteriores, acrescido de ações rotineiras e habituais em termos de higiene,
segurança no trabalho e saúde pessoal, para que os outros sensos não percam a eficácia.
Praticar o senso de saúde é estar atento ao bem-estar próprio e coletivo com a
preocupação em manter um bom clima organizacional e zelo pela qualidade das relações de
trabalho. Significa criar condições favoráveis à saúde física e mental, garantir um ambiente
não agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas condições sanitárias nas áreas
comuns, zelar pela higiene pessoal e cuidar para que as informações e comunicados sejam
claros, de fácil leitura e compreensão.
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De acordo com Fujita apud Silva et al. (2001) Seiketsu é padronização, onde
padrão seria uma descrição escrita de como algo deveria ser. Seguir um padrão ressalta a
importância que todos da organização conheçam e pratiquem procedimentos de segurança e
higiene, e que conheçam leis que auxiliem na correta aplicação de ações de prevenção de
acidentes e doenças no trabalho.
Mais importante do que alcançar um nível de excelência, é a padronização deste
nível, por isto a importância deste senso para a conservação dos outros três citados
anteriormente.
Seiketsu pode ser identificado através das atividades a seguir:
• Reunir os colaboradores e discutir sobre regras de convivência que incomodam
algumas pessoas, até chegar a um acordo.
• Verificar com o pessoal especializado na área de saúde, sobre os problemas que
prejudicam os funcionários dentro da empresa. Elaborar planos para eliminar os
problemas e desenvolver procedimentos para conviver com aqueles que não têm
como eliminá-los.
• Identificar as instalações e os materiais de acordo com os padrões (cores, formas
e locais) estabelecidos pela empresa.
24
3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
(14%). A região sul abriga um dos mais tradicionais e ativos polos náuticos do Brasil e se
destaca por apresentar a segunda maior concentração de estaleiros e fabricantes de
equipamentos e acessórios náuticos do mercado nacional. A região abriga também diversas
estruturas de apoio náutico, que incluem iate clubes, garagens náuticas, hotéis,
empreendimentos imobiliários e marinas de alto padrão. Ainda segundo ACOBAR, a
expectativa é que a indústria náutica brasileira tenha faturamento de US$1,5 bilhão até 2020.
1%
11%
52%
36%
3.3.1 Missão
3.3.2 Visão
3.3.3 Valores
4.1 A IMPLANTAÇÃO
A implantação dos cinco sensos começa quando a empresa decide dar atenção à
nossa qualidade pessoal e das outras pessoas que convivem conosco, em nossos ambientes,
mudando nossas atitudes e promovendo melhorias nas relações interpessoais (OLIVEIRA,
1997).
O responsável para coordenar as ações foi o gerente de produção, que contou com
o auxílio de sua equipe além do setor da qualidade, para a implantação, padronização dos
procedimentos e gestão do Programa 5S, onde os resultados e provisões de recursos, devem
ser apresentados a direção da empresa sempre que necessário ou solicitado.
As auditorias terão caráter de avaliação da eficácia e eficiência do Programa 5S,
bem como método de monitoramento da aceitação e comprometimento dos colaboradores,
sejam em suas áreas de atuação, multiplicadores e/ou auditores e atuará também como
32
termômetro das implantações de ações em prol da melhoria contínua. Irão ocorrer todo mês,
gerando uma oportunidade de melhoria dentro de um plano de ação, que também deve ser
auditado.
O plano de ação deverá estar disponível no mural do setor, junto com uma cópia
da folha de verificação e a última nota do setor. A cada três meses será realizada a premiação
para o setor que melhor aderir ao programa, levando em consideração as médias das três
auditorias como pode ser observado no exemplo do quadro1.
Figura 10 – Dia D
Figura 13 – Limpeza
4.6 TREINAMENTOS
Figura 15 – Tangram
O MFV defende que se deva escolher uma família de produtos e seguir a trilha da
produção de porta-a-porta, do consumidor ao fornecedor, e desenhar cuidadosamente o mapa
do estado atual de seus fluxos de materiais e de informação. Em seguida, desenha-se o mapa
do estado futuro, com o objetivo de contemplar as oportunidades de melhoria e representar
como os materiais e as informações deveriam fluir.
O termo Kamishibai significa teatro de papel e surgiu no Japão no século XII. A ideia
era ensinar analfabetos e crianças ética, bons costumes e moral, através de histórias simples
com figuras desenhadas em papel colorido (MOREIRA, 2013). A definição de Kamishibai é:
Um conjunto de lâminas que possuem um desenho em uma face e um texto na
outra, o seu conteúdo, geralmente em forma de narrativa, pode se referir a um
conto ou algum conteúdo de aprendizagem, já a leitura se realiza colocando as
lâminas em ordem sobre um suporte, onde elas são deslizadas uma após a outra
enquanto os textos são lidos (PELLEGRINO; TOLEDO, 2015).
O Kamishibai tem a função de orientar os colaboradores às instruções de trabalho,
com clareza e objetividade, através de cartazes ou quadros nas áreas, auxiliando na gestão
visual e sendo um facilitador na auditoria interna.
A redução do tempo é importante porque melhora a eficácia de todo o equipamento,
contribui para implementar programas de produção nivelada, ajuda a reduzir o inventário de
produtos finais, contribui para a eliminação das perdas e desperdícios, além de adicionar a
capacidade da máquina e melhorar a qualidade. (Novaski, Sugai, & McIntosh, 2007).
Poka-Yoke interrompe o processo a fim de eliminar de imediato as causas dos defeitos
com o intuito de restaurar o processo de produção de forma mais célere e eficaz possível (AL-
ARAIDAH, JARADAT e BATAYNEH, 2010).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 TRABALHOS FUTUROS
REFERÊNCIAS
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MTO. Rio de Janeiro: Enegep, 2008.
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Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1999.
COLENGHI, Vitor Mature. O&M e qualidade total: uma interpretação perfeita. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2003.
COSTA, R.M.C. et al. Como praticar o 5S na escola. 2 ed. Belo Horizonte: Líttera Maciel,
1996.
HO, S.K.M. Japanese 5-S – where TQM begins. Volume 11. The TQM Maganize, 1999.
MCNABB, D. & SEPIC, F. “Culture climate”, Public Productivity and Management Review,
No. 18, p. 2-13, 1995.
MEZOMO, J.C. Gestão da Qualidade na saúde: princípios básicos. Barueri: Manole, 2001.
Novaski, O., Sugai, M., & McIntosh, R. I. (2007). Metodologia de Shigeo Shingo (SMED):
análise crítica e estudo de caso. Gestão de Produção, 323-335.
OHNO, Taiichi. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. 5ª ed.
Porto Alegre: Editora Bookman, 1997. 149 p.
OLIVEIRA, Jose Roberto Cerqueira. Aspectos humanos dos 5 sensos: Uma experiência
prática. 2. Ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.
OLIVEIRA, S.T. Ferramentas para o aprimoramento da qualidade. São Paulo: Pioneira, 1996.
PALADINI, E.P. Qualidade da qualidade: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Atlas S.A., 2004.
PELLEGRINO, R. A.; TOLEDO, J. C. de. Kamishibai: uma técnica ensino das escolas
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RIBEIRO, H. 5S: A base para a qualidade total. Salvador: Casa da qualidade, 1994.
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ROTHER, M.; SHOOK, J. Aprendendo a enxergar: mapeando o fluxo de valor para agregar
valor e eliminar o desperdício. São Paulo: Lean Institute Brasil, 2003.
SHAH, R.; WARD, P. T. Lean manufacturing: context, practice bundles, and performance.
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WOMACK, J. P; JONES, D. T; ROOS, D. The Machine that changed the world. New York:
Harper Collins, 1990.
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ANEXOS
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