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Pará de Minas
2012
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Pará de Minas
2012
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Orientadora: Profª. Ms. Annévia Palhares Vieira Diniz Oliveira
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Examinador: Ruperto Benjamin Cabanellas Vega
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
A busca por melhores resultados é uma prática necessária para que as empresas se mantenham
competitivas no cenário econômico atual. As organizações estão revendo seus processos
produtivos e estão buscando eliminar os desperdícios encontrados para que isso não impacte
no produto final. Para tal, a maioria das organizações está aplicando metodologias alternativas
para aumentar sua produtividade e buscar eficiência em seus processos. Por meio de uma
revisão bibliográfica sobre a Manutenção Produtiva Total (TPM), metodologia que atua na
identificação e eliminação das grandes perdas existentes em todo o processo organizacional e
análise documental dos indicadores de desempenho por meio do histórico da empresa
analisada, pretende-se apresentar a aplicação desta ferramenta de gestão de produção, com
ênfase na manutenção autônoma, no processo de desenvolvimento de produtos de uma
indústria de laticínios. Pretende-se, ainda, identificar e evidenciar a viabilidade da eficiência
e eficácia da implantação deste modelo de gestão, além de considerar os seus efeitos e
apresentar alguns resultados obtidos com a utilização da metodologia. Percebe-se que a
implantação, apesar de não concluída, revelou-se um eficiente modelo de gestão, com ganhos
em produtividade, qualidade, custo, delivery segurança e, principalmente, autonomia dos
colaboradores.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE FOTOFRAFIAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 12
1.1 Considerações iniciais ..................................................................................................... 12
1.1 Situação problemática ...................................................................................................... 13
1.3 Objetivo geral ..................................................................................................................... 13
1.4 Objetivos específicos .......................................................................................................... 13
13
1.5 Justificativa ............................................................................................................................
1.6 Caracterizações da empresa ............................................................................................. 14
1.7 Organograma da empresa ................................................................................................. 15
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 30
3.1 Abordagem do problema .................................................................................................... 30
3.2 Tipo de pesquisa ............................................................................................................... 30
3.3 Plano amostral .................................................................................................................. 31
3.4 Plano de coleta de dados .................................................................................................. 31
3.5 Procedimentos técnicos de coleta de dados ...................................................................... 32
3.6 Procedimentos técnicos de análise dos dados .....................................................................32
3.7 Análise dos dados ............................................................................................................ 32
33
4 PREPARAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA TPM NA EMPRESA......36
4.1 Etapas do Programa de desenvolvimento .............................................................................. 36
4.2 Master Plan do projeto piloto de implantação da metodologia TPM .............................. 37
4.3 Definição das metas ......................................................................................................... 38
4.4 Escolha da linha e dos equipamentos ............................................................................... 38
4.4.1 Diretrizes para a escolha da linha piloto ......................................................................... 38
4.4.2 Apresentação da linha de envase de leite UHT ............................................................. 42
4.4.3 Composição e estrutura do material de embalagem ...................................................... 43
4.5 Processamento do leite UHT ............................................................................................ 44
4.6 Fluxo de recepção e envase do leite UHT ........................................................................ 44
4.6.1 Descrição das etapas do processo .................................................................................. 46
4.7 Indicadores da metodologia TPM ........................................................................................50
4.7.1 Indicadores PQCDSM antes da implantação da metodologia TPM ............................ 54
4.8 A aplicabilidade da metodologia na linha de envase ......................................................... 57
4.8.1 Etapas para autonomia operacional ............................................................................... 67
4.9 Auditoria .......................................................................................................................... 69
4.9.1 Equipe de auditoria ........................................................................................................ 70
4.9.2 Planejamento das auditorias ............................................................................................ 70
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6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................
12
1 INTRODUÇÃO
alimentos que busca de modo constante aumentar sua performance e sua produtividade por
meio do envolvimento de todos os funcionários.
1.2 Situação problemática
1.5 Justificativa
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Produção
sistemas produtivos, tendo sua origem atribuída a cinco pontos básicos, quais
sejam: deficiência nas medidas de desempenho, negligência com considerações
tecnológicas, especialização excessiva das funções de produção sem a devida
integração, perda de foco dos negócios, resistência e demora em assumir novas
posturas produtivas.
2.1.1 Manutenção
O PCP pode ser definido como sendo um conjunto de atividades gerenciais a serem
executadas, para que se concretize a produção de um produto, assevera Pires (1995). Para
Vollman et al (1997) citado por Ortis (online), um sistema de PCP fornece informações para o
gerenciamento eficiente do fluxo de materiais, uma utilização eficaz de recursos, uma
coordenação interna das atividades com fornecedores e uma comunicação com os clientes
sobre as condições de mercado.
Burbidge (1988), citado por Ortis (online) diz que o objetivo do PCP é propiciar uma
utilização adequada dos recursos, de forma que produtos específicos sejam produzidos por
métodos específicos, a fim de atender um plano de vendas previamente aprovado. Para Plossl
(1985), também citado por Ortis, o objetivo do PCP é fornecer elementos necessários para o
dia-a-dia do sistema de manufatura, diminuindo os conflitos entre vendas, finanças e chão de
fábrica.
Slack et al (2001) afirmam que, dentro dos limites impostos por seu projeto, uma
operação deve operar continuamente. Daí, a importância do planejamento da produção, no
sentido de gerenciar as atividades da operação produtiva, como forma de satisfazer a demanda
dos consumidores.
Assim sendo, um sistema produtivo deve elaborar planos, coordenar os recursos
humanos no que diz respeito às suas ações. Todas estas ações são exercidas pelo
Planejamento e Controle da Produção.
A produtividade é a capacidade dos fatores de produção para criar produto, afirma
Ortis (online). No entanto, para calcular a produtividade, faz-se necessário levar em conta não
só o trabalho, mas sim todos os fatores de produção, argumenta o autor.
Segundo Nakajima (1986), a metodologia TPM representa uma revolução, uma vez
que sugere a integração total do homem x máquina x empresa, cujo trabalho de manutenção
dos meios de produção passa a constituir a preocupação e a ação de todos.
Para Takahashi (1993), a TPM é uma metodologia que abrange a empresa inteira, a
fim de conseguir a utilização máxima do equipamento existente.
O principal foco da metodologia TPM é a quebra zero/falha zero das máquinas e
equipamentos, além do defeito zero nos produtos. Uma máquina sempre disponível e em
perfeitas condições de uso propicia elevados rendimentos operacionais, diminuição dos custos
de fabricação e redução dos níveis de estoques, assegura Nakajima (1986).
Considerando a metodologia TPM, falha zero é a conquista de se elaborar uma
máquina ou equipamento sem nenhum defeito; já a conquista da quebra zero das máquinas e
equipamentos está relacionada com a manutenção preventiva e o defeito zero é a perda zero
no processo, relacionada à qualidade dos produtos, cuja responsabilidade é atribuída tanto ao
setor de produção como também ao setor de qualidade, afirma Nakajima (1986).
Ortis (online), citando Nakazato (1998), apresenta os seguintes significados para a
sigla TPM – Total Productive Maintenance:
Total – tem o sentido de eficiência global ou ciclo de vida útil do sistema de
produção. Tem como objetivo a constituição de uma estrutura empresarial que visa
à máxima eficiência do sistema de produção. Conta com a participação de todos,
desde a alta administração até os operários de primeira linha, envolvendo todos os
departamentos, começando pelo departamento de produção e se estendendo aos
setores de desenvolvimento, vendas, administração, etc.
Ortis (online) sustenta que o programa TPM, do ponto de vista econômico, tem como
vantagem “... o aumento da capacidade de produção com a manutenção do ativo da empresa,
ou ainda, a manutenção da capacidade de produção com uma menor utilização do ativo da
empresa”.
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No entanto, vale ressaltar que, por se tratar de um processo lento, estes resultados não
são alcançados logo no começo da implantação da metodologia TPM, “mas somente com o
desenvolvimento de todas as pessoas envolvidas no processo produtivo é que se conseguirão
os resultados positivos do programa TPM”, afirma Ortis (online).
Com a implantação da metodologia TPM de forma adequada, observa-se que um dos
primeiros indicadores a serem afetados é o número de quebras, bem como outros que vão
sendo aperfeiçoados gradativamente, certifica Ortis (online). Como por exemplo, pode-se
citar: aumento da produtividade, melhoria da qualidade, reestruturação comportamental da
organização, maior integração do homem com a máquina, melhoria das condições de trabalho,
minimização de custos além de redução dos índices de acidentes.
Trazer o equipamento para seu estado ideal por meio da restauração e manutenção
apropriada.
objetivo básico à sua transformação em condições ideais, melhorando a qualidade até que se
estabilize um alto nível.
7º pilar: TPM - Administrativo – Conforme Paula et. al. (2010, online), o programa
de TPM envolve toda a empresa, incluindo as áreas administrativas e as de suporte. “Além do
aprimoramento do trabalho administrativo, eliminando-se desperdício e perdas [...], é
necessário que todas as atividades organizacionais sejam eficientes” argumentam os autores.
Os resultados concretos devem ser alcançados como contribuição para o gerenciamento da
empresa
8º pilar: Segurança, higiene e meio ambiente - A gestão de segurança, higiene e
meio ambiente é uma atividade-chave em qualquer programa TPM, pois, segundo Nakajima
(1989), tem como objetivo: acidente zero, preservação da saúde, bem estar dos funcionários e
preservação do meio ambiente. Devem ser criados planos de ação contra condições e atos que
possam levar a acidentes. Todos os fatores que possam contribuir ou influenciar a ocorrência
de acidentes, como equipamentos, processos, infraestrutura ou pessoas, precisam ser
estudados. Nos planos de ação podem estar treinamentos, reuniões e auditorias periódicas.
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3 METODOLOGIA
Quanto à forma de abordagem do problema, esta pesquisa pode ser caracterizada como
quantitativa.
Nos estudos organizacionais, a pesquisa quantitativa baseia-se nos registros e análise
de todos os dados que permitem a mensuração de opiniões, reações, hábitos e atitudes do
público-alvo da pesquisa, por meio de uma amostra que o represente estatisticamente. Faz uso
intensivo de técnicas estatísticas, correlacionando as variáveis e verificando o impacto e a
validade do experimento. (Vergara, 2000)
entre variáveis além de definir sua natureza, ou seja, a descrição insere a opinião em sua
classificação, podendo, assim, dar base para explicação de alguns fenômenos.
A coleta de dados que respondeu ao problema proposto, bem como aos objetivos
suscitados neste estudo, foram realizadas através de relatório de observação, levantamentos e
consultas à base de dados do sistema informatizado utilizado pela empresa (software SAP).
Conforme explicado anteriormente, a Empresa estudada possui softwares de gestão
integrada e dentro desses sistemas, nos módulos PP (produção) e MM (manutenção). Assim
sendo, foi possível verificar a administração da produção bem como os indicadores
registrados no período entre 2009 e 2012.
Além de seu histórico, este sistema dispôs de inúmeros relatórios que facilitaram o
levantamento e a análise dos dados.
Assim, foram realizados os seguintes procedimentos para a obtenção dos dados:
Consultas aos registros operacionais e também ao sistema de controle de
documentos onde ficam armazenadas e formalizadas todas as normas e procedimentos
técnicos do processo conforme requisitos da norma NBR ISO 9001-2000 no período de 2009
a 2012;
Verificação da evolução dos gráficos de atendimento ao plano comercial, de
performance do equipamento, de redução de perdas além dos indicadores de recursos
humanos e segurança do trabalho;
Análise, por meio dos relatórios de observação, da melhoria dos indicadores de
produção através da implantação da metodologia TPM.
A partir desta análise, foi possível demonstrar a melhoria da produtividade, eficiência
dos equipamentos, indicadores de atendimento da demanda proposta pelo PCP e os
indicadores de autonomia operacional após a implantação da metodologia TPM.
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Após a coleta dos dados, os mesmos foram analisados, sendo possível fazer um
levantamento geral dos processos e parâmetros utilizados na atual estratégia de produção da
empresa, viabilizando a proposta de melhorias para atualização e aperfeiçoamento.
Foram coletados os dados da linha 06 por meio de documentos eletrônicos do sistema
da empresa nos Departamentos de controle de manutenção/produção e Secretaria de TPM no
período de maio de 2009 a setembro de 2012 (período de utilização da metodologia TPM) e
os resultados obtidos em 2012 foram comparados com as informações coletadas em 2008
(antes da implantação da metodologia TPM). A coleta de dados objetivou verificar se houve
evolução dos indicadores PQCDSM da linha que utiliza a metodologia TPM.
A partir de uma análise da situação de risco vivida pela Empresa nos últimos anos, em
decorrência da globalização e acirrada concorrência, a diretoria da organização tomou a
decisão de implantar a Manutenção Produtiva Total. Esta decisão foi cogitada porque é uma
metodologia que busca, além da autonomia operacional, os objetivos relevantes para a
empresa, tais como: acidente zero, quebra zero e perda zero.
FIGURA 4 – Fase de preparação do TPM
Para implantar tal metodologia, foram designados grupos para fazer palestras e
apresentar o modelo TPM como uma técnica de aperfeiçoamento da companhia através do
treinamento das pessoas e melhoria dos equipamentos.
Uma vez divulgada a metodologia TPM a todos os colaboradores da empresa, em
maio de 2009 deu-se início às etapas de preparação para a implantação da ferramenta.
O primeiro passo foi levar ao conhecimento de todos os envolvidos no processo as
etapas do programa de desenvolvimento e a elaboração de um cronograma de implantação da
metodologia TPM.
Concretizada a adoção da nova metodologia e definida a área em que foi implantada a
TPM, foi criada uma equipe que ficou conhecida como Comitê do TPM para o treinamento e
disseminação de conceitos, bem como, ajudar na realização da coleta de dados.
Então foram escolhidos alguns operadores da área bem como líderes. A equipe que
participou da implantação do TPM era composta por profissionais atuantes de áreas
diferentes: manutenção, manufatura, processo produtivo entre outros. Isso se deve ao fato de
que cada um pode trazer conhecimentos e experiências vivenciadas no seu ambiente de
trabalho.
Instituído o comitê, gerentes, supervisores, líderes, manutentores, operadores e
auxiliares receberam treinamentos específicos sobre a metodologia TPM.
O comitê de TPM ficou responsável por estabelecer o elo entre a gerência e os demais
colaboradores envolvidos na implantação do programa TPM. As atribuições do comitê
ficaram assim definidas: dar suporte aos pilares; promover o gerenciamento visual, elaborar
cronogramas, matrizes de treinamento, concepção de layouts, quadros de atividades e cuidar
da manipulação dos dados quanto à situação e evolução dos esforços.
Em seguida, o comitê apresentou à Diretoria uma proposta contemplando o histórico
do equipamento, a quantificação das falhas e um cronograma de evolução dos pilares que
dariam sustentação para a evolução passo a passo do equipamento, buscando, com isso, a
conscientização, incentivo e apoio à implementação da metodologia.
Após adotar a metodologia TPM, foram descobertas várias perdas que não eram até
então tratadas sistematicamente e que, se resolvidas, poderiam tornar a empresa mais
competitiva. Algumas perdas identificadas foram:
Quebras de equipamentos não detalhadas;
Elevado índice de paradas que não eram avaliadas;
Decisões e ações que não eram baseadas em dados;
Não utilização de ferramentas para detectar causas raízes;
Reincidência dos reparos
Para se promover tais mudanças, nas atividades do programa TPM, foram
desenvolvidos subcomitês de gestão a fim de estabelecer esta nova forma de trabalho. Estes
subcomitês receberam o nome de pilares TPM e foram formados por colaboradores de
diversos setores que possuem “interface” com as atividades desenvolvidas, possibilitando,
assim, um total envolvimento no desenvolvimento e implantação da metodologia TPM.
Ao montar estes subcomitês, a empresa tomou cuidado especial na escolha dos
integrantes e devidas capacitações, já que esses colaboradores são os responsáveis pelo
desenvolvimento do TPM e também pelo estabelecimento do sistema de gestão da empresa.
Quanto melhor for o entendimento dos envolvidos, melhor será o desenvolvimento das
atividades dos oito pilares cuja missão é sustentar a organização para alcance dos objetivos e
melhoria dos resultados.
Com a implantação da metodologia TPM, o principal objetivo foi fazer frente ao
desafio de “zerar” as grandes perdas dos equipamentos.
Para que tudo isso ocorresse da melhor maneira possível, houve uma cerimônia oficial
nas áreas produtivas que já estavam estruturando seus sistemas com todos os colaboradores,
da unidade, para reafirmar a decisão da Diretoria.
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O TPM, uma vez implantado, deve ser parte integrante das diretrizes básicas da
administração da empresa, bem como dos seus planos de médio e longo prazo. Além disso, as
metas do TPM devem fazer parte das metas anuais da empresa e sua promoção deve ser feita
de acordo com as diretrizes e metas da empresa.
Conforme Nakajima (1989), a quarta etapa para implementação do TPM refere-se à
definição da diretriz básica e o estabelecimento das metas a serem conquistadas. Para se
definir as metas de forma clara e efetiva é preciso conhecer a situação atual dos indicadores.
Na definição das metas, cada um dos setores envolvidos deveria buscar as variáveis
que contribuem para este efeito indesejável e concentrar esforços para eliminá-las. Uma meta
concreta permite o cálculo financeiro, onde se pode quantificar os benefícios e comparar com
as despesas.
Diretriz Meta
Sistematizar e acelerar a manutenção em Atingir 85% de eficiência operacional
paradas para alcançar um reinício suave e
rápido pela eliminação dos problemas de
reinício
Manter e melhorar constantemente a Atingir número de reclamações <10 para
qualidade através de uma manutenção eficaz cada mil toneladas produzidas
do equipamento, objetivando a garantia da
qualidade por meio do gerenciamento do
equipamento, estabelecendo condições de
processo que funcionem otimamente e não
criem defeitos.
Estabelecer um sistema que previna a Reduzir em 50% as perdas existentes
reincidência de problemas
Garantir a entrega do volume proposto pela 100% +/- 10%
área comercial
Criar ações de conscientização da equipe Reduzir a zero o número de acidentes a partir
quanto à necessidade de trabalhar com de maio 2009 com a implantação da
segurança, desenvolvendo contra medidas metodologia
para evitar que acidentes do passado se
repitam; analisar as razões dos quase
acidentes e estabelecer treinamentos de
segurança
Promover treinamentos de prática de Melhorar o clima organizacional acima de
trabalho, com objetivo de revolucionar a 80%
força do trabalho e desenvolver pessoas
altamente especializadas, motivadas e
autoconfiantes que conheçam seu
equipamento intimamente.
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A maioria dos estudiosos sugere que a meta a ser conquistada em três anos é de longo
prazo, portanto, é mais viável distribuí-la, tornando-a factível através de metas intermediárias.
O estabelecimento de diretrizes básicas e indicação dos objetivos é fundamental para
dar sustentabilidade ao programa.
As metas foram estabelecidas baseadas no histórico do empresa referente ao
exercício de 2008/2009.
Após a definição, estabeleceu-se que a evolução do processo seriam avaliadas
mensalmente; e, com este desdobramento, todas as áreas saberiam quanto precisavam atingir
para colaborar com os resultados da fábrica e consequentemente com os da organização.
Para o plano anual, estabeleceu-se a uma efetiva comparação entre o previsto e o real,
fazendo-se uma avaliação do progresso conseguido e introduzindo correções de acordo com
as devidas necessidades.
A comissão deve reunir-se mensalmente para verificar o progresso e avaliar a
evolução do programa.
acordo com as etapas dentro do equipamento de envase e a atuação das mandíbulas e facas
que promovem a selagem e corte das caixinhas.
Nesta fase de evaporação do peróxido, a chapa é transformada em um tubo com a
fixação de uma solda vertical, que já está apto a receber o leite. Como o interior do tubo
oferece um ambiente estéril para envase, ocorre o enchimento contínuo e a solda horizontal,
formando as embalagens de um litro.
Para garantir a assepsia, ar estéril é injetado no ambiente de enchimento, dentro do
tubo formado pela embalagem. A figura 6 mostra a formação da embalagem na envasadora e
o banho de peróxido de hidrogênio que promove a assepsia.
FIGURA 8 - Layout linha 06
Para o sistema de envase, a embalagem utilizada para o tratamento UHT é uma chapa
com diversas camadas que são capazes de proporcionar proteção contra luz e oxigênio.
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A obtenção de leite UHT envolve elevados custos de produção e, por este motivo,
justificam-se os grandes volumes de matéria-prima trabalhados neste tipo de processo.
As etapas de fabricação visam, sobretudo, garantir a qualidade microbiológica do
produto e possibilitar um maior período de estocagem do mesmo, sem a necessidade de
refrigeração.
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beneficiamento tem como principal objetivo eliminar impurezas por meio da clarificação e
padronizar o teor de gordura de acordo com o produto em questão.
Clarificação e padronização: é realizada a padronização do leite através da centrífuga
para ajuste do percentual de matéria gorda seguida da clarificação que separa sujidades do
leite dentro da centrífuga e células epiteliais.
Tratamento térmico: o leite é submetido ao processo de pasteurização, onde é
aquecido de 73°C á 75,5° C por 20 segundos, a uma vazão de 22.000 L/H.
Resfriamento: O leite é resfriado em trocador de calor á placas e mantido á
temperatura de 1 a 5° C, usando líquido refrigerante (água gelada) em contra fluxo.
Estocagem em silo pasteurizado: o leite é refrigerado em silos isotérmicos
confeccionados em aço inox, mantido a uma temperatura máxima de <10°C sob agitação
constante.
Envio de leite para o esterilizador: o leite enviado através da tubulação, chegando ao
tanque de equilíbrio que tem função reguladora de vazão do produto.
Homogeneização e esterilização: o leite vai para o 1º regenerador atingindo uma
temperatura de aproximadamente 70°C, entra no homogeneizador (1º estágio), onde atinge a
pressão de 200 bar. É bombeado para o 2º regenerador atingindo uma temperatura de 117°C
em seguida entra no aquecedor principal, que atinge a temperatura de esterilização entre
135°C e 150°C. O leite volta pelo circuito regenerativo e passa pelo 2º estágio de
homogeneização á uma pressão de 20 bar, em seguida passa pelo resfriador a uma
temperatura de aproximadamente 40 °C. Entra em um módulo onde é resfriado á 25°C e 35ºC
e segue para a máquina de envase.
Abastecimento de material de embalagem: o abastecimento do material de
embalagem, bobina de fita, laminados é realizado pelo operador, em um processo com suporte
de paleteiras, atendendo as normas de BPF e PPHO.
Envase: a embalagem é introduzida na máquina passa por um banho de peróxido na
concentração de 35 á 50% á uma temperatura de 70°C durante 6 segundos e é secada por uma
barreira de ar quente e um rolo espremedor. O produto sai do esterilizador, chega à máquina
de envase e é dosado dentro da embalagem.
Datação: após o envase,o produto é transportado por esteira onde o mesmo passa pelo
processo de datação pela ação de impressora jato de tinta.
Encaixotamento: o leite é encaixotado em caixa coletiva com 12 unidades. A caixa é
transportada para a plastificadora através de esteiras de polipropileno.
46
Portanto, tem se que neste exemplo tivemos 8,6 reclamações para cada 1.000
toneladas de leite UHT produzidas.
48
Perda de material de embalagem (custos) - Este indicador tem como objetivo medir
o desvio em R$ do pacote de embalagens sobre a meta diária estipulada.
Forma de cálculo: %
%= Σ Quantidade de Embalagens Realizado - Teórico X 100
Σ Quantidade de Embalagens consumido teórico
Ex:
GRÁFICO 1 – Planilha de perdas linha 06
UHT 16 set-12
A figura 13 mostra que foram programados 5.187.036 litros de leite base e produzido
5.299.368 litros até o dia 16 de setembro, o atingimento foi de 102,2% em relação ao
programado para este período e até o momento foi envasado 52,2% do volume definitivo para
todo o mês de setembro.
Volume produzido = 5.299.368 / 5.187.036 x 100 = 102,16%
HHT: número de horas homens trabalhadas no mês (do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do
mês de avaliação).
A meta de segurança deve ser sempre zero. Antes de implantar a metodologia TPM, a
linha tinha muitos improvisos e vários pontos com condições inseguras.
A ocorrência de desvios e diversos acidentes sem afastamento (Danos Leves), indicava
que a probabilidade de ocorrência de um acidente de proporções mais significativas (com
afastamento) é alta, conforme teoria de Frank Bird.
Segundo Bittencourt (1998), citado por Moraes (2006), no final da década de 60, o
norte americano Frank Bird avaliou 297 companhias nos Estados Unidos, envolvendo
170.000 trabalhadores de 21 grupos diferentes de trabalho (houve 1.753.498 acidentes
comunicados no período), essa informação permitiu que Bird mostrasse uma relação
estatística entre a gravidade das lesões e acidentes sem lesão(representados na forma de
pirâmide).
Como se pode observar, cada setor tanto da cadeia produtiva como de setores
auxiliares é representado pelas equipes GTA e GTM.
FOTO 1: Comitê local TPM
Durante a realização desta limpeza deve-se levar em conta que o fator segurança nunca
foi esquecido, assim como a observação de outros itens como partes móveis, cilindros
hidráulicos e pneumáticos, identificação de anomalias e todos os itens que viriam a contribuir
e facilitar o dia a dia. Agindo desta maneira os colaboradores conseguiram sempre identificar
os problemas que os levavam a emitir as etiquetas TPM.
FOTO 3 - Colaboradores emitindo etiquetas
Toda vez que se encontra uma anomalia, o operador deve colocar uma etiqueta no
local (parte do equipamento) onde foi encontrada.
As etiquetas são utilizadas para identificar o local bem como a anomalia ou
inconveniência encontrada, facilitando a visualização da anomalia e agilidade do seu reparo.
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Uma lição Ponto a Ponto (LPP) é algo que toma cerca de 5 minutos, é uma lição de
autoaprendizado, desenhado pelos membros do time e cobre um simples aspecto do
equipamento ou da estrutura da máquina, funcionamento ou método de inspeção.
Os operadores podem aprender a reconhecer as anormalidades, utilizando a Lição
Ponto a Ponto; trata-se de formulários preparados com diagramas simples, ilustrando um
único ponto, por exemplo, o uso correto e incorreto de porcas e parafusos.
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2º Passo: eliminação das fontes de sujeira e locais de difícil acesso - esta fase de
implantação do segundo passo do programa TPM foi mais longa que a primeira exigindo
ainda o restante do ano de 2010 e alguns meses de 2011. Isso se deve ao fato de suas
atividades terem exigido mais paciência e tempo para serem implantadas, para que ao final de
sua implantação não viesse a ocorrer nenhum erro e todo o processo viesse a ser repetido.
Ainda, levando-se em conta o tempo de implantação deste importante passo no pilar
da Manutenção Autônoma do TPM, os seis primeiros meses do ano de 2011 também foram
consumidos para a implantação deste passo, pois, como a própria metodologia TPM prega, o
tempo para a implantação dos passos do TPM deve ser respeitado; se existir pressa na
implantação do sistema TPM, todo o processo poderá fracassar.
A implantação do segundo passo do pilar da Manutenção Autônoma do TPM trouxe
um novo desafio para todos os colaboradores envolvidos, a saber:
Eliminação de fontes de sujeira e locais de difícil acesso
Atividades de prevenção de acúmulo de sujeira e resíduos
Controle de perdas e reprocesso
Ações de melhorias para eliminação das seis grandes perdas
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Uma vez definidas as diretrizes a serem seguidas para a implantação do segundo passo
do TPM, todos os colaboradores novamente se empenharam com afinco para a obtenção deste
objetivo em comum, que era implantar este passo com sucesso.
Todas estas responsabilidades eram atribuídas de tal maneira que, se ocorresse algum
problema ou falha no processo produtivo assim como no processo de manutenção, este
problema era automaticamente atribuído ao comitê local. Da mesma forma, qualquer
problema que viesse a ocorrer com o ferramental de uma máquina, era responsabilidade do
setor de manutenção.
3º Passo: elaboração das normas provisórias de limpeza - Superados os seis
primeiros meses do ano de 2011, foi a vez de se dar início à implantação do terceiro passo do
sistema TPM. Para a devida implantação deste passo, que teve início em julho de 2011 e
previsão de término em setembro de 2012 para a conclusão final de sua implantação os
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equipamentos e os meios para sua recuperação. Para isto, será necessário que o ponto de
partida seja os manuais elaborados pelo staff técnico, manuais do fabricante do equipamento
ou ainda pelos supervisores das áreas, cujas principais metas são:
Inspeção geral
Inspeção geral dos equipamentos
A implantação do quarto passo da metodologia TPM estava prevista para o mês de
setembro de 2012 deverá ser efetiva em 2013. Ainda para setembro de 2013 está previsto o
início da implantação do quinto passo do sistema TPM, e previsão de término programado
para maio de 2014.
5º Passo: inspeção autônoma - No quinto passo de implantação da metodologia
TPM, reúne-se em um só conjunto os quatro passos anteriores, ou seja, esta etapa se constitui
em uma reflexão da validade das medidas tomadas anteriormente e seus principais objetivos
são:
Inspeção voluntária ou autônoma
Consolidação das normas de limpeza e lubrificação
A inspeção voluntária visa adequar o tempo consumido para inspeção com a
efetividade dos resultados, ou seja, trata-se de uma consolidação dos padrões e normas, tanto
de limpeza como de lubrificação, para a condução desta inspeção voluntária da maneira mais
eficiente possível.
Os passos 6 e 7 visam reforçar e elevar o nível de manutenção autônoma e atividades
de melhoria, padronizando sistemas e métodos, e ampliando a esfera de ação desde os
equipamentos a outras áreas, tais como almoxarifados, estoques, etc. O objetivo final destes
passos é uma organização robusta e a cultura de que cada local de trabalho é capaz de se auto
gerenciar.
6º Passo: Padronização - O ponto importante neste passo é a realização da
organização em termos gerais: organiza-se a disposição de todos os equipamentos,
ferramentas e objetos de uso geral nos locais de trabalho, passando-se para os itens que devem
ser necessariamente cumpridos e posteriormente para os itens de inspeção da precisão do
equipamento. Finaliza-se com a organização e a ordem das funções do colaborador, tanto no
aspecto físico como no aspecto administrativo.
7º Passo: Gerenciamento autônomo – O objetivo desse passo é estabelecer um
programa de controle autônomo para permanência indefinida dos desafios, com base nas
atividades que alteram tanto equipamentos quanto pessoas e que produzam resultados. Além
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disso, o gerenciamento autônomo possibilita a imposição de desafios zero falha e zero defeito,
obtendo participação positiva em relação ao controle de baixo para cima.
4.9 Auditoria
Vale a pena explicar que, para cada mudança de passo na implantação da metodologia
TPM, é feita uma auditoria para avaliar a compreensão e o desenvolvimento do TPM. Esta
auditoria é feita por auditores que, no caso da linha de envase do leite UHT, são
colaboradores que fazem parte do pilar de manutenção autônoma.
Esta auditoria consiste em preencher um formulário contendo campos como, por
exemplo, área a ser auditada, local, setor, data, etc. Este formulário é composto por perguntas
que servem para avaliar se a metodologia TPM está sendo compreendida e efetivamente
implantada.
Pode-se citar algumas perguntas que fazem parte do formulário:
Os objetivos do passo são compreendidos corretamente?
Foi elaborado um cronograma de todas as atividades do passo, e está em dia?
Os indicadores da área estão evidentes e atualizados para as equipes?
70% das etiquetas vermelhas estão resolvidas?
70% das etiquetas azuis estão resolvidas?
O índice de autonomia da célula é superior a 10%?
Os indicadores da área estão evidentes e atualizados para as equipes de GTA e
GTM?
Uma vez respondidas todas as perguntas do formulário, a maneira de se avaliar a
auditoria é a seguinte: se houver oitenta por cento ou mais de respostas assinaladas a auditoria
aprova a mudança de passo. No entanto, se houver menos de oitenta por cento de perguntas
assinaladas, a auditoria reprova a mudança de passo.
A auditoria tem como principal finalidade garantir que a implantação do sistema TPM
venha a acontecer dentro do previsto, o que não significa pressa e a consequente má
implantação de cada passo, mas o efetivo envolvimento de todos os colaboradores no decorrer
das etapas de implantação do TPM.
Esta auditoria se faz necessária para a devida implantação de cada passo da
metodologia TPM de maneira que não haja a necessidade de se perder um tempo maior que o
previsto corrigindo falhas e repetindo conceitos já definidos.
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A auditoria deve ser planejada para garantir que as áreas envolvidas com a
implantação do TPM sejam verificadas e comparadas com o plano padrão desta implantação.
Uma vez feita esta comparação, as áreas são examinadas em relação ao projeto, ao
procedimento e à prática do projeto utilizada.
Um plano de auditoria deve levar em conta os seguintes fatores:
Objetivo da auditoria, razão pela qual ocorre a auditoria.
Escopo da auditoria, quantidade de tempo e área a ser examinada.
Recursos e atribuições, atribuições gerais de cada pessoa envolvida.
Metodologia, abordagem de como a auditoria será conduzida, descrevendo os
procedimentos relevantes.
Relatório, descrever como deve ser elaborado o relatório que a equipe de auditoria
irá apresentar após o término dos trabalhos. Pode ser desde um simples relatório
narrativo até relatórios detalhados com instruções específicas para públicos
selecionados.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados da pesquisa foram obtidos da média dos quatro últimos anos (2009,
2010, 2011 e 2012), considerando os indicadores PQCDSM da Linha 06.
Conforme já citado nos capítulos anteriores, estes seis indicadores são os avaliadores
da evolução da metodologia TPM. Cada indicador tem uma função específica para avaliar o
andamento do programa TPM.
Outro ponto importante que deve ser citado é o fato de que a metodologia TPM na
linha de envase do leite UHT está no terceiro passo de sua implantação no pilar de
manutenção autônoma (ano de 2012).
Tendo em vista que, para sua total implantação, o sistema TPM precisa ter seus sete
passos concluídos, nota-se, então, que o TPM ainda está no seu início, ou seja, alguns dos
resultados da metodologia TPM estão abaixo da meta.
Espera-se que, somente depois de implantado o sétimo passo do pilar da manutenção
autônoma, os resultados possam aparecer de maneira mais consistente e contínua.
O fato de não se ter conseguido implantar todos os passos da manutenção autônoma
justifica a o não atendimento de todos os indicadores da metodologia TPM.
Por estar no seu início, a metodologia TPM é incapaz de apresentar melhorias
significativas, o que não significa que a metodologia tenha falhado ou não funcione.
Conforme já foi citado em capítulos anteriores, a implantação da metodologia TPM é
lenta e gradual, justamente para eliminar falhas de atropelo na sua implantação e assim
facilitar seu pleno funcionamento.
Os resultados obtidos de forma satisfatória na linha são fruto de um trabalho realizado
também pelos pilares de manutenção específica – ME e de manutenção planejada – MP que
utilizaram ferramentas como o Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa),
Método dos 5 porquês, ciclo PDCA e os 04 tesouros de M.A.
Foram realizadas visitas técnicas para verificar o funcionamento da metodologia em
outras plantas.
A visita Técnica é a modalidade didática que objetiva fornecer aos interessados uma
rápida visão sobre os aspectos operacionais, funcionais e de instalações físicas da instituição.
Foi implantando o indicador mensal de produtividade da linha referente às perdas de
processo e atendimento ao plano comercial, para o acompanhamento operacional.
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O gráfico acima apresenta os valores médios dos últimos quatro anos, mostrando a
eficiência de operação do equipamento TBA 08 da linha de envase.
Houve pequena melhoria no indicador de eficiência operacional nestes últimos quatro
anos. Isto não significa que a implantação destes dois primeiros passos da metodologia TPM
não tenha trazido resultados significativos. A implantação do sistema TPM está ainda no seu
início, e a tendência é de que, com o passar dos anos e com os passos seguintes, estes índices
melhorem gradativamente.
Vale ressaltar que não foi possível atingir um dos objetivos deste estudo, qual seja,
apresentar o ganho de autonomia operacional após a implantação da metodologia TPM, uma
vez que não se conseguiu a implantação total da metodologia antes do fechamento da
pesquisa.
Espera-se muito mais do programa TPM, e as fases que irão ter efeito sobre a
performance só deverão ocorrer nos próximos três anos.
Até o momento, os colaboradores têm se envolvido em questões de limpeza e
lubrificação. As normas destas questões, por outro lado, serão consolidadas somente em 2015.
A busca por melhorias no fluxo de peças e na distribuição de materiais deverão ocorrer
em 2014.
Pelo cronograma de TPM Geral, os colaboradores deverão ter maior participação nas
ações e decisões na manutenção durante os anos de 2015 e 2016. Nessa ocasião, é esperada
uma significativa melhora na performance dos equipamentos, com a consequente evolução
dos indicadores.
Se há uma crítica a ser feita, ela se dá na lentidão da implantação do programa TPM na
linha UHT. Têm-se notícias de que, em outras empresas, o programa TPM foi implantado em
metade (ou até um terço) do tempo despendido pela empresa.
A organização foi beneficiada com o estudo, pois foi possível fazer um levantamento
geral dos processos e parâmetros utilizados na atual estratégia de produção, viabilizando a
proposta de melhorias para atualização e aperfeiçoamento.
Para o aluno/autor, o estudo foi também de grande valia, permitindo ter uma visão
mais sistêmica do processo de produção e manutenção e sua contribuição para a continuidade
do negócio; afinal, a gestão de produção é um dos pilares que sustentam a empresa. Como
profissional e futuro administrador de empresas, a pesquisa permitiu ao aluno/autor somar
conhecimentos já adquiridos durante a graduação além de aliar a teoria à prática do dia-a-dia.
Com base neste trabalho, alguns assuntos podem ser sugeridos à empresa em questão
para novos estudos, tais como:
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A metodologia TPM ainda é tem pouca divulgação no meio industrial, fator esse que
proporcionou certa dificuldade na montagem do referencial teórico.
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6 REFERÊNCIAS
CASAS, Alexandre Luzzi Las. Qualidade total em serviços – conceitos exercícios e casos
práticos. São Paulo: Atlas S.A., 1999.
FARIA, Caroline. 5S (Seiton, Seiri, Seiso, Seiketsu e Shitsuke), Junho/ 2008. Disponível em <
http://www.infoescola.com/filosofia/5s-seiton-seiri-seiso-seiketsu-e-shitsuke/>. Acesso em:
22 ago 2012.
GODOY, Maria Helena Pádua Coelho de. Brainstorming – Como atingir metas. Belo
Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1998.
IM&C. Curso para formação de facilitadores TPM. São Paulo: IMC Internacional Sistemas
Educativos, 2008.
PAULA, Lívia Freitas de; SILVA; Marcela Matsufugi; ROCHA; Tatiana Justo da Silva;
FERNANDES, João Cândido. Manutenção e lubrificação de equipamentos. Os oito pilares
da TPM. Disponível em <http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/manutencao/Grupo_3.pdf>.
Acesso em: 23 out 2012.
ROCHA, Duílio Reis da. Gestão da produção e operações, 2008. Disponível em <
http://www.olivreiro.com.br/pdf/livros/cultura/2595112.pdf >. Acesso em: 25setembro 2012.
RODRIGUES, Walcir Souza e MAURI, Edson Luiz. Gerenciamento para resultados. São
Paulo: FGV – Fundação Getúlio Vargas, 2000.