Você está na página 1de 23

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

ADMINISTRAÇÃO 8º SEMESTRE

ANTONIO QUIRINO DA SILVA NETO


CLAÚDIO NASCIMENTO DE LIMA
DANIELLE STEPHANIE OLIVEIRA AGRA
JOÃO VICTOR MARQUES PEREIRA
TAMIRES CHARLANE DOS SANTOS COSTA VIANA
THEMÍSTOCLES TAVARES DA SILVA FILHO
WALISON SANTOS OLIVEIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL


Caso da Cervejaria Artesanal Puro Rigor

MACEIÓ – AL
2021.1
ANTONIO QUIRINO DA SILVA NETO

CLAÚDIO NASCIMENTO DE LIMA

DANIELLE STEPHANIE OLIVEIRA AGRA

JOÃO VICTOR MARQUES PEREIRA

TAMIRES CHARLANE DOS SANTOS COSTA VIANA

THEMÍTOCLES TAVARES DA SILVA FILHO

WALISON SANTOS OLIVEIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL


Caso da Cervejaria Artesanal Puro Rigor

Trabalho apresentado ao Curso de


Administração pela Universidade Norte do
Paraná – UNOPAR, como requisito parcial
para obtenção de média bimestral nas
disciplinas:

Processos logísticos – Prof. João Antonio


de Freitas Coelho;
Gestão da Produção – Prof. Eduardo de
Faria Nogueira;
Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos – Prof. Edmarcos Carrara de
Souza;
Gerenciamento e Controle da Qualidade –
Prof.ª. Jaqueline dos Santos Ferrarezi;
Gestão Organizacional – Prof.ª. Luísa Maria
Sarábia Canenaghi.

MACEIÓ – AL
2021
SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO.....................................................................................................04
II. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................05
II.1. PASSO 1 – PROCESSOS LOGÍSTICOS..................................................05
II.2. PASSO 2 – GESTÃO DA PRODUÇÃO.....................................................07
II.3. PASSO 3 – GERENCIAMENTO E CADEIA DE SUPRIMENTOS.............12
II.4. PASSO 4 – GERENCIAMENTO E CONTROLE DE QUALIDADE............15
II.5. PASSO 5 – GESTÃO ORGANIZACIONAL................................................19
III. CONCLUSÃO....................................................................................................21

REFERÊNCIAS.........................................................................................................22
4

I. INTRODUÇÃO

Este portfólio estudará os processos de gestão de uma organização que


envolve todos os mecanismos e seus campos de atuação, ou seja, um ato contínuo
de tomadas de decisões. Pois existe uma área que promove a eficiência de tais
decisões que são responsáveis pela integração e monitoramento do processo de
forma ampla em toda a sua totalidade. Neste caso, a Cervejaria Puro Vigor tem o
interesse de sobreviver e se adaptar à nova realidade causada pela pandemia de
COVID 19, nas organizações e ao mesmo tempo ampliar sua empresa aumentando
a sua produção, lucratividade e consequentemente sua expansão em novos
mercados e novos clientes.
Em outras palavras este estudo tem a intenção de apresentar os principais
pontos sobre as disciplinas estudadas no período e para que isso fosse possível, a
metodologia que foi utilizada para a formulação deste portfólio está completamente
fundamentada em pesquisas de vários tipos tais como: bibliográfica (consulta de
livros, revistas, artigos publicados); internet entre outros, para que o estudo tivesse
um caráter de fácil assimilação, porém completamente sucinto.
5

II. DESENVOLVIMENTO

II.1. PASSO 1 – PROCESSOS LOGÍSTICOS

Para entender os Processos Logísticos é necessário saber que a logística é a


área de gestão da empresa e as suas atividades. Ela executa o planejamento da
armazenagem, da circulação que por vias terrestres, marítimas e aéreas da
produção e a distribuição dos produtos aos clientes finais. Neste itinerário deve-se
levar em consideração que um dos princípios primordiais da logística é estabelecer
um mecanismo para entregar a produção aos destinos finais com celeridade
máxima, visando reduzir os custos para este fim. Para que isto seja possível é
preciso que os especialistas em logística tenham conhecimentos prévios das rotas
de entrega bem como dos métodos de transporte locais de armazenamento ideais e
outros fatores que potencialmente possam afetar a área.
Percebe-se que a importância da logística vincula-se com o desenvolvimento
do capitalismo global, no tocante a revolução industrial, ou seja, a logística tornou-
se cada vez mais importante para os conglomerados empresariais em um mercado
altamente competitivo e extremamente rentável. Pois isso se deve ao aumento do
número de commodities produzidas e consumidas e do comércio mundial. Nos dias
atuais, com os adventos da globalização da economia, o conhecimento logístico é
essencial para as empresas que diz respeito a sua ascensão desenvolvimentista.
Nesta perspectiva, os sócios da Cervejaria Puro Vigor devem está cientes da
importância da logística para se destacar no mercado em seu segmento, visando
criar os processos logísticos que sejam eficazes e eficientes, afim de ampliar
exponencialmente seus negócios visto que a maioria dos seus clientes são
familiares, amigos entre outros. Sendo assim, o processo logístico da empresa é a
produção puxada.
No que tange a produção puxada ou em inglês comumente usado “pull
system”, trata-se de um conceito sistemático de produção onde cada ciclo da
fabricação “puxa” é a etapa do processo anterior, no qual a ordem de produção sai
a partir da demanda dos clientes para só então ser produzida. (MACHADO, 2019).
6

Entende-se por produção puxada a produção que só existe se houver


demanda , tornando desnecessário o uso do MRP para as etapas da produção.
Pois, o controle do estoque na produção puxada é feita pelo operador Kanban que
fica responsável pelo gerenciamento das demandas. (MACHADO, 2019).
O Kanban é basicamente um mecanismo que é usado de forma que cada
processo receba instantaneamente a informação exata da quantidade necessária
para ser produzida conforme o fluxo puxado solicitado. (MACHADO, 2019). Este
modelo de produção tende a evitar desperdícios através do sistema de Len
Manufacturing que é conhecido também como Sistema Toyota de Produção (STP),
este é um dos principais sistemas de produção puxados usados no mudo inteiro,
outro fator preponderante é a observação de quais tipos de embalagens devem ser
utilizadas para garantir a qualidade e integridade da cerveja.
Sob a ótica do teórico Calver (2009), as funções básicas de uma embalagem
são: auxiliar na distribuição dos produtos e deixá-los mais atraentes para o público.
Estes fundamentos são utilizados até hoje pelos designers. A embalagem utilizada
para envase da cerveja artesanal será garrafa de vidro, pois garantem a integridade
da cerveja e a preservação da qualidade, além de ser um material bastante
utilizado, faz com que a garrafa possa ser de diversos modelos e cores, neste caso,
as garrafas serão variadas de acordo com a intensidade dos sabores da cerveja e o
rótulo bem sugestivo produzido pela equipe de marketing.
Pode-se observar que o processo de distribuição é muito importante, pois
este é o canal mais eficiente para que o processo de distribuição alcance os níveis
previamente desejados. Esta estratégia segundo Rosembloom (2002) é definida
pelos canais de distribuição e pela gestão de logística. Sobre a escolha dos canais
de distribuição, Rodrigues e Colmenero (2009), estes teóricos constatam que, a
partir do entendimento das características do negócio, do produto e da estratégia de
mercado adotada, pode-se desenvolver a configuração e operacionalização da
distribuição da empresa. Existem vários canais de distribuição então no caso da
cervejaria usaremos a configuração que há três níveis de distribuição, onde a
fábrica entrega diretamente para o varejista que disponibilizam o produto para os
consumidores em supermercados, hipermercados, lojas de conveniências, bares e
mercearias. Com relação aos supermercados e hipermercados, esses são
denominados “key account” (clientes chaves), pois são considerados clientes
7

especiais, devido ao poder de compra que possuem e também pela importância da


exposição da marca e do produto para seus novos potenciais clientes.

II.2. PASSO 2 – GESTÃO DA PRODUÇÃO

No que se refere a gestão de produção percebe-se que o conceito geral de


ciclo de vida pressupõe que a maioria dos produtos que fornecidos aos
consumidores passará por vários estágios, no tocante a produção, entre estes
estágios podem ser citados: Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio. É
possível constatar que existem desafios específicos para cada etapa de gestão e
marketing, que exigem estratégias precisas para garantir que a vida do produto no
mercado seja a mais longa possível, ou seja, a validade do produto seja a mais
extensa possível, proporcionando aos consumidores a utilização do produto por
grandes períodos. Nesta perspectiva, a ideia é maximizar os lucros e evitar perdas
no momento da produção. Muito embora a extinção seja inevitável, pois é preciso
saber retirar o produto do mercado sem as consequentes perdas mínimas. Fica
nítida a existência de ciclo de vida do produto que se deve aos seguintes fatores:

 Marketing mal elaborado ou ineficaz;


 Mudanças no comportamento ou nas necessidades do consumidor;
 Divulgação de outro objeto melhor ou mais prático;
 Valor não anotado ou recursos desatualizados e muitos outros motivos.

É preciso levar em consideração os principais fatores do ciclo de vida de


novos produtos que são eles:

 Decidir a melhor maneira de produzir;


 Estudar as necessidades do consumidor;
 Adotar a melhor estratégia para escalar as vendas;
 Atrair clientes
 Escolher os canais de distribuição;
 Educar o mercado;
 Trabalhar o marketing e publicidade. (LEITE, 2020).
8

Estas etapas da gestão de produção, demonstra que o principal objetivo do


ciclo de vida de um produto é fornecer os instrumentos necessários para que o
administrador, a partir dos resultados empresariais observados, defina as melhores
estratégias para desenvolver o negócio. Sendo assim, o sistema de produção é
basicamente composto por um conjunto de atividades e operações envolvidas na
produção de bens e/ou serviços que de integrem entre si, cada qual com a sua
responsabilidade, e essa integração vai determinar o resultado final do sistema
integrado como um todo.
Verificando o vislumbre para os novos produtos da Cervejaria Puro Vigor
identifica-se o sistema integrado produtivo que está representado pelo tipo contínuo
de produção. Este sistema contínuo de acordo com o teórico Zacarelli (1979), o
sistema contínuo é onde os equipamentos executam as mesmas operações de
forma contínua e o material se move com pequenas interrupções entre eles até
chegar ao produto finalizado. É preciso entender que este tipo de sistema que foi
escolhido para a cervejaria, pois a quantidade de produção é geralmente enorme e
os bens são produzidos com relação a uma demanda previamente determinada.
Para tanto, é compreensível elencar alguns aspectos importantes, tais como:

 O designer, o processo de conversão e a sequência de operações do


produto são padronizados;
 Máquinas e equipamentos de produção são ajustados de acordo com o
padrão de design do produto;
 Menos perda de tempo operacional;
 As capacidades das máquinas são balanceadas de forma que os materiais
sejam recebidos como insumo em uma extremidade do processo e o
produto finalizado seja entregue na outra extremidade;
 Entradas padronizadas e máquinas automáticas para fins especiais são
usadas para executar operações padronizadas.

Para compreender todo layout da gestão de produção, que em outras


palavras é o arranjo físico, pois é importante para otimizar os processos de
fabricação das cervejas. O teórico Chiavenato (2005) afirma que, o arranjo físico, ou
ainda layout de uma empresa ou de apenas um departamento, nada mais é do que
a distribuição de máquinas e equipamentos dentro da organização onde, através de
cálculos e definições estabelecidas de acordo com o produto a ser fabricado, se
9

organiza os mesmos para que o trabalho possa ser desenvolvido da melhor forma
possível e com o menor desperdício de tempo. (CHIAVENATO, 2005).

Fonte Autoral: Layout da Cervejaria Puro Vigor.


10

Para além do Layout, a cervejaria deve levar em consideração outros fatores


importantes que fazem parte do fluxo logístico como: fluxo de materiais, pessoas e
papeis. Estas sãos informações importantes, principalmente com o avanço
tecnológico, o investimento nela se tornou essencial para garantir melhor
administração e confiabilidade nos processos de produção da cervejaria. O fluxo de
materiais trata do transporte de insumos e produtos, comprados ou vendidos, neste
caso, o enfoque do fluxo de materiais está justamente na chegada e saída de
materiais numa produção e a forma que será transportado até o consumidor final.
A escolha do modos operandi para a entrega de um pedido depende da
qualidade, tipo de itinerário rodoviário que é o mais utilizado pelas cervejarias, que
garante que o produto chegue no prazo adequado, com toda segurança e ao mesmo
tempo garantido a integridade do produto sendo o modal mais adequado para a
cervejaria.
O fluxo de tais informações caminha a mesma velocidade e de forma conjunta
com o de materiais. Este fluxo permeia toda a cadeia produtiva, ele trata de troca de
informações antes, durante e depois da aquisição ou venda de produtos na
organização. (PATROCINIO, 2020).
Constata-se então, que a cervejaria haverá controle de entrega do produto ao
transportador, rastreando este pedido até a chegada ao cliente que realizou o
pedido, como também a troca de informações por meio de fotos, testemunhas e
meios tecnológicos de como saiu o produto da cervejaria e como chegou ao cliente.
O fluxo de pessoas é um instrumento essencial para garantir o funcionamento da
cervejaria, pois esta será uma ação recepcionista, ou seja, um auxiliar
administrativo, pois os dois sócios da empresa que fazem parte do setor
administrativo e financeiro, três funcionários na produção da cerveja, uma pessoa na
limpeza, um ajudante geral e o entregador da cerveja.
De modo geral, os equipamentos usados em uma microcervejaria são os
mesmos de uma cervejaria de grande porte, dado que o processo é extremamente
semelhante. No entanto, existem menos exigências em relação à estabilidade físico-
química da cerveja produzida, o que acaba permitindo que os equipamentos sejam
mais simples. Os principais equipamentos, neste caso, são:
11

 Tanques de fermentação, maturação e cerveja filtrada – São tanques


cilíndricos que conduzem os processos de fermentação e maturação da
cerveja;
 Filtro de cerveja – Trata-se de um filtro de terra diatomácea de pré-camada,
com placas horizontais;
 Moinho de malte – São moinhos de dois cilindros que moem o malte,
podendo ser ajustados de acordo com o malte utilizado;
 Envasamento de cerveja – São equipamentos que enxugam, enchem e
arrolham as cervejas produzidas;
 Sala de cozimento – É composta de tina de mostura + cozinhador de mosto
conjugados e tina de clarificação acoplada ao whirpool, com equipamentos
compactos montados em estruturas metálicas;
 Área de utilidades – É composta de vários equipamentos essenciais para
que a fábrica possa operar. Composta por:
 Compressor de ar;
 Gerador a vapor;
 Gerador de água gelada.

Depois da sucinta apresentação dos equipamentos acima citados


preponderantes para a fabricação dos produtos da Cervejaria Puro Vigor, outros
equipamentos não citados acima, merecem sua legítima apresentação, por seu grau
de importação na gestão de produção que são eles: tina de filtro, tanque de água
quente, tanque de glicol; misturador de água quente e/ou fria; plataforma de serviço;
trocador de calor; aerador de mosto; painel de comando; tanque de fermentação e
maturação; tanque de pressão; bomba para trasfega; barris.
12

II.3. PASSO 3 – GERENCIAMENTO E CADEIA DE SUPRIMENTOS

O Supply chain, ou cadeia de suprimentos, envolvem todas as etapas que vão


desde a fabricação até a entrega do produto finalizado aos seus consumidores. Isso
que dizer que é todo processo que correspondem:

 Entrega ao cliente final;


 O transporte de mercadorias;
 Itens prontos ou insumos armazenados na fabricação.

As etapas acima citas incluem processos de trabalho, recursos financeiros,


mão-de-obra e outras variáveis potencialmente importantes que garantem o
funcionamento de toda a cadeia de produção. É facilmente constatável a importância
de ressaltar que a cadeia de suprimentos começa com o fornecedor de suprimentos
e se estende até o cliente, às vezes envolvendo intermediários tais como:
revendedores, agentes e outras instituições que promovem a abrangência desta
cadeia de produção.
Considerando que a boa gestão da cadeia de suprimentos, culminam com a
redução de custos de toda a produção. Isso ocorre principalmente ao otimizar o
controle do produto para evitar perdas, desalinhamentos e quedas. Também é
importante reduzir a confusão causada por conflitos entre os dados de estoque tais
como: número de itens de estoque que não correspondem aos registros e os dados
de entrega. Nesta perspectiva, os instrumentos tecnológicos são grandes aliados
nesses processos, e são os mais variados e com as mais diversas funcionalidades,
devem ser utilizados de acordo com a necessidade da empresa, as tecnologias mais
utilizadas são:

 (WMS – Warehouse Management System) ou Controle de Gerenciamento de


Armazém, que é um sistema de logística que tem como objetivo gerenciar tos
os processos logísticos e as operações que ocorrem em um armazém ou
centro de distribuição, permite às organizações empresariais controlar e
administrar as operações do armazém a partir do momento em que bens e/ou
materiais entram no depósito e pelo tempo que ali permanecerem.
13

As operações em um depósito incluem gerenciamento de estoques,


processos de picking e auditoria. Por exemplo, um WMS pode fornecer visibilidade
de estoque a qualquer hora e local, seja em um escritório ou mesmo em um local
movimentado. Este instrumento pode gerenciar com extrema maestria as operações
da cadeia de suprimentos desde o fabricante ou atacadista até o depósito, e
consequentemente até o varejista ou centro de distribuição. O WMS também é
frequentemente utilizado em paralelo ou integrado a um sistema de gerenciamento
de transporte (TMS), ou a um sistema de gerenciamento de inventário. (BEATRIZ,
2020).
Entre outras funcionalidades do sistema WMS, o mesmo pode contribuir com
a implementação de logística contribuindo para ajudar a organização a
desempenhar as seguintes funções:

 Aprimorar o atendimento ao cliente;


 Facilitar a flexibilidade e a capacidade de resposta;
 Reduzir os custos de mão-de-obra;
 Melhorar a precisão do estoque;
 Diminuir erros na coleta e no envio de mercadorias.

Considerando os melhores e mais modernos sistemas de gerenciamento de


armazém, constata-se que estes operam com dados em tempo real, o que tem
permitido que as organizações empresariais gerenciem com mais eficiência as
informações mais atualizadas sobre todas as suas atividades tais como, pedidos,
remessas, recibos e quaisquer movimentações de mercadorias. (BEATRIZ, 2020).

 A ferramenta (TMS – Transportation Management System) é um sistema de


gerenciamento de transporte, ou seja, é um subconjunto do gerenciamento da
cadeia de suprimentos (SCM) que lida com o planejamento, a execução e a
otimização dos movimentos físicos de mercadorias. Em termos gerais trata-se
de uma plataforma logística que permite aos usuários gerenciar e otimizar as
operações diárias de suas frotas de transporte.

O TMS é oferecido como um módulo no (ERP – Enterprise Resource


Planning) e ajuda as instituições empresariais a movimentarem o frente de entrega e
de saída usando ferramentas como:
14

 Gerenciamento de operadoras;
 Visibilidade de pedidos;
 Planejamento e otimização de rotas;
 Execução de operações;
 Gerenciamento de pátio.

Os verdadeiros objetivos finais por parte da utilização de um TMS são as


melhorias evidentes da eficiência da remessa, redução dos custos, obtenção da
visibilidade da cadeia de fornecimento em tempo real e o aprimoramento do
atendimento ao cliente. (BEATRIZ, 2020).

 (CRM – Customer Relationship Management) ou Gerenciamento de


Relacionamento ao Cliente. Esta é uma ferramenta que tem como objetivo
primordial contribuir para a otimização dos seus processos, impactando de
forma positiva a experiência do consumidor e, assim, fortalecendo a conexão
do mesmo com seu negócio.

O CRM é um dos principais instrumentos de logística. Sendo assim, com um


aplicativo de CRM, o administrador pode acompanhar o desempenho do seu
negócio em tempo real, além de desenvolver estratégias cada vez mais certeiras
para encantar e fidelizar os clientes já alcançados como os potencialmente clientes
futuros. Levando em consideração, quaisquer porte de negócio. (BEATRIZ, 2020).
O pacote de soluções advindos pela utilização do CRM podem ser usados em
negócios de qualquer tamanho. Estes instrumentos são essenciais para as
empresas que querem potencializar a produtividade das suas vendas, desde o
fortalecimento da relação da sua marca com seus consumidores até o
direcionamento estratégico do seu time da área comercial. (BEATRIZ, 2020).

 O (MES – Manufacturing Execution System) ou simplesmente MÊS, é a


nomenclatura que designa os sistemas focados no gerenciamento das
atividades de produção e que estabelecem uma ligação direta entre o
planejamento e o chão de fábrica. (PPI, 2015).

Os sistemas relacionados ao MÊS geram informações precisas e em tempo


real que promovem a otimização de todas as etapas da produção, desde a emissão
de uma ordem atém o embarque dos produtos finalizados. Percebe-se que a
15

extrema importância destes sistemas vem da lacuna que normalmente existe entre o
(ERP – Enterprise Resource Planning) e os softwares específicos da linha de
produção. (PPI, 2015).
O MÊS pode também importar os dados do ERP e integra-los como o
cotidiano da produção, gerenciando e sincronizando as tarefas produtivas com o
fluxo de materiais. Considerando que na cadeia de suprimentos o maior valor
agregado costuma estar na produção. Isso faz sentido, no investimento que deve ser
feito para aquisição desses sistemas que, por sua vez, otimizem o fluxo, controle e
qualidade do material. (PPI, 2015).

II.4. PASSO 4 – GERENCIAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE

As organizações empresariais já estão cientes que a cada dia que se passa


há um aumento significativo da competitividade entre seus concorrentes, pensando
nisso, a Cervejaria Puro Vigor deve investir na qualidade de seus produtos para
manter-se no patamar competitivo. Segundo o teórico Feigenbaum (1993), a
qualidade “é a combinação de características de produtos e serviços de cada área
da organização, para o atendimento das expectativa do cliente”. Já para Deming
(1990) qualidade “não é só ausência de defeitos”.
O cliente e/ou consumidor é a parte mais importante da linha de produção. O
verdadeiro critério da boa qualidade é a preferência do consumidor. Sendo assim,
esta garantirá a sobrevivência de uma empresa, pois a preferência do consumidor
pelo seu produto em relação ao seu concorrente será um referencial não apenas
hoje como também no futuro. Com base neste pressuposto, a figura abaixo, mostra
como funciona este controle de qualidade desde o princípio.
16

Para compreender melhor este processo é preciso levar em consideração que


o ciclo começa com o fornecedor que fornece a matéria-prima que vai entrar na
empresa.

 A entrada: são os componentes, informações dadas aos clientes e a matéria-


prima trazida pelo fornecedor para a confecção do produto. Pois, no processo
de produção da cerveja toda a cervejaria está envolvida, recursos humanos,
máquinas e equipamentos para chegada final do produto.
 A saída: As saídas em geral são produtos finalizados, serviços realizados,
componentes transformados, informações processadas entre outros, ou seja,
a chegada ao cliente.

Segundo Feigenbaum (1994) a evolução da qualidade pode ser analisada em


cinco fases, a partir de 1900, como segue:

1ª Fase – 1900 – CONTROLE DA QUALIDADE PELO OPERADOR – Um


trabalhador ou um grupo pequeno era responsável pela fabricação do produto por
inteiro, permitindo que cada um controlasse a qualidade de seu serviço;

2ª FASE – 1918 – CONTROLE PELO SUPERVISOR – Um supervisor assumia a


responsabilidade da qualidade referente ao trabalho da equipe, dirigindo as ações e
executando as tarefas onde necessárias e conveniente em cada uso;

3ª FASE – 1937 – CONTROLE DA QUALIDADE POR INSPEÇÃO – Esta fase


surgiu com a finalidade de verificar se os materiais, peças, componentes,
ferramentas e outros estão de acordo com os padrões estabelecidos. Deste modo,
seu objetivo é detectar possíveis problemas nas organizações empresariais.

4ª FASE – 1960 – CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE – Esta fase ocorreu


através do relacionamento da variabilidade na indústria. Numa produção sempre
ocorre uma variação de matéria-prima, operários, equipamentos entre outros. A
questão não era distinguir a variação e sim como separar as variações aceitáveis
daquelas que indicassem problemas. Com base neste aspectos, o controle
estatístico da qualidade, no sentido de prevenir e atacar os problemas. Surgiram
também as sete ferramentas básicas da qualidade na utilização da produção:
Fluxograma, Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e
Efeito, Histograma, Diagrama de Dispersão e Carta de Controle.
17

5ª FASE – 1980 – GERENCIAMENTO DA QUALIDADE – Esta fase é onde verifica


que a qualidade passou de apenas um método restrito para um método mais
abrangente e amplo, o gerenciamento. Mas ainda, continuou com seu objetivo
principal de prevenir e atacar os problemas, apesar de os instrumentos se
expandirem além da estatística, tais como: quantificação dos custos da qualidade,
controle da qualidade, engenharia da confiabilidade e zero defeito. Nesta fase
constata-se, a intenção principal de organizar e melhorar os processos inerentes a
tal fabricação, neste sentido, pode-se usar a metodologia sistemática (MAMP –
Método de Análise e Melhoria de Processos).

A metodologia para Análise e Melhoria de Processo desenvolvida pelo (IBQN


– Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear) estabelece os seguintes princípios:
satisfação total do cliente, gerência participativa, desenvolvimento humano,
constância de propósito, melhoria contínua, gerência de processos, delegação do
poder, gerência de informação e comunicação, garantia da qualidade e busca da
excelência. Esta metodologia considera como fator fundamental o Princípio da
Gerência de Processos, onde o referencial é o ciclo PDCA.
É preciso compreender o que significa o (PDCA – Plan – Planejar; Do –
Executar; Check – Controlar; Action – Atuar). Este método se destaca no ambiente
organizacional no gerenciamento para a melhoria de processos e soluções de
problemas, sendo a base da melhoria contínua, podendo ser utilizado em qualquer
tipo de organização, seja ela em uma empresa privada, uma organização sem fins
lucrativos ou em um setor público.
Sob a ótica do teórico Vieira Filho (2010), o PDCA é um instrumento que
gerencia as tomadas de decisões, no que diz respeito, a melhoria das atividades de
uma organização sendo, também, muito explorado na busca da melhoria da
performance. Isso faz com que o PDCA seja extremamente importante e contribua
para a obtenção de melhores resultados que é o que o administrador da empresa
espera no final de todo o processo. Pois, para melhorar o desempenho produtivo, no
tocante ao desenvolvimento da empresa deve ser elaborada uma tabela com o
check list que venha solucionar as possíveis problemáticas pré-existentes e/ou pós-
existentes. Tudo isso, pode ser constatado na tabela a seguir:
18

FLUXO ETAPA OBJETIVO

1 Identificação do Problema /  Verificar se os produtos estão sendo


Oportunidade de Melhoria entregues no prazo para que não haja
atraso na fabricação das cervejas;
 Investir em novas tecnologias que
reduzam o tempo de trabalho;
 Procurar reutilizar as embalagens das
cervejas para minimizar desperdícios e
ao mesmo tempo diminuir a poluição
ambiental, visto que a maioria das
cervejarias artesanais não reutilizam as
embalagens.
2 Observação  Observar se o controle está sendo
efetivo para as problemáticas da
empresa.
3 Análise  Analisar se os problemas estão sendo
minimizados.
4 Plano de Ação  Comprar matérias-primas com
antecedência;
 Observar se os fornecedores estão
entregando no prazo e dentro das
normas;
 Observar a qualidade da cerveja e se a
reutilização da embalagem está sendo
efetiva.
5 Ação  Melhorar a qualidade da cerveja se
necessário;
 Trocar de fornecedor se necessário caso
haja muita demora na entrega da
matéria-prima;
 Procurar reutilizar embalagens.
6 Verificação  Verificar se o check list das matérias-
primas para a fabricação da cerveja está
sendo entregue a tempo;
 Analisar se as máquinas estão em bom
funcionamento, como também os seus
operadores.
? Ação foi efetiva  Sim e deve ser constante.
7 Padronização  Prevenir contra reaparecimento de
problemas;
 Garantir sistematização.
8 Conclusão  Recapitular todo processo de solução de
problema e/ou identificação de
oportunidade de melhoria para trabalho
futuro.
19

II.5. PASSO 5 – GESTÃO ORGANIZACIONAL

A gestão organizacional é a etapa em analisa-se o ambiente interno e externo


de forma sistemática e extremamente detalhada o negócio em questão, é nesta fase
que deve ser utilizada a análise SWOT, das Vantagens e Fraquezas relacionadas ao
ambiente interno da empresa, oportunidades e ameaças que compõem o ambiente
externo.

ANÁLISE SWOT

 Utilização de insumos legítimos;


 Qualidade da cerveja;
FORÇAS 

Diferenciação do produto
Quadro de funcionários enxuto;
 Excelente pós-venda;
 Baixo custo com propaganda.

 Investimento inicial alto;


 Alto preço das cervejas;
FRAQUEZAS 

Complexidade do tratamento de efluentes;
Insumos mais caros;
 Baixo poder de barganha com fornecedores;
 Baixa produção mensal;
 Pouca força da marca.

 Perspectiva de crescimento do mercado;


 Eventos e feiras de degustação de cervejas artesanais;
OPORTUNIDADES 

Maior poder de compra dos consumidores;
Harmonização com o setor gastronômico;
 Crescimento da procura por cervejas de qualidade.

 Regulamentação do setor;
AMEAÇAS 

Alta tributação do setor;
Concorrência diversificada;
 Sazonalidade do setor de bebidas.
20

A SWOT permite ao administrador ter um direcionamento preciso para


planejar as tomadas de decisões em sua empresa, além de conseguir identificar
com mais clareza os aspectos positivos e negativos presentes no setor
administrativo que possivelmente poderão influenciar o negócio em questão. (ACIC,
2020). Sendo assim, entende-se ser de extrema necessidade a utilização da
ferramenta sistêmica SWOT no ambiente empresarial quer interno quer externo de
modo a aprimorar a empresa, visando seu destaque e sua ascensão no mercado.
21

3. CONCLUSÃO

Ao término deste estudo chega-se a positiva conclusão de que a equipe


administrativa da Cervejaria Puro Vigor devem estar aptos a trabalhar e contribuir de
forma significativa em todos os segmentos da empresa, estes precisam garantir o
bom funcionamento da indústria. Além de aplicar, desenvolver e difundir tecnologias,
no contexto de gestão de processos de produção de bens e serviços. São
atribuições destes também procurar sempre a ação empreendedora, para possibilitar
que o negócio sobreviva em meio à competitividade do mercado de trabalho e as
crises que poderão surgir, além de buscar meios de expandir e sobreviver no
mercado diante das intempéries.
Entende-se que para o sucesso administrativo da Cervejaria Puro Vigor é
preciso implementar o critério da adaptabilidade que é de suma importância nas
MAMP’s, porque eles determinam que as metodologias sejam adaptadas a cada
situação/problema e quaisquer processos. Pois, é muito importante que a empresa
também se preocupe com a integridade física de seus funcionários visto que são
eles que fazem com que a empresa progrida e funcione de forma satisfatória. Sendo
assim, a saúde e a segurança dos colaboradores são fundamentais para o sucesso
conjunto da organização empresarial.
22

REFERÊNCIAS

ACIC. A importância da análise SWOT da empresa em um momento de crise.


Disponível em: https://www.acicampinas.com.br/blogs:a-importancia-da-analise-
swot-da-empresa-em-um-momento-de-crise. Acesso em: 05 set. 2021;

BEATRIZ, Ana. Ferramentas de logística: veja 7 exemplos para ajudar a otimizar


processos. Disponível em: https://cargox.com.br/blog/4-ferramentas-de-logistica-
para-ajudar-a-otimizar-processos. Acesso em: 05 set. 2021;

CALVER, Giles. O que é design de embalagens? - Porto Alegre: Bookman, 2009;

CENTRALBREW. Como montar uma cervejaria artesanal? Disponível em:


https://centralbrew.com.br/blog/como-montar-uma-cervejaria-artesanal/ Acesso em:
06 set. 2021;

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: segunda edição. Rio de Janeiro, RJ,


2005;

LEITE, Marcos. Entenda o que é o ciclo de vida do produto e como otimizar seu
processo! Disponível em: https://www.artsoftsistemas.com.br/blog/entenda-o-que-e-
o-ciclo-de-vida-do-produto/ Acesso em: 06 set. 2021;

MACHADO, Walmor. Saiba diferenciar os métodos de produção puxada e


empurrada. Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/producao-puxada-
e-empurrada. Acesso em: 06 set. 2021;

PATROCÍNIO, Caroline. O que são Fluxos Logísticos? Disponível em:


https://portogente.com.br/portopedia/111223-o-que-sao-fluxos-logisticos Acesso em:
09 set. 2021;

PPI. O que é MES – Manufacturing Execution Systems? Disponível em:


https://www.ppi-multitask.com.br/2015/02/19/o-que-e-mes-manufacturing-execution-
systems/ Acesso em: 09 set. 2021;
23

RODRIGUES, I.M.; COLMENERO, J.C. – Diagnóstico da Estrutura de


Distribuição da Indústria Cervejeira. Anais do XXIX ENEGEP, Salvador Bahia,
2009;

TOTVS. A importância da cadeia de suprimentos para as empresas. Disponível


em: https://www.totvs.com/blog/gestao-industrial/cadeia-de-suprimentos-na-era-4-0/.
Acesso em: 09 set. 2021;

ZACARELLI, Sérgio Baptista. Programação e Controle da Produção. 5. ed. São


Paulo: Pioneira, 1979.

Você também pode gostar