WILLAMES DE LIMA SILVA

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE PROMOVER A INCLUSÃO DE

ESTUDANTES COM NNEs NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA
ESCOLA MUNICIPAL DOMINGOS FERNANDES CALABAR

JOÃO PESSOA – PB
2023.2
 WILLAMES DE LIMA SILVA

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE PROMOVER A INCLUSÃO DE

ESTUDANTES COM NEEs NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA
ESCOLA MUNICIPAL DOMINGOS FERNANDES CALABAR

Pré-projeto apresentado à disciplina de

Metodologia Científica do Curso de Ciências
da Educação pelo Instituto Veni Creator
Chritian University

Orientadora: Profa. Dra. Amanda Micheline

JOÃO PESSOA – PB
2023.2
 RESUMO

O presente estudo partiu de a necessidade compreender os Desafios e

Possibilidades de Promover a inclusão do Estudante com (NEEs) – Necessidades
Educativas Especiais e analisar o processo de inclusão de tais estudantes na Escola
Domingos Fernandes Calabar nas aulas práticas de Educação Física, evidenciando
as dificuldades encontradas pelos professores nesse processo. O estudo tratou-se
de uma pesquisa de cunho descritivo, utilizando-se de um questionário conciso e
muito bem fundamentado contendo 05 perguntas de grande relevância para
compreender a dimensão e o alcance do processo de inclusão dos discentes com
Necessidades Educativas Especiais implementadas pela Escola acima citada. A
presente pesquisa está fundamentada nas análises bibliográficas em consonância
com as revisões literárias, baseadas nas principais temáticas existentes até então. É
preciso mencionar que este estudo pretende aproximar e aprimorar as pesquisas já
realizadas sobre esta temática. Fazendo um paralelo com a realidade da Escola
citada acima. Levando em consideração que um dos principias objetivos que este se
propõe é alcançar, por meio, o entendimento de como é feito o atendimento dos
discentes com Necessidades Educativas Especiais no ambiente escolar e como e de
que forma o professor de Educação Física ter feito uso e aperfeiçoado, no sentido
de proporcionar sua contribuição para o desenvolvimento e eficácia do processo
complexo da inclusão desses discentes em suas respectivas aulas, quer teórica ou
prática. Pois, é nesta perspectiva, que se pode verificar a importância das
ferramentas fundamentais para promover a total participação e interesse dos
discentes, principalmente nas aulas práticas de Educação Física ministrada por este
profissional. Por fim, entende-se que não se deve negar o fato de que existem
muitas dificuldades apontadas pelos professores deste campo da educação que
precisam ser solucionadas e, isso perpassa as questões estruturais da escola e
avança frente à mudança de postura e aceitação de todos os agentes da escola
entre outros fatores não menos importantes. Sendo assim, torna-se imprescindível
descrever a importância da acessibilidade no ambiente escolar, principalmente
naqueles reservados às aulas práticas é necessário compreender a percepção do
professor sobre o problema da inclusão dos discentes neste processo. Outra
possibilidade que este estudo trás é investigar as diferentes estratégias
metodológicas e pedagógicas do professor ao lidar com seus discentes frente às
problemáticas relacionadas à educação inclusiva. Uma vez que, remete-se a
educação inclusiva que estão sendo desenvolvidas nas aulas de Educação Física, a
fim de beneficiar o discente com (NEE’S) através de propostas metodológicas que
possam utilizar o movimento, o corpo, a expressão, o jogo e o esporte como um
importante articulador no desenvolvimento da educação inclusiva. Neste caso, a
pesquisa irá demonstrar que o professor de Educação Física é um importante
articulador no desenvolvimento do processo aqui estudado através da promoção,
desenvolvimento, adaptação e interação de cada um dos discentes.

Palavras-chaves: Aperfeiçoamento, Interesse, Participação, Mudança de postura.

 ABSTRACT

This estudy was based on the need to understand the Challenges and Possibilities of
Promoting the inclussion of Students with (SEN) Special Educational Needs and
analyze the the process of including such students at Domingos Fernandes Calabar
School in pratical Physical Education classes, highlighting the difficulties encountered
by teachers in this process. The study was a descriptive research, using a concise
and well-founded questionnaire containing 05 questions of great relevance to
understand the dimension and sopé of the process os inclusion of students with
Special Educational Needs implemented by the School above cited. This research is
based on bibliographic analyzes in line with literaty reviews, based on the main
themes existing until then. It should be mentioned that this study intends to approach
and improve the research already carried out on this subject. Making a parallel with
the reality of the School mentioned above. Taking into account that one of the main
objectives it proposes is to achieve, through, the understanding of how students with
Special Educational Nedds are attended to in the school environment and how and in
uhat way the Physical Education teacher has made use and improved, in the sense
of providing its contribution to the development and effectiveness of the complex
processo f including these students in their respective classes, whether theoretical or
practical. Because, it is in, this perspective, that onde can verify the importance of
fundamental tools to promote the total participation and interest of the students,
mainly in the practical classes of Physical Education given by this professional.
Finally, it is understood that one should not deny the fact that there are many
difficuties pointed out by teachers in this field of education that need to be solved,
and this permeates the structural issues of the school and advances in the face of
change of posture and acceptance of all school agents among other equally
important factors. Therefore, it is essential to describe the importance of accessibility
in the school environment, specially in those reserved for pratical classes. It is
necessary to understand the teacher’s perception of the problem of including
students in this process. Another possibility that this study brings is to investigate the
different methodological and pedagogical strategies od the teacher when dealing with
their students in the face of problems related to inclusive education. Since, it refers to
inclusive education that are being developed in Physical Education classes, in order
to benefit students with (NEE’S) through methodolofical proposals that can use
movement, body, expression., game and sport as na important articulator in the
development of inclusive education. In this case, the research will demonstrate that
the Physical Education theacher is an important articulator in the development of the
process studied here through the promotion, development adaptation and interaction
of each of the students.

Keywords: Improvement, Interest, Participation, Change of atitude.

 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................06

1.1 Problematização e Hipóteses...............................................................................07

1.1.1 OBJETIVOS......................................................................................................09

1.1.2 Objetivo Geral....................................................................................................09

1.1.3 Objetivos Específicos........................................................................................09

2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................10

3 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................11

4 METODOLOGIA.....................................................................................................15

4.1 Caracterização....................................................................................................15

4.2 Características do Campo da Pesquisa...............................................................16

4.3 População.............................................................................................................16

4.4 Instrumento de Coleta de Dados..........................................................................16

4.5 Análise dos Dados Coletados..............................................................................17

5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS........................19

REFERÊNCIAS..........................................................................................................19

APÊNDICE.................................................................................................................21
 6

1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais o processo de inclusão dos discentes nas aulas práticas de
Educação Física vem galgando importante relevância nas instituições escolares em
todos os estados brasileiros, esta é uma realidade que não se pode contestar.
Nesse sentido, o pré-projeto aqui apresentado pode proporcionar aos discentes com
(NEEs) - Necessidades Educacionais Especiais condições igualitárias de
aprendizagem para todos sem qualquer acepção ou distinção. Entretanto, a maioria
das instituições escolares está apinhada de discentes especiais sendo expostos a
tratamentos discriminatório e exclusivista (SEABRA et al., 2004).
A expressão Necessidades Educativas Especiais tornou-se bastante
conhecida no meio acadêmico, no sistema escolar, nos discursos oficias e mesmo
no senso comum. Surgiu basicamente da intensão de atenuar ou neutralizar
acepção negativa da terminologia atotada para se distinguir os indivíduos em suas
singularidades por apresentarem limitações física, motoras, sensoriais, cognitivas,
linguísticas ou ainda síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes
entre outras (GLAT; ANTUNES, 2012).
A inclusão dos discentes com tais necessidades acima citadas tem como
objetivo principal a normalização, que era contra as modalidades de atendimento de
tendência segregativa e centralizadora, com isso refletia na organização dos
serviços e de sua metodologia de ensino (MACHADO, 2001).
É possível observar que a inclusão destes discentes nas aulas de Educação
Física vem se efetivando gradativamente por causa dos movimentos políticos e
sociais, que estão ou não nos textos das Leis que regem a educação básica
brasileira, em um processo amplo, tendo em vista o projeto de igualdade e
oportunidade, a valorização da diversidade da cultura e a junção das diferenças
(PERDINELLI, 2002).
Nesta perspectiva, entende-se que para que a inclusão se dê de forma
satisfatória é preciso superar os problemas que fazem com que os discentes fiquem
à margem das aulas, principalmente nos anos iniciais, dificultando assim seus
movimentos de todas as formas, com isso em longo prazo pode trazer uma
deficiência na aprendizagem muito notória no rendimento escolar ou não (SEABRA,
2006).
 7

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESES

Diante das incertezas do processo de inclusão dos discentes com

necessidades educacionais especiais o que se constata até o presente momento é
que a mesma é um processo lento e gradual, esse não ocorre de forma automática,
pois, se trata de um desafio a ser enfrentado devido a vários aspectos, dentre eles, a
falta de estruturas físicas adequadas aos discentes com tais necessidades. Como
afirma que: “mesmo quando alertados para tal fato, muitos professores, em virtude
do enraizamento (tradição) de determinadas atividades excludentes, possuem
dificuldades em refletir e modificar tais atividades” (DARIDO et al (2001).
O processo de inclusão dos discentes com Necessidades Educacionais
Especiais acaba por culminar com a segregação dos mesmos, pois na maioria dos
casos estes apresentam dificuldades de aprendizagem, transtornos e deficiências.
Mesmo que a prática da inclusão dos alunos na educação básica e especificamente
nas aulas de Educação Física seja uma ação desafiadora e novos desafios, seus
benefícios são inúmeros para todos os envolvidos neste processo (Revista
Educação, p. 01, 2014).
Os educadores precisam ter em mente que devem encontrar os
métodos de ensino que melhor se adequem para alcançar seus discentes com as
mais variadas habilidades de aprendizagem, o que beneficia todos. Uma vez que
aumenta o envolvimento dos mesmos no desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem. Entendendo que o mais importante é encorajar um diálogo aberto
sobre as diferenças, bem como o respeito por aqueles com diferentes habilidades,
origens culturais e Necessidades Educacionais Especiais (SILVA; CONTRERAS,
2017).
É evidente que o processo de inclusão dos estudantes não é uma tarefa fácil,
pois existem muitos aspectos que são causadores de problemas que culminam nas
dificuldades enfrentadas pelos professores e, consequentemente para a unidade
escolar. Sabe-se que o sistema educacional brasileiro na maioria das vezes não tem
dado ênfase suficiente para a implementação das políticas públicas que facilitam o
acesso dos discentes com necessidades educacionais especiais no ambiente
escolar, principalmente nas aulas práticas de Educação Física (OLIVEIRA, 2020).
Com base na problemática acima citada foi preciso, buscar alternativas para
 8

responder as questões relacionadas aos desafios que os educadores de Educação

Física enfrentar no sentido de incluir os discentes com Necessidades Educativas
Especiais em suas respectivas aulas.
Nesta perspectiva, é preciso que os educadores tenham em mente que não
existem receitas prontas para solucionar os desafios aqui expostos. Sendo assim, o
ativo é a presença. Ou seja, a unidade escolar não tem mesmo como saber,
antecipadamente, como proceder com um discente com base em seu diagnóstico. E
isso não se aplica somente a pessoas com NEE’S, já que a diferença é própria da
condição humana. O processo de aprendizagem de cada discente é singular e
único, do ponto de vista, de suas especificidades (FUMEGALLI, 2012).
Incluir os discentes com NEE’S nas aulas de Educação Física precisa ser um
processo contínuo e dinâmico, que implica a participação de todos os envolvidos,
inclusive do próprio educando. Sendo assim, é imprescindível, antes de qualquer
coisa, garantir sua presença na escola e sua participação tanto nas aulas teóricas
como nas aulas práticas. Para que a equipe pedagógica possa conhecê-los bem e
assim buscar os meios pelos quais venham a garantir sua inclusão efetiva
(GAUDERER, E. C.; PRAÇA, E. T. P, 2011).
É preciso repensar a formação dos educadores, no sentido de especializa-los,
afim de que estes sejam capacitados para trabalhar em diferentes situações e
possam assumir um papel-chave nos programas de necessidades educativas
especiais. Os mesmo devem ser adaptados incialmente em uma formação inicial
não categorizada, abrangendo todos os tipos de necessidades especiais, antes de
se enveredar por uma formação especializada numa ou em mais áreas relativas às
necessidades específicas (Declaração de Salamanca, 1994, p. 27).
No tocante a isto, seguindo a mesma direção, segundo Fumegalli (2012, p.
40):

A formação continuada deve ser objetivo de aprimoramento de todo

professor, porque o educador deve acompanhar o processo de evolução
global, colocando a educação passo-a-passo no contexto de modernidade,
tornando-a cada vez mais interessante para o aluno, a fim de que possa
compreender que, na escola, ele aperfeiçoa sua bagagem. É nesse
processo que o professor pode ver e rever sua prática pedagógica, as
estratégias aplicadas na aprendizagem dos alunos, os erros e acertos desse
processo para melhor definir, retomar e modificar o seu fazer de acordo com
as necessidades dos alunos.
 9

O professor deve desenvolver metodologias de aprendizagem para que o

discente com NEE’S condiga ser inserido e participar plenamente das aulas de
Educação Física. Desse modo, chega-se a plena conclusão de que trabalhar com os
discentes com NEE’S exige o desenvolvimento de práticas e estratégias
pedagógicas que acolham e respeite as múltiplas diferenças, potencialidades e
peculiaridades presentes em todos os discentes (GAUDERER, 2011).

1.1.1 OBJETIVOS

1.1.2 OBJETIVO GERAL

 Demonstrar os principais obstáculos e desafios encontrados para o correto

cumprimento da inclusão escolar.

1.1.2 OBJETIVOS ESCÍFICOS

 Proporcionar uma reflexão sobre a importância da inclusão escolar dos

discentes com Necessidades Educacionais Especiais nas aulas de Educação
Física;
 Sensibilizar a comunidade escolar e a sociedade para que haja uma
conscientização e de fato aconteça à integração dos discentes como NEE’S,
dentro e fora do ambiente escolar, em especial nas aulas de Educação Física.
 Verificar as iniciativas que estão sendo tomadas para garantir acessibilidade
de alunos com NEE’S no ambiente onde as aulas são ministradas;
 Identificar quais ações vem sendo tomas pelos professores de Educação
Física, visando integrar suas aulas a realidade da necessidade educacional
especial dos seus discentes.
 10

2. JUSTIFICATIVA

A escolha desse tema que se trata dos Desafios e Possibilidades de

Promover a Inclusão de Estudantes com Nees nas Aulas de Educação Física na
Escola Municipal Domingos Fernandes Calabar pelo fato de que no Art. 58 da
LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) nº 9394/96, afirmar que:
“Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos portadores de necessidades especiais”. Neste contexto, a inclusão passa
a ser uma ferramenta de extrema importância que visa integrar e socializar todos os
descentes com necessidades educacionais especiais nas aulas práticas de
Educação Física.
Uma vez identificadas às dificuldades de inclusão dos discentes nas aulas de
Educação Física, bem como na Educação Básica nas unidades escolares, este
projeto surgiu para dar ênfase a esse problema, com intuito de combater e eliminar a
flata de sensibilidade gerada e exposta pelo preconceito e pela falta de estrutura
(espaço físico) da escola aqui em questão, pois esses são as principais causas de
diversos problemas psicológicos nas crianças portadoras de alguma deficiência,
além da baixa autoestima, bullying, exclusão e consequentemente a evasão escolar.
Fica evidente que os profissionais da educação bem como funcionários da
escola aqui estudada apresentam algumas dificuldades em lidar com a reduzida
capacidade ou excessividade de aprendizado dos discentes com NEE’S, pois muitos
não estão qualificados e até mesmo a escola não possui um preparo suficiente para
recebê-los. Por conta disso, há que se fazer uma conscientização desta temática.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Os meios utilizados pelas políticas públicas para abranger e,

consequentemente tornar mais amplo o contexto da inclusão dos discentes que
apresentam Necessidades Educativas Especiais é o melhor caminho para se chegar
 11

a uma comunidade escolar mais inclusiva. Nesse sentido, entende-se que para dar
consistência à ideia de uma educação inclusiva o Estado deve projetar uma política
pública que forme uma comunidade a qual respeite a diversidade e, principalmente
passe a garantir o direito de todos à educação. Pois, o conceito de inclusão se firma
na diversidade, diferença, universalização de indivíduos dentro do mesmo espaço,
neste contexto, a escola (LIMA, 2002).
Segundo Mantoan (1997, p. 15), o autor define que a “inclusão dos discentes
com NEE’S de forma irrestrita nas aulas de Educação Física, que não venha
condenar uma parte deles ao fracasso”. Assim, é imprescindível observar que este
processo de inclusão dos discentes com NEE’S nas aulas de Educação Física é um
processo que deve ser colocado em prática, visando atender a todos independente
das especificidades inerentes de cada indivíduo.
Este processo de inclusão abrange todo o processo de quaisquer discentes,
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, linguísticas, emocionais
entre outras características que os mesmos apresentam, para serem recebidos em
todas as unidades escolares, sem discriminações, bullying ou preconceitos contra as
suas diferenças, uma vez que estas unidades devem atender suas necessidades
quer nos aspectos metodológicos quer nos âmbitos pedagógicos (BATISTA, 2006).
De acordo com Volpini (2014, p. 23), a educação inclusiva precisa buscar
inserir na instituição escolar os discentes portadores de Necessidades Educativas
Especiais e condutas típicas em idade escolar, fomentando a criação de condições
para o seu pleno desenvolvimento, visando promover a remoção de barreiras
arquitetônicas e pedagógicas para que os mesmos tenham e possam usufruir dos
seus direitos que são garantidos dentro e fora da escola.

(...) as doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas,

isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de
graus e gravidades variáveis, segundo os seguimentos corporais afetados e
o tipo de lesão ocorrida. (VOLPINI, 2014, p. 23).

Dessa forma, entende-se que a Educação Física não tem medido esforços,
no sentido de buscar seu espaço dentro do contexto educacional como forma de
conhecimento necessário para a construção de um novo cidadão que seja completo,
integrado e consciente para desempenhar seu papel na coletividade. Pois, assim, a
 12

formação dos docentes é a principal forma para que estes busquem subsídios para
exercerem com autonomia e eficácia duas funções frente a este grande desafio
(BARADEL, 2007).
Nesse sentido, é preciso promover ações isoladas de educadores até mesmo
pais podem promover a implantação da inclusão dos discentes com NEE’S, visando
dessa forma, resgatar e atendê-los com dignidade, no que tange ao pleno
desenvolvimento e acesso a todos os recursos disponíveis na instituição escolar.
Ferreira (2003) afirma que:

À medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão dando

espaço e oportunidade à unificação das modalidades de educação, regular
e especial, em um sistema único de ensino, caminham-se em direção a uma
reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos começam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular
(FERREIRA, 2003, p. 118).

Fica nítido que os educadores de Educação Física precisam tem um papel de

destaque na escola, no tocante aos discentes portadores de Necessidades
Educativas Especiais, especialmente na motricidade no desenvolvimento da
inteligência dos sentimentos, das relações sociais e das interdisciplinaridades com
outros conteúdos que são importantes para formação acadêmica dos mesmos. “A
educação física está garantida pela LDB - Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96”
(BRASIL, 1996).
É preciso entender que as aulas de Educação Física que preconiza os
Parâmetros Curriculares Nacionais deixam bem claro que o seu princípio básico
devem envolver todos os discentes independente de sexo, porte físico ou
deficiência, procurando, portanto, alternativas de inclui-los e integrá-los aos demais
discentes de forma que as diferenças físicas sejam deixadas em segundo plano.
Com isso, o ingresso dos educandos com necessidades educativas especiais no
ensino regular serão admitidos àqueles que “possuem condições de acompanhar as
atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os
demais educandos ditos normais” (BRASIL, 1994, p. 19).
Nesta perspectiva, percebe-se que o processo de inclusão não deve ser vista
apenas pelo movimento, pois, é a educação do corpo inteiro, uma vez que precisa
 13

estabelecer uma relação com os discentes para que haja uma promoção entre teoria
e prática educacional com formação do corpo e mente, especialmente em se
tratando do processo de inclusão e a integração dos mesmos nas aulas regulares de
Educação Física. “A Educação Física em seu currículo tem como objetivo básico
ensinar o conhecimento sistematizado sobre o movimento corporal, preparando,
desse modo, o educando para a regulação, interação e transformação com relação
ao meio em que vive, auxiliando para a formação do sentido de ser humano”
(BRASIL, 1996).
É essencialmente indispensável para criar uma escola inclusiva uma estrutura
adequada com locais apropriados para a realização das aulas de Educação Física,
uma vez que é fundamental definir um bom planejamento, a utilização de materiais
adequados para desenvolver as atividades teóricas e práticas, no sentido de
promover a socialização dos discentes envolvidos no processo inclusivo. “A escola
comum só é benéfica se puder atendê-la se estiver contribuindo no processo de
desenvolvimento global” (FERREIRA, 2002).
Um ponto preponderante no processo de inclusão dos discentes com
Necessidades Educativas Especiais nas aulas de Educação Física é adequar à
estrutura do prédio da escola para receber os educandos com deficiência física
(ACDF). Sendo assim, rampas, elevadores, corrimões e banheiros adaptados
atendem aos discentes com diferentes dificuldades de locomoção, proporcionando a
estes educandos um ambiente propício para que possa realizar a sua locomoção de
forma segura. A acessibilidade espacial, portanto, significa poder chegar a algum
lugar com conforto e independência e participara das atividades que ali ocorrem,
fazendo uso dos equipamentos disponíveis (MACHADO, 2007, p. 106).
As aulas de Educação Física precisam ser adaptadas enfatizando a
normalidade, no tocante a diversidade das diferenças, levando em consideração as
atividades fundamentais para o amplo desenvolvimento do discente como um todo.
Um processo educativo eficaz dos discentes com necessidades educacionais
especiais não é obrigação somente da instituição escolar, mas da família,
sociedade, política, ou seja, todos estes atores trabalhando em harmonia e em
sintonia, visando alcançar uma educação inclusiva de qualidade para todos
(ESPANHA, 1994).
 14

4. METODOLOGIA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental

Domingos Fernandes Calabar, na cidade de Porto Calvo – Alagoas, Povoado
Manganzala, s/nº. A escola aqui em questão atende uma clientela de cerca de 955
alunos nas modalidades de Ensino Regular e EJA. A escola tem uma boa
acessibilidade em suas dependências. A mesma também em sua estrutura física é
bem adequada para a prática das atividades as quais são destinadas as mesmas.
O presente estudo tem por caminho metodológico a pesquisa de campo,
descritiva e de abordagem qualitativa e quantitativa. Nesta perspectiva, o estudo
aqui em questão está completamente focado em turmas dos anos finais do ensino
fundamental na disciplina de Educação Física. Sendo assim, o mesmo irá se
aprofundar no estudo dos movimentos corporais, objetivando a participação e
inclusão dos discentes portadores de Necessidades Educativas Especiais.
Segundo o teórico Gil (1999), o método fundamenta-se em três princípios: a
unidade dos opostos; os fenômenos apresentam aspectos contraditórios que estão
unidos numa unidade dos opostos. Todavia, os opostos se apresentam numa
condição constante de contradição, de luta entre si. A luta dos opostos é a fonte do
desenvolvimento da realidade; quantidade e qualidade são aspectos presentes em
todos os fenômenos e estão inter-relacionados.

4.2 UNIVERSO E AMOSTRA

Para desenvolver esse estudo o universo observado e analisado será os

educadores e discentes de Educação Física da Escola Domingos Fernandes
Calabar no município de Porto Calvo – AL, que responderam ao questionário
 15

composto de por questões relacionadas à inclusão dos discentes portadores de

Necessidades Educativas Especiais.

4.3 SELEÇÃO DOS SUJEITOS

Os envolvidos na coletividade alvo que forneceram os dados necessários

como sujeitos da pesquisa, sendo educadores de Educação Física e atuantes na
rede pública na zona urbana do município de Porto Calvo – AL e seus respectivos
discentes matriculados dentro dos parâmetros da área de Educação Física na
Escola Domingos Fernandes Calabar, alvos do presente estudo e nos em seus
níveis de ensino. A interação do solicitado no questionário é observar qual é a visão
do profissional dessa área da Educação Especial tema respeito do trato da disciplina
de Educação Física e sua importância junto aos discentes com Necessidades
Educativas Especiais e a inclusão dos mesmos.

Números de escolas observadas 01 (Uma)

Números de horas/aulas observadas 15
Média de alunos presente por aula 29
Média de alunos participantes por aula 26
Números de alunos com deficiência física 06
Tabela 01. De autoria própria com base nas observações das aulas de Educação Física.

Os discentes que foram observados nesta pesquisa foram das turmas dos
anos finais do Ensino Fundamental da escola acima citada, onde foram
selecionados 03 (três) do 6º ano, 01 (um) do 7º ano e 02 (dois) do 9º ano. Suas
Necessidades Educativas Educacionais que foram detectadas são:

 Deficiência Física – Condições que afetam a mobilidade e a coordenação

motora geral de membros ou da fala. Nesse caso, 02 (dois) aluno dos anos 6º
e 9º anos.
 Deficiência Auditiva – Dois discentes com Necessidades Educativas
Especiais foram identificados nos anos finais do Ensino Fundamental 01 (um)
com característica mais moderada. Já o outro com característica mais severa
ou profunda. E, tais discentes estão divididos nas seguintes turmas: 01 (um)
na turma do 7º (sétimo) ano o outro na turma do 6º ano.
 16

 Síndrome de Down – Dois discentes com alterações genéticas

caracterizadas pela presença de um terceiro cromossomo de número 21. 01
(um) deles do 6º (sexto) ano e outro do 9º (nono) ano.

4.4 COLETA DOS DADOS

Entre os dados coletados sendo estimuladas as respostas sobre a inclusão

dos discentes com Necessidades Educativas Especiais nas aulas de Educação
Física. Foi perguntado para dos discentes que têm NEE’S nas aulas de Educação
Física se nos locais onde são ministradas existe infraestrutura adequada e se há
materiais pedagógicos voltados para eles. Segundo respostas dos educadores e
discentes os locais deixam a desejar, no que diz respeito, aos espaços adaptados
da escola aqui em questão. Sendo assim, existe uma escassez de materiais
pedagógicos de Educação Física adaptados para os discentes portadores de NEE’S.
Foi questionado aos professores de Educação Física selecionados para o
questionário com eles consideravam o relacionamento com os discentes portadores
de Necessidades Educativas Especiais com os seus colegas no ambiente escolar,
ambos os entrevistados foram categóricos em afirmar que consideravam toda
interação entre os alunos como bom e muito bom. Entendo a regulamentação da
(ONU) Organização das Nações Unidas, citada por Krug (2002), onde salienta que
todo mudo se veneficia da educação inclusiva e ainda cita as vantagens que são
elas:

1. Estudantes com deficiência: (a) aprendem a gostar da diversidade; (b)

adquirem experiência direta com a variedade das capacidades
humanas; (c) demonstram crescente responsabilidade e melhor
aprendizagem através do trabalho em grupo, com outros deficientes ou
não; e (d) ficam mais bem preparados para a vida adulta em uma
sociedade diversificada, pois entendem que são diferentes, mas não
inferiores;
2. Estudantes sem deficiência: (a) Têm acesso a uma gama bem mais
ampla de papeis sociais; (b) perdem o medo e o preconceito em relação
ao diferente, desenvolvem a cooperação e a tolerância; (c) adquirem
grande senso de responsabilidade e melhoram o rendimento escolar; e
(d) são mais bem preparados para a vida adulta porque desde cedo
assimilam que as pessoas, as famílias e os espaços sociais não são
 17

homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser

humano.

Os professores das turmas dos anos finais do Ensino Fundamental na Escola

Domingos Fernandes Calabar em conformidade de opinião ressaltaram, que apesar
do número de discentes com Necessidades Educativas Especiais variadas nas aulas
os resultados não estão sendo comprometidos, levando em consideração a total
cooperação, solidariedade, paciência e carinho por parte de todos os discentes.
Foi perguntado também sobre como se dava a interação dos docentes de
Educação Física com seus discentes com NEE’S, onde os mesmos afirmaram como
sendo bom, e que seus discentes nestas condições foram bastante beneficiados nas
aulas práticas, e ainda salientam que esse relacionamento poderia ser melhor.
Os educadores salientam que o papel da Educação Física é oferecer aos
seus discentes um atendimento capaz de desenvolver as habilidades necessárias
para a formação de cidadãos aptos a conviverem e transforem a sociedade e sua
realidade. Por isso, foi relatado que os mesmos devem buscar escolher e realizar
adaptações das atividades e materiais para atender seus discentes com êxito e
eficácia mesmo com todas as dificuldades enfrentadas. Nesta perspectiva, Krug
citando outros autores (2002):

A Educação Física adaptada nada mais é do que a adequação de

metodologia, adaptação de materiais e técnicas que venham atender as
diferenças individuais de cada portador de deficiência. Entretanto, tais
adequações, devem ser baseadas nos tipos e características das
deficiências para que possa oportunizar a todos a participação no maior
número de atividades possíveis, visando, assim, sua melhora a nível motor,
afetivo, cognitivo, assim como a interação e integração como as demais
pessoas (Nogueira, 2000). Aviz (1998) ressalta que a atividade física e/ou
esporte pode significar para o portador de deficiência, o desenvolvimento da
autoestima, a melhoria da sua autoimagem, o estímulo à independência, a
integração com outras pessoas, uma experiência enriquecedora com seu
próprio corpo, (...) além de uma oportunidade de testar suas possibilidades,
prevenir-se contra deficiências secundárias e integrar-se consigo mesmo e
com a sociedade. Deve-se considerar também o interesse em particular de
atividades físicas ou esportes seja em busca de prazer, diversão,
competição ou busca de uma melhor qualidade de vida (KRUG et al,
NOGUEIRA & AVIZ, p. 08, 2002).
 18

Sendo assim, entende-se que as principais dificuldades que os discentes com

Necessidades Educativas Especiais enfrentam ao participarem nas aulas de
Educação Física são os estigmas e os preconceitos dos colegas, pois mesmo que o
processo inclusivo esteja sendo implementado, ainda existem, certas dificuldades de
compreensão e de execução de algumas atividades propostas em sala de aula; a
falta de formação especializada dos professores; a auto exclusão, por serem
discriminados pelos colegas; além da falta de acessibilidade aos espaços físicos da
escola; da falta de apoio de profissionais especializados e do constrangimento
sofrido pelos discentes com NEE’S diante das atividades que não conseguem
realizar.

5. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

ETAPAS abr. mai. jun. jul.

23 23 23 23

Levantamento bibliográfico X
Fichamento de textos X
Coleta de fontes X X X
Análise de fontes X X X
Organização/Aplicação de questionários X X
Tabulação de dados X X
Organização do roteiro X X
Redação do Trabalho X X
Revisão/redação/final/entrega X

REFERÊNCIAS

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Monografia, Curso, de Pedagogia da Faculdade de Ciências – UNESP. Bauru, 2007.
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31/040420144073755.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023.

APÊNDICE

ROTEIRO DA PESQUISA COM ALUNOS E DISCENTE

 22

TEMÁTICA DA PESQUISA: Desafios e Possibilidades de Promover a Inclusão de

Estudantes com NNEs nas Aulas de Educação Física na Escola Municipal Domingos
Fernandes Calabar.

Por gentileza responda as questões, pois estará assim contribuindo para o

desenvolvimento da ciência. Lembramos que não serão identificados. Perguntas:

1) A escola oferece o professor auxiliar para as turmas que possuem estudantes

com deficiência? ( ) sim Desde que ano_______ ( ) não

2) Como é seu relacionamento com os estudantes com deficiência? É diferente dos

demais?

3) Como a turma se relaciona com estes estudantes? Existe preconceito?

4) De que forma você proporciona a inclusão dos estudantes deficientes?

5) Quais as dificuldades encontradas para trabalhar com estes estudantes?

6) Você se sente preparado para trabalhar com alunos deficientes? Formação

acadêmica (graduação), Cursos de capacitação, formação continuada....

7) A escola oferece infraestrutura adequada, acessibilidade?

8) Quais as atividades/possibilidades que você recomendaria para os colegas da

área trabalhar com estudantes deficientes. Experiências positivas.

9) Você entende que estes estudantes devem estar no ensino regular? Você
percebe aprendizagem, desenvolvimento deles?

10) Palavra aberta para outros registros.