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DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO (AEE) NO OLHAR DO PROFESSOR DA SALA DE RECURSOS


MULTIFUNCIONAIS

Keylane Lima Araújo¹


Maria Carmem Bezerra Lima²

RESUMO

Este estudo teve como objetivo analisar o processo formativo para atuação no
Atendimento Educacional Especializado (AEE) por meio de questionários abertos, a
fim de identificar as mazelas que ainda perpassam este campo de atuação, e refletir
sobre as práticas e políticas inclusivas que regem e direcionam o AEE nas Salas de
Recursos Multifuncionais. Os resultados de pesquisa demonstraram que a formação
docente para o AEE, não é suficiente para cumprir com todas as demandas
atribuídas à função. Além disso, verificou-se que a formação para o AEE se dá muito
mais em serviço do que em formações prévias, que não preparam o profissional
para atuação frente à realidade encontrada nas escolas. Diante disso, concluiu-se
que a formação para o AEE, inicial ou continuada, deve acompanhar os avanços em
termos de políticas inclusivas, como também em relação às práticas exigidas ao
profissional que atua nas escolas.

Palavras-chave: Educação Especial; Atendimento Educacional Especializado;


Formação de Professores.

ABSTRACT

This study aimed to analyze the training process to work in the Specialized
Educational Service (AEE) through open questionnaires, in order to identify the ills
that still permeate this field of action, and to reflect on the inclusive practices and
policies that govern and direct the AEE in the Multifunctional Resource Rooms. The
research results showed that teacher training for AEE is not enough to meet all the
demands assigned to the function. In addition, it was found that training for AEE
takes place much more in service than in previous training, which does not prepare
the professional to act in the face of the reality found in schools. In view of this, it was
concluded that training for AEE, initial or continuing, must accompany advances in
terms of inclusive policies, as well as in relation to the practices required of
professionals who work in schools.

Keywords: Special Education; Specialized Educational Service; Teacher training.

¹Graduando em Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI- pelo


PARFOR, POLO UNIÃO.
²Professora Orientadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí-
UESPI, PÓLO UNIÃO.
1 INTRODUÇÃO

O presente projeto que tem como propósito à constituição do trabalho de


conclusão do curso de licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí
(UESPI), tendo como tema: Desafios e possibilidades do Atendimento Educacional
Especializado (AEE) no olhar do professor da sala de recursos multifuncionais.
O interesse por pesquisar sobre desafios e possibilidades do atendimento
educacional especializado (AEE) no olhar do professor da sala de recursos
multifuncionais, surgiu diante a observação da sala de Atendimento Educacional
Especializado (AEE) que fiz numa escola, da qual eu trabalhei lá por um curto
período, percebi também que é muito difícil a pratica docente no AEE, desenvolver
processo atribuídos para essa função, que não são poucas: são muitas as
dificuldades para realizar ações pedagógicas, as quais exigem capacitações e
formação, muitas vezes na sala do AEE, não tem os recursos pedagógicos, percebi
também que não havia uma relação entre professor da sala de AEE e professor do
regular, na parte de ambos atuarem no processo de inclusão, da mesma forma não
vi uma relação de interação e dialogo dos professores com as famílias desse público
em pesquisa.
Diante do exposto, me incitei a conhecer melhor e valorizar mais o trabalho do
profissional que atua na sala do AEE. Daí, então o enfoque do presente projeto que
relata sobre a respeito dos desafios e possibilidades do professor na sala de
atendimento educacional especializado (AEE), na área da educação especial
ofertada aos alunos com deficiência (surdez, intelectual, auditiva, física, múltiplas e
surdocegueira), Transtorno do Espectro do Autismo/TEA e altas
habilidades/superdotação-AH/SD, o qual se propõe em analisar os desafios da
prática do professor no processo das ações pedagógicas.
Sabemos que a educação inclusiva possibilita o acesso à escola regular de
todas as crianças que possuem necessidades e dificuldades de aprendizagem
contribuindo para a construção de uma sociedade igualitária. Esta temática é
desafiador sendo tema de debates e discussões que compõem o contexto social e
os desafios da educação, principalmente em relação ao papel do professor e seus
desafios. Houve mudanças necessárias como a adaptação das escolas da educação
básica que precisou de espaços adequados, para que os caminhos da educação
inclusiva representasse uma relevância da educação para esses alunos.
Portanto, essa problemática me direcionou para algumas questões de estudo
pertinentes tais como: Quem são os profissionais que podem atuar no AEE, qual
sexo Masculino ou Feminino? Você recebe apoio da direção da escola para
desenvolver um bom trabalho no AEE? Justifique sua escolha? Você considera o
AEE uma politica de inclusão eficiente? Justifique sua escolha? No que se refere à
formação continuada para atuar no AEE você se sente satisfeita (o)? Justifique sua
escolha? Discorrendo a particularidade de cada aluno, participação da família e
valorização do profissional.
Diante disso, questiona-se: quais são os desafios e possibilidades do
Atendimento Educacional Especializado que os professores das Salas de Recursos
Multifuncionais encontram? Com esta preocupação profissionais da Educação
habilitados em Educação Especial, profissionais da psicologia e psicopedagogia,
que atuaram para organizar os atendimentos, propondo situações de aprendizagem
inovadoras, oportunizando assim o desenvolvimento para os estudantes do AEE.
Como Objetivo Geral, investigar quais são os desafios e possibilidades do
Atendimento Educacional Especializado que os professores das Salas de Recursos
Multifuncionais encontram e Específicos Conhecer quais são os desafios
enfrentados pelo professor do AEE; Indagar o professor do AEE acerca das
possibilidades que ele enxerga nessa política de educação inclusiva; Questionar
junto ao professor do AEE em que medida sua formação inicial e a continuada,
contribuíram para suprir as necessidades de cada aluno perante a sua
especificidade.

2 JUSTIFICATIVA

As práticas pedagógicas inclusivas no contexto escolar demandam


sistematização, profissionais qualificados, recursos adaptados e uma organização
curricular que atenda às necessidades específicas dos alunos. Tornando-se muitas
vezes desafiador para as instituições de ensino, professores e família. Assim para
um melhor desempenho dos profissionais e desenvolvimento das atividades, requer
investimento público, formação continuada dos professores, uso de tecnologias
assistivas e orientações para as famílias.
Com base nisso, podemos refletir sobre desafios nas práticas pedagógicas no
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e reconhecer as contribuições dos/as
professores/as e família para superação desses desafios. Assim criando estratégias
para que o aluno possa aprender melhor, oferecendo as ferramentas que
possibilitarão ao aluno o acesso ao conhecimento. A família e a escola emergem
como duas instituições fundamentais para desencadear os processos evolutivos das
pessoas e podem impulsionar ou inibir seu crescimento físico, intelectual, social,
afetivo e espiritual.
Dessa forma, faz-se necessário a parceria família-escola é um elo
importantíssimo no desenvolvimento da aprendizagem de qualquer criança ou
adolescente e muito mais no das pessoas com deficiência. Envolver as famílias no
processo educacional é fundamental para que os alunos possam avançar. Elas
devem ser convidadas a participar de momentos na escola e também estimulados a
realizar atividades junto com seus filhos em casa.

3 METODOLOGIA

Tratou-se de uma pesquisa será realizada na escola Padre Luís de Castro


Brasileiro, localizada na Rua David Caldas s/n, no bairro nossa senhora das Graças,
União-PI. O tipo da pesquisa foi uma pesquisa qualitativa, A pesquisa terá como
público alvo professores da sala do AEE que desenvolvem o atendimento
educacional especializado (AEE).
O processo de inclusão dos sujeitos participantes da pesquisa será por serem
professores que tenham formação continuada e capacitações na área do AEE, O
critério de exclusão dos participantes se dará por não terem a formação continuada
e capacitação na área do AEE e não se enquadrarem nos critérios exigidos na
pesquisa. O instrumento utilizado para a coleta de dados será entrevista.
Para Pacheco (2007), os serviços de apoio devem adotar uma postura
colaborativa e trabalhar de maneira coordenada com os professores, a fim de criar o
conhecimento compartilhado necessário para enfrentar os vários desafios que a
inclusão apresenta. Os especialistas em serviços de apoio têm perfis profissionais
muito diferentes, como resultado de seu treinamento e experiência de trabalho, e
pertencem tanto a círculos educacionais como a círculos da saúde. Ainda conforme
o mesmo autor, as escolas precisam de profissionais qualificados que forneçam
apoio nas tarefas de identificação, intervenção, orientação, por meio de técnicas,
procedimentos e ferramentas que requerem especialização de natureza psicológica
e pedagógica (PACHECO, 2007). Dessa forma, percebendo a necessidade de
conhecer melhor a deficiência intelectual, seu diagnóstico e suas manifestações e o
modelo de Atendimento Educacional Especializado oferecido no Brasil aos alunos
com essa condição, a presente pesquisa teve como objetivo identificar a situação
dos alunos com deficiência intelectual nas escolas brasileiras, a realização de
diagnóstico e encaminhamentos aos serviços de apoio e como é feito o Atendimento
Educacional Especializado aos alunos com deficiência intelectual na realidade
brasileira.

4 O Atendimento Educacional Especializado e o trabalho docente: dilemas,


desafios e possibilidades

O profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE), como


professor multifuncional, possui atribuições que vão além de seu papel pedagógico,
uma vez que atua como articulador, e como o principal promotor da inclusão no
ambiente escolar e em seu entorno (Pertile & Rossetto, 2015). De acordo com a
Resolução nº 04 de 2009, que estabelece as Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, é de responsabilidade
do professor do AEE:

I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos,


de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas
dos alunos públicoalvo da Educação Especial; II – elaborar e executar plano
de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a
aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – organizar
o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos
multifuncionais; IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos
recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino
regular, bem como em outros ambientes da escola; V – estabelecer
parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na
disponibilização de recursos de acessibilidade; VI – orientar professores e
famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo
aluno; VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar
habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação;
VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum,
visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos
nas atividades escolares (BRASIL, 2009, p.3).

Em relação ao trabalho pedagógico, segundo Ferreira (2016), o professor do


AEE deve proporcionar ao estudante com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento, e altas habilidades ou superdotação, aquilo que é específico a sua
necessidade educacional, de modo a auxiliá-los a superar as barreiras que dificultam
o seu desenvolvimento.
Para Castro e Vaz (2015), o AEE é um serviço de apoio complementar, e não
substitutivo ao ensino regular, que visa uma troca socializadora e efetiva de
aprendizado mútuo, entre estudantes com e sem necessidades educacionais
especiais, enfatizando a valorização das diferenças, e diminuindo assim as
desigualdades.
Para Lunardi-Lazzarin e Hermes (2015), a educação como direito social,
comum a todos os indivíduos, caracteriza-se como a oferta do direito à educação da
diversidade, pois permite que diversos sujeitos, com características distintas, tenham
a mesma oportunidade de escolarização. Já para Scherer e Dal’Igna (2015),
programas como o AEE servem para garantir com que todos os estudantes tenham
o direito de construir aprendizados dentro da escola, independente de suas
diferenças.
Contudo, essas mesmas autoras (Scherer & Dal’igna, 2015) apontam que o
trabalho do AEE está voltado para a “normalização” dos estudantes, e que muitas
vezes, os professores assumem o papel de psicólogos, identificando características
e construindo pareceres sobre a patologia de seus alunos, transformando as
individualidades em mensuráveis e corrigíveis. Além disso, Michels (2011) destaca
em seu estudo, que a inclusão ainda está articulada à exclusão, pois suas ações
dentro da escola visam a “inclusão” de indivíduos excluídos historicamente por meio
de processos sociais mais amplos.
Do mesmo modo, para Ferreira (2016), em termos de legislação,
inegavelmente a educação inclusiva têm avançado e o AEE é um progresso
significativo para a escola dita inclusiva, no entanto, ele ressalta que ainda existem
muitos desafios a serem superados, como as práticas escolares tradicionalmente
excludentes. Sabe-se que, o professor do AEE, deve se articular com o professor da
sala regular, para criação de estratégias e possibilidades mais efetivas de
aprendizagem, de acordo com as especificidades de cada estudante.
Em razão disso, o AEE deve estar articulado com os professores das classes
comuns, mas não deve se eximir da responsabilidade de escolarização desses
estudantes. O trabalho colaborativo entre esses professores deve estar voltado ao
processo de ensino-aprendizagem e a adaptação de metodologias e tecnologias
assistivas que possibilitem a apropriação dos conteúdos pelos estudantes,
independentemente de suas especificidades. Em uma escola inclusiva, os
professores não devem focar na deficiência, mas devem reconhecer as diferenças e
as individualidades de seus alunos, de modo a compreender, que cada ser é único,
plural e peculiar, e possui formas distintas de evolução e aprendizado, apresentando
ou não, uma necessidade educacional especial.
No presente trabalho, apresentaremos os dados referentes às questões de
múltipla escolha de números 1 a 4, as quais tratam da existência e da quantidade de
alunos com deficiência intelectual nas escolas, a condição da escola para atender às
necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência intelectual, a
existência de salas de recursos multifuncionais nas escolas e a modalidade de
educação frequentada pelos alunos com deficiência intelectual.
A partir das respostas das questões, os dados foram tabulados e
transformados em porcentagens, de acordo com o índice de resposta para cada
alternativa, considerando-se o número total de respondentes da enquete.

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

A pesquisa realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Luiz


de Castro Brasileiro, localizada na Rua David Caldas s/n, no bairro nossa senhora
das Graças, União-PI.
Com a intenção de diversificar o presente trabalho e colher dados necessários
para a pesquisa adotamos alguns procedimentos metodológicos. No primeiro
momento, com a intenção de embasar nossas hipóteses realizamos a construção do
referencial teórico.
Em um segundo momento, realizamos a análise dos dados das entrevistas
que teve como base professores de apoio pedagógico, coordenador e direção da
referida escola. Foram utilizados como instrumentos de coletas de dados questões
abertas onde os envolvidos puderam responder de acordo com suas possibilidades
e conhecimentos.
A seguir, apresentaremos e discutiremos os resultados das questões da
enquete abordadas nesse trabalho.
Pergunta 01: Qual o Sexo?

SEXO

40%

60% Masculino
Feminino

Fonte: Próprio Autor.

No Gráfico 01, está sendo abordada a primeira pergunta que informa o sexo
do profissional responsável para ministrar a aula, e podemos perceber que a maioria
é do sexo Feminino, logo é a maioria na escola. Em seguir a Segunda pergunta.

Pergunta 02: Você recebe apoio da direção da escola para desenvolver um


bom trabalho no AEE?

Marque uma das opções:


SIM NÃO NÃO DESEJO OPONIAR

20%

50%

30%

Fonte: Próprio Autor.


No Gráfico 02, a maioria marcou que é bom sendo um total de 50%, a direção
disponibiliza materiais para ser trabalhados na sala de AEE. Com base nesses
resultados, é possível verificar que a maioria dos professores tem, em suas escolas,
alunos com diagnóstico da deficiência intelectual, de maneira que o trabalho
pedagógico seja mais bem direcionado às potencialidades desses alunos, conforme
Oliveira (2007).
Portanto, não sabe como o diagnóstico chega até a escola, evidenciando
mais uma vez a fragilidade entre os sistemas de saúde e educacional brasileiros, no
que tange à necessidade de parcerias para encaminhamentos desses alunos para
diagnóstico e a criação de redes de apoio. Conforme afirma Pacheco (2007), os
serviços de apoio devem adotar uma postura colaborativa e trabalhar de maneira
coordenada com os professores, a fim de criar o conhecimento compartilhado
necessário para enfrentar os vários desafios que a inclusão apresenta.

Pergunta 03: Você considera o AEE uma politica de inclusão eficiente?

Marque Sim ou Não?


SIM NÃO

60%

40%

Fonte: Próprio Autor.

No Gráfico 03, maior parte professores/cursistas participaram da pesquisa,


tem diagnóstico clínico da politica de inclusão e esse diagnóstico, conforme
apontado nos resultados, é, em geral, dado por meio do trabalho eficiente entre
escola, professor e alunos.
Entretanto, destaca-se que, no Brasil, embora existam políticas que apoiem a
parceria entre as escolas e as redes de apoio, essa política ainda apresenta
fragilidades, necessitando da continuidade de apoios e investimentos em propostas
de formação continuada de professores que visem à escolarização de alunos com
deficiência intelectual. De modo

Pergunta 04: No que se refere à formação continuada para atuar no AEE você
se sente satisfeita (o)?

SIM NÃO NÃO OPINARAM

17% 33%

50%

Fonte: Próprio Autor.

No Gráfico 04, na maioria dos casos nos quais os alunos com suspeita de
deficiência intelectual não têm diagnóstico, os encaminhamentos mais frequentes
ocorrem para médicos neurologistas, psiquiatras, psicólogos, serviços de saúde dos
estados e municípios, entre outros.
Mais uma vez, é possível reafirmar a necessidade de transmitir
conhecimentos aos professores e à população acerca da legislação brasileira, para
que esse número possa crescer continuamente. Por outro lado, o número elevado
de matrículas revela igualmente a dificuldade da equipe escolar em mapear os
alunos com deficiência intelectual, já que muitos alunos dessa amostra são
matriculados apenas com a suspeita da deficiência intelectual e não com o
diagnóstico fechado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir das discussões do estudo, compreende-se que a formação exigida ao


professor para atuar no AEE, não consegue dar conta de todas as responsabilidades
atribuídas à função. Além disso, percebe-se que, a capacitação para atuação no
AEE se dá muito mais em serviço, do que em formações prévias..
Do mesmo modo, observou-se que as práticas do AEE não devem ser
voltadas para a correção das peculiaridades de cada estudante, mas devem focar no
processo de ensino aprendizagem e, no trabalho colaborativo com o professor da
sala regular, para que o processo de escolarização dos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, se torne
realmente efetivo.
Além disso, a educação especial e inclusiva precisa de investimentos em
políticas públicas para a formação de professores. Igualmente, é dever dos
educadores e pesquisadores da área de Educação, olhar com mais atenção para as
diversidades existentes na escola. Frente a isso, acredita-se que mais estudos
devem ser realizados com o olhar voltado para a Educação Especial, para as
políticas inclusivas e para o processo inclusivo dentro dos ambientes educacionais,
pois, a educação inclusiva, não é papel único do AEE, mas de todas as áreas.

REFERÊNCIAS

Brasil. Resolução n. 04, de 02 de outubro de 2009. Institui as Diretrizes


Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação
Básica – Modalidade Educação Especial. Ministério da Educação, Conselho
Nacional de Educação, 2009. Disponível em:. Acesso em: 02 nov. 2022.

Pertile, E. B. & Rossetto, E. TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTE PARA O


ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO. Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, Araraquara, v.10, n.4, out./dez. 2015.

Castro, J. & Vaz, A. F. Professores no atendimento educacional especializado:


Responsabilidades e impossibilidades. Arquivos Analíticos de Políticas
Educativas. Dossiê Educação Especial: Diferenças, Currículo e Processos de
Ensino e Aprendizagem II, vol. 23, n. 33, 2015.

Ferreira, D. C. K. Salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) na


rede regular pública de ensino paranaense: desafios, limites e possibilidades
do paradigma inclusivo. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 29, n. 55, p.
281-294, maio/ago. 2016.
Lunardi-Lazzarin, M. L. & Hermes, S. T. Educação Especial, Educação Inclusiva e
Pedagogia da Diversidade: celebrar a diversidade! Exaltar a tolerância!
Notabilizar o respeito! Proclamar a solidariedade! Revista Educação Especial,
Santa Maria, v. 28, n. 53, p. 531-544, set./dez. 2015.

OLIVEIRA, A. A. S. Um diálogo esquecido: a vez e a voz de adolescentes com


deficiência. Londrina: Práxis, 2007.

PACHECO, J. Caminhos para a inclusão: um guia para aprimoramento da


equipe escolar. Porto Alegre: Artmed, 2007.

Scherer, R. P. & Dal’igna, M. C. Professoras do atendimento educacional


especializado: intervenção clínica ou pedagógica? Acta Scientiarum. Education,
Maringá, v. 37, n. 4, p. 415- 425, Oct.-Dec., 2015.
APÊNDICES
AGRADECIMENTOS

Agradeço à toda minha família, amigos e à todas as pessoas que ajudaram na


realização deste trabalho. Sou imensamente grato pela paciência e incentivo.
Agradeço à minha orientadora: Maria Carmem Bezerra Lima seu apoio,
orientação e ideias fizeram desta uma experiência inspiradora para mim.

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