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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ – UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

DEISE MACHADO DA SILVA

PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA


A INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Tucuruí
2023
DEISE MACHADO DA SILVA

PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA


A INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Norte do Paraná – Unopar, como requisito
parcial à conclusão do Curso de Licenciatura
em Educação Física.

Docente presencial: Aline Souza Morais da


Silva

Docente supervisor: Prof. Ms. Bruno José


Frederico Pimenta

Tucuruí
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
1 TEMA....................................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................6
3 PARTICIPANTES.................................................................................................8
4 OBJETIVOS......................................................................................................... 9
5 PROBLEMATIZAÇÃO........................................................................................10
6 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................11
7 METODOLOGIA.................................................................................................20
8 CRONOGRAMA.................................................................................................22
9 RECURSOS....................................................................................................... 24
10 AVALIAÇÃO....................................................................................................... 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................26
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 27
3

INTRODUÇÃO

O acesso ao ensino regular de crianças e jovens com restrições motoras,


sensoriais ou até mesmo intelectual está sendo cada vez mais debatida,
considerando-se que a oferta de ensino para alunos com deficiência deve ser
ofertada de modo a garantir o acesso e a qualidade de ensino conferido aos demais
estudantes.
Assim, as escolas que até então enxergavam essa inclusão como uma
realidade distante, veem se deparando cada vez mais com essa situação, fazendo
com que se busquem programas de formação docente visando a inclusão do aluno
com deficiência, ao mesmo tempo em que, os próprios professores busquem se
aperfeiçoar para atender as necessidades educacionais de cada aluno.
Tendo em vista este novo contexto educacional, a inclusão do aluno com
deficiência nas aulas de educação física tem um papel importantíssimo,
considerando que por meio das práticas corporais envolvidas nesta aula, estes
alunos trabalharam de forma coordenada e integral, habilidades fundamentais para o
seu desenvolvimento, como: coordenação motora ampla e fina, noções de tempo e
espaço, lateralidade, concentração, equilíbrio, raciocínio, entre outros.
Fundamentos, ou mesmo, habilidades que devem ser desenvolvidas
respeitando e buscando superar as limitações e potencialidades de cada aluno, e
que serão muito importantes para sua inserção e o aprendizado intelectual em sala
de aula.
Entre os fatores que deverão ser levados em conta neste processo estão a
falta de estrutura e de recursos principalmente quando nos referimos ao ensino
público (escolas municipais e estaduais). Fazendo com que muitos alunos acabem
por serem isolados devido a falta de uma local adequado para a práticas de
atividades, ou mesmo, de materiais que possibilitem a sua interação com a turma de
modo geral na realização de brincadeiras, jogos e outras dinâmicas.
Diante deste cenário, este projeto de ensino se propõe a realizar a inclusão
dos alunos com necessidades especiais na prática de educação física escolar no
Ensino Fundamental Anos Finais.
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1 TEMA

O tema desta pesquisa é: A Inclusão dos Alunos com Deficiência nas


Aulas de Educação Física Escolar, o presente tema se caracteriza por ser de
grande importância para o ensino e a prática de Educação Física escolar,
principalmente se considerarmos que este tem sido um tema de grande debate
no contexto escolar.
Este será desenvolvido tendo como abordagem: a educação física como
área de linguagens, tendo como foco central a linguagem corporal, a qual está
diretamente ligada a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, onde
As práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno cultural
dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular e contraditório. Desse
modo, é possível assegurar aos alunos a (re)construção de um conjunto de
conhecimentos que permitam ampliar sua consciência a respeito de seus m
ovimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos outros e desenvolver
autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal de movimento
em diversas finalidades humanas, favorecendo sua participação de forma
confiante e autoral na sociedade. (BNCC 2017, p. 213).

Para tanto, compreende-se que a educação física escolar tem um papel


fundamental no processo de inclusão e integração dos alunos como deficiência
com os demais alunos, permitindo não somente assegurar sua inserção social,
mas também juntamente com os demais assegurar que este se reconheça como
parte integrante do processo de ensino, fazendo com que ambos criem uma
consciência corporal que leve-os a superar suas dificuldades e potencializar
suas potencialidades.
Ainda, conforme a BNCC (2017, p. 213), é fundamental frisar que a
Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a
experiência das crianças, jovens e adultos na Educação Básica, permitindo o
acesso a um vasto universo cultural”.
Assim, a educação física proporciona aos seus alunos um vasto leque de
experiências e de potencialidades físicas e motoras, uma vez que, a educação
inclusiva quando realizada de maneira adequada tem como característica central
o desenvolvimento dos alunos de forma integral auxiliando até mesmo na
aprendizagem das demais disciplinas do currículo escolar.
Entre os principais fatores que contribuem para este tema, é o fato de que a
educação física tendo como foco a inclusão do aluno com deficiência na sua
prática cotidiana pode ser realizada envolvendo as seis unidades temáticas
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contidas no currículo da BNCC, sendo estas: brincadeiras e jogos; esporte;


ginásticas; danças; lutas; e práticas corporais de aventura. Sempre levando em
consideração as necessidades e as possibilidades dos alunos como um todo.
Partindo do exposto, e tendo como local de aplicação deste estudo uma
escola na cidade onde fixo residência, se faz necessário compreender a
realidade escolar em questão, assim sendo, pode0se diagnosticar que está
escola não possui um grupo grande de alunos com necessidades especiais, mas
os que frequentam a escola, participam das aulas de educação física conforme
suas necessidades, onde, os que tem dificuldade motora, que fazem uso de
cadeira de rodas, não participam das aulas de educação física.
Por isso, com o tema escolhido estende-se que com este projeto, se
poderá contribuir no aperfeiçoamento das atividades de educação física até
então desenvolvidas neste contexto escolar. Além de fazer com que os alunos
possam vivenciar novas experiências aos envolvidos.
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2 JUSTIFICATIVA

A Educação Física é uma disciplina em que o professor consegue


averiguar as diferenças entre os alunos, suas habilidades, dificuldades e
limitações as quais, muitas vezes são motivo de crítica e de risos por parte dos
alunos. Sendo assim, o professor deve estar apto a mediar e desenvolver suas
atividades escolares com igualdade, ou seja, fazendo com que os alunos
busquem compreender as dificuldades que cada um dos colegas pode vir a
apresentar.
Compreendendo que a educação física tem como uma de suas
características o intuito de levar o aluno a refletir sobre suas práticas corporais e
principalmente sobre suas ações com os demais alunos. Entende-se que a
educação física adaptada visando atender os alunos com deficiência, visa
compreender suas necessidades e desenvolver suas capacidades, em suma,
busca potencializar ações para independência e autonomia em meio a suas
competências sociais e educacionais, além de estimular a memória, atenção e
concentração por meio de estratégias de ensino e recurso pedagógico (COSTA;
MOREIRA; SEABRA JÚNIOR, 2015).
Neste contexto, a educação física escolar adaptada é um importante
processo de inclusão de pessoas com deficiência, sendo através de atividades
recreativas lúdicas ou jogos, assim, muitos professores estão em busca de
capacitações para atender está demanda nas escolas, e esse projeto vai ser
importante e irá contribuir com os profissionais da área de educação física, pois
poderão avaliar o quanto as atividades adaptativas podem ser positivas para
todos os alunos.
De acordo com Lara e Pinto (2017), no campo da educação escolar, a
busca por uma educação inclusiva e pelo estudo nessa área, de forma
sistematizada, está assegurada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB de 1996.
Neste sentido, de acordo Lara e Pinto (2017), o processo inclusivo das
crianças que apresentam necessidades especiais, na escola e também na
prática da educação física, é de grande importância para a relação social, entre
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o aluno que apresenta necessidades especiais e o aluno considerado “normal”,


uma vez que, as atividades desenvolvidas buscam a inclusão de todas as
pessoas.
Portanto, desenvolver um projeto que tem como objeto central a educação
física inclusiva no ensino fundamental nos anos finais é de grande importância para
inserção do aluno com deficiência no contexto escolar. Visto que, este poderá
contribuir para o melhor aprendizado, socialização e integração escolar. Ao mesmo
tempo em que o professor poderá ter mais segurança e autonomia na prática de
educação física.
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9

3 PARTICIPANTES

O presente projeto tem como público-alvo os alunos do Ensino Fundamental


anos finais.
.
10

4 OBJETIVOS

Este projeto de ensino em educação física apresenta como objetivo geral o intuito
de:

 Verificar a importância da educação física adaptada a inclusão dos alunos


com deficiência no ensino fundamental nos anos finais.

Tendo em vista o objetivo geral, este projeto tem como objetivos específicos:

 Apontar os benefícios da educação física adaptada no ensino fundamental.


 Descrever quais os grupos de alunos que possuem necessidades de
adaptação.
 Especificar quais os modelos de adaptação podem ser realizados na prática
da atividade física escolar.
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5 PROBLEMATIZAÇÃO

Poder proporcionar aos alunos com alguma necessidade especial a oportunidade da


atividade física é um ponto positivo e importante para o seu desenvolvimento quanto
pessoa, por isso, é fundamental que os profissionais da área de educação física
tenham a percepção quanto o movimento de inclusão pode ser positivo para todos
os alunos, com e sem deficiências. O que deve ser pensado e questionado é a
forma como essa inclusão pode e deve ser trabalhada dentro do contexto
educacional.
Deve-se abrir questionamentos sobre a forma como os alunos com
necessidades especiais estão participando das atividades de educação física ou se
elas estão sendo excluídas das aulas por algum tipo de necessidades especiais que
a mesma possui, ou os que participam das aulas são direcionados a atividades
paralelas, enquanto todos os alunos participam de alguma atividade diferente. Isso
ocorre, pois não há atividades adaptadas e recursos disponíveis para estes.
Portanto, esta é uma carência que a escola possui e precisa ser trabalhada
de forma coerente e bem estruturadas, tanto em recursos físicos como didáticos.
Sendo assim, perguntas são feitas como forma de baseamento para essas
pesquisas, perguntas como: qual o papel do professor de educação física nesse
processo? De que forma a escola pode está intervindo na metodologia do professore
para auxilia-lo nas aulas e nesse processo de inclusão? Como pode ser elaborado
uma aula inclusiva? Esses e outros inúmeros questionamentos serão respondidos
ao longo do trabalho.
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6 REFERENCIAL TEÓRICO

Benefícios da educação física adaptada

A Educação Física é uma disciplina que leva o aluno a refletir, por meio
do movimento, suas ações e necessidades frente às demandas da sociedade
atual na qual este precisa posicionar-se. Do mesmo modo, a Educação Física
Adaptada visa compreender necessidades e desenvolver capacidades, em
suma, potencializar ações para independência e autonomia em meio a suas
competências sociais e educacionais, estimular a memória, atenção e
concentração por meio de estratégias de ensino e recurso pedagógico (COSTA;
MOREIRA; SEABRA JUNIOR, 2015)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, no capítulo V,
Art. 58°, trata da Educação Especial como sendo a modalidade de educação
escolar ofertada na rede regular de ensino, para alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais, com serviço de apoio especializado para
atendê-los. O Art. 59°, inciso III, assegura professores especializados e
capacitados para trabalhar a integração desses alunos nas classes comuns
(BRASIL, 1996).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física afirmam que a
participação desses alunos nas aulas de Educação Física, quando orientada e
estruturada adequadamente, pode trazer benefícios para eles, principalmente
proporcionando integração, inserção social e desenvolvimento de suas
capacidades afetivas (BRASIL, 1998).
O professor de educação física que realiza atividades psicomotoras,
durante suas aulas, contribuem para o progresso nas áreas motoras como:
coordenação motora global, coordenação motora fina, equilíbrio, lateralidade,
noção corporal, temporal e espacial, fundamentais para a realização de tarefas
cotidianas, bem como, imprescindíveis nas atividades escolares e, por
conseguinte, nos aspectos relacionados à aprendizagem (COSTA; MOREIRA;
SEABRA JUNIOR, 2015).
Também, as atividades de educação física, auxiliam no processo de
inclusão do aluno, desenvolvendo competências e condições igualitárias,
buscando, estratégias para diminuir a exclusão, através dos contatos
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interpessoais, já que as atividades físicas propiciam o ensino de limites e
superação e o contato físico que são propostos pelas dinâmicas das práticas
educativas que valorizem a diversidade e o respeito entre os alunos (LARA;
PINTO, 2017).
A escola tem um papel muito importante para inserir crianças em um
processo socializador. O processo inclusivo na pratica da educação física, é
uma relação benéfica entre o aluno que apresenta necessidades especiais e o
aluno considerado “normal,” em que o ensino inclusivo e a atividade que busca a
inclusão de todas as pessoas, de forma imparcial quanto ao talento individual e
as deficiências (sensorial, física ou cognitiva), independente de origem
econômica ou sociocultural (LARA; PINTO, 2017).
De acordo com Lara e Pinto (2017) a educação física, como pratica
escolar, integra o aluno na cultura corporal, ajudando na formação cidadã, para
que este possa reproduzir e até mesmo transformar essa cultura. Portanto, a
pratica da educação física tem um papel de desenvolver aspectos individuais e
coletivos, além de trabalhar o desenvolvimento motor, a aptidão física e o bem-
estar social. Para que essas adaptações influam em um caráter inclusivo, os
professores e a estrutura escolar devem estar preparados para receber os
alunos de acordo com suas características individuais e com seu tipo de
deficiência.
No âmbito escolar, a pratica de atividades físicas e considerada
fundamental para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor dos alunos,
oportunizando também, um ambiente propicio para desenvolver a coletividade,
cooperação, socialização e o respeito entre eles, independentemente de
qualquer limitação física (LARA; PINTO, 2017).
Nesse sentido, as aulas de educação física podem auxiliar nas
capacidades motoras, pois proporcionam o desenvolvimento global de todos os
alunos, auxiliam nas adaptações para movimento e no equilíbrio das limitações e
deficiência dos indivíduos. Além disso, permitem identificar as potencialidades e
as necessidades de cada educando, no intuito de proporcionar a independência
e autonomia, facilitadores do processo de inclusão e aceitação social (RUFINO
et al. 2016).
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A educação física adaptada para os alunos portadores de necessidades
especiais

A educação física enquanto componente curricular da Educação Básica


no Brasil vem buscando alternativas para assegurar o acesso e o máximo
aproveitamento de estudantes com deficiências nas escolas comuns da rede
regular de ensino. As leis brasileiras têm assegurado o acesso e a permanência
de estudantes com deficiência em escolas e classes comuns da rede regular de
ensino, estabelecendo a igualdade de condições no processo de escolarização.
Embora ainda haja resistência e muitas dificuldades, estudantes com
deficiências e seus familiares começam a reivindicar e a usufruir o direito à
educação inclusiva (MUNSTER; ALVES, 2018).
Conforme a Constituição Federal brasileira (BRASIL, 1988) e a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n. 9.394/96 (BRASIL, 1996) –
estabelecem que a educação é direito de todos (artigo 205) e que as pessoas
com deficiências devem ter seu processo educacional “preferencialmente na
rede regular de ensino”, garantindo Atendimento Educacional Especializado às
mesmas (artigo 208).
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (BRASIL, 2008) define o público alvo da educação especial, garantindo
serviços de apoio e atendimento especializados aos estudantes portadores de
necessidades especiais, como físicas, intelectuais ou sensoriais.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2015) reafirma o direito
da pessoa com deficiência à educação em todos os níveis (Artigo 27) e prevê,
entre outros aspectos, o “acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de
condições, a jogos e atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema
escolar” (Artigo 28) - (BRASIL, 2015, p.21).
Embora a legislação brasileira garanta o acesso e a permanência de
estudantes com deficiência preferencialmente nas escolas comuns da rede
regular de ensino, a inclusão ainda é uma realidade distante na maioria das
escolas do país. No Brasil, muitos estudantes com deficiência permanecem
excluídos ou possuem participação limitada nas aulas de Educação Física,
mesmo sendo este um componente curricular pertencente aos vários níveis de
educação (MUNSTER; ALVES, 2018).
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Entretanto, na realidade escolar brasileira, a Educação Física Adaptada
ainda não figura entre o rol dos atendimentos educacionais especializados
disponíveis ao público alvo da Educação Especial o suporte desejado pelos
professores de Educação Física para a inclusão de estudantes com deficiências
durante as aulas de Educação Física (assistência física ao educando no
momento das aulas, desenvolvimento de recursos alternativos, adaptações no
espaço físico ou nas atividades) acaba não se estabelecendo como necessário
(MUNSTER; ALVES, 2018).
Embora a legislação brasileira garanta o acesso e a permanência de
estudantes com deficiências nas classes comuns da rede regular de ensino,
verifica-se que a inclusão é uma realidade ainda distante do cotidiano escolar
brasileiro. A ausência de um diagnóstico preciso das necessidades especiais da
clientela no âmbito da Educação Física, a insuficiência na formação inicial e
continuada do profissional de Educação Física, a falta de recursos materiais e
serviços de apoio adequados à clientela, a carência de profissionais de apoio
durante as aulas e práticas em Educação Física, a ausência de indicativos para
adequar os referencias curriculares da área e atitudes inadequadas de
profissionais despreparados ainda constituem obstáculos ao processo de
inclusão (MUNSTER; ALVES, 2018).

Modelos de adaptação na prática da atividade física escolar

As aulas de Educação Física muitas vezes, tem reforçado em sua prática um


modelo em que se pauta na competição e na performance do aluno, ou seja, na
prática esportiva e na aquisição da aptidão física, esquecendo-se do seu caráter
pedagógico e formador. A partir dessa realidade, torna-se necessário criar uma
identidade para a Educação Física, dando-a significado no contexto escolar,
resgatando valores que realmente possam privilegiar as ações do coletivo sobre o
individual, possibilitando o respeito às diferenças e às limitações individuais,
garantindo uma aula mais solidária e humanizada (MAURE, 2016).
Para proporcionar aos alunos uma prática reflexiva, será através da
aplicação e a vivência de atividades física adaptadas, assim, o aluno poderá se
colocar no lugar do outro, sentindo as suas dificuldades conforme as suas
limitações, tentando se superar a cada dificuldade encontrada, possibilitando-lhe
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enxergar o outro como diferente de si, compreendendo as diferenças
individuais como parte da diversidade humana, indo em busca, em cada aula, da
reflexão, da aplicação de novos conceitos e atitudes (MAURE, 2016).
Atividades adaptadas são desenvolvidas especificamente para as
pessoas portadoras de necessidades especiais e servem como forma de
inclusão, que pode ocorrer na instituição regular de ensino, especificamente na
área da Educação Física, que trabalha com o movimento corporal, onde se
desenvolve atividades adaptadas á cada tipo de deficiência e para suas variadas
limitações (MILAN; SALLES; RODRIGUES, 2017).
A prática de educação física adaptada vem contribuir com uma nova ação
pedagógica a ser aplicada nas aulas de Educação Física, como meio
motivacional, reflexivo e conscientizador, possibilitando aos alunos a prática de
esportes, o aprender, reconhecer e vivenciar as diferenças individuais. E para
isso, as atividades que contribuíram para esta prática de ensino será as
atividades adaptadas, através de atividades teóricas e vivências práticas
referente às deficiências visual, auditiva e motora (MAURE, 2016).
Por isso, criar adaptações em atividades tradicionais, já existentes, para
que seja possível que a pessoa com deficiência participe é um fator importante
para a promoção da inclusão. Sendo que serão realizadas na intenção de
proporcionar ao educando o reconhecimento das diferenças individuais,
enxergar o outro como diferente de si, com suas próprias limitações e
dificuldades, bem como a superação a cada movimento executado, “sentindo na
pele” a dificuldade do outro (MAURE, 2016).
Também, desenvolver atividades voltadas especificamente para quem
tem deficiência, com regras envolvendo as limitações da pessoa e fazer com
que, quem não possui deficiência participe dessa atividade, simulando a
deficiência, promove maior respeito à questão da deficiência já que os não
deficientes podem experimentar as dificuldades sentidas pelos alunos com
necessidades especiais. (MILAN; SALLES; RODRIGUES, 2017).
No caminho percorrido pela educação inclusiva, não é mais aceitável que
o aluno com deficiência busque se integrar por si mesmo, mas sim que o
contexto se transforme para possibilitar sua inserção. Construir normas
uniformes sobre as questões de igualdade de oportunidades para os alunos com
deficiência passa a ser, então, prerrogativa essencial para a inclusão nas
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escolas, destacando a importância de uma pedagogia que realmente atenda
às necessidades desses alunos. (MILAN; SALLES; RODRIGUES, 2017).

Medidas inclusivas para a adaptação das aulas de educação física


Ao se propor uma prática inclusiva, é preciso entender que a diversidade
é real para que se modifique o modo de olhar o outro. Estamos acostumados a
enxergar a pessoa com deficiência identificando-a por sua limitação – quando
deveríamos converter a dificuldade em ponto de partida para o desenvolvimento.
Outro empecilho que a prática da educação inclusiva enfrenta é a dificuldade em
se compreender que a ação da “deficiência” sobre o aluno é sempre secundária:
são as barreiras sociais construídas e consolidadas nas interações com o outro
que imprimem a marca da capacidade ou incapacidade. (BLOCK et al., 2013;
JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
Nesse contexto, o papel do professor é ser o elo entre o conhecido e o
desconhecido. Ele deve criar desequilíbrios e desafios para que a criança
construa o conhecimento. Em sua formação pessoal, o educador deve sempre
estar atento às discussões atuais. Ensinar pressupõe a busca por diferentes
estratégias de ensino e o intercâmbio de práticas e saberes entre os
profissionais – afinal, trabalhar com inclusão é atuar de forma coletiva. (BLOCK
et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
Deve-se desconstruir o ideal tradicional de aluno para, com base em um
novo conceito, olhar a diversidade não como uma condição excepcional, mas
com naturalidade. Isso implica reconhecer as diferenças de todos para buscar
potencialidades. Nesse ponto, é preciso investigar previamente: qual o tipo de
deficiência do estudante? Quando e como surgiu? Em quais funções ele
necessita de auxílio? Qual seu grau de autonomia? Como é seu
desenvolvimento cognitivo e motor? Como ele interage? Que outros serviços de
apoio (fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia etc.) é preciso buscar
para estabelecer um trabalho interdisciplinar? (BLOCK et al., 2013; JEONG;
BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
No decorrer dos processos de ensino e aprendizagem, o professor deve
estar atento às formas de interação que o estudante estabelece, ao seu grau de
motivação nas atividades, às suas capacidades de persistência, esforço e
concentração, às suas atitudes diante de situações de sucesso e fracasso e aos
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seus interesses e gostos. Tudo isso fornecerá pistas para que o educador se
aproxime e conquiste a confiança do aluno, para que este se arrisque em novas
aprendizagens. (BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN,
2016).
Atenção ao planejamento, o planejamento, compreendido como um ciclo
que envolve as etapas de organização, execução e avaliação, serve para prever
situações e organizar intervenções, minimizando os receios que podem
atrapalhar as experiências dos educandos. Não há como enfrentar desafios ou
problemas sem um mínimo de segurança. O professor pode utilizar o improviso
frente a situações inesperadas, mas não pode apostar nessa estratégia o tempo
todo. É preciso haver uma organização condizente com a prática inclusiva que
atente para a elevação gradativa do grau de dificuldade das atividades. (BLOCK
et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
Na etapa de execução, devemos partir do princípio de que as aulas
representam um exercício de convivência. Para isso, é preciso mudar o foco das
incapacidades para as potencialidades, adotando a diferença como parâmetro
balizador do plano de ensino. (BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011;
TANT; WATELAIN, 2016).
A avaliação como parte desse ciclo possibilita melhorar as intervenções.
O uso de estratégias avaliativas de forma contínua e reflexiva permite
acompanhar os processos de ensino e aprendizagem para corrigir os rumos,
identificar os pontos positivos e as dificuldades a serem superadas. Com
o planejamento, afasta-se o risco de uma prática educacional baseada em mera
repetição de modelos. Quando se fala de inclusão, não se pode recorrer a
estruturas fixas. (BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT;
WATELAIN, 2016).
No que diz respeito à efetivação de uma prática de Educação Física
inclusiva, quatro estratégias pedagógicas são essenciais. Vale ressaltar que os
exemplos abaixo não devem ser encarados como receitas, mas como um
possível ponto de partida para o fomento de diferentes práticas. (BLOCK et al.,
2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
A sua metodologia deve se atentar ao uso de atividades que simulam
situações de deficiência é uma excelente forma de fazer com que os educandos
tenham conhecimento das possibilidades e dos limites enfrentados pelo outro.
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Tais experiências também podem ser a base para a discussão e criação de
estratégias de inclusão que partam do próprio grupo. Outra atividade pertinente
são os jogos cooperativos, que diminuem as chances de experiências negativas,
estimulam a descontração e promovem o respeito às diferenças. (BLOCK et al.,
2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
É interessante propor ações que valorizem as habilidades dos alunos com
deficiência, utilizar estratégias de reforço positivo e evitar atividades
eliminatórias. Alguns cuidados também devem ser observados para não
se “adaptar demais”, pois o excesso descaracteriza o exercício e desmotiva os
estudantes. Vale a pena destacar uma regra de ouro para as adaptações:
manter o propósito original da atividade. (BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK,
2011; TANT; WATELAIN, 2016).
O educador pode variar as técnicas de ensino e oferecer oportunidades
adequadas de prática (como circuitos e estações de aprendizagem). Em relação
à ajuda física, é importante que o professor e os colegas se revezem nessa
função para que todos tenham a oportunidade de colaborar. É vantajoso diminuir
a assistência progressivamente para estimular a independência do aluno.
(BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
Por fim, é fundamental que o professor esteja atento a posturas
preconceituosas para intervir sempre que necessário, mantenha um ambiente
agradável e lúdico que estimule a aprendizagem e estabeleça metas e desafios
para os estudantes, instigando-os a buscarem o seu melhor sem comparações
com os demais. Um cuidado especial: não perpetuar práticas que desmereçam o
aluno com deficiência, tratando-o, por exemplo, como um boneco a ser
manipulado. (BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN,
2016).
Sobre a comunicação e expressão, a prática inclusiva deve incorporar as
diversas formas de expressão e comunicação para favorecer interações mais
eficientes. À medida que o estudante com deficiência se comunica e percebe em
seu interlocutor uma reciprocidade, sua manifestação expressiva se desenvolve.
Seu corpo transborda expressões, supera desafios, e ele demonstra a
necessidade de participar das atividades propostas. Para maximizar a interação,
alguns cuidados são pertinentes na hora de organizar os grupos, como dar as
orientações e utilizar mecanismos sensoriais para o ensino e diversificar as
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formas de comunicação com adaptações específicas para abranger a
diversidade. (BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN,
2016).
Sobre a organização do espaço, é preciso atentar para questões de segurança –
como o uso de materiais de proteção, bloqueio de escadas e proteção de pilastras –
e ajudar o aluno a fazer o reconhecimento prévio do ambiente em que a aula de
educação física acontece e da escola como um todo. (BLOCK et al., 2013; JEONG;
BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
No que diz respeito aos recursos materiais, pode-se utilizar objetos de
diferentes formatos, tamanhos e pesos. Uma boa alternativa é criar, junto com a
turma, os recursos materiais para as aulas, tornando-os mais significativos.
Podem ser usados, por exemplo, pneus, bolas, balões, arcos, garrafas pet,
jornal, papelão, cabos de vassoura, latas, bolas de meia, sacos de areia, velcro,
luvas etc. Diferentes pesos e texturas proporcionam uma riqueza sensorial maior
e melhoram a aprendizagem motora dos estudantes. (BLOCK et al., 2013;
JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN, 2016).
O trabalho com a diversidade forma gerações para viver sem
preconceitos e barreiras em um mundo tão diverso. Enfrentar as questões da
inclusão exige, além de adaptações materiais e estruturais, um trabalho conjunto
entre todos os agentes educativos. A presença de alunos com deficiência nas
escolas comuns representa mais do que um desafio – ela estabelece a
possibilidade de aprendizagem e o enriquecimento para aqueles que
conseguem tirar os “óculos” da padronização e enxergar com os “óculos da
diversidade”. (BLOCK et al., 2013; JEONG; BLOCK, 2011; TANT; WATELAIN,
2016).

Educação física escolar e a adaptação dos jogos


Quando se fala de inclusão nas aulas de educação física é importante notar
que deverá haver todo um trabalho de adaptação por parte do educador físico.
Muitas vezes só planejar a aula não é o suficiente para que os alunos se sintam
inclusos nas aulas.
As formas como um professor de educação física podem está adaptando
essas aulas dentro das escolas é transformando ela em uma atividade na qual todos
os alunos possam participar. Vejamos, se a aula planejada pelo professor de
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educação física se tratar de uma atividade que deverá ter o uso da bola como o
futsal, o mesmo pode está adaptando a sua aula de acordo com o aluno com
deficiência que tem na sua turma, se for um aluno cadeirante, pode estar sendo feito
a adaptação do jogo no chão, e a bola sendo jogada com as mãos, caso seu aluno
seja deficiente visual, pode estar sendo inserido guizos nas bolas para fazer barulho
e eles perceberem a direção que está indo à bola.
Ou seja, existem várias formas de adaptações tanto a adaptação da aula em
si, como as metodologias e também os materiais a serem utilizados, para que a aula
se torne mais inclusa e mais atrativa para todos os alunos.

7 METODOLOGIA

O presente trabalho caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica,


desenvolvido a partir de artigos e livros elaborados e publicados por inúmeros
autores escolhidos para ajudar na elaboração deste trabalho para partir da
questão que objetivou suscitar reflexões sobre o tema. As técnicas abordadas
foram através da leitura de obras cientificas publicadas nos últimos dez anos.
Nesse sentido segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa
bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de
livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer
com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito
sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas
pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada
como o primeiro passo de toda a pesquisa científica. Diante disso artigos foram
verificados e investigados autores e seus artigos, no Scientific Eletronic Library
Online (Scielo) e no Google acadêmico assim como livros na Biblioteca Virtual
para melhor entendimento e compreensão do tema proposto. Os principais
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autores que foram avaliados e teve destaque nesse processo de pesquisa e
criação desse projeto foram Teixeira e Guedes Júnior (2010); Staley (2005);
Liebenson (2017) entre outros.
Os métodos utilizados para a elaboração desse artigo seguiram algumas
etapas, a primeira consiste na escolha da temática central do trabalho, aonde foi
possível determinar o tema a ser pesquisado, a segunda etapa foi a elaboração
do plano de trabalho, nessa etapa foram observados como deveria ser toda a
estrutura desse artigo desde o resumo, a introdução, referencial teórico ou corpo
do trabalho, também foi destacado essa etapa aqui que é a metodologia
utilizada para a elaboração de todo esse trabalho de conclusão de curso. Após
as metodologias foi destacado uma das partes mais importantes do trabalho que
foram os resultados e discussões obtidos após toda a construção e analise
desse trabalho.
O projeto de Educação Física Adaptada foi organizado em cinco etapas,
iniciando-se com a escolha do tema, este se deu a partir da vivencia que eu tive
durante os estágios curriculares dentro das escolas, com ensino das series iniciais e
de 5ª ao 9º ano. Assim, o projeto foi elaborado a partir do referencial bibliográfico
sobre o tema educação física adaptada a inclusão dos alunos com deficiência, e a
base de dados da Pesquisa referiu-se à artigos acadêmicos sobre o tema. A etapa
do planejamento se deu através da organização das atividades que serão
desenvolvidas.
A aplicação desse projeto após ser aprovado pela direção escolar será
através de aulas práticas com exemplos de atividades de educação física
adaptada, com os alunos com necessidades especiais do 6° ao 9°ano. Também,
para que esse projeto de suma importância continue sendo aplicado, será
entregue aos professores, orientações com exemplos, de atividades físicas
adaptadas, para que eles utilizem durante as suas aulas, contemplando
atividades com recursos disponíveis na escola e que poderão ser realizados
conforme as necessidades dos alunos.
Então, a primeira etapa será uma conversa com os professores de
educação física, entregando um folder com exemplos da prática de educação
física adaptada e orientações sobre as mesmas.
A segunda etapa será participar de algumas aulas e desenvolver as
atividades adaptadas, nesta fase os alunos poderão praticar esportes adaptados,
23
como golbol, voleibol sentado, futebol de cegos, basquetebol para cadeirantes,
descritas abaixo:
Na “atividade rítmica” os alunos estarão dispostos em círculo e,
parados, deverão ouvir as batidas bola no ritmo estipulado pelo professor; ao
bater a bola o professor demonstrará que: 1 batida de bola os alunos deverão
executar a corrida; 2 batidas de bola deverão executar um salto; 3 batidas de
bola a execução da caminhada em diferentes direções. Ao sinal do professor os
alunos estarão dispostos pela quadra e atentos aos estímulos sonoros para
execução dos movimentos.
No “futsal 4 goleras” os alunos serão divididos em duas equipes, com o mesmo
número de participantes. A atividade será realizada em uma quadra de futsal, onde
não serão utilizadas as traves do gol, e sim 8 cones, que serão montadas 4 goleiras
nos cantos da quadra. As equipes deverão marcar gol em duas goleiras designadas
para elas. Vence a equipe que fizer o maior número de gols. Poderão ser usadas as
mesmas regras do futsal. O professor deverá usar duas bandeiras: uma verde e
outra vermelha. Quando ocorrer falta o professor levantará a bandeira vermelha, a
verde para sinalizar o início e o termino do jogo. Adaptação: Este jogo pode ser
jogado com ou sem goleiro
No “passa 10”, Todos os alunos deverão estar sentados na quadra,
independente de ter ou não comprometimento motor. A turma deverá se dividir
em dois grupos, onde cada grupo deverá usar coletes de cores diferentes para
se distinguir melhor. A delimitação do espaço será de acordo com o número de
participantes. O grupo que tiver com a posse de bola deverá tentar realizar 10
passes jogando com as mãos, conseguindo, marcará ponto. Caso a bola caia no
chão, ou seja, interceptada pelo grupo adversário, a contagem será zerada.
No “pega ajuda com passes”, um dos alunos será designado a ser o
pegador, os demais serão os fugitivos, todos deverão estar sentados de forma
dispersa pela quadra. Tanto os pegadores quanto os fugitivos não poderão se
levantar, deverá se locomover sentados. O pegador terá uma bola na mão, onde
tentará arremessar nos colegas. Aquele que for atingido pela bola passará a ser
pegador, aumentando o número de caçadores.
No “Passa João”, com os alunos sentados em círculo, o professor inicia
pegando uma bola e cantando a canção "Passa João": "O João vai passar, ele
ainda não chegou, ele ainda não chegou, ele acaba de chegaaar!". Enquanto
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isso, os participantes passam a bola de mão em mão para os colegas, até que
todos os componentes do círculo a tenham tocado. Ao parar a música, a bola
pára de ser passada e aquele que estiver coma bola deverá imitar um bicho.
Variação: Em vez de cantar "Passa João", trocar pelo nome dos alunos
consecutivamente, até citar o nome de todos. Exemplo: "A Maria vai passar, ela
ainda não chegou, ela ainda não chegou, ela acaba de chegaaar!". Neste tipo de
brincadeira, estimular a criança a participar do jogo, cantando.
Na “corrida guiada” os alunos estrão na quadra, o professor pedirá para
que os alunos separem-se em duplas, sendo que um componente da dupla terá
os olhos vedados e ambos terão que dar as mãos. Em seguida, o professor
demarcará em linha reta, um ponto de partida e de chegada, para a realização
da corrida. Sem soltar as mãos do seu companheiro, cada dupla terá que correr
o mais rápido possível até o ponto de chegada. Após o término o companheiro
trocará de função com o seu colega.
É importante que todos os alunos tenham essa vivencia.

8 CRONOGRAMA

ETAPAS AGO SETEMB OUTUB NOVEMB


STO RO RO RO
Definição do X
tema
Pesquisa X X
bibliográfica
Planejamento X
Execução X
Avaliação X
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9 RECURSOS

O assunto abordado é de grande importância para a sociedade escolar


pois cada vez mais as escolas precisam ofertar atividades de inclusão aos seus
alunos. Em relação a este projeto já mencionado anteriormente, recursos
humanos e materiais serão necessários para o desfecho final.
Portanto, em relação aos recursos humanos, necessitamos de
capacitações e orientações aos professores para que possam desenvolver
atividades físicas adaptadas para estes alunos. Já em relação aos recursos
materiais, a escola deve ser acessível fisicamente para que os alunos possam
se locomover conforme sua necessidade, assim como disponibilizar os
materiais.
Para o projeto ser desenvolvido nesta escola necessitarei de auxílio dos
professores de educação física e da direção escolar, também de recursos
materiais, como impressão de folder, bolas, vendas.
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10 AVALIAÇÃO

A avaliação desse projeto será feito através da observação do


desenvolvimento dos alunos, esse é um projeto inicial e esse desenvolvimento
não será baseado apenas nessa abordagem rápida de uma semana com os
alunos, dessa forma, o processo de avaliação será continuo e prolongado onde
em cada aula será observado nos alunos se eles estão compreendendo a
importância do processo de inclusão e também como todos eles, sem distinção,
estão conseguindo desenvolver aspectos cognitivos, físico e motor durante
essas aulas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste projeto ressalto a relevância de conscientizar os professores de


educação física, para que se faça uma reflexão sobre o método de ensino das
aulas, para inserir as atividades físicas adaptadas, fazendo com que percebam a
importância para o processo de inclusão dos alunos que apresentam
necessidades especiais, estimulando sua integração no contexto escolar e na
vida. Pois um dos desafios foi inserir a prática de educação física adaptada
durante as aulas de educação física, mesmo tendo alunos com necessidades
especiais.
Como vimos a cada dia a inclusão ganha mais espaço e as escolas
devem proporcionar um ambiente mais adequado para atender aos alunos com
necessidades especiais, e isto inclui recursos materiais, estrutura física, bem
como oportunizar a capacitação do professor como um importante mediador do
conhecimento, para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor desses
alunos.
A atividade física é importante para a inclusão de alunos que apresentam
necessidades especiais no ambiente escolar, também é fundamental para o
desenvolvimento cognitivo e motor, favorecendo para a socialização e o respeito
entre os alunos, independente das limitações.
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REFERÊNCIAS

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