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DIVISÃO DE AGRICULTURA
ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS
Discentes: Códigos:
Cheila Piedade Mbiza 20210715
Kelvin Salomão Ngovene 2021077
Lurecha Nhavotso 20200733
Matilde Júlio Mujojo 20210717
Rosalina Sérgio Cuna 20210742
Docente:
Raimundo Gamela
De acordo com (de, Alberto e Tsun 2012)o controle de estoque de um restaurante é uma
tarefa muito difícil, dado que a matéria-prima em estoque são produtos perecíveis, em
geral, de grande valor. Esta tarefa é ainda mais complicada quando se considera que o
produto deve estar disponível quando solicitado pelo cliente e dentro do prazo de
validade. Para tanto, é fundamental que a demanda do restaurante seja prevista, o que é
uma outra tarefa também complexa.
A grande quantidade de atividades e a rotina dinâmica de um restaurante pode justificar
a dificuldade e ao mesmo tempo a imprescindibilidade da utilização de um estoque e da
gerencia do mesmo. Esta função também pode impactar outros setores do restaurante
como o serviço, o relacionamento com clientes finais, o relacionamento com
fornecedores, a qualidade do produto oferecido, a produção dos pratos entre outros (de,
Alberto e Tsun 2012).
2.1.Geral
Colecta de dados sobre o sistema de gestão de estoque e armazenamento de
alimentos no restaurante Limpopo.
2.2.Específicos
Identificação dos Pré-Requisitos e do Sistema de gestão de estoque e
armazenamento de produtos alimentícios.
Propôr melhorias do sistema de gestão de estoque e armazenamento de
alimentos.
3.1.Materiais
Bloco de notas;
Esferográficas;
Fichas de avaliação de Boas Práticas de Fabricação.
3.2.Métodos
O trabalho foi realizado em 1 estabelecimento de confecção de alimentos (restaurante),
nomeadamente, Resrtaurante Limpopo, localizado no 1˚ bairro da cidade de Chókwè.
As actividades foram realizadas em 2 dias no total, no intervalo das 11h às 15 horas por
dia.
Estabelecimento de água
Manipuladores
Utensílios
Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios
Manejo de resíduos
Para tal, fez-se um estudo para verificar as conformidades do restaurante. As opções de
respostas para o preenchimento das fichas de avaliação estavam estruturadas em
“Conformidade” (C) quando atende ao item observado. “Não conformidade”(NC)
quando o estabelecimento apresentou uma inconformidade no atendimento do item
observado. E “Não aplicável” (NA) quando o estabelecimento não aplica o item
observado.
Em número suficiente. X
Cada Coluna devera ser marcada com X caso exista: C – Conformidade; NC – Não
Conformidade; NA – Não se Aplica
4.1.Recepção de matérias-primas
Segundo Neto, (2017) a Instrução Normativa nº 16, de 23 de maio de 2017, que diz, a
recepção de matéria-prima deve ocorrer em área exclusiva para este fim, protegida de
chuva, sol, poeira e livre de materiais ou equipamentos inservíveis. As embalagens de
matérias-primas, ingredientes, alimentos industrializados ou prontos para consumo
devem estar limpos e íntegros, os dizeres de rotulagem devem ser conferidos. No acto
do recebimento de matérias-primas, ingredientes, alimentos industrializados ou prontos
para consumo, devem ser conferidas e registadas em planilhas próprias, as temperaturas
dos produtos que necessitam de condições especiais de conservação.
4.2.Armazenamento de matérias-primas
O armazenamento compreende a manutenção de produtos e ingredientes em um
ambiente que proteja sua integridade e qualidade. Produtos acabados e matérias-primas
devem ser armazenados segundo as boas práticas respetivas, de modo a impedir a
contaminação e/ou a proliferação de microrganismos e proteger contra a alteração ou
danos ao recipiente ou embalagem. Durante todo o período do armazenamento deve ser
exercida uma inspeção sistemática dos produtos acabados, a fim de que somente sejam
expedidos alimentos aptos para o consumo humano e sejam cumpridas as especificações
de armazenamento (Machado, 2000).
Os produtos são armazenados na dispensa, que são divididos em lotes, de acordo com a
origem de cada produto. Os cereais são armazenados em baldes, os produtos cárneos
são armazenados em potes, podendo ser identificadas em rótulos os tipos de carnes; os
enlatados são armazenados em prateleiras; e os alimentos contidos em embalagens
terciárias são armazenados em paletes.
4.3.Confeição de alimentos
Os alimentos são confeicionados na cozinha da empresa, onde há divisão de grupos por
turnos, cada chefe do grupo monitora a produção dos alimentos.
4.4.Instalações
As instalações são independentes e não comuns a outros usos; existe controlo de acesso
pessoal; o dimensionamento é compatível com todas as operações e existe separação
entre as diferentes actividades por meios físicos.
Pisos
O material do piso, deve ser liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras e em
bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias
corrosivas e que seja de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o
acúmulo de alimentos ou sujidades. O piso deve ter inclinação suficiente em direcção
aos ralos, não permitindo que a água fique estagnada (Castro, 2013).
Segundo Silva (2001), os pisos devem ser de material liso, resistente, impermeável,
lavável, de cores claras e em bom estado de conservação, resistente ao ataque de
substâncias corrosivas e de fácil higienização (lavagem e desinfecção). Deve ter
inclinação em direcção aos ralos, o suficiente para não permitir que a água fique
estagnada.
Os pisos devem ser feitos com material resistente de fácil limpeza e antiderrapante.
Devem ter uma inclinação de 2% para o escoamento de líquidos em direcção aos ralos,
que, por sua vez, devem ser periodicamente lavados para evitar o acúmulo de gorduras e
outros resíduos evitando o desenvolvimento de baratas (Edir, 2006).
Paredes
As portas devem ter superfície lisa, de cores claras, de fácil limpeza, ajustadas aos
batentes, de material não absorvente, com fechamento automático (mola ou similar) e
protector no rodapé (Castro, 2013). As entradas principais e os acessos às câmaras
devem ter mecanismos de protecção contra insectos e roedores. (Brasil, 2002).
Janelas
As janelas com telas milimétricas limpas, sem falhas de revestimento e ajustadas aos
batentes. As telas devem ter malha de 2 mm e serem de fácil limpeza e em bom estado
de conservação. As janelas devem estar protegidas de modo a não permitir que os raios
solares incidam diretamente sobre os alimentos ou equipamentos mais sensíveis ao calor
(BRASIL, 2002).
Tetos
Os tetos devem ser mantidos livres de goteiras e vazamentos, devendo ser construídos
de modo a minimizar o acúmulo de sujidades e não permitir condensações (Sebrae,
2010).
Segundo Jucene (2008), os tetos devem ser concebidos de modo a evitar a acumulação
de sujidade, reduzir a condensação e o desenvolvimento de bolores. Devem, igualmente,
estar isentos de teias de aranha. Os equipamentos, as tubagens e outros elementos
instalados nos tetos devem estar colocados de forma a facilitar as operações de limpeza.
Os tetos devem ser de material liso, impermeável, lavável, de cores claras e em bom
estado de conservação. Devem ser isentos de goteiras, vazamento, humidades, trincas,
rachaduras, bolores e descascamentos. Proibido o forro de madeira. Se houver
necessidade de aberturas para ventilação, estas devem possuir tela, com malha de 2 mm,
de fácil limpeza (Silva, 2001)
Iluminação
Segundo Jucene (2008), a iluminação pode ser natural quanto artificial, através de
luminárias protegidas contra explosão e quedas acidentais e em bom estado de
conservação, As lâmpadas devem ser brancas e trocadas quando apresentarem falhas no
funcionamento. A iluminação não pode ser insuficiente ou excessiva, e não deve
provocar reflexos fortes ou ofuscamentos.
Ventilação e Climatização
A ventilação deve ser adequada para garantir o conforto térmico e o ambiente livre de
fungos, gases, fumaças e condensação de vapores (Chaves et al, 2006). A ventilação
suficiente dos ambientes confinados é extremamente necessária por impedir fenómenos
de condensação e por dificultar o desenvolvimento microrgânico nas paredes e no teto e
até mesmo a contaminação do produto que está sendo elaborado. Nos recintos
destinados ao armazenamento de alimentos (matérias-primas ou produtos já elaborados)
que facilmente impregnam e absorvem odores do ambiente (geralmente produtos
gordurosos), devem ser dotados de sistema de ventilação e humidade controladas
(Evangelista, 2003)
O lixo deve ser removido quantas vezes forem necessárias, em recipiente apropriado e
devidamente tampado. Não deve sair da produção pelo mesmo local em que entram as
matérias-primas e não deve ser levado no contra fluxo das áreas de pré-preparo e
preparo dos alimentos, devido ao grande risco de contaminação cruzada (Neto, 2003).
4.7.Controlo de pragas
Praga é todo agente animal que possa ocasionar danos materiais ou contaminações com
risco à saúde, segurança e qualidade. O ambiente propício à sobrevivência de pragas
depende basicamente de três condições: água, abrigo e alimento. Desta forma, deve-se
impedir o acesso das pragas às instalações, considerando estes três factores e tomando
algumas acções preventivas de higiene e organização, como evitar resíduos de
alimentos, água parada, lixeiras abertas e proliferação em locais de abrigo como
Segundo Badaró (2007), controle integrado de pragas trata-se de um programa que tem
por objectivo combater as pragas a fim de reduzir e controlar a população a níveis
aceitáveis, compostos de métodos de prevenção, combate, produtos químicos
aprovados, concentrações utilizadas, equipamentos de aplicação, frequência de
inspecção, responsáveis, estocagem de produtos químicos e equipamentos de aplicação,
treinamento e registos. De forma a avaliar as Boas Práticas de Fabricação é necessário
que se conheçam as características do produto e os processos produtivos envolvidos, de
modo que os perigos potenciais de contaminações envolvidos possam ser avaliados.
4.9.Controlo da água
A água é reservada em tanques, onde estes, são higienizados mensalmente.
Jonas (2006), afirma que abastecimento de água é a utilização somente da água potável
(límpida, transparente, insípida, inodora e livre de contaminações químicas e biológicas)
na produção e manipulação de alimentos, sendo o controle da água fundamental para
garantir a segurança dos alimentos. Entende-se por água potável, a água considerada
segura para o consumo humano, a qual pode ser:
Sempre que o abastecimento da água for realizado a partir de fontes alternativas, como
directamente de rios, poços, fontes ou nascentes, é exigido que a potabilidade da água
seja atestada mediante laudos laboratoriais, de acordo com a legislação espenica (Jonas,
2006).
4.12. Formação
Os funcionários não são formados ou não passaram por uma capacitação periódica em :
higiene pessoal, contaminantes alimentares, doenças trasmitidas por alimentos,
manipulação higiênica dos alimentos e Boas Práticas de Fabricação.
De acordo com Andreotti et al. (2003), pode-se verificar que a maioria das pessoas que
trabalham na manipulação de alimentos possui uma formação educacional deficiente,
em especial, sobre a higiene pessoal e dos alimentos, como também dificuldade para ler
e escrever, e até se expressar oralmente.
A implantação das BPF irá viabilizar e simplificar o plano APPCC, assegurando sua
integridade e eficiência com o objetivo de garantir a segurança dos alimentos. Após a
implantação das boas práticas, é preciso elaborar planilha de controle para verificação
do plano que está em andamento (BRUM, 2004). Quando o programa de BPF não é
eficientemente implantado e controlado, pontos críticos de controle adicionais são
identificados, monitorados e mantidos sob sistema APPCC o que acaba por
sobrecarregar o sistema, ficando sua eficiência comprometida por ter que administrar
tantos controles (BRUM, 2004)
A emrpresa não efectua a rastreabilidade dos produtos adquiridos, sendo que, desta
forma, apresenta dificuldades na detenção do estado do produto. Portanto, sugere-se a
de, MENEZES Guillerme Pereira, SCHMIDT Alex Karl Alberto, e CHANG Ming Tsun. 2012. Gestão
de Estoque de um Restaurante à la Carte.
Dutra, Ana Virgínia Marinho Silveira e Paulo Ricardo Santos. 2012. Programa de Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle. Brasil - Pernambuco.
GRAZIANI, Álvaro Paz. 2013. Gestão de estoques e movimentação de materiais: livro didáctico.
Palhoça: UnisulVirtual.
Prates, Marcus Vinithius Mendes. 2012. BOAS PRÁTICAS DE ELABORAÇÃO E PPHO. Brasil.
Reis, Andreia Sofia Figueiredo. 2018. Qualidade e Segurança Alimentar no setor das Carnes.
coimbra.
T., BORGES C., CAMPOS S. M., e BORGES C. E. 2010. Implantação de um sistema para o
controle de estoques em uma gráfica/editora de uma universidade. Julho/Dezembro.