Você está na página 1de 80

Curso

“AL 2. IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS


HACCP”

FORMADOR

▪ Noémia Gomes

▪ Apresentação Remota

▪ Maio 2020

1
APRESENTAÇÃO DO CURSO

▪ Objectivos
- Dotar os participantes com conhecimentos
necessários para desenvolver, implementar, gerir e
melhorar continuamente um sistema preventivo de
segurança alimentar - HACCP (de acordo com o
Codex Alimentarius), e verificar a sua
operacionalidade

- Sensibilizar e motivar os participantes para a


necessidade de implementação das Boas Práticas de
Higiene e Segurança Alimentar

- Conhecer as obrigações legais e opções normativas


relativas à implementação do Sistema de HACCP
3

APRESENTAÇÃO DO CURSO

▪ Plano de Sessão

- O que é HACCP
- Noções gerais de segurança alimentar;
- Perigos Físicos, Químicos e Biológicos;
- Enquadramento Legal
- Documentação suporte ao HACCP (Codex Alimentarius)
- Pré - requisitos do Sistema HACCP
- Etapas preliminares HACCP
- Princípios e Terminologia HACCP
- Sistema HACCP / Sistemas de Gestão de Segurança
Alimentar
4

2
◼ Quem somos ?

◼ O que espero desta formação ?

◼ O QUE É HACCP?

3
HACCP: O que significa ?

Hazard Analysis Critical Control Points

Análise de Perigos e Pontos Críticos de


Controlo
7

HACCP: O que é ?

Um Sistema para Gestão da Segurança Alimentar

É um sistema preventivo de controlo da segurança alimentar


Não é um sistema de risco “nulo”
8

4
HACCP - Objectivos

– Produzir alimentos sãos e seguros;

– Proteger a saúde dos consumidores contra os


perigos derivados dos produtos alimentares;

– Facilitar a harmonização dos requisitos


aplicáveis aos produtos alimentares e desta
forma, facilitar o comércio internacional.

HACCP: Origem

• Surgiu em 1960

• Utilizado pela 1ª vez nos alimentos para os


programas espaciais

• Adoptado por muitos fabricantes e órgãos


governamentais

10

10

5
HACCP - Conceitos
• Segurança Alimentar
– Ausência de perigos nos géneros alimentícios no
momento do consumo (ingestão pelo consumidor)

• Perigo
– Agente biológico, químico e físico presente nos
géneros alimentícios que provoque efeito nocivo
para a saúde
Cadeia Alimentar

11

11

HACCP - Conceitos
Higiene e Segurança Alimentar

▪ Responsabilidade e relevância de todos os


operadores que fazem parte do processo

▪ ALIMENTO SEGURO
− “alimento que não faz mal”
− que não apresenta perigos
* físicos
* químicos
* biológicos
− o que o cliente espera
− o que a lei exige
12

12

6
HACCP
Segurança Alimentar
◼ PERIGOS PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR

• Tipos de perigo

• Causas/ Fontes

13

13

HACCP
Segurança Alimentar
◼ PERIGO

• Agente biológico, químico ou físico presente nos géneros


alimentícios que provoque efeito nocivo para a saúde

14

14

7
HACCP
Segurança Alimentar
◼ PERIGO FÍSICO
• Qualquer matérias estranha que normalmente não se
encontra no alimento

– Vidro

– Madeira

– Plástico

– Metal

– Pedras

– ….
15

15

HACCP - Conceitos

– Corpos estranhos incorporados


acidentalmente durante as diversas
etapas
Perigos
Físicos • Parafusos, arames
• Madeira
• Vidros, plásticos
• Pedras

16

16

8
HACCP
Segurança Alimentar
◼ PERIGO QUÍMICO
Naturais
» Toxinas produtos marinhos ou outras
» Alergéneos (reacção alérgica)

Adicionados de forma intencional


» Aromas; corantes; conservantes

Adicionados de forma não intencional


» Químicos agrícolas
» - Pesticidas; fungicidas; fertilizantes; antibióticos; hormonas de
crescimento
» Metais pesados (ex. chumbo)
» Substâncias químicas secundárias
» - Lubrificantes, detergentes, desinfectantes, pinturas
17

17

HACCP - Conceitos
- Substâncias estranhas incorporados
acidentalmente durante as diversas etapas
- As substâncias químicas devem ser mantidas
no seu recipiente original e não transferidas
para outros recipientes.
• Resíduos de pesticidas
• Antibióticos
Perigos
• Resíduos de hormonas de crescimento
Químicos • Metais pesados (ex. chumbo)
• Toxinas (produtos marinhos)
• Micotoxinas origem fúngica (aflatoxina,
patulina, ocratoxina A …)
• Resíduos de detergente/ desinfectante
• Lubrificantes e tintas
• Contaminantes (melamina, ác. erúcico)
18

18

9
HACCP
Segurança Alimentar
◼ PERIGO BIOLOGICO

– Microrganismos/ bactérias / Fungos / Vírus

– Parasitas

19

19

HACCP - Conceitos
• Microrganismos patogénicos;
- Contaminação inicial elevada na matéria
prima;
Perigos
- Instalações e equipamentos desadequadas;
Microbiológicos - Limpeza e desinfecção deficientes de
equipamentos e instalações
- Más práticas dos operadores;
- Incorrecta higiene pessoal
- Contaminações cruzadas;
- Incumprimento das temperaturas de
segurança.
É a causa mais comum de • Contaminação
intoxicação alimentar e deve-se a • Crescimento
más práticas e negligência do
manipulador. • Sobrevivência
20

20

10
HACCP
Segurança Alimentar
◼ FONTES DE PERIGO – 5 M`s
• Material / equipamento
• Manipuladores/ Operadores
• Meio
– ambiente
– instalações
• Métodos
– higienização equipamento
– higiene pessoal
– preparação/ confecção/conservação
– serviço ao cliente/ distribuição
• Matérias primas/auxiliares
– Farinha; Ovos
– Material de embalagem
21

21

HACCP - Conceitos

HACCP: O que significa ?

22

22

11
HACCP - Conceitos

PERIGOS: Quais as 3 famílias de


perigos alimentares?

23

23

HACCP - Conceitos
◼ Como evitar contaminações devido a microrganismos?

• Protecção dos alimentos contra as contaminações

• Prevenção da multiplicação das bactérias nos


alimentos

• Destruição das bactérias prejudiciais presentes no


alimento

24

24

12
HACCP - Conceitos
◼ Como se pode proteger os alimentos da contaminação?

• Mantendo um alto nível de higiene pessoal;


• Seguir métodos de limpeza e desinfecção de superfícies, utensílios e
equipamentos;
• Retirar os resíduos da área de preparação dos alimentos;
• Manter os alimentos cobertos/ protegidos;
• Manipular os alimentos com as mãos apenas quando necessário;
• Manter os alimentos crus e cozinhados/tratados devidamente
separados
• Utilizar utensílios, superfícies e equipamento diferente para
alimentos crus e cozinhados
25

25

HACCP - Conceitos
◼ Como se pode prevenir a multiplicação bacteriana nos
alimentos?

• Evitar a “zona de perigo”: 5º C - 63 ºC;


• Sempre que se prepare alimentos na “zona de perigo” ter o
cuidado de ser num curto período de tempo
• Evitar o excesso de humidade: alimentos secos;
• Utilizar métodos de conservação
– Objectivo: reduzir o risco de contaminação e crescimento
microbiológico

26

26

13
HACCP - Conceitos
◼ Como se pode destruir as bactérias presentes nos
alimentos?
• Através de processos químicos (desinfetantes / biocidas))
• Através de processos de radiação (UV)
• Através de processos térmicos (calor e tempo):
– Cozedura; fritura (min 75 ºC centro do alimento);
– Pasteurização (leite: 63 ºC; 30 min)
– Esterilização (Enlatados vegetais: 121 ºC; 3 min)
– UHT (ultra esterilização:140 – 150ºC; 2 a 4 segs)
• Atenção: algumas bactérias formam esporos que resistem ao calor e podem
germinar após o tratamento térmico se as condições forem favoráveis. É
importante armazenar correctamente os alimentos após o tratamento térmico para
evitar a germinação e crescimento dos esporos.
27

27

HACCP - Conceitos
◼ Microrganismos/ micróbios
• Mikros = Pequeno / Bios = Vida
» Não se vêem à vista desarmada
» Estão em todo o lado
– Bolores e leveduras
– Bactérias
– Vírus
• Microrganismos Úteis - Vinho, pão, iogurte, queijo
• Microrganismos Nocivos
– estragam os alimentos
– patogénicos (Pathos = doença / Genes = origem)

28

28

14
HACCP - Conceitos
❑ Microrganismos/ fungos / bactérias / Vírus
• Origem
– Ar, água, animais, plantas
• Benéficas/ essenciais
– Leveduras
– Bactérias lácteas
• Patogénicas
– Infecção alimentar (Salmonella Spp; E. Coli, Listeria
monocytogenese)
– Intoxicação alimentar (Staphylococcus aureus)
• Vírus - Necessitam de célula hospedeira para se reproduzirem
– Ex: Hepatite A
❑Parasitas - Necessitam de um hospedeiro para sobreviver
– Ex: Anisaquis simplex
29

29

HACCP - Conceitos
◼ Microrganismos/ bactérias

• Crescimento por duplicação (cada 20 min.)


• Necessitam de alimento, água, temperatura
adequada, pH (acidez do produto).

FRIO - tem um efeito conservador –


NÃO MATA mas os microrganismos ficam
“adormecidos”

CALOR ELEVADO - DESTRÓI os


microrganismos quando actua o tempo
suficiente
30

30

15
◼ MICRORGANISMOS

31

31

MICRORGANISMOS
Listeria monocytogenes
◼ FONTES:
• Terra e água.
• Animais, incluindo peixes, mariscos e aves, podendo
contaminar a sua carne e todos os subprodutos (salsichas,
peixe fumado, ovos, leite não pasteurizado, queijos moles,
gelados).
• Alimentos cozinhados se houver uma contaminação posterior
à confecção ou se esta for insuficiente.

32

32

16
MICRORGANISMOS
Listeria monocytogenes
◼ CARACTERÍSTICAS:
• É bastante resistente, suportando a congelação, a secagem e
temperaturas relativamente altas, embora não seja formadora
de esporos.
• Consegue multiplicar-se a 3ºC (refrigeração).
• A dose para que se manifeste a doença é desconhecida mas
pensa-se que deve ser inferior a 1.000 bactérias, variando com a
estirpe da bactéria e com a susceptibilidade da vítima.
• Muito perigosa para grávidas, bebés e pessoas com sistema
imunitário debilitado.

33

33

MICRORGANISMOS
Escherichia coli
◼ FONTES:
• Animais, especialmente bovinos, podendo contaminar a sua
carne e subprodutos (leite não pasteurizado, salames, etc.).
• Homem (no intestino).
• Águas contaminadas (charcos, piscinas, etc.).
• Vegetais e frutos (casca) que estiveram em contacto com fezes.

34

34

17
MICRORGANISMOS
Escherichia coli
◼ CARACTERÍSTICAS:
• Pode produzir uma toxina (algumas estirpes).
• A dose para que se manifeste a doença é grande (100.000.000 a
10.000.000.000 de bactérias - para as crianças pode ser mais
pequena), excepto para algumas estirpes em que um pequeno
número de organismos é suficiente (E. coli 0157:H7).
• Reproduz-se a cada 12,5 - 17 minutos.

35

35

MICRORGANISMOS
Salmonella spp.

◼ FONTES:
• Animais, especialmente porco e aves, podendo contaminar a sua
carne e subprodutos (ovos, leite e derivados).
• Frutos e vegetais.
• Terra e água.
• Insectos.
• Superfícies das fábricas e das cozinhas.

◼ CARACTERÍSTICAS:
• É necessária uma dose muito pequena (15-20 bactérias), variando com
a estirpe da bactéria e com a susceptibilidade da vítima.
36

36

18
MICRORGANISMOS
Staphylococcus aureus
◼ FONTES:
• Animais, passando para a carne e subprodutos, assim como para os
ovos, leite e derivados.
• Sanduíches.
• Homem (boca, nariz, cabelo e pele em + de 50% das pessoas).
• Equipamentos (alimentares ou não) e superfícies.
• Ar, pó, esgotos, água.

37

37

MICRORGANISMOS
Staphylococcus aureus
◼ CARACTERÍSTICAS:
• Algumas estirpes produzem uma toxina resistente ao calor.
• É necessária uma quantidade de toxina inferior a 1 g. Esta
quantidade é conseguida com uma população de bactérias superior
a 100.000 por grama.
• Reproduz-se a cada 27-30 minutos. Algumas estirpes produzem uma
toxina resistente ao calor.

38

38

19
MICRORGANISMOS
Clostridium perfringens

◼ FONTES:
• Devido ao facto de se desenvolver melhor em condições de
ausência de oxigénio pode encontrar-se em conservas, no centro
de grandes pedaços de alimentos (carnes / aves)
• Intestinos dos animais
• Terra e água.
• Insectos.

39

39

MICRORGANISMOS
Clostridium perfringens

◼ CARACTERÍSTICAS:
• Formadora de esporos que não se destroem na confecção dos
alimentos: resistem à fervura
• Os esporos não se multiplicam a menos que o alimento esteja
dentro da zona de perigo durante um período de tempo
suficiente para que germinem.

40

40

20
MICRORGANISMOS
Onde se encontram no Homem

41

41

MICRORGANISMOS
Onde se encontram no Homem

◼ QUAIS AS PRINCIPAIS LOCALIZAÇÕES DOS


MICROORGANISMOS NO CORPO HUMANO, QUE PODEM
PROMOVER CONTAMINAÇÕES ALIMENTARES?

• DÊ EXEMPLOS DE MICRORGANISMOS QUE PODEM SER


TRANSMITIDOS NOS ALIMENTOS E QUE PODEM INDUZIR
INFECÇÕES DE ORIGEM ALIMENTAR?

• E ALGUNS QUE PODEM PROVOCAR INTOXICAÇÕES


ALIMENTARES?
42

42

21
HACCP - Porquê?

➢ Mais valia competitiva;


➢ Aumento de Qualidade Alimentar;
➢ Boa reputação da empresa;
➢ Segurança e satisfação dos clientes;
➢ Uniformização das metodologias de controlo.

• O cliente / consumidor espera / exige

• A lei exige o fornecimento

Produtos Alimentares Seguros


43

43

◼ LEGISLAÇÃO

44

44

22
HACCP - Legislação
▪ Regulamento (CE) nº 852/2004 de 29/04
◼ Legislação ▪ Regulamento (CE) nº 853/2004 de 29/04
Europeia ▪ Regulamento (CE) nº 178/2002 de 28/01
▪ Regulamento (CE) nº 183/2005 de 12/04

◼ Legislação ▪DL nº 113/2006 de 12/06


Nacional

▪ Alimentos para animais


▪ Leites e produtos lacteos
◼ Legislação
▪ Carnes e produtos carneos
do Sector
▪ Pescado
▪ Ovos e ovoprodutos
45

45

HACCP - Legislação
◼ Regulamento (CE) nº 852/2004 de 29 de Abril

• Obrigatoriedade de CRIAR, APLICAR e MANTER um processo


ou processos permanentes baseados nos princípios HACCP.

• Aplicável aos “Operadores das empresas do sector alimentar


que efectuem qualquer fase de produção, transformação e
distribuição dos géneros alimentícios a seguir à produção
primária”.
• Entende-se por Produção Primária, a produção, a criação ou o cultivo de
produtos primários, incluindo a colheita e a ordenha e criação de animais
antes do abate; abrange também a caça, a pesca e a colheita de frutos
silvestres" (Regulamento CE n.° 178/2002 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 28 de Janeiro de 2002).
46

46

23
HACCP - Legislação

◼ Regulamento (CE) nº 853/2004 de 29 de Abril


Regras específicas aplicáveis aos géneros alimentícios de origem
animal
– Carne,
– Moluscos bivalves vivos,
– Produtos da pesca,
– Leite,
– Ovos,
– Coxas de rã e caracóis,
– Produtos transformados,
– Outros.

47

47

HACCP - Legislação
◼ Regulamento (CE) nº 178/2002 de 28 de Janeiro

◼ Princípios e normas gerais da legislação Alimentar


- Requisitos segurança
- Apresentação/rotulagem
- Rastreabilidade/retirada

◼ Cria a Autoridade Europeia para a segurança dos Alimentos

◼ Estabelece procedimentos em matéria de segurança dos


géneros alimentícios
48

48

24
HACCP - Legislação

◼ Regulamento (CE) nº 178/2002 - Objectivo


– Assegurar um elevado nível de protecção da saúde
humana;
– Uniformização dos requisitos de segurança dos géneros
alimentícios entre os estados membros;
– Facilitar a livre circulação dos géneros alimentícios no
mercado interno;
– Evitar a desigualdade da concorrência;
– Aumentar a confiança por parte dos consumidores.

49

49

HACCP - Legislação

◼ Regulamento (CE) nº 178/2002 - Aplicação


– Todas as fases de:
> Produção
> Transformação
> Distribuição

de géneros alimentícios e alimentos para animais.

50

50

25
HACCP - Legislação
• Reg. nº 178/2002 - Requisitos gerais da legislação Alimentar
▪ Requisitos de Segurança
• Não podem ser colocados no mercado géneros alimentícios que
não sejam seguros.
• Prejudiciais para a saúde
- efeito imediato e/ou a curto e/ou longo prazo sobre a saúde
das pessoas
- potenciais efeitos tóxicos cumulativos
- sensibilidades especificas de grupos de consumidores
• Impróprios para consumo
- Inaceitável por motivos de contaminação, putrefacção,
deterioração ou decomposição
• Géneros alimentares seguros
- Conformidade com disposições comunitárias
específicas 51

51

HACCP - Legislação
• Reg. nº 178/2002 - Requisitos gerais da legislação Alimentar

▪ Responsabilidades dos operadores do sector alimentar


• Assegurar em todas as fases da produção, transformação e
distribuição que os géneros alimentícios preencham os requisitos
da legislação alimentar aplicáveis às suas actividades e verificar o
cumprimento desses requisitos;

• Recolha no mercado e comunicação às autoridades competentes.

52

52

26
HACCP - Legislação

• Reg. nº 178/2002 - Requisitos gerais da legislação Alimentar


• Apresentação
- Rotulagem / apresentação não induz em erro o
consumidor

• Rastreabilidade
- Identificação dos fornecedores de qualquer matéria
incorporada no produto
- Identificação dos clientes a quem tenham sido
fornecidos os produtos
- Identificação/rotulagem que facilite a rastreabilidade
- Facilidade de “recolha” do mercado
53

53

HACCP - Legislação
▪ Regulamento (CE) nº 183/2005 de 12 de Abril

Estabelece Requisitos de Higiene dos Alimentos para Animais

– Normas gerais de higiene dos alimentos para animais


➢ HACCP
➢ Guias Boas práticas/codex alimentarius

– Condições e disposições para garantir a rastreabilidade dos alimentos para


animais
➢ Retirada de produtos de circulação

– Condições e disposições para o registo e aprovação de estabelecimentos

54

54

27
HACCP - Legislação

◼ Decreto-Lei nº 113/2006 de 12 de Junho

▪ Assegurar a execução e garantir o cumprimento


do Reg. nº 852 /2004

▪ Definir as autoridades competentes (ASAE, DGV,


DGPA, IVV, DGPC, DGS, INIAP)

▪ Regime sancionatório

55

55

HACCP - Legislação
– Assegurar em todas as fases da
produção, transformação e
distribuição que os géneros
alimentícios e alimentos para
• Reg. nº 178/2002 animais preencham os requisitos
• Reg. nº 852/2004 legais e boas práticas aplicáveis às
suas actividades;
– Verificar o cumprimento desses
requisitos
– Recolha do mercado e
comunicação às autoridades
competentes

56

56

28
HACCP - Legislação

• Reg. (CE) n.º 852/2004 relativo à higiene dos géneros


alimentícios
• Decreto-lei n.º 113/2006 estabelece as regras relativas à
higiene dos géneros alimentícios.

◼ Recomendam a elaboração, divulgação e


utilização de “CÓDIGOS DE BOAS PRÁTICAS”
◼ Recomendam o uso dos “Princípios Gerais de
Higiene Alimentar” do “Codex Alimentarius”
57

57

◼ Codex Alimentarius

58

58

29
HACCP
Codex Alimentarius
CAC/RCP 1 – 1969 (Rev.4 /2003)
Requisitos gerais (higiene dos alimentos)

• Código Internacional de Boas Práticas - Princípios


Gerais de Higiene Alimentar, recomendado pela
Comissão do Codex Alimentarius - FAO/WHO
• Anexo: Sistema de análise de perigos e pontos
críticos de controlo (HACCP) - Directrizes para a
sua aplicação

59

59

HACCP
Segurança Alimentar
◼ O que é Codex Alimentarius?
➢ Ponto de referência mundial de grande importância para os
consumidores, os produtores e fabricantes de alimentos, os
organismos nacionais de controlo e o comércio alimentar
internacional.
➢ Normas, códigos de boas práticas, directrizes e recomendações;

◼ Objectivos

➢ Proteger a saúde dos consumidores contra os perigos derivados


dos alimentos
➢ Facilitar a harmonização dos requisitos aplicáveis aos alimentos e
desta forma, facilitar o comércio internacional
60

60

30
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Estrutura
• Volume 1A - Requisitos gerais
• Volume 1B - Requisitos gerais (higiene dos alimentos)
• Volume 2A - Resíduos de fitossanitários nos alimentos
• Volume 2B - Resíduos fitossanitários nos alimentos (limites
máximos para resíduos)
• Volume 3 - Resíduos de medicamentos veterinários nos alimentos
• Volume 4 - Alimentos para regimes especiais (incluindo alimentos
para lactentes e crianças)
• Volume 5A - Frutas e hortaliças elaboradas e congeladas
rapidamente
• Volume 5B - Frutas e hortaliças frescas
• Volume 6 - Sumos de frutas
61

61

HACCP
Segurança Alimentar

◼ Qual o Regulamento Europeu que fundamenta e


define a metodologia HACCP?

◼ Qual o Regulamento Europeu que institui os princípios de


◼ - Requisitos segurança alimentar
◼ - Apresentação/rotulagem
◼ - Rastreabilidade/retirada?

62

62

31
HACCP
Segurança Alimentar

◼ Pré - requisitos do Sistema HACCP

• Princípios Gerais de Higiene (Codex Alimentarius);


• Códigos de Boas Práticas de Fabrico/ Higiene

63

63

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Objectivos - Princípios Gerais de Higiene (Codex Alimentarius)

• Identificar os princípios gerais de higiene alimentar aplicáveis em


toda a cadeia alimentar de forma a assegurar que os alimentos
são seguros e adequados para o consumo humano.

• Recomendar a aplicação dos princípios HACCP como meio de


garantir a segurança alimentar

• Indicar como aplicar os princípios gerais de higiene


64

64

32
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Códigos de Boas Práticas

• Os Códigos de Boas Práticas definem os requisitos mínimos de


higiene e dos processos que devem ser aplicados pelo sector
alimentar, para garantir a segurança e salubridade dos alimentos
(nacionais/ comunitários)

• Documentos destinados à utilização voluntária pelas empresas do


sector alimentar.

– Elaboração: empresas do sector alimentar, associações,


outras entidades (autoridades sanitárias, consumidores)

65

65

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Exemplos

• Distribuição (APED)
• Industria de Leite e Produtos Lácteos (ANIL)
• Águas (APIAM)
• Refrigerantes e sumos (ANIRSF)
• Restauração (ARESP)
• Alimentos compostos para animais (IACA)
• Azeite Virgem Extra (Casa do Azeite)
• (...)

66

66

33
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Âmbito aplicação/ Utilização

• Toda a cadeia alimentar desde a produção primária até ao


ponto de venda (consumidor final)

• Documento geral e flexível ; aplicação com vista à produção


de alimentos sãos, seguros e próprios para consumo

67

67

◼ PRÉ-REQUISITOS

68

68

34
HACCP – PRÉ-REQUISITOS
◼ ESTABELECIMENTO
◼ INFRA-ESTRUTURAS
◼ ABASTECIMENTO DE ÁGUA
◼ QUALIDADE DO AR/ VENTILAÇÃO
◼ FORMAÇÃO
◼ HIGIENE PESSOAL
◼ CONTROLO DE PRAGAS
◼ EQUIPAMENTOS / UTENSÍLIOS
◼ MANUTENÇÃO PREVENTIVA
◼ HIGIENIZAÇÃO (Limpeza / Desinfecção)
◼ RESÍDUOS
◼ CONTROLO DAS OPERAÇÕES
◼ MATÉRIAS PRIMAS
◼ ARMAZENAMENTO
◼ CONTROLO EMM
◼ TRANSPORTE
◼ COMUNICAÇÃO CLIENTES / CONSUMIDORES
69

69

HACCP
PRÉ-REQUISITOS

◼ ESTABELECIMENTO

• Área exterior

• Área interior
– Desenho e layout
– Infra-estruturas

70

70

35
HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ Área Exterior

• Zonas cujo ambiente está contaminado/ atividades


industriais que constituem fonte de contaminação
• Zonas expostas a infestações
• Zonas expostas a inundações
• Zonas que não permitam o correto tratamento de
resíduos sólidos e líquido

71

71

HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ Área Interior: Desenho e Layout

E B
WC WC

72

72

36
HACCP
PRÉ-REQUISITOS
Áreas Fluxos Infra-estruturas

•Recepção
•Pessoal •Ratoeiras
•Armazenagem
•Produto •Insectocaçadores
•Produção
•Lixos •Contentores lixo
•Expedição
•Lavatórios
•Lavagem materiais
•Lava botas
•Produtos higienização
•Drenos
•Vestuários/sanitários
•Refeitório
•Área administrativa
•Lixos
•Manutenção

73

73

HACCP
PRÉ-REQUISITOS

◼ INFRA-ESTRUTURAS

• Paredes (superfície lisa, resistente, impermeáveis e de fácil


limpeza)
• Tecto (Deve evitar a acumulação de sujidade e reduzir a
condensação e o desenvolvimento de bolores)
• Chão (Impermeáveis, antiderrapantes, laváveis e com boa
drenagem)
• Portas (superfície lisa não absorvente, fácil de limpar)

74

74

37
HACCP
PRÉ-REQUISITOS

◼ INFRA-ESTRUTURAS

• Janelas (Evitar acumulação de sujidade, fixas ou protegidas


com rede)
• Esgotos / Sistema drenagem (Sifonada e com ralos de
protecção)
• Superfícies em contacto directo com os alimentos (material
liso, não absorvente, inerte, resistente, fáceis de limpar e
desinfectar)

75

75

HACCP
PRÉ-REQUISITOS

◼ INFRA-ESTRUTURAS
• Lavatórios (Acção não manual; Detergente desinfectante;
Dispositivo secagem mãos)

• Dispositivos de limpeza (Manutenção)

• Ventilação (Adequada; não constitui fonte contaminação,


Fluxo: “limpo” para “sujo”)

• Iluminação (Natural/ artificial: intensidade adequada


Protecção lâmpadas)

76

76

38
HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ ABASTECIMENTO DE ÁGUA
• Requisitos legais em vigor (água potável para consumo
humano) – Produtos
• Origem/ Tratamento – Método
– Controlo
• Armazenamento/ distribuição
• Circuito de água não potável separado e identificado
(produção vapor, refrigeração, sistema contra incêndios)
• Gelo e vapor (produção, manipulação, armazenamento)

77

77

HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ QUALIDADE DO AR/ VENTILAÇÃO

– Redução contaminação
• Objectivos – Controlar temperaturas ambientes
– Redução odores/ humidade

• Meios adequados de ventilação


(natural/ mecânica)
• Fluxo: zona “limpa” para “suja”
• Sistema de ventilação: manutenção em limpeza adequada

78

78

39
◼ SINTESE DE PRÉ-REQUISITOS:

79

79

HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ FORMAÇÃO – Informar e formar colaboradores
– Rever procedimentos e
metodologias
• Objectivos
– Partilhar conhecimentos e
atualizar competências
• Meios adequados de formação
(interna/ externa)
• Processo documentado:
– Planeado e com objetivos definidos
– Identificar o público alvo de acordo com as suas necessidades
– Disponibilizar meios e recursos
– Definir e implementar a avaliação de eficácia da formação
80

80

40
HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ HIGIENE PESSOAL
• Meios adequados lavagem de mãos
• WC/ vestuários (localização/ sinalização, deverá existir um
cacifo individual para roupa pessoal / roupa de trabalho e
sapatos)
• Comportamento/ Regras de conduta (cabelo, higiene pessoal,
roupa protectora e unhas)
– Conhecimento
• Formação
– Responsabilidade

81

81

HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ HIGIENE PESSOAL

• Saúde (Todo o pessoal deve ser sujeito a inspeção médica


inicial e anualmente. Em caso de doença (ex: gripe, infeção
urinária, doenças de pele, etc.), devem comunicar ao superior,
de modo a não permanecer em contacto com produtos
alimentares. Se tiver feridas, cortes, queimaduras ou outras
lesões nas mãos/antebraço deve proteger com penso
impermeável de cores vivos e luva descartável. Em caso de
infeções respiratórias leves, usar máscara)

• Visitantes (Sempre acompanhados por um pessoa da


empresa, após autorização, sempre devidamente equipados)
82

82

41
HACCP
PRÉ-REQUISITOS

⚫ CONTROLO DE PRAGAS
• Pragas (Ratos, Insectos/ baratas, Pássaros)
• Métodos – Prevenção
– Exclusão
– Armazenamento
• Produto – Fichas técnicas
– Fichas de Dados de Segurança
• Sinalização armadilhas (mapa de iscos)
• Inspecção e Controlo (Relatórios de visita)
83

83

HACCP
PRÉ-REQUISITOS
⚫ CONTROLO DE PRAGAS
• PREVENÇÃO

▪ Janelas fechadas ou protegidas com rede;


▪ Manter as portas fechadas ou protegidas com lamelas;
▪ Manter as instalações em bom estado de higiene;
▪ Aberturas dos esgotos protegidas com grelhas;
▪ Ausência de buracos e aberturas que permitam o acesso a
pragas;
▪ Cumprir as regras de armazenamento dos produtos;
▪ Retirar caixas de cartão;

84

84

42
HACCP
PRÉ-REQUISITOS
⚫ CONTROLO DE PRAGAS
• EXCLUSÃO

▪ Métodos físicos (ex. insecto caçadores; armadilhas)

▪ Métodos químicos (ex. pesticidas, rodanticidas e


insecticidas).

85

85

HACCP
PRÉ-REQUISITOS

⚫ EQUIPAMENTOS / UTENSÍLIOS

• Material Não tóxico / fácil limpar

• Conservação
• Armazenamento

86

86

43
HACCP
PRÉ-REQUISITOS

◼ MANUTENÇÃO PREVENTIVA

⚫ Plano
− Fichas técnicas
⚫ Lubrificantes − Fichas de Dados de Segurança
− Armazenamento
⚫ Registo Intervenções

87

87

HACCP
PRÉ-REQUISITOS
⚫ HIGIENIZAÇÃO (Limpeza / Desinfecção)
– Fichas técnicas e FDS
• Produtos – Armazenamento
– Frequência
• Métodos (instruções)
– Materiais
• Responsabilidade – Concentração
– Tempo
• Planos/ Programas – Temperatura

• Verificação da eficácia

88

88

44
HACCP
PRÉ-REQUISITOS
⚫ HIGIENIZAÇÃO (Limpeza / Desinfecção)
◼ Limpeza
Consiste em eliminar duma superfície toda a sujidade que nela
se encontra
Superfície limpa
Uso de detergente

◼ Desinfecção
Consiste em eliminar microrganismos indesejáveis: eliminação
de sujidade microbiológica
Superfície higienizada
Uso de desinfectante
89

89

HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ Como efectuar um higienização correcta?
• Definir frequência
• Desmontar equipamento
• Remover resíduos
• Lavar com água e detergente utilizando utensílios de limpeza
adequados
• Enxaguar com água corrente
• Aplicar desinfectante e deixar actuar de acordo com regras do
fabricante
• Enxaguar com água limpa
• Secar
• Proteger
Desinfectar só após lavar !!
90

90

45
HACCP
PRÉ-REQUISITOS
◼ RESÍDUOS

– Contentores

– Circuito
– Localização
– Armazenamento – Identificação
– Conservação
– Higiene

91

91

◼ SINTESE DE PRÉ-REQUISITOS:

92

92

46
HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais
◼ CONTROLO DAS OPERAÇÕES
Recepção
Matérias primas

Armazenamento  T (ºC)
Ambiente Refrigeração Congelação  H (%)

Preparação Transformação

Expedição / Serviço

93

93

HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais
➢ Armazenagem
◼ Fases do Processo ➢ Preparação/ corte
Exemplos de fases do ➢ Descongelação
processo que contribuem ➢ Desinfecção
para a higiene e segurança ➢ Confecção/ Fritura
dos alimentos ➢ Arrefecimento
➢ Reaquecimento
➢ Conservação (quente/frio)
➢ Corte/ empratamento/
◼ Regras básicas embalagem
• Marcha em “frente” ➢ Serviço/ distribuição
• Evitar contaminações cruzadas ➢ Transporte
• Não quebrar a “cadeia de frio”
• Cumprir regras especificas de fabrico/produção
94

94

47
HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais
◼ MATÉRIAS PRIMAS
Não se deve aceitar nenhuma matéria prima no estabelecimento
sem saber se contém:
– Parasitas
– Microrganismos indesejáveis
– Pesticidas
– Medicamentos veterinários
– Substâncias tóxicas, decompostas ou estranhas

 Especificações / rotulagem
 Inspecção e classificação antes da utilização (prazo validade)
 Rotação efectiva das existências (rotação stocks)
95

95

HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais

◼ ARMAZENAMENTO

– Alimentos
• Instalações adequadas / separadas
– Produtos químicos
• Limpeza
não alimentares
• Controlo pragas
• Protecção alimentos
• Condições controladas (ºC; % HR)

96

96

48
HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais

◼ MATERIAL DE EMBALAGEM
– Reduzir contaminação
• Protecção adequada alimentos – Evitar danificações
– Permitir etiquetagem
• Material (uso alimentar)
– Duração adequada
• Reutilizável – Fácil limpar e
desinfectar

97

97

HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais
◼ TRANSPORTE (GRANEL E EMBALADOS)

– Risco de contaminação
• Separação – Não alimentares
• Higiene

• Protecção eficaz (poeiras e humidade)


• Controlo condições (ºC )

98

98

49
HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais

◼ EQUIPAMENTO DE CONTROLO E VIGILÂNCIA

“ Os dispositivos devem ser inspecionados em intervalos


regulares para comprovar a sua exatidão”

Calibração

99

99

HACCP
PRÉ-REQUISITOS Operacionais
◼ INFORMAÇÃO SOBRE OS PRODUTOS/ SENSIBILIZAÇÃO DOS
CONSUMIDORES

– Preparação
• Indicações de conservação
– Utilização
• Modo de utilização
• Ingredientes
– Rastreabilidade
• Identificação dos lotes
– Rotação eficaz

100

100

50
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Procedimentos - forma padrão de descrição de como as
tarefa especificadas são executadas e controladas

• O quê – Faz
• Como – Verifica
• Quando
• Quem

101

101

HACCP
Segurança Alimentar

O QUE É PRECISO PARA “FAZER” PARA “MANTER” HIGIENE ?

•MEIOS
•CONHECIMENTOS
•VONTADE

Não se esqueça:

O PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELOS CASOS DE INTOXICAÇÃO


ALIMENTAR É O HOMEM

102

102

51
◼ SINTESE DE PRÉ-REQUISITOS:

103

103

HACCP
Segurança Alimentar
◼ PLANO DE RECOLHA NO MERCADO (RECALL)

– Notificação/ aviso público


– Procedimento de recolha – destruição

– Destino do produto – utilização outro fim

– Testar método por forma a – reinspecção

avaliar a sua eficácia – reprocessamento


(tempo/quantidade)

104

104

52
HACCP
PRÉ-REQUISITOS

Os “Pilares” do Sistema HACCP


O “Ponto de Partida” para o controlo
dos perigos de segurança alimentar
Transversais aos diversos processos
da Empresa

105

105

◼ SISTEMA HACCP

106

106

53
HACCP
Segurança Alimentar
◼ PERIGOS PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR

• Tipos de perigo

• Causas/ Fontes

107

107

HACCP
Segurança Alimentar
◼ PERIGO

• Agente biológico, químico ou físico presente nos géneros


alimentícios que provoque efeito nocivo para a saúde

108

108

54
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Definições
• Análise de perigos: Processo de recolha de informação sobre os perigos
potenciais associados ao alimento, que possam ser significativos no Plano
HACCP.

• Risco: Probabilidade de um dado perigo ocorrer (estimativa).

• Severidade: Seriedade da possível consequência (gravidade).

• Ponto Crítico de Controlo (PCC): Ponto, procedimento, operação ou etapa


no qual o controlo deve ser aplicado, sendo essencial para prevenir,
reduzir a níveis aceitáveis ou eliminar um perigo, relacionado com a
inocuidade dos alimentos.

109

109

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Sistema HACCP

• Etapas Preliminares
• Princípios HACCP

110

110

55
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Etapas Preliminares

• Constituição da Equipa HACCP


• Definição âmbito e campo de aplicação
• Descrição do Produto
• Identificação da utilização prevista
• Elaboração Fluxograma
• Confirmação Fluxograma

111

111

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Formação da Equipa HACCP

• Pluridisciplinar
• Máx. 6 elementos
– Coordenador
– Elementos
• Formação

112

112

56
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Definição do âmbito e Campo de aplicação
• Qual o produto/processo específico
• Segmento da cadeia alimentar
– Recepção - distribuição/ serviço ao cliente
• o produto à saída da fábrica ?
• no ponto de venda ?
• no momento de consumo ?
• Tipos de perigos
– Físicos
– Químicos
– Biológicos
113

113

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Descrição do Produto
Esta etapa consiste no estudo de todos os ingredientes utilizados
desde o fabrico do produto até ao produto final.
• Designação
• Composição
• Características
– Físicas, Químicas, Microbiológicas
• Principais tratamentos
• Embalagem/ rotulagem
• Condições de armazenagem e distribuição
• Duração de vida
114

114

57
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Identificação da utilização prevista
É determinar quem vai e como vai utilizar o produto.
• Identificação do modo de utilização
– Cozinhado
– Cru
• Identificação do grupo alvo e
grupos sensíveis

• Identificação do potencial abuso


(Ex: comer crú, fora de validade, consumir depois de aberto (quanto tempo),
aquecer no microondas dentro da embalagem….)
115

115

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Elaboração do diagrama do fluxo
Para compreender mais facilmente a história do produto,
construi-se um fluxograma com a sequência de todas as
etapas do processo.

◼ Confirmação do diagrama de fluxo


• Comparação do fluxo com as operações no local de
trabalho, afim de confirmar a realidade do que se passa
durante os períodos de funcionamento.
• Deve ser ajustado tantas vezes quantas as necessárias.
116

116

58
HACCP
Segurança Alimentar
Receção

Armazenamento
2 a 6 ºC

Água Lavagem

Resíduo
Calibração orgânico

Materiais de
embalagem Embalamento
/ Vácuo Resíduo
plástico
Retrabalho

Pasteurização Resíduo
Orgânico
Resíduo
Armazenamento plástico
1 a 5 ºC

117

117

HACCP
Segurança Alimentar
1
Receção

Armazenamento
2
2 a 6 ºC

3 Água Lavagem

Resíduo
Calibração orgânico

Materiais de
4
embalagem Embalamento
/ Vácuo Resíduo
plástico
Retrabalho

5
Pasteurização Resíduo
Orgânico
Resíduo
Armazenamento plástico
6
1 a 5 ºC

118

118

59
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Princípios HACCP
• 1 - Análise de perigos e Identificação de Medidas
preventivas
• 2 - Identificação de Pontos críticos de controlo
• 3 - Estabelecimento de limites críticos
• 4 - Estabelecimento de um sistema de monitorização
• 5 - Estabelecimento de medidas correctivas
• 6 - Estabelecimento de um sistema de verificação e
validação
• 7 - Estabelecimento de um sistema de registos e
documentação

119

119

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 1 - Análise de perigos e identificação de
medidas de controlo
É importante compreender que em HACCP o perigo refere-se a
condições ou contaminações no alimento que podem causar
doença ou lesão aos consumidores.
Os perigos devem ser eliminados ou minimizados através de uma
mudança no processo ou de uma prática de trabalho.
• Preparar uma lista de perigos
• Proceder à análise perigos
– Risco (probabilidade de ocorrer)
– Severidade (gravidade do perigo)
• Descrever medidas de controlo
120

120

60
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 1 - Análise de perigos e identificação de
medidas de controlo
• Preparar uma lista de perigos

121

121

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 1 - Análise de perigos e identificação de
medidas de controlo
• Proceder à análise perigos
– Risco (probabilidade de ocorrer)
– Severidade (gravidade do perigo)

122

122

61
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Avaliação dos Perigos
Através da Matriz de avaliação, determinar quais os perigos
significativos para a segurança do consumidor tendo sido definidos
níveis de significância (S – significativo):

Niveis de Significância (S)

Gravidade (G)
1 2 3
Frequência

1 1 2 3
(F)

2 2 2 6

3 3 6 9

Referência: “How to HACCP”-Edition 2, Mike Dilon & Chris Griffith, MD Associates

123

123

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Avaliação dos Perigos

Critérios de Frequência (F):

• Frequente (3) = Ocorre várias/algumas vezes / é frequente acontecer


• Possível (2) = pode acontecer mas perante historial da empresa não
é frequente
• Excepcional (1) = tem baixa probabilidade de acontecer/ não há
historial na empresa

124

124

62
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Avaliação dos Perigos

Critérios de Gravidade/Severidade (S):

• Alta (3) = Traz risco significativo para o consumidor/ resulta um


produto não seguro
• Média (2) = Pode trazer risco significativo para o consumidor / pode
resultar um produto não seguro
• Baixa (1) = Não traz risco significativo para o consumidor/ não
resulta um produto não seguro

125

125

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Medida de Controlo

• Acções ou actividades que podem ser utilizadas


para prevenir, eliminar ou reduzir um perigo para
níveis aceitáveis.
– Cumprimento práticas agrícolas/ pecuárias
– Eliminação/ alteração equipamento e/ou utensílios
– Selecção fornecedores/ Inspecção de recepção
– Práticas correctas de higienização do equipamento
– Controlo temperaturas
– Manutenção preventiva equipamento
– …..
126

126

63
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Medidas de controlo
• Etapa : Doseamento de aditivos (conservantes)
• Perigo Q: Excesso aditivos
• Medida de controlo:
– Cumprimento da instrução de dosagem/ correcto
doseamento;
– Formação do pessoal;

• Etapa : Pasteurização de bivalves


• Perigo B: Sobrevivência de microrganismos
patogénicos
• Medida de controlo:
– Cumprimento do binómio tempo/temperatura
de pasteurização
– Calibração do equipamento
127

127

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 1 - Análise de perigos e identificação de
medidas de controlo
• Descrever medidas de controlo

128

128

64
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Avaliação dos Perigos

Grau de Significância (S) = F x G

• Sempre que da análise de significância resulte um valor > 3,


considera-se que o perigo é significativo.

Árvore de Decisão

129

129

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 2 - Identificação dos PCC´s
• Etapa onde pode ser aplicado medidas de controlo para
evitar/ eliminar um perigo ou reduzir para níveis aceitáveis
• Etapa : Embalamento de bolachas
• Perigo F: Presença de pequenas partículas metálicas
provenientes do equipamento
• Medida de controlo:
– Manutenção preventiva
– Instalação de um detetor de metais

◼ Utilização da árvore de decisão


• Sequência de perguntas
130

130

65
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 2 - Identificação dos PCC´s
• Descrever os perigos identificados para âmbito e campo de
aplicação definido

131

131

HACCP - Segurança Alimentar


P1
Existem medidas preventivas nesta etapa ou em etapas
posteriores para o perigo identificado?
Modificar etapa,
processo
ou produto

Não É necessário o Sim


? controlo do perigo
nesta etapa?
Não Não é PCC Stop (*)
Sim

P2 Esta etapa está especialmente desenhada para eliminar Sim


o perigo ou reduzir a sua probabilidade de ocorrência PCC
para um nível aceitável?

Não

P3
Pode ocorrer contaminação ou o perigo pode Não
aumentar para níveis inaceitáveis? Não é PCC Stop (*)

Sim

P4 Alguma etapa posterior pode eliminar Sim


o perigo ou reduzir a sua probabilidade de ocorrência Não é PCC Stop (*)
para um nível aceitável?

Não

PCC 132

132

66
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 3 - Estabelecer limites críticos para as medidas
de controlo associadas a cada PCC.
• Um limite crítico, assegura que um perigo biológico,
químico ou físico é controlado como PCC.
• Limite critico: valor que separa o aceitável do inaceitável
– Dados bibliográficos, dados experimentais
• Etapa : Pasteurização
• Perigo B: Sobrevivência de microrganismos
patogénicos
• Medida de controlo:
– Adequado controlo de tempo/ temperaturas
• Limite critico: 75 ºC; 15 min
133

133

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 3 - Estabelecer limites críticos para as medidas
de controlo associadas a cada PCC.
• Descrever Um limite crítico, que assegura que um perigo
biológico, químico ou físico é controlado como PCC.

134

134

67
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 4 - Estabelecer um sistema de monitorização
de cada PCC

• Plano sequencial de observações e medidas para


verificação se o PCC está sob controlo (cumprimento
limites críticos).

– O quê, quem, como, quando

135

135

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 4 - Estabelecer um sistema de monitorização
de cada PCC

• Etapa : Pasteurização
• Perigo B: Sobrevivência de microrganismos
• Medida de controlo:
– Adequado controlo de tempo/ temperaturas
• Limite critico: Min. 75 ºC; 15 minutos
• Monitorização: temperatura; tempo

136

136

68
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 4 - Estabelecer um sistema de monitorização
de cada PCC

• Descrever

– O quê, quem, como, quando

se monitoriza um PCC

137

137

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 5 - Estabelecer um plano de acções correctivas

• Procedimentos a seguir quando ocorre um desvio do limite


critico de controlo (PCC sai fora de controlo).

• A equipa deverá estabelecer para cada PCC uma acção


correctiva.

138

138

69
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 5 - Estabelecer um plano de acções correctivas

• Etapa : Pasteurização
• Perigo : Sobrevivência de microrganismos
• Medida de controlo:
– Adequado controlo de tempo/ temperaturas
• Limite critico: 75 ºC; 15 min
• Medidas correctivas:
▪ Se o produto não atingir a temperatura pretendida:
desvio do produto, volta à pasteurização
▪ Formação/treino dos operadores

139

139

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Acções em caso de desvio

• Ajustar o processo de forma imediata

• Tomar decisão sobre o produto


– Libertar após amostragem e ensaio
– Reprocessar
– Utilizar para outro fim
– Destruir

– Nunca! Libertar simplesmente


140

140

70
HACCP
Segurança Alimentar

◼ Principio 5 - Estabelecer um plano de acções correctivas

Definir:
• Procedimentos a seguir quando ocorre um desvio do limite
critico de controlo (PCC sai fora de controlo).

141

141

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Plano HACCP
Matérias/ Nº PCC Perigo Medida Limite crítico e Vigilância Acções Registos Resp.
etapas preventiva tolerâncias correctivas

142

142

71
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 6 - Estabelecer um sistema de verificação e
validação
A ideia central deste princípio é a manutenção do sistema HACCP.

A verificação é o meio de estabelecer a verdade de alguma coisa,


neste caso assegura que o que foi definido na documentação
reflecte a realidade.

A validação do sistema HACCP é a evidencia de que os elementos do


plano HACCP são eficazes.

A revisão é normalmente usada como forma de definir datas para


um procedimento formal de verificação e validação do sistema
HACCP.
143

143

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 6 - Estabelecer um sistema de verificação e
validação

• Verificar se o sistema cumpre os princípios do HACCP;

• Verificar o cumprimento do Plano HACCP

• Verificar a eficácia do sistema

• Validação

144

144

72
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 6 - Estabelecer um sistema de verificação e
validação

• Actividades de verificação dos PCC´s


– Calibração do equipamento
– Amostragem/ testes
– Verificação registos

145

145

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 6 - Estabelecer um sistema de verificação e
validação
• Verificar a eficácia do sistema
– Auditorias
» Exame para determinar se as actividades e
resultados estão de acordo com o sistema
estabelecido e se este está devidamente
implementado e é adequado.

– Amostragem aleatória; análises


» Determinação se as operações estão sob controlo
Revisão do Sistema 146

146

73
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 7 - Estabelecer um sistema de documentação e
registos
Para a implementação com sucesso do HACCP, têm de existir
documentos apropriados e devem ser mantidos registos.

• Actualização
• Arquivo
• Distribuição
• Acesso

147

147

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Principio 7 - Estabelecer um sistema de documentação e
registos
▪ Tipos de documentos externos
• Bibliografia de apoio

▪ Tipos de registos
• Plano HACCP
• Registos de vigilância
• Registos Acções correctivas
• Registos de verificação

148

148

74
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Revisão do plano HACCP

A revisão do plano de HACCP é utilizado para determinar se o


plano ainda é apropriado e é uma etapa adicional ao
processo de verificação.

UM SISTEMA HACCP DEVE SER OBJECTO DE INTERROGAÇÕES


CONSTANTES, VISTO QUE DEVE FAZER PROVA DA SUA
VITALIDADE!

149

149

❖ CASO PRÁTICO

150

150

75
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Vantagens / Benefícios HACCP

• Sistema baseado na prevenção e não na reacção


• Sistema pro-activo e preventivo
• Aumentar a confiança por parte dos consumidores
• Assegurar um elevado nível de protecção da saúde
humana
• Cumprimento de requisitos legais nacionais e
comunitários
• Complementa os S.G.Q. (integração no sistema ISO 9001)
• Sistema de referência aceite internacionalmente

151

151

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Vantagens / Benefícios HACCP

• Melhora os conhecimentos e práticas dos colaboradores


através de formação contínua;
• Garante o cumprimento face a inspecções por entidades
oficiais;
• Providencia evidências documentadas em casos litigiosos
• Facilita as circulação dos géneros alimentícios no mercado
- reconhecimento internacional
• Diminui custos e prejuízos económicos
• Aplicável a toda a cadeia alimentar

152

152

76
HACCP
Segurança Alimentar
◼ Desvantagens / Dificuldades HACCP
• É necessário um conhecimento profundo do produto e do
processo
• São necessários dados técnicos
• Investimentos
– Formação
– Instalações
– Equipamentos
– Alteração métodos
• Mudança de mentalidade
• Requer revisão periódica
• Concentração numa só pessoa nas PME

153

153

◼ HACCP / Sistemas de Gestão

154

154

77
HACCP
Segurança Alimentar
◼ HACCP/ ISO 9001
• Directiva 93/43 de 14 Junho 1993
– (…) deve ser recomendada a aplicação das
normas ISO 9000
• Cumprimento requisitos regulamentares

◼ HACCP / Todos os Sistema de Gestão de Segurança Alimentar


» Requisitos para qualquer organização que opere na cadeia alimentar

155

155

HACCP
Segurança Alimentar
◼ HACCP/ Sistema Gestão Segurança Alimentar
ELEMENTOS CHAVE SEGURANÇA ALIMENTAR

Sistema
Gestão
Comunicação (ISO 22000
Interactiva FSSC 22000
(Cliente/fornecedor) BRC
IFS
SQF)

Programas pré- Principios HACCP


(Codex alimentarius)
requisitos
(Codex alimentarius) 156

156

78
HACCP
Segurança Alimentar
◼ OBJECTIVO

• Uniformizar os requisitos (genéricos) de gestão da segurança


alimentar que permitem a uma organização
– Planear, Implementar, operar, manter e actualizar um SGSA
– Demonstrar a conformidade com os requisitos estatuários e regulamentares
– Conformidade com requisitos cliente
– Comunicação eficaz (questões SA): fornecedores/clientes/partes
interessadas
– Demonstrar conformidade com a Política de SA
– Demonstrar conformidade junto partes interessadas mais relevantes
– Certificação SGSA

Parte interessada: Pessoa ou grupo com interesse no desempenho ou sucesso de uma


organização (3.3.7 – NP EN ISO 9000:2005).
157

157

HACCP
Segurança Alimentar
◼ Campo de Aplicação

• Todas as organizações

– Produção primária

Directas

Alimentos para animais


– Transformação
– Distribuição ▪ Transporte
– Retalho ▪ Armazenagem
▪ Fabricantes
Indirectas

▪ Equipamento
▪ Pesticidas/ medicamentos veterinários
▪ Material de Embalagem
▪ Produtos higienização
▪ Aditivos/ Ingredientes
▪ ....
158

158

79
Contactos SGS

▪ Silvia Mendes
▪ 707 200 747
▪ pt.info@sgs.com
▪ www.pt.sgs.com/academy

159

159

80

Você também pode gostar