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CAPIVARI - SP
2012
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CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE
CAPIVARI - SP
2012
II
Dedico este trabalho a meus pais Ismael Betim e
Maria José Betim, ao meu avô José Augusto Milan
e minha avó Luiza de Carvalho Milan e aos demais
familiares que durante essa trajetória estiveram
sempre ao meu lado, e por fim aos amigos por todo
apoio e compreensão.
III
AGRADECIMENTOS
A todos,
Muito Obrigado
IV
Mariana Samara Betim. “Gestão Ambiental- Resíduos ocasionados pela troca de óleo
em uma oficina automotiva e práticas para minimizar essa situação”. Projeto de
Pesquisa de Monografia de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em
Administração. Faculdade Cenecista de Capivari-CNEC. 30 páginas, 2012.
RESUMO
V
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................ 2
1.1. Caracterização do Problema ........................................................................................ 2
1.2. Justificativa deste trabalho........................................................................................... 2
1.3. Relevância do Trabalho .............................................................................................. 3
1.4. Objetivos do Estudo .................................................................................................... 3
1.4.1. Objetivos Gerais ................................................................................................. 3
1.4.2. Objetivos Específicos ......................................................................................... 4
1.5. Estrutura do Trabalho .................................................................................................. 4
CAPÍTULO 2-Revisão Teórica ............................................................................................. 5
2.1. Questões ambientais e a conscientização da população....... ....................................... 5
2.2.Crescimento Econômico - Revolução Industrial .......................................................... 6
2.3. Novas medidas de Melhorias ....................................................................................... 8
2.4. Mudanças Econômicas e Sociais ................................................................................. 9
2.5. Questões ambientais, foco de principais empresas .................................................... 10
2.6.Avanço Tecnológico ................................................................................................... 11
2.7.Adaptações nos Objetivos Organizacionais ............................................................... 11
2.8.Resíduos de oficinas automotivas .............................................................................. 13
2.9.A principal fonte de resíduos da oficina e impactos ao meio ambiente ..................... 15
2.10.Reestruturação da utilização do óleo das oficinas automotivas ............................... 16
CAPÍTULO 3- Metodologia. ............................................................................................... 18
3.1. Metodologia .............................................................................................................. 18
3.2. Definição da Pesquisa ................................................................................................ 18
3.3. Obtenção de Dados .................................................................................................... 19
CAPÍTULO 4- Resultados da Pesquisa ............................................................................... 20
4.1. Estudo de caso ........................................................................................................... 20
4.2. Identificação da Empresa........................................................................................... 20
4.3. Histórico da Empresa ................................................................................................ 20
4.4.Questionário a fim de melhores esclarecimentos ....................................................... 21
4.4.1. Como é realizado o processo de troca de óleo na concessionária
acima citada? .............................................................................................................. 21
4.4.2. Imagens ilustrativas do elevador automotivo ................................................... 21
4.4.3. Imagem ilustrativa dos tambores de armazenamento de resíduos .................... 22
4.4.4. Quais são os materiais utilizados diretamente e indiretamente
nas trocas de óleo ocorram diretamente ..................................................................... 22
4.4.5. Quais são os resíduos gerados da troca de óleo em oficinas e
quais as melhores formas para diminuir essa quantidade de resíduos ........................ 22
VI
4.4.6. Esta empresa possui algum recurso que é ou será utilizado para
preservação de produtos contaminantes ..................................................................... 23
4.4.7. Esses recursos suprem a necessidade atual....................................................... 23
4.4.8. Haveria possibilidades de melhorias, ao ver da empresa, para os
descartes ocorridos nesses processos que ocorrem na oficina, ao ver da
empresa? ..................................................................................................................... 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................................................................. 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 26
APÊNDICE ......................................................................................................................... 28
APÊNDICE I - Questionário aplicado na visita à empresa Interstar M.A
Generoso Comércio de Veículos LTDA ............................................................................. 29
VII
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como tema “Gestão Ambiental- Resíduos ocasionados pela troca de
óleo em uma oficina automotiva e práticas para minimizar essa situação”.
A abordagem será no processo de troca de óleo onde ocasiona malefícios ao meio
ambiente decorrente desde o início do manuseio até o momento do descarte do óleo de
automóveis que passam nas oficinas da empresa Interstar M.A. Generoso Comércio de
Veículos LTDA.
Essa empresa alvo tem como principal atividade a venda de automóvel da marca
Mitsubishi, disponibilizando como um de seus serviços de pós venda a oficina mecânica.
No decorrer deste trabalho será demonstrado o que a empresa já oferece como melhorias e
disponibilizar novas práticas de reutilização de produtos e formas para minimizar os
impactos do descartes desses produtos ao meio ambiente.
A oficina possui uma quantidade de resíduos muito elevados, ou seja, caso não tenha
locais próprios para descartes ou até equipamentos para esse fim, o meio ambiente será o
principal prejudicado, e conseqüentemente depois a empresa, pois os clientes estão mais
exigentes em busca de produtos ou serviços que sejam ecologicamente corretos, desta
forma a empresa que não se enquadrar neste padrão será “descartada” do mercado.
A preocupação com o ambiente apenas aumenta, ou seja, não deve ser tratada como
algo passageiro, ou como um desperdício de dinheiro das empresas, mais sim como um
investimento a longo prazo.
1
CAPÍTULO 1
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mais necessária, tendo a importância de planejar para não perder o foco durante o trajeto,
os investimentos financeiros devem ser controlados sendo utilizados para estratégias
traçadas com o propósito de encontrar uma forma de não prejudicar o meio ambiente e
ainda economizar com esses padrões.
Tornando-se uma parceria entre benefícios para o ambiente e para a empresa, que
poderá prestar seus serviços pensando não apenas no dia de hoje, mais sim obtendo uma
visão holística de desenvolvimento sustentável.
Justifica-se também para talvez puder contribuir com a empresa em questão, para que
a mesma possa promover ações que possam viabilizar e tornar ate mesmo rentável os
aspectos ambientais da mesma.
3
fontes de alguns autores, formando uma base de estudo necessária pra dar início ao
embasamento teórico do tema gestão ambiental.
Pode-se também dizer da possibilidade de implantação de ferramentas como forma de
facilitar esse processo podendo ser uma boa idéia a ser estabelecida.
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CAPÍTULO 2 – REVISÃO TEÓRICA
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2.2. Crescimento Econômico - Revolução Industrial;
De acordo com o autor Dias (2009), no século XVIII com a revolução industrial que
teve início na Inglaterra e espalhou por outras partes do planeta, foi nomeada de revolução
cientifica – tecnológica, promovendo um enorme crescimento econômico e abrindo as
perspectivas de geração de riqueza e que deveria trazer prosperidade e maior qualidade de
vida para a população.
O autor citado acima acredita que essas perspectivas não foram totalmente atingidas,
pois o crescimento econômico desordenado utilizava muita energia e muitos recursos
naturais, ocasionando a alta degradação ambiental, com a contaminação do ar, do solo, das
águas, desflorestamento, aumento da população, entre outros.
Ainda neste século a infra-estrutura para a população não acompanhava o crescimento
industrial, ou seja, a população bebia da mesma água que era feito o descarte de resíduos,
ocasionando novamente em mortes (DIAS, 2009).
Segundo Dias (2009), a destinação dos resíduos (sólido, liquido ou gasoso) que sobrava
do processo produtivo foi um dos maiores problemas causados pela industrialização para
com o meio ambiente natural e a saúde humana. Consequentemente por volta do século
XX esses danos causados ocasionaram uma grande repercussão na mídia a fim de torná-los
em conscientização dos problemas causados pela falta de gestão.
De acordo com Dias (2009), o que já foi relatado, os problemas ambientais serviram
como aviso ao seres humanos do perigo que ocorreu e estava ocorrendo, sendo percebido
apenas no século XX.
O autor citado acima diz que ao formular estratégias para os problemas ambientais que
estavam acontecendo, foram necessários três encontros que ocorreram na década de 70,
segue abaixo:
O primeiro encontro aconteceu em 1968, pessoas de diferentes instâncias de
governo, reunidas em Roma e Itália, a fim de discutir o futuro do homem e
promover o entendimento da situação na área econômica, política, naturais e
sociais, nascendo o clube de Roma.
Segundo encontro, a Assembléia Nacional das Nações Unidas, nesse ano de 1968,
decide a realização, em 1972, na cidade de Estocolmo, na Suécia, de uma
Conferencia Mundial sobre o meio ambiente.
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Terceiro e último encontro, ocorreu em Paris, no mês de setembro de 1968, uma
discussão sobre o assunto da conservação e uso racional dos recursos da biosfera,
que estabelece as bases para o lançamento em 1971, do programa do Homem e a
Biosfera (MAB).
Seguindo as orientações de Dias (2009), ficou visível que com esses encontros foi
exposto que a questão ambiental estava aos poucos ganhando destaque e virando
preocupação mundial. Não podendo esquecer que durante esses anos ocorreu grandes
modificações, que influenciaram esse debate ambiental.
Na década de 70, aumentou o questionamento sobre o crescimento e desenvolvimento
econômico, embora tivessem ocorrido inúmeras mudanças na economia, o
subdesenvolvimento e a pobreza não diminuiu. (DIAS, 2009)
No ponto de vista ambiental, o questionamento era referente ao mito da abundancia do
capital natural e o crescimento econômico agravou a degradação ambiental, podendo
chegar a um esgotamento dos recursos naturais. (DIAS, 2009)
Segundo Dias (2009) citado acima, a UNESCO possui alguns objetivos traçados neste
programa, como sendo o principal assunto a convivência harmoniosa do ser humano junto
com o meio ambiente natural, onde a utilização dos recursos é limitada e a preocupação
com o ambiente é ilimitada. Este programa teve conseqüências positivas, onde a partir de
1976, foi criada ao redor do mundo uma rede mundial de áreas protegidas denominadas
Reservas da Biosfera, tendo um objetivo principal que é conciliar à conservação da
diversidade biológica com a exploração racional dos recursos naturais. O Brasil possui 6
reservas em seu território: Mata Atlântica, o Cinturão Verde de São Paulo, o Cerrado, o
Pantanal, a Caatinga e a Amazônia Central.
Em busca de melhorias e depois de uma análise da crise ambiental, o autor Vernier
(1994) citado por Costa Lima (1999, pag. 136), apresenta formas de se obter as respostas
das questões ambientais.
Abaixo alguns dos caminhos relatados pelo autor acima:
Apresentar normas e princípios legais;
Estímulos econômicos e fiscais;
Mobilização da sociedade como um todo;
Educação Ambiental
Coordenação das políticas públicas, a favor da qualidade e defesa da vida.
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2.3. Novas medidas de Melhorias;
Durante 1987 um novo documento chamado “Nosso futuro comum” foi considerado
um dos mais importantes documentos sobre a questão ambiental e desenvolvimento dos
últimos anos. Este documento foi base de discussão e debates, que ocorreram na
conferência das Nações Unidas, sobre os problemas ambientais, realizada no Rio de
Janeiro em 1992, onde ficou conhecido o conceito de desenvolvimento sustentável. (DIAS,
2009)
Essa nova estratégia demonstra o conceito de desenvolvimento sustentável, apresenta
os princípios de justiça social, econômica e atitudes de razão ecológica, que devem ser
seguidas como metas, destacando a necessidade da educação ambiental, tornando-se
indispensável para a sua construção. (REIGOTA, 1994) citado por Costa Lima (1999, pag.
139).
Em dezembro de 1992, ocorreu um desdobramento criando a comissão sobre o
desenvolvimento sustentável (CDS), para assegurar que as propostas do Rio 92 iriam
acontecer. (DIAS, 2009)
De acordo com o autor acima, com o objetivo de avaliar a situação do meio ambiente
global e se estava sendo colocado em prática as medidas adotadas, em dezembro de 2000 a
Assembléia Geral das Nações Unidas resolveu que a CDS serviria de órgão central
organizador da cúpula mundial de desenvolvimento sustentável, ou também conhecida
como Rio + 10, isso ocorreu definitivamente em Joanesburgo entre os dias 26 de agosto a
04 de setembro de 2002.
De acordo com o autor DIAS (2009), em resultado desta conferência dois documentos
importantes foram relatados:
A declaração de Joanesburgo sobre o desenvolvimento sustentável;
O compromisso de Joanesburgo para um desenvolvimento sustentável.
Muitas medidas foram tomadas para o bem mundial do meio ambiente, desta forma
influenciando o crescimento de colaboradores nas organizações ecológicas e ONGS, onde
as organizações não governamentais ocupam lugar de destaque desde a década de 60. E
como essas, organizações ambientalistas internacionais como Greenpeace sentiram-se
motivadas a abraçar essa causa pelo meio ambiente, e com o passar de alguns anos o
Greenpeace apresentou uma territorialidade de 21 países, possuindo até uma rede de outras
ONGs ecológicas. Onde todas essas ONGs utilizam de estudos dos problemas
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apresentados, vistos de todos os ângulos, pois a sociedade e seu desenvolvimento também
são necessários (DIAS, 2009).
Segundo o autor acima há cinco fatores que explicam o crescimento global das ONGs e
sua mobilização internacional:
Comunicação facilitada;
Problemas e preocupações comuns;
Aumento de pessoas conscientes e prestes a ajudar;
Incentivos de governos;
Via de mobilização política alternativa e ou suplementar.
Segundo Dias (2009), o fato é que a participação dessas organizações no plano
internacional só tende a aumentar, inserindo uma nova cidadania. Onde essa realidade só
foi possível pelo surgimento de novas tecnologias, que facilitaram a comunicação e tornou
possível saber onde cada indivíduo deve se posicionar em relação ao ambiente natural.
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810 milhões, combatendo a poluição em 60 países onde atua a Sadia, sendo outra empresa
conhecida que também segue esse exemplo. (TACHIZAWA, 2011)
O autor citado acima diz que nos últimos anos no Brasil, vêm aumentando a quantidade
de empresa que utiliza as medidas de gestão ambiental e também as exigências da
sociedade para uma diminuição da diferença econômica e social.
“Um número cada vez maior de empresas está entendendo que a poluição que
produzem é um sinal de ineficiência, e que os resíduos refletem as matérias-
primas não vendidas nos produtos finais.” (Schmidheiny,1992:p.102), citado por
SANTOS,(1999, p.14)
Com toda essa movimentação a favor do meio ambiente por parte das empresas,
ocasionou na mitificação do conceito e qualidade do produto, que resultou na necessidade
de ser ecologicamente viável, ou seja, ao mesmo tempo em que procuramos soluções para
um desenvolvimento sustentável, aumentamos também a lucratividade do negócio
(TACHIZAWA, 2011).
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Algum tempo depois segundo o autor Tachizawa (2011), como forma de facilitar a
visão dos clientes que procuravam empresas ecologicamente correta, foi implantado o
“selo verde”, que nada mais é do que todas essas empresas e seus produtos recebem um
“selo” identificando que a mesma faz a sua parte diante o mundo.
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uma postura socialmente correta, onde deixa de ser uma questão importante apenas para as
ONGS.
Segundo Tachizawa (2011), a fim de entrar para fazer parte deste novo padrão e atrair
clientes, como exemplo a loja Renner que vêm buscando se adaptar, lançou uma coleção
de roupa com a coloração natural. Mas se engana quem pensa que apenas o avanço
tecnológico e desenvolvimento do conhecimento humano, sozinhos produziram efeitos,
muito pelo contrario é necessário estar aliado à qualidade da administração e seus
conceitos da gestão ambiental e responsabilidade social, considerando-se a principal forma
de solucionar graves problemas. (TACHIZAWA, 2011)
Ainda seguindo as idéias do autor Tachizawa (2011), os objetivos da organização
variam de acordo com sua missão, podendo ter fins lucrativos ou não, e para torna-se
competitiva terá que acompanhar a tecnologia, obter qualidade e dar importância a gestão
ambiental e responsabilidade social, questão não mais vistas como passageiras.
A responsabilidade social que as empresas devem possuir nada mais é do que assumir
sua responsabilidade diante a sociedade que vive ao seu redor e aos seus colaboradores, de
forma que através de suas atividades empresariais a qualidade de vida dos mesmos seja
valorizada. Para que tudo isso realmente aconteça é necessário traçar metas e planejar
melhores condições de melhoria tanto para a empresa quanto para seus colaboradores e o
meio ambiente em que atuamos. Juntas a gestão ambiental e a responsabilidade social
podem ajudar de forma significativa o mundo, de acordo com a melhoria e qualidade na
forma que vivemos. (TACHIZAWA, 2011)
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2.8. Resíduos de oficinas automotivas;
De acordo com Ferreira (2009) citado por Mello, etal. (2011, pag. 08) resíduos são
sobra de uma atividade, em estado sólido, líquido ou gasoso.
Defini-se impacto ambiental como “alteração da qualidade ambiental que resulta da
modificação de processos naturais ou sociais provocada por ação humana”. Devendo-se
considerar que esses impactos ambientais podem obter resultados positivos ou negativos,
que varia de acordo com os resultados das interferências humanas no ambiente.
(SANCHEZ, 2008) citado por PAULINO (2009, pag. 12).
Em busca da redução desses resíduos no setor automotivo o IQA - instituto de qualidade
automotiva, junto com o CESVI - Centro de Experimentação e Segurança Viária, lançaram
a Certificação Ambiental para os Centros de Reparação, utilizando o selo verde (figura1,
abaixo). Esse projeto foi realizado com o intuito de maximizar a quantidade das oficinas
prestadoras de serviços automotivos que possuem a conscientização ambiental, ajudando
na melhoria e qualidade de seus serviços oferecidos. IQA (2009) citado por PAULINO
(2009, pag. 20)
A utilização desse selo verde estaria disponível para as empresas que seguissem as
normas, reduzindo os riscos de suas atividades exercidas diariamente. Com isso este selo
verde torna-se um diferencial de marketing para as empresas que o possuem. IQA (2009)
citado por PAULINO (2009, pag. 20)
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Dessa forma, o IQA citado por Paulino (2009, pag. 21) recomenda as seguintes normas
e procedimentos para determinados aspectos ambientais das oficinas mecânicas:
Analisador de gases – A fim de controlar os gases lançados na atmosfera é
imprescindível a utilização de um analisador de gases. Servindo para verificar e regular
os gases emitidos na queima do combustível, garantindo que o veículo volte às ruas em
plenas condições.
Efluentes líquidos – A água misturada com outros produtos (óleo, solventes, graxa),
um decantador que realiza separação da água e do óleo é uma boa opção, pois o preço
de aquisição varia em torno de R$ 2.000,00, sendo um preço acessível que prevenirá
multas ao estabelecimento.
Embalagens plásticas - Nas oficinas em que as embalagens plásticas são descartadas
no lixo comum, mesmo contendo resíduos de óleo ou outros tipos de aditivos. De
acordo com a norma 10.004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
citado por Paulino (2009, pag. 21) a respeito da classificação de resíduos sólidos,
(embalagens plásticas e baldes) que ainda contem esses resíduos é de grande
preocupação, principalmente em casos de resíduos sólidos de óleo lubrificante que são
os mais perigosos por serem tóxicos. Com isso, o local correto para o armazenamento
das embalagens plásticas deve ter piso impermeável, sem possuir materiais
combustíveis e com dique de contenção utilizado em casos de vazamento. Mesmo assim
se ocorrer vazamento, este óleo não deve ser direcionado para sistemas de drenagem
pública, mas encaminhado para sistemas de tratamento água-óleo.
Estopas usadas - não devem ser mais utilizadas, pois podem comprometer a qualidade
do serviço e a segurança do técnico.
Gás do ar condicionado - esse gás não pode ser jogado na atmosfera. É necessário o
uso de equipamento adequado que recolhe o gás e devolve uma parte dele para ser
reaproveitado novamente.
Máquina lavadora de peças – É utilizada para a lavagem de peças em geral, permite a
reutilização do solvente por diversas vezes. Desta forma, gera economia (diminuição de
custos) para a oficina e diminui a quantidade de solvente a ser descartado no esgoto
(diminuindo os impactos ambientais).
Óleo lubrificante - com um auxílio de um funil o óleo lubrificante deve ser retirado do
carro e o conteúdo utilizado deve ser armazenado em um recipiente e recolhido por
empresas credenciadas pelo Ministério do Meio Ambiente, que fazem o rerrefino do
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produto. Essas empresas chegam a pagar aproximadamente R$ 50,00 por um barril de
200 litros de óleo utilizado.
Panos sujos - devem ser descartados ou encaminhados para serem lavados por
lavanderia especializada em materiais de oficinas, como roupas e panos. Os panos que
serão levados para lavagem devem ser armazenados em um lugar específico para esse
fim.
Peças usadas - o recomendando é que a oficina deve possuir um local separado para o
armazenamento dessas peças até o momento de serem recolhidas por uma empresa de
sucata.
Pisos impermeabilizados – nas oficinas o uso de pisos cimentados não porosos é
recomendado, pois o mesmo não absorve o óleo e facilita na limpeza, sem prejudicar o
solo e nem os aspectos de limpeza do local.
Reciclador de gás do ar-condicionado – Para remover o condensador e efetuar o
devido reparo, não deve ser aberta a válvula de escape do ar até que o mesmo se esgote,
essa prática comum deixa o ar contaminado e agredi o meio ambiente. O correto é
utilizar o reciclador, que evita a contaminação e gera economia, já que uma carga de gás
custa aproximadamente entre R$ 100 e R$ 150 (dados de agosto de 2007).
Solventes – podem e devem ser reutilizados e sendo útil para outros serviços.
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Os outros resíduos são os utilizados para conter o óleo automotivo que durante a
troca pode derramar e também para limpar o local.
Com o auxilio de Xavier, Cardoso & Gaya (2004) citado por Pereira, et al. (2008, pag.
02) podemos entender que os resíduos que ficam nas embalagens, em panos e em outras
matérias utilizados para a troca diretamente e indiretamente de óleo, acabam prejudicando
ainda mais o meio ambiente.
De acordo com Pereira, et al. (2008, pag. 02), o óleo que é colocado no veículo é um
óleo novo, e o óleo que é retirado e armazenado em outro recipiente para ser encaminhado
para o descarte correto sendo um óleo já utilizado, que possui maiores contaminações
devido ao tempo uso nos automóveis, contaminando ainda mais outros resíduos que fazem
parte da troca de óleo.
O óleo lubrificante usado possui alguns metais pesados, que ao serem trocados
contaminam os materiais utilizados como meio de troca e gera emissão significativa de
gases no ambiente, são prejudiciais à saúde humana sendo na maioria desses cancerígenos.
A acumulação de metais pesados acontece com freqüência, pelo fato de que o óleo é
impermeável, não dissolvendo em água espalhando as substâncias tóxicas, destruindo a
fauna e flora. A substância chamada hidrocarboneto saturado é uma substância do óleo
lubrificante, e por não ser biodegradável prejudica o meio ambiente, por exemplo, em caso
de um vazamento ou algum despejo no mar, que contenha essas substâncias o tempo
estimado para que ocorra a eliminação da mesma é aproximadamente de 10 a 15 anos.
SENAI (2006) citado por PEREIRA, et al. (2008, pag. 02).
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A Resolução do CONAMA n° 362, citado por Paulino (2009, pag. 24) de 23 de junho
de 2005, define algumas regras que as oficinas devem seguir para manusear os óleos
usados, determinando o correto a ser feito depois com os resíduos já utilizá-lo e logo após
determina o devido descarte do mesmo.
De acordo com a lei acima citado por Paulino (2009) “todo óleo lubrificante usado ou
contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete
negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes nele
contidos, na forma prevista nesta Resolução”.
Seguindo a lei, consideramos que a forma de reciclagem mais segura do óleo
lubrificante usado e já contaminado, deveria ser um processo chamado de rerrefino, sendo
um método ambiental, onde pode sofrer alterações que de acordo com o que o órgão
ambiental competente acredite ser a melhor opção. A lei acima citada acrescenta que a
contratação de outra empresa autorizada e especializada em realizar essas coletas deveria
ocorrer em todas as empresas. (PAULINO, 2009)
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CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA
3.1. Metodologia;
Seguindo as orientações do autor Gil (1996, p.19) pesquisa é considerado um
procedimento racional e sistemático, tendo um objetivo de apresentar respostas aos
questionamentos apresentados.
De acordo com Gil (1996, p.58), estudo de caso é definido como um estudo extenso e
muito abrangente, com o intuito de atingir um ou poucos objetivos, de forma que se
obtenha um profundo conhecimento, sendo considerado algo em na maioria das vezes
impossível.
Abaixo segue uma breve definição de pesquisa bibliográfica citado por Lakatos (2009,
p.43):
Conforme citado acima podemos entender que a pesquisa bibliográfica utiliza de uma
base teórica, buscando informações necessárias e que são explicativas como formas de
solução ao problema encontrado.
18
A pesquisa bibliográfica será um auxílio, onde procurarei esclarecer os problemas
apresentados em formas de perguntas referindo se a teoria publicadas que foram relatadas,
buscando informações detalhadas da empresa alvo, com o intuito de que a idéia central seja
atingida, defendida e apresentada como forma de melhoria para a mesma.
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CAPÍTULO 4 – RESULTADOS DA PESQUISA
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4.4. Questionário a fim de melhores esclarecimentos:
4.4.1 Como é realizado o processo de troca de óleo na concessionária acima
citada?
Este processo é realizado a seguinte maneira:
O veiculo é posicionado em um elevador, para que a pessoa responsável pela troca de
óleo tenha um espaço necessário para manuseio dos equipamentos durante o processo.
Logo após o veículo ser posicionado no local correto a troca de óleo começa a
acontecer de início é necessário que o óleo usado seja retirado do motor, onde será
diretamente direcionado a um coletor apropriado.
Esse coletor tem o nome de carinhos de armazenamento, como o próprio nome diz são
parecidos com carinhos, mas com uma função de coletar os componentes químicos até que
sejam direcionados aos tambores de metais, local onde ficará o óleo usado até que a
empresa contratada passe no local para realizar a retirada a fim de coletar e reciclar esses
componentes.
A troca do filtro de óleo é feita a cada revisão 10.000 km ou 6 meses, e os filtros
também são reciclados.
A troca do filtro de óleo usado para um filtro novo, tendo a utilização como o próprio
nome diz, filtrando as impurezas que contém o óleo não deixando que as mesmas cheguem
ao motor do veículo e que depois seria queimado poluindo ainda mais o meio ambiente.
Acrescentando por final o óleo novo, possui um vencimento sendo necessária a sua
troca nas proximidades do tempo determinado em cada revisão.
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4.4.3 Imagem ilustrativa dos tambores de armazenamento de resíduos (acima).
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Em casos em que a água é misturada com óleo, pode ser utilizado um equipamento
chamado de decantador de água, que de acordo com a revista eletrônica
www.omecanico.com.br acesso no dia 01/08/2012 edição 177 Qualidade em série - Oficina
Ecológica onde sua função é separar a água do óleo e o valor gasto para se obter tal
equipamento fica por volta de R$ 2.000,00. Este valor a ser aplicado não é nada comparado
aos problemas que uma empresa pode ter em casos de receber uma multa por derramar
óleo na calçada ou no esgoto.
De acordo com uma pesquisa feita na revista eletrônica www.omecanico.com.br acesso
no dia 01/08/2012 edição 177 Qualidade em série - Oficina Ecológica a troca de óleo
lubrificante para ser considerada mais limpa e responsável, é necessário que seja utilizada
um funil que ajudará no armazenamento do óleo usado a um recipiente. Podendo vender
esses óleos usados para empresas credenciadas pelo ministério do meio ambiente,
recebendo aproximadamente R$ 50,00 por um recipiente que armazena 200litros de óleo.
Já os panos sujos que não são descartáveis e sim laváveis devem ficar em um local
apropriado até serem encaminhados a uma lavanderia especializada em lavagem de
matérias de oficina, reaproveitando de todas as maneiras possíveis, segundo o acesso feito
dia 01/08/2012 na revista eletrônica www.omecanico.com.br edição 177 Qualidade em
série - Oficina Ecológica.
As peças para o descarte precisam ser armazenadas em locais separadas até a coleta de
uma empresa de sucata ocorra. Revista eletrônica (www.omecanico.com.br acesso no dia
01/08/2012) edição 177 Qualidade em série - Oficina Ecológica)
4.4.6 Esta empresa possui algum recurso que é ou será utilizado para preservação
de produtos contaminantes?
Esta oficina possui o decantador de água e óleo citado acima, latões para a separação
correta dos panos sujos, óleo contaminado, peças, podendo ser descartadas ou
reaproveitadas dependendo da situação atual das mesmas.
23
4.4.8. Haveria possibilidades de melhorias, ao ver da empresa, para os descartes
ocasionados nesses processos que ocorrem na oficina?
Sim, a mesma diz esta providenciando a troca de uso de panos estopa por panos que
são de empresas terceirizadas que deixam os panos de uso adequado e depois de sujos
passam para retirar e fazer a lavagem adequada e em seguinte deixam outros panos limpos
para uso.
Esta empresa também pensa na hipótese de melhorias considerando sua preocupação
ambiental junto à responsabilidade social, a oficina pode disponibilizar um local
apropriado para ajudar na coleta de alguns descartes de forma correta dos resíduos abaixo,
conforme foi citado na revista eletrônica www.omecanico.com.br com o acesso no dia
01/08/2012 edição 189 Qualidade em série- Responsabilidade social na oficina.
Resíduos;
Óleo de cozinha;
Baterias substituídas;
Celulares inoperantes;
Pneus usados.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o início deste trabalho foi relatado o principal objetivo que responder a seguinte
pergunta problema: No que os resíduos da troca de óleo das oficinas automotivas
ocasionam? E quais as melhorias que devem ser implantadas? Acredito que esse objetivo
foi realizado no decorrer do embasamento teórico do capitulo 2 adquirindo ênfase no
capítulo 4 com as respostas apresentadas pela empresa alvo com práticas de melhorias.
Outro objetivo denominado como objetivo geral apresentado era de conseguir
enquadrar as práticas da empresa alvo, ao que é estabelecido para minimizar as atitudes
negativas sob o meio ambiente, usando para isso fontes de alguns autores, formando uma
base de estudo necessária pra dar início ao embasamento teórico do tema gestão ambiental.
Objetivo também foi realizado, onde de acordo as normas citadas durante o capítulo 2, a
empresa alvo destacou entre elas algumas que são utilizadas diariamente pela mesma no
ramo de oficina: coletiva seletiva, latões de armazenamento de resíduos como peças sujas e
panos sujos, decantador de água e óleo, a utilização de solventes para facilitar a limpeza do
local. Algumas das atividades diárias sofrerão alteração para se adequar as normas
estabelecidas entre elas à mudança de utilização de estopas para panos que depois de
limpos são reutilizados em caso de estarem em condições cabíveis de uso.
E por fim os objetivos específicos também foram atingidos, conforme segue abaixo:
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e) Apontar possíveis ações que podem ser implantadas para a melhoria desta gestão,
não somente quanto à se evitar a geração, mas também buscar melhorias no
tratamento adequado e possíveis reaproveitamentos que possam não estar sendo
executados pela mesma.
OK, resultado final apresentado no item 4.4.8. quando a empresa relata
preocupação e apresenta práticas a serem implantadas como forma de melhorias
para o mio ambiente e para si mesma, disponibilizando um espaço para coleta de
resíduos não apenas seus mais principalmente de clientes, que poderão utilizar esse
local para um descarte correto de alguns produtos automotivos ou também alguns
produtos do dia-a-dia. O objetivo dessa ação é fornecer um local que não
prejudicará as funções da empresa e ao mesmo tempo incentivar a sociedade a fazer
o mesmo.
Diante dos fatos considera-se que esta empresa esta preocupada em atender as
expectativas ambientais legais, e as expectativas dos clientes que buscam como nunca um
produto ou serviço verde, ou seja, que atenda as necessidades sem prejudicar
significativamente o ambiente e a sociedade ao seu redor.
A elaboração deste trabalho foi desenvolvida para demonstrar como pode ser simples
ajudar e também estimular cada indivíduo a fazer diariamente sua parte, onde pequenas
atitudes em grandes quantidades podem tornar o mundo mais limpo e melhor para o
convívio dos seres vivos na terra.
Lembrando que este trabalho limita-se a demonstrar o estudo sobre os resíduos
ocasionados pela troca de óleo, mas não deve-se esquecer que dentro de uma oficina
mecânica ainda possui outros inúmeros resíduos que podem ser analisados e servindo de
estudos para trabalhos futuros.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ambiente & Sociedade, Núm. 5, 1999, pp. 135-153 Associação Nacional de
Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade Brasil capturado em
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/317/31713413010.pdf acessado dia 05/06/2012.
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1996.
KRÜGER, Eduardo L., Uma Abordagem Sistêmica da Atual Crise Ambiental. Revista
UTFRR capturado em http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-
ct/article/viewFile/1069/675 acessado dia 05/06/2012.
MELLO, Luciana Torres Correia de, QUEIROZ, Jamerson Viegas, MELLO, Mariana
Torres Correia de, e QUEIROZ, Fernanda Cristina Barbosa Pereira (2011). A
racionalização de resíduos como fator econômico - estratégico para uma empresa: Análise
de um setor de troca de óleo.
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PAULINO, Paloma Fernandes; Diagnóstico dos Resíduos Gerados nas Oficinas Mecânicas
de Veículos Automotivos do Município de São Carlos – SP, 2009
PEREIRA, Diego Ribeiro Guedes, ADISSI, Paulo José, XAVIER, Luciana Helena,
CARDOSO, Rosangela da Silva e SIMÃμES, Adriana da Silva (2008, pag. 02),
Identificação dos procedimentos de logística reserva no gerenciamento dos resíduos
associados á troca do óleo lubrificante automotivo na cidade de João Pessoa. ENEGEP-
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008.
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APÊNDICE
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APÊNDICE I - Questionário aplicado na visita à empresa
Interstar M.A Generoso Comércio de Veículos LTDA
Questionário:
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