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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUSIADA - UNILUS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

CAMILA APARECIDA PEREIRA


PAULO DIEGO FERREIRA DA SILVA

A LOGÍSTICA DE EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA BRASILEIRA PELO PORTO


DE NAVEGANTES/SC: UM ESTUDO DE CASO.

SANTOS / SP
2013
CAMILA APARECIDA PEREIRA
PAULO DIEGO FERREIRA DA SILVA

A LOGÍSTICA DE EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA BRASILEIRA PELO PORTO


DE NAVEGANTES/SC: UM ESTUDO DE CASO.

Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido no


curso de Administração, como parte dos requisitos
para obtenção do Titulo de Bacharel em
Administração no Centro Universitário Lusíada,
sob a orientação da Profª Ms. Renata O. de
Carvalho.

SANTOS / SP
2013
CAMILA APARECIDA PEREIRA
PAULO DIEGO FERREIRA DA SILVA

A LOGISTICA DE EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA BRASILEIRA PELO PORTO


DE NAVEGANTES/SC: UM ESTUDO DE CASO.

Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido no


curso de Administração, como parte dos requisitos
para obtenção do Titulo de Bacharel em
Administração no Centro Universitário Lusíada,
sob a orientação da Profª Ms. Renata O. de
Carvalho.

19/12/2013

__________________________________________
Profª Ms. Renata O. de Carvalho

__________________________________________
Profº Ms. Moacir Fernandes

__________________________________________
Profª Ms.Selma Bertoldo

SANTOS / SP
2013
AGRADECIMENTOS

Grata a Deus pelo dom da vida, pelo seu amor infinito, sem Ele nada sou.
Agradeço aos meus pais, Sirlei e Paulo Sergio, meus maiores exemplos. Obrigada
por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor, pela preocupação
para que estivesse sempre andando pelo caminho correto.
Aos meus irmãos, Carina e Allan, por todo amor e carinho. Ao meu namorado,
Alex, por todo amor, carinho, paciência e compreensão que tem me dedicado e a
minha sogra Nadia pela compreensão e amor que tem me dedicado.
À professora Renata Oliveira de Carvalho que, com muita paciência e
atenção, dedicou do seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste
trabalho. Aos professores Euzébio Mossini, Ms. Moacir Fernandes, pela contribuição
na minha vida acadêmica e por tanta influência na minha futura vida profissional.
Aos meus colegas de classe, em especial Paulo Diego Ferreira da Silva pela
cumplicidade e companheirismo durante estes anos, que não foram fáceis e Aos
meus amigos de trabalho pelo apoio e forças que me transmitiram para continuar
esta jornada, em especial meu supervisor Eliezer Menezes que incentivou-me,
apoio-me, e teve paciência em momentos que nem todos iriam compreender da
maneira que ele foi, alem de me ensinar, tudo que sei hoje em dia é graças a ele
que não mediu esforços em arriscar, e a capacidade que tive para compreender
também foi fundamental.Obrigada a todos que, mesmo não estando citados aqui,
tanto contribuíram para a conclusão desta etapa e para a Camila que sou hoje.
Camila Aparecida Pereira.

Agradeço a todos que me apoiaram nesta etapa que esta sendo concluída,
principalmente aos meus familiares pais e irmãos que deram toda assistência,
agradeço também a minha namorada Erika de Souza Lobão e ao meu filho Bernardo
Ferreira Lobão que por muitas vezes tiveram que entender a ausência para que eu
pudesse estar hoje concluindo esse curso.
Gostaria de agradecer também aos professores pela paciência e dedicação e
aos meus colegas de classe em principal a Camila Aparecida por tudo que
passamos esses anos, por todo o companheirismo e sua dedicação.
Paulo Diego Ferreira Da Silva.
“Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia,
teve que tomar uma atitude de coragem.”
(Peter Drucker)
RESUMO

A exportação e a logística é um meio de serviço mundial, onde em cada


setor tem seu serviço diferenciado, assim como a exportação da carne bovina no
porto de Navegantes - SC, temos toda uma logística desde o fornecedor até o
consumidor, proporcionando um serviço de qualidade. Este trabalho tem como
objetivo analisar a exportação e a logística da carne bovina, mostrando desde a sua
produção até a entrega do produto para seus clientes. Esta pesquisa possui caráter
aplicado, qualitativo, exploratório, bibliográfico, documental e estudo de caso, que
nos permite observar a posição de pessoas conceituadas no mundo da exportação e
do mercado de logística,mostrando que a exportação também depende da economia
de seu país e de todo o serviço pecuário, tornando esse trabalho complexo mas de
suma importância para o mundo.

Palavras-chave: Logística. Comercio Exterior. Pecuária.


ABSTRACT

The logistics and export are a worldwide resource, where each sector owns a unique
service. A good example is the beef export in the Navegantes's port - SC. We
possess a whole logistics providing a quality service since the supplier until the
consumer.

The case study objective is to review the beef's export and logistics showing since
the production process until the product delivery to the customer.

The research possess a qualitative, fact-finding, bibliographic connotations and a


case study which allows us to observe people of excellent standing around the export
and logistics market, letting us know that the export also depends of your country's
economy and the livestock service.

Keywords: Logistics, foreign trade, livestock service.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – ABATIMENTO DO BOI


FIGURA 2 – PROCESSO DE CORTES DA CARNE
FIGURA 3 – PROCESSO DE EMBALAGEM DO

GRÁFICO 1 – CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES NO BRASIL.


LISTA DE TABELAS

TABELA 1. COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DAS CARNES BOVINA, SUÍNA E DE


AVES ........................................................................................................................

TABELA 2 – ABATE DE BOVINOS E EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA IN


NATURA – BRASIL – TRIMESTRES SELECIONADOS DE 2011 E 2012..............

TABELA 3 – COMPARAÇÃO DE PREÇOS REFERENTE ÀS TAXAS ENTRE OS


PORTOS DE NAVEGANTES S/C E SANTOS/SP...................................
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................12

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA..............................................................................13

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA............................................................................14

1.3 METODOLOGIA...............................................................................................14

2 COMERCIO EXTERIOR E LOGÍSTICA.................................................................17

3 PECUARIA BRASILEIRA......................................................................................23

3.1 FEBRE AFTOSA..............................................................................................26

3.2 OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO DA CARNE BOVINA..27

3.3 O MERCADO DE CARNE BOVINA BRASILEIRO...........................................28

3.3.1 A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL.............30

4 O PROCESSO DE EXPORTAÇÃO..........................Erro! Indicador não definido.

4.1 REGULAMENTAÇÕES PARA EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA.............35

4.2 A SISTEMATICA DE EXPORTAÇÃO..............................................................36

4.3 PROCESSO LOGISTICO DE EXPORTAÇÃO.................................................41

5 CONCLUSÃO.........................................................................................................44

REFERÊNCIAS.........................................................................................................45

ANEXO A – COMMERCIAL INVOICE……………………………………………………..


ANEXO B – PACKING LIST ………………………………………………………………..
ANEXO C – QUALITY CERTIFICATE……………………………………………………..
ANEXO D - PRICE LIST……………………………………………………………………
ANEXO E – REJECTION LETTER………………………………………………………..
ANEXO F – REGISTRO DE EXPORTAÇÃO..............................................................
ANEXO G – CERTIFICADO SANITÁRIO INTERNACIONAL.....................................
ANEXO H – FORM A...................................................................................................
ANEXO I – BILL OF LADING.......................................................................................
12

1 INTRODUÇÃO

Esta monografia apresenta o processo logístico para a exportação de


carne bovina pelo porto de Navegantes/SC e todos os procedimentos para a entrega
da mercadoria no seu destino final.
De acordo com o site do Ministério da Agricultura (BRASIL, 2013a), a
participação brasileira no comércio internacional vem crescendo, com destaque para
a produção de carne bovina. Até 2020, a expectativa é que a produção nacional de
carnes suprirá 44,5% do mercado mundial. Essas estimativas indicam que o
Brasil poderá manter a posição de primeiro exportador mundial de carnes bovina,
onde o país é líder no segmento desde 2008, o mercado consumidor doméstico é
bem forte mas pode-se notar que as exportações vem se tornando cada vez mais
uma alternativa para o setor.
Segundo, Miranda e Mota (2001), “A pecuária no Brasil representa 40%
do valor do PIB da agropecuária, ocupa cerca de 26% da força de trabalho rural, tem
uma taxa de crescimento anual de 3% e utiliza 3/4 das terras totais ocupadas com a
atividade agropecuária”.
Como pode-se observar o Brasil tem um grande potencial para produção
e exportação do produto pecuário e juntamente com isso deve-se ter um bom plano
logístico para atender à essa demanda, cujas atividades devem estar voltadas para
o planejamento da armazenagem, circulação (terra, ar e mar) e distribuição de
produtos. Um dos objetivos mais importantes da logística é conseguir criar
mecanismos para entregar os produtos ao destino final em um tempo mais curto
possível, reduzindo os custos.
A situação atual do Brasil não é a das mais favoráveis no que tange a
infraestrutura logística. O Governo Federal Brasileiro lançou o Programa de
Investimentos em Logística (PIL). O programa inclui um conjunto de projetos que
contribuirão para o desenvolvimento de um sistema de transportes moderno e
eficiente e serão conduzidos por meio de parcerias estratégicas com o setor privado.
(BRASIL, 2013b).
O PIL promoverá sinergia entre os modais rodoviário, ferroviário,
hidroviário, portuário e aeroportuário. No setor rodoviário, o programa prevê a
concessão de 7,0 mil km de rodovias. O investimento estimado é de R$ 46 bilhões,
no setor ferroviário, o programa prevê investimentos de R$ 99,6 bilhões em
13

construção e/ou melhoramentos de 11 mil km de linhas férreas, já no setor


aquaviário o objetivo é expandir e modernizar a infraestrutura dos portos brasileiros
por meio de parcerias estratégicas com o setor privado, promovendo sinergias entre
as redes rodoviária e ferroviária, hidroviária, portuária e aeroportuária. (BRASIL,
2013b).
Melhorar a integração logística entre os diversos modais de transporte é
uma forma de trazer ganhos competitivos ao Brasil. É esperado que investimentos
em infraestrutura impulsione o crescimento econômico e promova o
desenvolvimento sustentável do País.

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

Falar de logística agrada aos pesquisadores, pois é uma das vocações


naturais da cidade santista, que abriga o maior Porto brasileiro, e consequentemente
faz parte do cotidiano dos moradores da cidade, pois todos são afetados direta e
indiretamente pelas operações portuárias. Também, está relacionado a pratica
profissional de um dos pesquisadores que trabalha em uma comissária de despacho
e realiza o processo de exportação de carne bovina pelo Porto de Navegantes, em
Santa Catarina, para a Rússia, Hong Kong e Ucrânia.
De acordo com Whately (2012), pode-se identificar que o setor de
exportação e agropecuário são os que mais vêm crescendo depois da crise
econômica mundial do ano de 2008 que o Brasil enfrentou. Foi um dos setores que
mais surpreendeu às expectativas dos analistas do setor econômico.
Segundo Correa, Pachioni e Araripe (2013), para a sociedade a
exportação de carne bovina gera novas oportunidades de emprego, visibilidade do
Brasil nos países que importam nossos diversos tipos de carne, além do
crescimento econômico da cidade em que atuam as empresas exportadoras deste
segmento.
Por se tratar de um produto de exportação, que segundo Souza (2009) é
em sua maioria realizada por navio, é necessário atentar-se a necessidade de
melhorias na infraestrutura portuária brasileira, pois questões como: dragagem dos
canais, para que os portos possam receber navios de maior calado (profundidade);
tecnologia, para mordenizar as operações portuárias, devem fazer parte da agenda
de investimentos do Governo Federal
14

A partir deste ano (2013), os portos brasileiros contam com investimento


estimado em R$ 50 bilhões, esses recursos são necessários para aumentar a
concorrência, reduzir custos, melhorar a eficiência logística e retirar as barreiras que
dificultam o investimento privado em novos terminais ao longo da costa brasileira.
Além disso, criará condições para atender à demanda de diferentes polos produtivos
que se desenvolvem pelo interior do Brasil (PEDUZZI, 2013).

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

A pesquisa tem por objetivo geral apresentar o processo logístico de


exportação de carne bovina brasileira pelo Porto de Navegantes/SC.
Especificamente, pretende:

a) Contextualizar a importância da Logística Integrada nas operações


de exportação pelo Porto de Navegantes/SC;
b) Apresentar o mercado pecuário brasileiro e sua participação no
comércio exterior;
c) Apresentar a sistemática de exportação de carne bovina brasileira
pelo Porto de Navegantes/SC do frigorifico Frigon.

1.3 METODOLOGIA

Esta pesquisa possui caráter aplicado, qualitativo, exploratório, bibliográfico,


documental e estudo de caso.
De acordo com Barros e Lehfield (2000, p. 78) a pesquisa aplicada tem
como motivação a necessidade de produzir conhecimento para aplicação de seus
resultados, com o objetivo de “contribuir para fins práticos, visando a solução mais ou
menos imediata do problema encontrado na realidade”. Os pesquisadores
compreendem como problema a infra-estrutura logística brasileira que acarreta na
perda de competitividade brasileira e interfere na produtividade do setor agropecuário.
Para Godoy (1995, p. 58) a pesquisa qualitativa considera o ambiente como
fonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento chave o processo é o foco
principal de abordagem e não o resultado ou o produto; a análise dos dados é
15

realizada de forma intuitiva e indutivamente pelo pesquisador; não requer o uso de


técnicas e métodos estatísticos; e, por fim, tem como preocupação maior a
interpretação de fenômenos e a atribuição de resultados.
Segundo Gil (1999, p.43), as pesquisas exploratórias visam proporcionar
uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo. Compreende sobre o
comércio exterior e a necessidade de infraestrutura logística, se torna relevante para
compreensão da problemática.
De acordo Lakatos (1985) a pesquisa de caráter bibliográfica ocorre quando
é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros,
artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet, são
utilizadas nessa pesquisa livros que abordem sobre logística e comércio exterior, além
de monografias e artigos acadêmicos sobre o tema.
Para Lakatos (1985) a pesquisa documental ocorre quando elaborada a
partir de materiais que não receberam tratamento analítico, no caso desta pesquisa,
utilizou-se fonte documental obtida em sites eletrônicos do governo federal e
reportagens de especialistas dos setores de logística, exportação e agropecuária.
Cervo e Bervian (2005, p. 67), coloca que o estudo de caso “é a pesquisa
sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo
do seu universo, para examinar aspectos variados de sua vida”. Pode-se dizer, assim,
que o estudo de caso é uma verificação da prática em relação à teoria estudada.
Nesta pesquisa, é analisado o processo de exportação de carne bovina
brasileira do Frigorifico Irmãos Gonçalves – Frigon, localizado na cidade de Jarú no
Estado de Rondônia, que embarca sua mercadoria pelo Porto de Navegantes/SC para
o mercado Russo e Asiático, especificamente, para a Rússia, Ucrânia e Hong Kong.
Estão envolvidos também, nesse estudo de caso, o Trader (intermediário)
Weast Meat, localizado na cidade de São Paulo/SP, o armazém Martini Meat,
localizado na cidade de Itajaí /SC, e o despachante Satel Despachos, localizada na
cidade de Santos/SP.
Para a realização desta pesquisa, estruturou-se a monografia em 4
capítulos. No primeiro capitulo, contextualiza-se o tema e apresenta sua justificativa e
metodologia adotada para a pesquisa. O segundo capitulo, apresenta um
levantamento bibliográfico e documental sobre comércio exterior e logística. O terceiro
capitulo, trata sobre a pecuária brasileira e apresenta uma análise sobre o mercado de
carne bovina brasileira. No quarto e ultimo capitulo apresenta-se todo o processo
16

logístico para a exportação da carne bovina brasileira oriunda de Jarú/RO e


embarcada pelo porto de Navegantes/SC.
17

2 COMÉRCIO EXTERIOR E LOGÍSTICA

Segundo Sousa (2009), a exportação ocorre sempre que determinado


bem passa a linha de divisa (fronteira) de um país ou seja um produto com origem
no Brasil é exportado quando sai do espaço geográfico brasileiro.
Keedi (2002), explica que exportar é o ato de remeter a outro país
mercadorias produzidas em seu próprio ou em terceiros países, que sejam de
interesse do país importador, e que proporcionem a ambos envolvidos vantagens na
sua comercialização. É, portanto, a saída de mercadorias para o exterior.
Para Alaby (2003), a logística é parte principal, senão a principal variável
de eficiência para o comércio exterior. A função vital da logística é abreviar tempo,
evitar perdas, garantir entrega e reduzir os custos.

Em um mundo globalizado, qualquer gasto a mais representa aumento nos


preços e a consequente perda de clientes. Se levarmos em conta que o
chamado ‘Custo Brasil’ é um sério problema para quem exporta, não se
preocupar em otimizar a logística pode se tornar um erro fatal. (ALABY,
2003).

De acordo Vasques (1998), o principal motivo para exportar é obtenção


de recursos para pagamento das importações necessárias a sua vida econômica.
O país exportador, além de o país obter divisas, absorve tecnologia e alcança
maior produtividade.
Pode-se analisar a seguir com o gráfico 01, o crescimento das
exportações durante os últimos 25 anos e verificar que ouve um crescimento das
exportações de 168% dentre os vários governos.
Gráfico 01 – Crescimento das Exportações no Brasil.
18

Fonte: Banco Central.

Quando fala-se em comércio exterior Keedi (2002), aponta que as


atividades de Traders, Despacho e Documentação, são as mais importantes
nesse processo, o autor ainda esclarece algumas:
O Trader, é um vendedor internacional, podendo ser de exportação e/ou
de importação, sendo responsável pelas vendas e compras internacionais da
empresa. Deve ter amplos conhecimentos em diversas áreas para exercer a função,
alem de saber diversos idiomas estrangeiros, e estar familiarizado com hábitos,
gostos, costumes, símbolos, religião, leis, etc., do país com o qual está negociando,
de modo a poder realizar o melhor trabalho possível. (KEEDI, 2002).
O despacho, representa a ação nos tramites legais da entrada e saída de
mercadorias num país. É necessário, para, isto, um profundo conhecimento das
normas que regem o comércio exterior do país, os documentos envolvidos para o
despacho da mercadoria e os sistemas manuais e eletrônicos de registro e controle.
(KEEDI, 2002).
A documental de exportação e importação, lida com os documentos
necessários à saída da mercadoria de um país e sua entrada em outro, cobrança,
transporte, etc., como fatura comercial, romaneio, documento de transporte, apólice
de seguro, certificados diversos. (KEEDI, 2002).
Souza (2009), acrescenta outros agentes intervenientes nas operações
de comércio exterior, sendo eles: empresas de transporte internacional, empresa
de armazenagem, operadores portuários, transitários de carga, empresas de
inspeção, bancos comerciais, companhia de seguro, despachante aduaneiro,
camará do comércio exterior, ministério da fazenda, secretaria da receita federal,
conselho monetário, banco centra e ministério do desenvolvimento.
19

(professora deixei estes itens abaixo para a SRª ver se a necessidade de


explicar 1 por 1, pois já mencionei no texto)
a) Empresas de transporte internacional: é toda a operação de venda
internacional exige a realização de um transporte cuja complexidade
variará em virtude da distancia física e das infraestruturas que
conectam comprador com vendedor.
O exportador poderá adotar três tipos de contratação de transporte com o
transportador:
 Contratação livre: contratação de veículos completos para grandes
quantidades de mercadorias;
 Linha regular: itinerários preestabelecidos pelo transportador: com
frequências fixas e tarifas públicas;
 Grupagem: são mercadorias compatíveis de diversos exportadores,
que têm origem em determinada região do país exportador e são
enviadas a outra região. Também definida no país de destino.
b) Empresa de Armazenagem: são empresas que armazenam
provisoriamente mercadorias em processos de importação ou
exportação.
c) Operadores portuários: são pessoas jurídicas pré-qualificadas para
execução de operações portuárias na área dos portos organizados.
Operação portuária é toda movimentação e armazenagem de
mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário.
d) Transitários de carga: é a empresa que executa, por delegação de
outra empresa, os procedimentos relativos à operacionalização dos
contratos de importação ou exportação.
e) Empresas de inspeção: asseguram que a qualidade e quantidade
dos produtos transacionados estão de acordo com os contratosque
foram firmados entre comprador e vendedor. Geralmente acontece
durante o embarque e desembarque das mercadorias.
f) Bancos comerciais: trata-se de entidades financeira que participam
na gestão do comércio exterior interferindo nos fluxos monetários
originados pelas importações e exportações.
g) Companhias de seguro: existem dois tipos de empresas de seguros
intervenientes em operações de comércio exterior: as seguradoras
20

de crédito e as seguradoras de mercadorias.


h) Despachantes aduaneiros: a principal função do despachante
aduaneiro é a formulação da declaração aduaneira de importação ou
de exportação, que nada mais é que a proposição da destinação a
ser dada aos bens submetidos ao controle aduaneiro, indicando o
regime aduaneiro a aplicar às mercadorias e comunicando os
elementos exigidos pela aduana para aplicação desse regime.
i) Câmara do comércio exterior (Camex),
j) Ministério da Fazenda: cuida da formulação e execução da política
econômica.
k) Secretaria da Receita Federal: a função é controlar as entrada e
saídas mercadorias/produtos, além de aplicar os vários tipos de
impostos e demais tarifas.
l) Conselho monetário: é responsável por estabelecer as diretrizes
gerais das políticas monetária, cambial e creditícia.
m) Banco central: responsável por informar à secretaria da Receita
Federal os dados relativos a contratos de câmbio de exportação
liquidados e o acompanhamento dos contratos celebrados no
contesto das demais operações bancárias.
n) Ministerio do desenvolvimento, indústria e comércio exterior.

Segundo os autores César e Rocha (2001), a logística é fator importante


para diminuir os custos finais dos produtos e serviços, além do tempo de entrega
que deve ser bem rigoroso para que não haja transtorno entre o fornecedor e o
cliente final. Para que sejam seguidos estes princípios é necessário que haja uma
integração de toda cadeia produtiva.

A Logística pode então ser definida como o processo de gerir


estrategicamente a obtenção, movimentação e armazenamento de
matérias-primas, componentes e produtos prontos, com seus fluxos de
informação correspondentes, através da empresa e de seus canais de
marketing, de tal forma que a rentabilidade futura seja viabilizada através da
entrega efetiva dos pedidos em relação a seus custos. Para esta definição,
a entrega dos produtos acabados inclui toda uma série de serviços ao
cliente e os consequentes serviços pós-venda, pois a logística tem como um
de seus objetivos principais, o de prover o cliente com os níveis de serviços
por ele desejado. (CÉSAR, ROCHA, 2001, p 18)
21

Ballou (2001), ainda destaca que a logística são as atividades que


movimentam e armazenam produtos de matéria-prima e fazem o transporte do
mesmo fazendo chegar ate o mercado consumidor para sua venda.
Com o trabalho da logística, tornou-se um método de facilitar e organizar
a entrega do produto até seu comprador com a segurança e qualidade desejada,
assim esse serviço passou a ser o mais adequado para todas as empresas,
considerado adequado de custos razoáveis e de garantia de entregas no prazo.
Para se obter lucro é importante que os prazos sejam cumpridos desde a
compra das matérias-primas até a entrega final, porque o cliente não quer saber se
o produto está demorando devido a falta de produto para produção do pedido que foi
fechado, logo é muito importante o comprometimento nos prazos que foram
estipulados no ato da contratação.
Gerbelli (2012), destaca que os custos logísticos vêm aumento desde os
anos 1970, passando de 5,1% do faturamento das vendas em 1971 para 9,5%, em
1980, conforme o site do estadão, os custos logístico no ano de 2012
comprometeram 13,1% do faturamento das empresas, esse levantamento foi feito
com 126 empresas de diversos setores, sendo representados 20% do PIB do Brasil.
Os autores César e Rocha (2001), destacam que um sistema logístico
pode ser dividido em quatro subsistemas: informação, suprimento, produção e
distribuição física. Logo percebemos a importância destes subsistemas para o
processo de exportar.
Bowersox e Closs (2001), enfatizam que a logística de suprimento é
proporcionar o apoio à produção ou à revenda, além de realizar as compras em
tempo hábil, com o menor custo total. Além de compras, a logística de suprimentos
auxilia na organização e a movimentação de entrada de materiais, peças e de
produtos acabados dos fornecedores.
A logística interna, também conhecida como logística de produção,
segundo Sousa (2002), é todo o processo que se utiliza dentro de uma organização
são eles: recebimento, estocagem, movimentação, embalagens, armazenagem e
expedição.
Será necessário Falar mais sobre Logistica Integrada Professora?

De acordo com Ballou (2001), o transporte é um das formas de fazer com


que o produto “X” chegue ao seu destino no tempo estabelecido, o mesmo é
22

utilizado como um diferencial dentre os seus concorrentes.


Rocha e Silva (2013), destacam que a melhor maneira para transportar
para fora do país de origem é utilizando o transporte marítimo, este tipo de
transporte acomodam os diversos tipos de produtos a serem transportados de
maneira correta, utilizando os diversos modelos de containers, havendo
acomodação correta, o mesmo não afeta o transporte da carga e não tra-rá
prejuízo.
Falar sobre o papel do transp. tanto para a log. quanto para o comercio exterior.
Em se tratando de transporte marítimo Diniz (2013), afirma que o
sistema portuário brasileiro está entre os piores do mundo. Num ranking com 144
países feito pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 135ª posição no
item qualidade dos portos. Nossos portos são mais caros e mais ineficientes do
que os de países desenvolvidos e emergentes. Para termos uma noção, operar
no porto de Suape, em Pernambuco, custa cinco vezes mais do que em
Cartagena, na Colômbia.
Conforme citação Valor (2013), pode-se verificar que tirando o porto de
Tamandaré/Rio, os que tiveram maior crescimento foram os do Sul, Logo o total de
movimentações no Brasil dentro do ano de 2013, foi um total de 904 milhões de
toneladas transportadas.
Os dados estatísticos da agência também apresentam a evolução da
movimentação de cargas nos principais portos brasileiros, incluindo os
portos públicos de Santos (5,51%), Paranaguá (8,07%) e Itaqui (12,87%) e
os portos privativos de MBR da Vale (5,51%), Madre de Deus na Bahia da
Petrobras (4,64%) e Almirante Tamandaré (16,67%), localizado no Rio de
Janeiro. (VALOR. 2013).

De acordo G1 (2013), foi criada a MP dos Portos com a proposta de


regular a exploração de portos e instalações portuárias e criar a segunda etapa do
Programa Nacional de Dragagem Portuária. Espera-se que as mudanças atraiam
investimentos de 55 bilhões de reais até 2017. A título de comparação, nos últimos
11 anos, o governo investiu apenas 3 bilhões no setor.

A Medida Provisória 1º 595/2012, conhecida como MP dos Portos, e sancionada


pela presidente Dilma Rousseff como Lei n° 12.815/2013, pretende modernizar
os portos brasileiros. Ela estabelece novos critérios para a exploração e
arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa
privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. Além disso,
as novas regras facilitam a instalação de novos terminais portuários privados.
(G1, 2013)
23

O sistema portuário brasileiro é composto de 37 portos públicos, entre


marítimos e fluviais. Desse total, 18 são delegados, concedidos ou têm sua
operação autorizada por governos estaduais e municipais. Existem ainda 130
terminais de uso privativo. (BRASIL, 2013c)

Dentre estes 37 portos públicos será destacado sobre o porto de


Navegantes, por se tratar do tema que está sendo abordado no trabalho.
Falar sobre o Porto de Navegantes
24

3 PECUÁRIA BRASILEIRA

Logo na primeira metade do século XVI segundo site Imago Historia


(2013), começaram a chegar no Brasil os primeiros rebanhos que vieram das ilhas
de Cabo Verde, no inicio o gado era criado próximo dos engenhos, eram utilizados
para o transporte da cana-de-açúcar e como força-motriz necessária para moendas
dos engenhos, no nordeste açucareiro. Em 1701, foi proibida a criação de gado
numa extensão de 60 km, preservando a faixa litorânea para o plantio exclusivo da
cana-de-açúcar, pelo motivo que as duas coisas não poderiam se misturar porque o
gado devastavam as plantações que estavam próximas, mais especificamente a de
cana-de-açúcar.
As cabeças de gado nesta época eram utilizadas como forma de
pagamento de salário dos indígenas e mestiços. No extremo sul do país se
desenvolveu a pecuária localizada na região do Rio Grande do Sul e ajudou na
ruptura e redefinição dos limites da territorialidade portuguesa na América, com a
incorporação de região que pertenciam à Espanha. A pecuária desenvolvida no
extremo sul dentro do período do século XVIII, logo alcançou seu período de apogeu
e a partir da necessidade do abastecimento da região mineradora das Minas-Gerais,
que era um grande mercado consumidor.
Ries (2000, p.10) afirma que a carne bovina é um alimento importante
pois possui na composição uma dieta equilibrada, nutritiva e saudável. A palavra
Pecuária segundo site Gestão no Campo:
“Vem do latim pecus, que significa cabeça de gado. Ela é praticada desde
o período Neolítico (Idade da Pedra Polida), quando o homem teve a necessidade
de domesticar o gado para a obtenção de carne e leite.”
Pecuária segundo Rodrigues (2012), é toda atividade ligada à criação de
gado, esse tipo de produção é trabalhado em zona rural com o intuito de gerar
alimentos, vestimentas e calçados para população do mundo inteiro, pode-se dizer
que a pecuária é fundamento na vida de todos, se referindo a pecuária do Brasil, é
considerado o maior exportador dessa matéria-prima, com a carne bovina.
25

Existem dois tipos de pecuária segundo a Professora Rodrigues (2012):

Pecuária de corte: destinada à criação de rebanhos com objetivo de


produção de carne para o consumo humano. Na intensiva, o gado é criado
preso ou em pequenos espaços, alimentado com ração específica. Neste
tipo de criação, a carne produzida é macia e de boa qualidade para o
consumo. Pode ser também pecuária extensiva (o gado é criado solto e
alimenta-se de capim ou grama). A carne produzida é dura, pois o gado
desenvolve uma musculatura rígida.
Pecuária leiteira: destinada à produção de leite e seus derivados (queijos,
iogurtes, manteigas, etc)

Coforme autor Filho (2004), pode-se concluir que o consumo de carne


bovina no Brasil é de aproximadamente 36 kg/ano por pessoas, o que demonstra
que a quantidade é de suma importância na nossa alimentação. A carne bovina não
só é importante no consumo interno como também tem grande potencial na
exportação, principalmente para os países desenvolvidos, onde a área e as
condições de produção são restritas.

Conforme a tabela 1 pode-se identificar os benefícios da carne bovina e


ainda notar que em vários requisitos ela está como referencial e em 1º na posição.
26

TABELA 1. Composição nutricional das carnes bovina, suína e de aves


(grelhada ou cozida, porção de 100 gramas).

Unidade Alcatra1 Lombo suíno Peito de frango


Energia Kcal 191 164 165
Proteína g 30,4 28,1 31
Gordura g 6,8 4,8 3,6
Minerais
Ferro mg 3,4 1,5 1
Magnésio mg 32 28 29
Fósforo mg 244 259 228
Potássio mg 403 437 256
Zinco mg 6,5 2,6 1
Selênio mg 32,9 48,1 27,6
Vitaminas
Tiamina (B1) mg 0,13 0,94 0,07
Riboflavina (B2) mg 0,29 0,39 0,11
Niacina mg 4,28 4,71 13,71
Ácido pantotênico mg 0,39 0,69 0,96
Folacina mg 10 6 4
Vitamina B6 mg 0,45 0,42 0,60
Vitamina B12 mg 2,85 0,55 0,34
Ácidos graxos
Saturados g 2,65 1,66 1,01
Monossaturados g 2,90 1,93 1,24
Poliinsaturados g 0,26 0,41 0,77
Colesterol mg 89 79 85
Fonte: USDA, ARS. USDA Nutrient Database for Standard Reference, release13.

Conforme autor Schlesinger (2009), nota-se que tanto no Brasil quanto os


outros países de primeiro mundo que são produtores e grandes consumidores, a
carne bovina é a razão principal da atividade pecuária de corte, tendo o agronegócio
com peso significativo na economia.
27

O autor Schlesinger (2009), destaca que diante da importância como


alimento, e do processo educacional dos consumidores, estes se tornam muito mais
esclarecidos e consequentemente, mais exigentes, provocando com isso uma
demanda do produto com muito mais qualidade o que provoca um aumento de
forma extraordinária.
Neto (2000), defende a tese de que as pessoas tem se preocupado muito
mais com os aspectos relacionados à saúde e ao bem-estar. Isso acontece devido
aos atributos intrínsecos de qualidade como maciez, sabor, quantidade de gordura,
características de ordem, natureza para as formas de produção, utilização do meio
ambiente, processamento, comercialização, etc.
Hoje, o foco principal sobre o consumo da carne bovina é seu aspecto
saudável como alimento, e principalmente as questões relacionadas à segurança:
contaminação por patógenos, pesticidas, agentes biológicos, o uso de antibióticos
e/ou hormônios, a possível presença da encefalopatia espongiforme bovina (BSE ou
mais comumente vaca louca) são as que mais preocupam os consumidores.
O consumidor, por questões reais ou imaginárias, mas de vital
importância, vem abrindo espaços para produtos naturais ou orgânicos, que são
obtidos sem a utilização de produtos impróprios ou considerados nocivos à saúde.

3.1 FEBRE AFTOSA

Quando fala-se em exportação de carne bovina é importante destacar


sobre a Febre Aftosa, por se tratar de um ponto chave para exportação.
Uma vez que quando o país exportador detecta a doença e isso é
repercutido mundialmente gera uma desconfiança por parte dos importadores
diminuindo as exportações no país contaminado até que os órgãos
regulamentadores relatem que a situação já esteja controlada.
Segundo Miranda e Mota (2001) os prejuízos são causados pelas perdas
diretas devido aos sinais clínicos, com consequente queda na produção, e pelas
perdas indiretas através dos embargos econômicos impostos pelos países
importadores.
A gravidade da aftosa não decorre das mortes que ocasiona, mas
principalmente dos prejuízos econômicos, atingindo todos os pecuaristas, desde os
pequenos até os grandes produtores. Causa em consequência da febre e da perda
28

de apetite, sob as formas de quebra da produção leiteira, perda de peso,


crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva. Pode levar à morte,
principalmente os animais jovens. As propriedades que têm animais doentes são
interditadas e as exportações de carne e dos produtos derivados torna-se difícil.
Segundo o site pecuário rural o primeiro registro de ocorrência da febre
aftosa foi feito na Itália no século XVI. No século XIX a doença foi observada em
vários países da Europa, Ásia, África e América, tendo se espalhado pelo mundo
com o transporte de gado de origem europeia.
Ainda no ano de 2013 este é um assunto que preocupa os Pecuaristas e
os consumidores, por este motivo o governo lançou uma campanha que obriga os
pecuaristas a vacinar seu gado e comprovar a imunização do gado, esta campanha
tem duração de 01 a 30 de novembro de 2013, já está na segunda etapa e pretende
vacinar 9,5 milhões de animais segundo site CNPC.

3.2 OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO DA CARNE BOVINA

Segundo Embrapa (2003), a pecuária bovina de corte possui longo ciclo


de produção, variando de 5 a 7 anos, de acordo com o nível da tecnologia adotado.
A maturação do seu produto final, a produção de gado de corte é dividida em
diversas fases, que podem ou não estar integradas dentro da mesma propriedade
rural. São as fases de cria, recria e engorda, todas elas desenvolvidas
predominantemente em pastagens. A fase de cria concentra-se na produção de
bezerros, mantidos ao pé da vaca até a desmama (7 a 9 meses), sendo
extremamente importante, nesta fase, o manejo da reprodução e da alimentação.
Esta etapa representa o cerne da pecuária bovina e é a mais sensível à
baixa produção de forragens, principalmente no inverno ou na seca, sendo
responsável, quase integralmente, pelos baixos índices de produtividade do rebanho
nacional.
A fase de recria vai da desmama até a época de acasalamento das
fêmeas e engorda dos machos, variando de 2 a 4 anos, dependendo da tecnologia
adotada. A fase de engorda tem duração de aproximadamente 12 meses, sendo na
sua quase totalidade realizada em pastagens, embora nos últimos dez anos tenha
aumentado significativamente o número de animais confinados no País.
De 1992 a 2001, o número de bovinos confinados aumentou de 825.000
29

animais (cerca de 0,5% do rebanho efetivo em 1992) para 1.868.000 animais (cerca
de 1,1% do rebanho efetivo em 2001), representando aumento de 126,42% no
período. (Embrapa. 2003).
De qualquer modo, em relação ao efetivo bovino brasileiro, o número de
animais confinados é muito pequeno, caracterizando-se a produção em pastagens.
A concentração geográfica, a proporção de machos e de fêmeas em oferta e as
formas de compra e venda de animais são as principais características do abate e
da comercialização no País.

A maior concentração do abate e do comércio se dá no centro-sul


brasileiro, sendo o maior mercado consumidor o Estado de São Paulo
(Estado com maior renda per capita do País), onde se encontra o
maior número de estabelecimentos de abate do Brasil, muitos deles
operando hoje com capacidade ociosa. (Disponível em:
(Embrapa.2013.)

Nas últimas décadas, têm se verificado deslocamentos de frigoríficos para


as regiões de maior produção de gado de corte, caindo com isto à importância da
capacidade instalada de abate do Estado de São Paulo, notabilizando-se hoje por
concentrar mais estabelecimentos de desossa e de distribuição.

3.3 O MERCADO DE CARNE BOVINA BRASILEIRO

O mercado bovino é um dos principais negócios em destaque no meio


das exportações brasileiras no cenário mundial. Segundo o site do Ministério da
agricultura (Brasil, 2013d), o Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo do
mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças. Além disso, desde 2004, assumiu a
liderança nas exportações, com um quinto da carne comercializada
internacionalmente e vendas em mais de 180 países, este mesmo rebanho
proporciona o desenvolvimento de dois segmentos lucrativos, as cadeias produtivas
da carne e leite. O valor bruto da produção desses dois segmentos, estimado em R$
67 bilhões, aliado a presença da atividade em todos os estados brasileiros, logo
evidenciam a importância econômica e social da bovinocultura em nosso país.
Os derivados bovinos abastecem 49 segmentos industriais, contribui para
a alimentação da população de mais de 150 países, tem uma grande participação
nas exportações onde gera 18% das exportações do agronegócio nacional, mas, em
30

média, sempre cresceu, inovou, não deixando dúvidas que constitui um dos nossos
principais pilares econômicos.O país é o maior produtor de carne bovina do mundo e
com isso resumindo ajuda o crescimento do PIB do país, aumenta o número de
empregos e contribui para o desenvolvimento do Brasil

O clima tropical a extensão territorial do Brasil contribui para esse


resultado, uma vez que permitem a criação da maioria do gado em
pastagens. Além disso, o investimento em tecnologia e capacitação
profissional; o desenvolvimento de políticas públicas, que permitem que o
animal seja rastreado do seu nascimento até o abate e o controle
da sanidade animal e segurança alimentar contribuíram para que o País
atendesse às exigências dos mercados rigorosos e conquistasse espaço no
cenário mundial. (Brasil, 2013d)

Segundo informações do site Beef Point (2013), o Brasil atingiu um


faturamento recorde no primeiro semestre de 2013 comparando com os anos
anteriores Com um valor que superou US$ 2,5 bilhões – aproximadamente R$ 5,3
bilhões – o resultado foi 15% superior ao registrado no mesmo período do ano
passado, quando as vendas atingiram a marca de US$ 2,1 bilhões (R$ 4,6 bilhões).
O crescimento também foi registrado no volume das exportações, que fechou em
562 mil toneladas, índice 22,57% maior em relação a 2012.
De acordo com o site Pecuária (2013), a pecuária tem uma grande
importância no cenário nacional, devido o desenvolvimento que traz para a
população local gerando em média 7 milhões de empregos diretos, o agronegócio
pecuário corresponde por mais de 7% do PIB brasileiro.
Na tabela 2 é possível analisar o crescimento do abate de cabeças de
gado entre 2011 e 2012, observe que entre o ano de 2011 e 2012 este período teve
uma queda comparada com os anos anteriores, foi justamente neste período que a
Austrália assumiu a 1ª posição no ranking de maior exportador.

Tabela 2 – Abate de bovinos e exportação de carne bovina in natura – Brasil –


trimestres selecionados de 2011 e 2012.
31

Segundo Nascimento, Leandro (2012), no ano de 2011 o Brasil perdeu o


posto de maior exportador de carne bovina para a Austrália, mais esta posição não
durou por muito tempo, logo no ano de 2012 o Brasil recuperou seu posto de 1º
lugar no ranking de maior exportador de carne bovina. Ainda está previsto para o
ano de 2013 que a Índia seja a maior exportadora de carne bovina, mais a Índia não
é uma preocupação para o Brasil, pelo simples fato que o mercado deles é
totalmente diferente em relação aos tipos de carne que eles exportam, embora
sejam o mesmo produto, mais as finalidades e tipos são diferentes.
Sampaio (2013), observa que a Índia exporta principalmente carne
processada para embutidos, vendida primordialmente para países muçulmanos no
Oriente Médio e na Ásia.
Um dos motivos para que o Brasil esteja neste posicionamento segundo
site Avicultura Industrial (2003) é que temos baixo custo de produção, modernas
instalações de criação, eficiente monitoramento de saúde animal, realização de
pesquisas em melhorias do rendimento de cortes nobres e investimentos em
capacidade produtiva.
Única coisa que o Brasil deixa a desejar é a demora gerada pela falta de
logística, deixando o processo ainda mais lento entre o fornecedor e seu cliente final.
Desta maneira a tendência é que fique mais caro o frete e pode causar até a perda
do produto (boi), devido a demora no transporte, para o País de destino. Geralmente
a permanência do boi no navio é em média suportável até 3 semanas, acontece que
antes mesmo de entrar no navio a carga já sofre pelos transtornos da falta de
infraestrutura nas estradas por onde são transportados.

3.3.1 A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL

A bovinocultura de corte brasileira assumiu em posições de liderança no


mercado mundial de carnes. Diversos fatores foram determinantes para essa
conquista. Pode-se destacar as ações desenvolvidas em prol da erradicação da
febre aftosa, que resultaram na melhoria da percepção de qualidade do nosso
produto pelos países importadores.
Outra característica adicional de valorização foi à constatação da
produção de alimento seguro, uma vez que a maior parte do nosso rebanho é
alimentada a pasto. Outros fatores, como solo, clima e recursos humanos,
32

passaram a constituir vantagens comparativas que, somadas à extensão territorial,


tem permitido ao País oferecer, ao mercado nacional e internacional, carne bovina
de alta qualidade, em volumes crescentes e a preços competitivos.
No entanto, o aumento da produtividade da agropecuária em diversos
países por meio do uso intensivo de insumos agrícolas tem sido questionado.
Recentemente, os resultados dessas transformações começaram a ser observados
sob vários aspectos, principalmente após os acontecimentos caracterizados pelo
retorno de algumas doenças há muito controladas, como a febre aftosa, na Europa,
Argentina e Brasil, e pelo surgimento de outras, especialmente, a encefalopatia
espongiforme bovina (BSE), ou doença da “vaca louca”, na Europa e América do
Norte.
Essa situação sinalizou ao setor agropecuário brasileiro um novo
paradigma: o da “produção de alimentos seguros”. Além das questões de
biossegurança, a globalização dos mercados impôs ao setor produtivo uma
reestruturação pautada na eficiência e na eficácia, o que, em muitos casos,
significou o sucesso ou fracasso do empreendimento agrícola. A competitividade
tornou-se elemento fundamental para o setor pecuário e, com ela, surgiu a
necessidade de se disponibilizar, para o mercado consumidor, produtos de
qualidade, sem risco para saúde humana e com preço acessível.
Diante disso, a inserção efetiva do Brasil no mercado internacional passa
a estar atrelada a uma nova forma de competitividade, não baseada
exclusivamente em preços, mas, sobretudo, na oferta de alimentos seguros
provenientes de cadeias produtivas economicamente viáveis, socialmente justas e
ambientalmente corretas, ou seja, sustentáveis, na concepção ampla do termo.
Nestas circunstâncias se faz necessário conscientizar e orientar os produtores
rurais sobre a necessidade da utilização correta das boas práticas de produção, do
atendimento às leis ambientais e trabalhistas vigentes e do respeito ao bem-estar
dos animais, para que o conceito de alimento seguro atenda às exigências do
mercado consumidor.
33

4 ESTUDO DE CASO: O PROCESSO DE EXPORTAÇÃO DA FRIGON

Este capítulo tem por objetivo descrever o processo logístico para exportação de
carne bovina pelo porto de Navegantes em Santa Catarina. A carne é oriunda de um
frigorífico localizado na cidade de Jaru no estado de Rondônia.
De acordo com o site da empresa, o Frigon opera com uma capacidade
de abate de 1500 bovinos por dia em uma planta com mais de 34.000m² de área útil.
O avanço e desenvolvimento da pecuária no estado de Rondônia, aliada a
necessidade a ter uma carne inspecionada foram os principais motivos que levaram
a empresa a investir no mercado da região. (FRIGON, 2013).
No ano de 1999 a empresa começou suas atividades desde então vem
crescendo abastecendo o mercado local, nacional e exportando para alguns países
como Rússia, Hong Kong, Venezuela, Ucrânia e África. (FRIGON,2013)

Os produtos comercializados pela Frigon segundo seu site são:

a) Corte bovino: acém, cupim, peixinho, raquete, pescoço, peito,


músculo dianteiro, costela, fraldinha, contrafilé, filé mingnon,
maminha, picanha, coração de alcatra, lagarto, coxão mole, músculo
mole, patinho e coxão duro.
b) Miúdos: língua, coração, fígado, colmeia, bucho e o rabo.
c) Produtos não comestíveis: sebo, bílis, farinha de carne e osso,
farinha de sangue, casco, chifre e cerdas.

Os animais são provenientes do estado de Rondônia e estados vizinhos.


O meio de transporte é rodoviário e o manejo durante o carregamento e
descarregamento dos animais vivos do veículo transportador é feito a fim de diminuir
as condições de estresse até sua acomodação nos currais. Todas as fases de
repouso, jejum e dieta hídrica são obedecidas. Após as mesmas os bovinos passam
por um banho de aspersão e são conduzidos para a sala de abate. (FRIGON, 2013)
O método de insensibilização para o abate humanitário dos animais é
feito através do uso de Pistola Pneumática. Em todo o ambiente em que se
desenvolve o abate (sangria, esfola, evisceração, inspeção, serragem, toalete,
pesagem das carcaças, lavagem e carimbo das meias carcaças) são tomados todos
34

os cuidados necessários para manter a higienização com intuito de evitar


contaminação inicial, seja por germes que põem em risco a conservação da carne
ou que causem infecções e toxinfecções alimentares (Figura 2). Após estes
cuidados de higienização operacional na sala de abate, as meias carcaças seguem
imediatamente para as câmaras de resfriamento. (FRIGON, 2013)

Figura 1 – Abatimento do boi

(FRIGON, 2013)

Nestas câmaras, é feita a maturação sanitária onde as meias carcaças


permanecem por um período de no mínimo de 24 horas, a uma temperatura mínima
de 2.1°C e o pH não superior a 5,9. Tanto a temperatura quanto o pH das meias
carcaças são verificados diariamente na abertura das câmaras, em um percentual
de 100% das meias carcaças. Sendo liberados para a desossa os traseiros com
temperatura não superior a 7°C o dianteiro com a temperatura não superior a 5°C e
o pH das meias carcaças são liberados para a desossa entre 5.4 a 5,9.
Este processo é necessário para que ocorram as reações químicas e
enzimáticas adequadas na carne, bem como para retardar ou inibir o crescimento de
micro-organismos, visando preservar a boa qualidade da carne. Em seguida, as
meias carcaças são separadas em quarto traseiro, quarto dianteiro e ponta de
agulha, seguindo para desossa, onde estas peças são reinspecionadas, desossadas
e refiladas1, conforme padrão estabelecido. (FRIGON, 2013)
Processo de fabricação: Os recortes são retirados das peças da desossa
e refilados retirando de sebo, gânglios linfáticos e excesso de gordura, conforme o
padrão estabelecido. São conduzidas por esteiras rolantes até a sala de embalagem
primária (Figura 3), onde são etiquetadas, colocadas em sacolas de Polietileno
(embalagem primária) e encaminhadas às máquinas para obtenção de vácuo. Em

1
Refilar é o processo de acabamento de um trabalho.
35

seguida vão ao túnel de encolhimento sendo posteriormente reinspecionadas e


embaladas em caixas de papelão (embalagem secundária), pesadas e lacras com
fitas cyclop e o lacre numerado do SIF. São então acondicionadas em paletes e
encaminhadas aos túneis de congelamento a -35º C, onde permanecem por no
mínimo 48 horas. São levadas às câmaras de estocagem a - 20º C, até sua
expedição. (FRIGON, 2013)
De acordo com o site do Ministério da Agricultura (2013) o Serviço de
Inspeção Federal, também conhecido pela sigla S.I.F., é um sistema de controle
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil que avalia a
qualidade na produção de alimentos de origem animal.
OBS: O prazo de validade é de 12 meses após a data de produção.
Todas as operações são executadas sob supervisão permanente do S.I.F e
pela Garantia da Qualidade da empresa

Figura 2 – Processo de embalagem

(FRIGON, 2013)
36

4.1 REGULAMENTAÇÕES PARA EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA


BRASILEIRA

Os produtos exportados pelos frigoríficos passam por um controle


veterinário, onde são inspecionados para que possam adquirir um Certificado
Sanitário Internacional (Anexo A).
De acordo com o site aprendendo a exportar (Brasil, 2013) todos os
produtos de origem animal destinados à exportação devem obter esse certificado de
sanidade. Alguns países exigem documentos específicos e procedimentos especiais
o órgão que regula essa atividade é o Ministério da Agricultura Pecuária.
São inspecionados neste controle sanitário, segundo (BRASIL, 2013):

a) Controle do trânsito internacional de animais e vegetais, suas partes


produtos e derivados, materiais biológicos e de multiplicação e
insumos agropecuários.
b) Vigilância fito e zoosanitária
c) Fiscalização na importação de produtos veterinários, agrotóxicos,
componentes e afins, bebidas, fertilizantes, sementes e mudas.
d) Fiscalização para comprovação que os animais cresceram de forma
natural sem uso de hormônio ou algo do tipo.

Pereira (2005), afirma que alguns temas das relações de comércio


internacional já transcendem o patamar diplomático, para o técnico e científico.
Sempre entram em pauta as questões sanitárias, técnicas e ambientais e de seus
efeitos sobre o comércio internacional, tanto em termos econômicos, como pela
forma como afetam o estabelecimento de políticas.
De acordo com Pereira (2005) o desempenho comercial é
progressivamente influenciado por medidas dessa natureza. A área de exportação
de carnes ilustra bem este entendimento, basta mencionar as questões envolvendo
a febre aftosa e a doença da vaca louca. Existem diferenças no que diz respeito as
discussões de efeitos das barreiras tarifárias, a imposição de uma medida sanitária
que está intrinsecamente ligada as questões como saúde pública, proteção da fauna
e flora de um dado território.
37

O mesmo pode ser apontado no que diz respeito à aplicação de uma exigência
ambiental ou técnica. Outros valores estão em discussão, além dos estritamente
econômicos.
Tratando particularmente das medidas sanitárias e diante do escopo,
entrou em vigor a partir de 1995, após a Rodada Uruguai, o Acordo para aplicação
de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias - SPS/OMC, que dispõe sobre todas as
medidas sanitárias e fitossanitárias (MSFs) que se propõem a proteger: a saúde
humana e animal dos riscos associados aos alimentos; a saúde humana das
doenças transmitidas por plantas e animais; animais e plantas de pragas e doenças,
seja por meio de exigências técnicas ou não (PEREIRA, 2005, p. 22).
A definição "proteção" no âmbito desse acordo é o mais amplo possível,
pois tende abranger os mais diversos riscos associados à saúde humana, vegetal e
animal, como pragas, doenças dos alimentos e suas consequentes contaminações.
Segundo Pereira (2005), a Ásia, Europa e EUA, grandes produtores e
exportadores do produto são os que impõem barreiras por causa da concorrência e
colocam como restrição o sistema de defesa sanitária relacionado à aftosa. Assunto
tratado no subcapítulo (3.1)

4.2 A SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO

Segundo Dias e Rodrigues (2012), uma vez definido qual produto e para
que país exportar, a empresa irá encontrar algumas exigências para o processo de
exportação e para isso terá de ter alguns conhecimentos básicos de todos os
mecanismos que serão utilizados para esse processo de exportação, iniciando-se
pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
O Siscomex é um instrumento administrativo que integra as atividades de
registro, controle e acompanhamento das operações de comércio exterior, mediante
um fluxo único, computadorizado de informações. (DIAS ; RODRIGUES, 2012)
O Siscomex é administrado pela Secretaria de Comércio Exterior,
Secretaria da Receita Federal e pelo Banco Central do Brasil, e foi criado com o
principal objetivo de agilizar as operações de comércio exterior brasileiro e eliminar
uma considerável parcela de documentos e de formulários ate então existentes.
(DIAS ; RODRIGUES, 2012)
38

Para que sejam efetuados tais registros, são necessários os seguintes


documentos: contrato social, alteração do contrato social e procurações, nomeando
as pessoas autorizadas.
De acordo com Dias e Rodrigues (2012) a empresa exportadora deve ter
o conhecimento das legislações tributárias de Comércio Exterior do Brasil, das
legislações administrativas de Comércio Exterior, da legislação Cambial e da
legislação Aduaneira.
Dias e Rodrigues (2012) explica que para acontecer uma exportação é
necessário realizar uma classificação fiscal da mercadoria, ao preencher o Registro
de Exportação o exportador deverá classificar seus produtos de acordo com suas
nomenclaturas, neste caso uma Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-
Americana de Integração e para essa exportação a empresa deve apresentar outros
documentos, que são descritos no próximo subcapitulo.

4.2.1 Procedimento de Exportação da Frigon

O processo começa por uma negociação que envolve três partes, o


importador, o exportador (FRIGON) e o trader (WEST MEAT) que faz o intermédio
da negociação entre o importador e o exportador.
O importador tem a necessidade da mercadoria aciona o trader que
imediatamente entra em contato com o exportador/fornecedor para que possa ser
atendido aquele pedido. Depois que tudo já foi acordado o trader entra em contato
com a agência marítima (Maersk, Cma Cgm, Nyk Line entre outras) para negociar o
transporte que neste caso é marítimo.
Nesta negociação eles fecham o que chamam de booking, tudo que foi
acordado deve estar descriminado nesse booking que tem um número de
identificação. São acordado geralmente a semana da saída do navio, o tipo de
contêiner utilizado, quantos dias a agência pode disponibilizar de pátio na atracação
e na desatracação, o peso da mercadoria, as taxas devidas e as documentações
necessárias para liberação da carga.
Depois deste contato com a agência marítima o trader ou o
exportador/fornecedor direto aciona o seu despachante Satel Despachos que solicita
os seguintes documentos: nota fiscal e instrução de embarque.
39

Na Nota fiscal deve constar o peso líquido, peso bruto, quantidade de


caixas, os cortes bovinos, dados da empresa com CNPJ e endereço completo do
exportador.
A Instrução de embarque servirá como modelo para os demais
documentos, nela deve constar, nome e endereço o comprador e do consignatário,
navio programado para o embarque e a data de saída deste navio, peso bruto, peso
líquido, quantidade de caixas, corte bovino, preço da mercadoria, termo de
pagamento, modalidade de pagamento (FOB ou CFR), tipo de contêiner com
temperatura e o número do booking2.
Segundo o site aprendendo a exportar (2013) existem 13 modalidades de
pagamento que podem ser utilizadas como Ex Works (EXW), Free Carrier (FCA),
Free on Board (FOB), Cost and Freight (CFR), Cost, Insurance and Freight
(CIF), Carriage and Insurance Paid to (CIP), Delivered At Frontier (DAF),
Delivered Ex-Ship (DES), Delivered Ex-Quay (DEQ), Delivered Duty Unpaid
(DDU), Delivered Duty Paid (DDP), Free Along Ship (FAS), Carriage Paid to (CPT).
Mas a empresa estudada utilize somente duas dessas modalidades que são:

a) FOB (FREE ON BOARD): Neste tipo de frete, o comprador assume


todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria, assim que
ela é colocada a bordo do navio. Por conta e risco do
fornecedor/exportador fica a obrigação de colocar a mercadoria a
bordo, no porto de embarque designado pelo importador.
b) CFR (Custo Seguro e Frete): Neste tipo de frete, o exportador é
responsável por todos os custos e riscos com a entrega da
mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete. Esta
responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de
destino designado pelo comprador/importador.
Com os documentos apresentados pelo exportador o despachante
deve dar entrada no Siscomex onde é gerado um Registro de
Exportação (ANEXO B).
Para que a mercadoria entre país de destino são obrigatórios os
seguintes documentos: Certificado Sanitário Internacional, Registro
2
Booking diz respeito a reserva no navio, de espaços para a carga. Também é conhecida como Reserva de
Praça e deve ser realizada com a maior antecedência possível, visando garantir o embarque na data agendada.
40

de exportação, Quality Certificate, Price List, Rejection Letter,


Packing List, Comercial Invoice e o Form A, Bill of Lading. Esses
documentos são apresentados nos próximos parágrafos.
O Certificado Sanitário Internacional (CSI) (Anexo A) de acordo com o
site da revista portuária (setembro 2008) o CSI é de grande importância para o
cliente (comprador), pois a mercadoria só pode ser nacionalizada nos portos e
fronteiras com a apresentação do mesmo e se a mercadoria chegar sem ele, o custo
aumenta, a qualidade da mercadoria se torna duvidosa e ela não pode ser
comercializada. Ele é emitido de forma informatizada pela empresa produtora
através de um sistema integrado, onde posteriormente o médico veterinário
responsável o emite de acordo com as exigências e particularidades do país
importador, e o mesmo para ter validade real acompanha a mercadoria desde a
estufagem do container até a entrega para o cliente no destino final.
O Registro de Exportação (RE) (Anexo B) é o conjunto de informações
de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação de
exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento.
O Quality Certificate (Anexo C) esses certificado é normalmente imposto
pela legislação brasileira ou a de países com os quais comercializamos os produtos.
O certificado de qualidade precisa ter o aval e é de responsabilidade de uma
entidade pública ou privada, previamente aprovada pelas partes.Nele consta a data
de produção da mercadoria e informações mais detalhadas sobre o produto.
O Price List (Anexo D) serve para o importador apresentar no seu país e
comprovar o preço que foi pago pela mercadoria, nele vem todos os preços por corte
detalhado.
O Rejection Letter (Anexo E) serve para apresentar uma carta de
rejeição nas quais o frigorífico exportador assume que sua mercadoria está livre dos
termos descriminados neste documento.
O Packing List (Anexo B) é um documento necessário para uma
verificação da mercadoria que esta se comercializando, bem como para o
desembaraço aduaneiro, tanto na origem quanto no destino final.Pois serve de
orientação para o fiscal da alfândega, para o importador, ou para qualquer fase do
processo, no caso de conferência física da mercadoria.
O Comercial Invoice (Anexo A) é necessária para o desembaraço da
mercadoria pelo importador, contém todos os elementos relacionados com a
41

operação de exportação. Por isso é considerada como um dos documentos mais


importantes no comércio internacional de mercadorias. Deve ser emitida pelo
exportador no idioma do importador ou em inglês. O documento deve conter os
seguintes itens: modalidade de pagamento, modalidade de transporte, local de
embarque e desembarque, data do conhecimento de embarque, descrição da
mercadoria, peso bruto e líquido, preço unitário e total, valor total da mercadoria e
tipo de embalagem com número de volumes.
O Form A, (Anexo H) Certificado de Origem Formulário é o documento
necessário para a solicitação do tratamento preferencial e simultânea comprovação
de origem da mercadoria exportada junto às alfândegas dos países
outorgantes Sistema Geral de Preferências - SGP. Com ele a empresa ganha
competitividade no mercado internacional e amplia a inserção dos produtos e
serviços em diversos países.
O Bill of Lading (BL) (Anexo I) é um conhecimento de embarque que
compõe o manifesto de carga. Documento emitido pelo agente da empresa de
transporte ou pela própria empresa de transporte marítimo. Registra o proprietário
da carga exportada na sua consignação. Nele são informados: o destinatário, o
consignatário, a quem deve ser notificada chegada da carga, o tipo de carga,
quantidade, peso, tipo de acondicionamento, número de cada contêiner, se for
utilizado, selo, declaração de que foi embarcada a bordo, se frete pré-pago ou a
pagar no destino, etc.
Existem taxas cobradas pelas companhias marítima de pré embarque que
são taxas de capatazia, frete, lacre e liberação.
Depois que estes documentos estiverem em mãos e o navio programado
já estiver atracado, o contêiner já pode ser embarcado ao navio e aguardar a
desatracação.
Já no seu destino final para que a mercadoria seja liberada os agentes
locais vão analisar os documentos e se todas as taxas estão pagas para que o
importador possa fazer essa retirada do container.
Esse processo do momento de recebimento da Nota Fiscal até a
liberação para o contêiner ser embarcadora demora em média 14 dias.
42

4.3 PROCESSO LOGÍSTICO DE EXPORTAÇÃO DA FRIGON

O Frigorífico está localizado na cidade de Jaru estado de Rondônia e é


neste local que começa a preparação para que o produto seja exportado. As carnes
são transportadas por caminhões refrigerados da própria empresa.
É percorrido uma distância de aproximadamente 3.000 Km durante quatro
dias para se chegar até o seu destino em Navegantes/SC onde lá a mercadoria é
estufada em contêiner reefer no armazém da empresa Martini Meat e lá fica
esperando atracação do navio agendado para o embarque do contêiner.
Os autores se perguntam o porquê da empresa percorrer uma distância
tão grande para realizar suas exportações pelo porto de Navegantes/SC, se existem
portos mais pertos do seu frigorífico?
As respostas vieram através da pesquisa realizada nos sites dos portos
de Navegantes/SC e Santos/SP, e principalmente por entrevistas com colaboradores
envolvidos no processo de exportação da Satel Despachos.
O porto de Navegantes/SC oferece as seguintes vantagens aos
exportadores:

a) Maior agilidade na atracação dos navios;


b) Os trâmites para o desembaraço são menos demorados, o que para
os produtos perecíveis se torna fator importante de escolha.
c) As taxas locais e os serviços são mais baratos, se comparados o
Porto de Santos chegam a ser 11,3% mais barato, as taxas podem
ser visualizadas na Tabela n°7.
d) Liberações mais rápidas;
e) Os terminais disponibilizam mais dias de pátios para que a carga
fique esperando, sendo assim não corre o risco de gerar multas por
armazenagem, caso o navio atrase ou por problemas de condições
climáticas.
f) É difícil os navios omitirem o porto, quase todos os navios
programados cumprem suas janelas.
43

Comparado ao Porto de Santos/SP o porto de Navegantes chega a ser


11,3% mais barato que significa R$1.538,00 a menos por embarque, as taxas
podem ser visualizadas na Tabela 7.

Tabela 7 - Comparação de preços referente as taxas entre os portos de Navegante/SC e Santos/SP


Taxas Porto de Santos Porto de navegantes
Capatazia R$ 800,00 R$700,00
Frete R$ 12.542,70 R$ 11.104,15
Lacre R$ 20,00 R$20,00
Liberação R$ 250,00 R$250,00
Total R$13.612,70 R$ 12.074,15
Fonte: Elaboração própria

De acordo com informações das entrevistas na Satel Despachos, os


contêineres estufados pelo porto de Santos/SP tem um limite de peso onde só
se pode estufar no máximo 25 toneladas. Já em Navegantes/SC esse limite é
de 27 toneladas. Sendo assim em cada processo o exportador consegue
estufar 2 toneladas a mais por contêiner pelo porto de Navegantes/SC que
gera uma diferença de 200 toneladas por mês de acordo com a sua demanda.
Para estufar essas 200 toneladas a mais por mês pelo porto de
Santos/SP o exportador iria necessitar 8 contêineres a mais do que iria usar no
porto de Navegantes/SC, como apresentado na Tabela acima é cobrado
R$13.612,70 por cada processo embarcado por Santos/SP o que iria gerar um
custo de R$108.901,60 a mais pelo exportador utilizando o porto de Santos/SP.
Com as diferenças de taxas como apresentado na Tabela 7 e o fato
apresentado acima referente ao limite de estufagem por contêiner o exportador
tem como vantagem financeira utilizando o porto de Navegantes/SC uma
economia de R$262.701,60 por mês de acordo com a sua demanda.
O transporte é realizado pelo próprio exportador do seu frigorífico em
Jaru/RO até Navegantes/SC onde a carga é estufada pela empresa Martini
Meat empresa contratada diretamente pelo exportador. A Martini Meat é uma
empresa de armazéns gerais, onde consta com armazenagens frigoríficas
armazenando mercadorias congeladas até o momento da estufagem do
contêiner que é feito pela própria empresa.
A negociação do embarque por Navegantes/SC com a agência
marítima é feita através de um trader, onde esse negociador trata todas as
partes do embarque e desembarque da mercadoria.
44

Todo o processo é gerenciado pelo exportador e é ele que contrata


todos os agentes envolvidos neste sistema.
Suas exportações são realizadas pelo porto de Navegantes/SC e
não por portos mais pertos devido a sua atratividade financeira, suas
vantagens devido à agilidade e sua modernização comparada aos portos
brasileiros.
45

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos notar neste estudo de caso que o Brasil é uma grande potência
quando nos referimos em exportação de carne bovina devido ao seu espaço
territorial, condições climáticas e um grande investimento no setor.
Mas ainda temos dificuldades de infra estrutura no setores logísticos,
somos a maior potência do segmento mas deixamos a desejar em questão de
investimentos no setor ferroviário, onde desde que suas linhas foram criadas ate os
dias de hoje sua extensão não foi ampliada deixando de acompanhar o
desenvolvimento do setor, o mesmo podemos dizer para o setor rodoviário pois o
que mais temos no nosso pais são filas de caminhões prejudicando a entrega do
produto.
Tivermos como maior objetivo apresentar a sistemática e a logística
integrada para que possa ser realizado uma exportação de carne bovina e o porque
a empresa opta por realizar seus embarques pela cidade de navegantes
percorrendo uma distância de 3.000 quilômetros e chegamos a seguintes
conclusão.
O frigorífico opta pelo porto de Navegantes/SC pois suas taxas são mais
atrativas, existe uma maior disponibilidade de atracações pois os navios raramente
perdem suas janelas, os desembaraços aduaneiros são menos demorados e os
terminais locais disponibilizam mais dias de pátio, em um modo geral a empresa
conclui que é mais vantajoso percorre uma distância maior pois as vantagens supre
essa grande locomoção
46

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ANEXO A – CERTIFICADO SANITÁRIO INTERNACIONAL (CSI)


54

ANEXO B – REGISTRO DE EXPORTAÇÃO (RE)


55

ANEXO C – QUALITY CERTIFICATE


56

ANEXO D PROCE LIST


57

ANEXO E –REJECTION LETTER


58

ANEXO F – PACKING LIST


59

ANEXO G –COMMERCIAL INVOICE


60

ANEXO H – FORM A
61

ANEXO I – BILL OF LADING (BL)

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