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Florianópolis
2019
PEDRO HENRIQUE ESTEVES MORITZ
Florianópolis
2019
PEDRO HENRIQUE ESTEVES MORITZ
______________________________________________________
Professora e Orientadora Jurema Pacheco Marques, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Ricardo Neumann, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Profa. Kátia Regina de Macedo, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11
1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA...................................................... 13
1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................ 13
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVAS .............................................................................................. 14
1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................................................... 14
1.5 ESTRUTURA DA PESQUISA ........................................................................... 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 17
2.1 COMÉRCIO EXTERIOR .................................................................................... 17
2.2 EXPORTAÇÃO .................................................................................................. 18
2.2.1 Planejamento para exportar ......................................................................... 18
2.2.2 Aspectos administrativos ............................................................................. 19
2.2.2.1 Siscomex ...................................................................................................... 19
2.2.2.2 Licenciamento nas Exportações - LPCO ...................................................... 20
2.2.2.3 Classificação tarifária .................................................................................... 21
2.2.2.4 Negociações com o importador .................................................................... 22
2.2.3 Aspectos logísticos ...................................................................................... 23
2.2.4 Aspectos aduaneiros .................................................................................... 26
2.2.5 Aspectos cambiais ........................................................................................ 27
2.2.6 Preço de exportação ..................................................................................... 28
3 CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO A SER EXPORTADO............................... 30
3.1 APLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO MONASCUS ................................... 31
4 ACESSO AO MERCADO FRANCÊS .................................................................. 33
4.1 SISTEMA LOGÍSTICO ...................................................................................... 33
4.2 BARREIRAS TARIFÁRIAS E NÃO TARIFÁRIAS .............................................. 34
4.3 PRÁTICAS COMERCIAIS ................................................................................. 35
4.4 EMBALAGEM E ROTULAGEM ......................................................................... 35
4.5 VOLUME DE COMÉRCIO ................................................................................. 36
4.6 AMBIENTE ECONÔMICO ................................................................................. 39
4.7 AMBIENTE POLÍTICO....................................................................................... 40
4.8 ETAPAS DA EXPORTAÇÃO DO CORANTE .................................................... 41
4.9 CREDENCIAMENTO......................................................................................... 41
4.10 TRATAMENTO ADMINISTRATIVO................................................................... 43
4.11 NEGOCIAÇÃO .................................................................................................. 44
4.12 CONTRATAÇÃO DE FRETE ............................................................................ 47
4.13 DESPACHO ADUANEIRO ................................................................................ 49
4.14 EMBARQUE ...................................................................................................... 49
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 50
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51
ANEXOS ................................................................................................................... 54
ANEXO – Frete do Produto .................................................................................... 55
11
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos o Brasil teve um papel de destaque nas suas exportações,
sendo considerado um grande exportador de commodities. Os processos de
exportação, assim como os de importação, são fundamentais para o equilíbrio da
economia de um país. Manter esse equilíbrio e entender como esses dois processos
estão integrados tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores. Como estudante
de Relações Internacionais, é fundamental conhecer esses processos e aprofundar
os conhecimentos no assunto.
No Brasil, podemos considerar que tramites legais exigidos pelas leis para a
exportação são menos burocráticos do que os da importação. Segundo BRASIL
(2019a): [...] “A exportação compreende à saída temporária ou definitiva em território
nacional de bens ou serviços originários ou procedentes do país, a título oneroso ou
gratuito”.
Este trabalho de conclusão de curso é constituído por um estudo de acesso ao
mercado francês através da exportação do pigmento Monascus proveniente de via
biotecnológica obtido pelo processo fermentativo do arroz com o fungo filamentoso
Monascus ruber.
Ao final do século XIX, o desenvolvimento das indústrias alimentar, têxtil, tintas
e cosméticos começaram a se desenvolver junto com a necessidade de inúmeros
corantes sintéticos, os quais chegaram a se totalizar em 700. (MAPARI et al., 2005).
Devido à diversidade de substâncias com poder corante, a lista dos corantes
permitidos em cada país varia substancialmente. Em virtude do aumento no número
de compostos com poder corante e de seu uso estendido aos alimentos e bebidas,
tornou-se necessário o controle de suas aplicações e surgiu uma maior preocupação
com possíveis efeitos à saúde humana. (PRADO; GODOY, 2003).
Estas empresas utilizam também como uma forma de aumentar a percepção
no julgamento de qualidade, motivação da compra onde cores mais vivas são uma
forma de atração. (SAHOTA, 2013).
Empregar cores naturais é a tendência atual de marketing devido à
preocupação dos consumidores sobre a segurança dos corantes artificiais, reforçada
por possíveis benefícios para pigmentos naturais. A substituição do primeiro pelo
último, no entanto, é um desafio porque os corantes naturais são geralmente menos
estáveis, mais caros, não são tão facilmente utilizados como cores artificiais,
12
requerem mais material para obter uma força de cor equivalente e gama limitada de
matizes. (RODRIGUEZ-AMAYA, 2016).
O crescimento do interesse pelo uso dos corantes naturais está diretamente
ligado ao aumento das vendas e a atração pelo uso dos produtos ofertados, este
insumo pode ser utilizado para padronizar uma produção, reforçar a cor existente e
repor perdas ocorridas durante o processo de produção.
A versatilidade de aplicações deve-se não apenas ao fato de que pigmentos
orgânicos podem ser obtidos de todas as nuances de cores, mas também de todos os
níveis de resistência solicitados pelos materiais onde serão aplicados. Além disso,
pigmentos orgânicos são materiais não poluentes. (WONGTSCHOWSKI, 2011).
Uma grande parte dos corantes desenvolvidos para alimentos são também
utilizados para a produção de produtos farmacêuticos, nutracêuticos e cosméticos
devido ao baixo índice de danos alérgicos para o corpo humano, já que se ingerido a
absorção é muito maior do que a forma na utilização cutânea (cosméticos),
principalmente pelos rins e fígado. (STEFANI et al., 2009).
Comercialmente os tipos de corantes naturais mais empregados pela indústria
farmacêutica e alimentícia tem sido os extratos de urucum, carmim de cochonilha,
curcumina, antocianinas e as betalaínas. As antocianinas representam, juntamente
com os carotenóides, a maior classe de substâncias coloridas do reino vegetal. Do
urucum são fabricados os corantes naturais mais difundidos na indústria de alimentos;
aproximadamente 70% de todos os corantes naturais empregados e 50% de todos os
ingredientes naturais que exercem essa função são derivados do pigmento urucum.
(DELGADO-VARGAS et al., 2000; MULINACCI; INNOCENTI, 2012; RODRIGUEZ-
AMAYA, 2016).
É importante ressaltar aqui que, a produção deste pigmento natural para fins
cosméticos, objeto deste estudo é inédito no Brasil para fins comerciais.
Sabe-se que a exportação deve ser uma tarefa conduzida de forma profissional,
e que as empresas se deparam com algumas limitações de conhecimento ou recursos
para atuar no mercado externo, sendo assim, é de suma importância que o processo
de exportação seja bem conduzido, pois empresas que obtém sucesso na análise
tendem a continuar empreendendo e expandindo na sua internacionalização, e para
tal, é necessário que todo o processo seja de forma planejada. Portanto, o presente
estudo tem importante valor no intuito de reduzir as chances de erros para o
empresário, considerando seu ingresso no mercado de pigmentos e corantes
cosméticos na França.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVAS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2 EXPORTAÇÃO
A exportação é a atividade que possui diversos novos desafios que não existem
no mercado interno, como por exemplo: outras legislações, variação do câmbio,
concorrência internacional, entre outros. A falta de informação, desconhecimento de
acordos existentes para exportação, ineficiência no gerenciamento das exportações,
dificuldade de adaptarem-se a outras culturas, estruturas internas e comerciais
inadequadas são os principais erros cometidos pelas empresas que querem exportar.
Sendo assim, como superar essas dificuldades e exportar com eficiência? É
necessário mesclar três objetivos, estabelecer uma empresa competitiva, desenvolver
um produto competitivo e realizar uma gestão eficiente do mercado, estando atenta a
aspectos como: logística, embalagens, aspectos legislativos, seleção de mercados,
seleção de parceiros, modalidade de entrada no mercado, comunicação, política de
distribuição, entre outros. (MINERVINI, 2003).
19
2.2.2.1 Siscomex
Foi realizada uma verificação para saber se existe alguma barreira tarifária ou
não tarifária aplicada ao produto estudado.
De acordo com a base de dados da pauta aduaneira da União Europeia (Figura
3) -TARIC, foi verificado que para NCM 3002.90.92 não há impostos incidentes para
a entrada deste produto na França, proveniente das exportações brasileiras. Também
foi verificado que não já aplicação de nenhuma barreira não tarifária conforme mostra
a figura 4:
35
Argentina 101
França 123
EUA 854
Total 4316
Alemanha 503
França 1661
4000
EUA
8383
Total
Já na figura acima, nota-se que, apesar de importarmos uma grande fatia deste
produto dos EUA, apenas 2% foram importações da França. Ainda, de acordo com os
dados do trade map no ano de 2018 foram 1,661 toneladas, e Alemanha que também
possui uma alta participação destas importações com 503 toneladas, sendo o total
das importações mundiais 8,383 ton.
Ainda em se tratando de volume de comércio, as Figuras 7 e 8 representam o
volume de exportações e importações francesas, respectivamente.
38
Itália 1113
Alemanha 1822
9701
Bélgica
32741
Total
Itália 2408
2890
Bélgica
EUA 7226
21543
Total
A França é membro da União Europeia (UE), que pode ser definida como uma
união econômica e política que reúne 28 Estados Membros.
A estratégia de crescimento da União Europeia para os próximos anos,
denominada Europa 2020, tem como prioridade a construção de uma economia
inteligente, sustentável e inclusiva. O programa tem por meta a diminuição do
desemprego, a melhoria da produtividade, a utilização sustentável dos recursos
naturais e o estímulo à competitividade, por meio de projetos nas áreas de inovação,
de educação, de inclusão social e de energia. Cada Estado-Membro adotou objetivos
nacionais e recebe o apoio da UE para a concretização dos mesmos. (BRASIL, 2014).
41
4.9 CREDENCIAMENTO
4.11 NEGOCIAÇÃO
Embalagem U$ 10,00
Frete Interno U$ 80,00
(Fábrica/Multilog, Santos)
Frete Internacional U$ 170,00
Despesas Portuárias U$ 20,00
Despachante U$ 100,00
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 1,08% U$ 217,83
Imposto de Renda (IR) 1,20% U$ 242,04
Fonte: Do autor (2019).
Como a exportação teve o Incoterm proposta CFR (Cost and Freight), nesta
modalidade o exportador é o responsável pelo pagamento de frete, por este motivo foi
verificado com uma agência marítima a cotação do mesmo com origem em Itajaí/Brasil
e destino Le Havre/ França, conforme Anexo.
O valor desta cotação ficou entorno de U$ 170,00 para enviar o produto a Paris.
Após a cotação e contratação do frete, foi recebido pela agência marítima o
conhecimento de embarque BL (Bill of Lading) que serve como um contrato de
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4.14 EMBARQUE
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
KIM, D.; KU, S. Beneficial effects of Monascus sp. KCCM 10093 pigments and
derivatives: A mini review. Molecules, v. 23, n. 1, 2018.
MULINACCI, N.; INNOCENTI, M. Anthocyanins and betalains. 1a. ed. Boca Raton,
FL: CRC Press, 2012.
ANEXOS
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