Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tubarão
2017
BEATRIZ DOS SANTOS
Tubarão
2017
BEATRIZ DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA
This paper aims to analyse the market feasability to construct an air cargo facility for
exportation and importation at the Humberto Ghizzo Bortoluzzi Airport in Jaguaruna, Santa
Catarina, as the national air exportations and importations are focused, mainly, in São Paulo,
which generates more expenses and time used at the transportation of the goods. For the
development of this research, data were collected straight with the management entity of the
airport, RDL aeroportos, in order to understand the planning and infrastructure of the airport,
besides analyse the technical feasability to build the facility. In addition, a form was applied to
companies in the region of AMUREL, AMREC and AMESC which have international trade
acitivity and work with products that can use the air services, with regard to find about their
logistical needs. Therefore, this research got replies from 18 different companies, and 83,3%
of them affirmed that the implementation of the facility would affect their activities, and,
consequently, would be positive for the development of the company, increasing its
competitiveness, and promoting the development of the region.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 7 Excluído: 12
1 INTRODUÇÃO
custos e a baixa qualidade dos serviços podem ser considerados obstáculos ao comércio
internacional. (FARIA; SOUZA; VIEIRA, 2015).
No Brasil, hoje, empresas utilizam predominantemente do terminal marítimo como
alternativa para realizar suas vendas externas, representando cerca de 80% de tudo o que é
exportado de um total de US$185 bilhões, em 2016. Em segunda posição, está a exportação via
modal rodoviário, com 6,7%, e em terceiro, está a utilização do modal aéreo, com 6 % do que
é enviado a outros países, pouco mais de US$11 bilhões. (BRASIL, 2017a).
Quando se trata de importações, os números são um pouco distintos. De um total
de US$137 bilhões importados no ano de 2016, cerca de US$97 bilhões chegou ao Brasil via
marítima, 70,8%, e em segundo lugar, aparece a via aérea, com US$ 29 bilhões, 21% do total,
mostrando a importância do modal aéreo nas importações. (BRASIL, 2017a)
Entretanto, ao se observar a infraestrutura para exportação e importação aérea,
pode-se perceber uma escassez e possibilidades reduzidas, principalmente quando se trata da
região sul do país, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E a logística, nesse caso, acaba
sendo um pouco mais complexa do que quando se trata de outros modais, já que os aeroportos
da região sul tem baixa representatividade para cargas internacionais.
Nessa perspectiva, Betarelli Junior (2012) disserta sobre a importância de observar
a demanda de transportes de um país, para que se identifiquem as necessidades, e, por
consequência, auxilie no planejamento de investimentos do setor, no que tange à expansão da
oferta de infraestrutura.
A partir disso, ao verificar a estrutura logística para exportação de produtos via
aérea partindo ou chegando na região sul do país e, principalmente, de Santa Catarina, pergunta-
se: qual a viabilidade mercadológica para implantação de um terminal de cargas de exportação
e importação no aeroporto Humberto Bortoluzzi, em Jaguaruna, Santa Catarina?
Ainda, como objetivo geral, tem-se como propósito realizar a análise da viabilidade
mercadológica para a implantação de um terminal de cargas de exportação e importação no
aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi. Como objetivos específicos, esta pesquisa buscou:
verificar os conceitos relativos à exportação e logística internacional; Realizar um comparativo
entre as principais opções logísticas existentes na região; Levantar as estatísticas de exportações
e importações aéreas do sul do estado de Santa Catarina; Identificar as necessidades logísticas
das empresas exportadoras e importadoras do sul do estado de Santa Catarina; Conhecer o
aeroporto no modo como é administrado e seu planejamento de expansão.
Portanto, esta pesquisa mostra-se importante, pois servirá como fonte de dados ao
aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi, ao estudar a necessidade da região de um terminal de
9
Tais vantagens são mencionadas por Keedi (2006, p. 26) quando o autor explica
que “A participação cada vez maior de um país no comércio mundial, significa um aumento
nas oportunidades de desenvolvimento e crescimento da sua economia”. Ele ainda afirma que
quanto mais inserido na economia mundial, melhor será a condição de competitividade do país
e das suas empresas.
Keedi (2006, p. 20) também menciona o comércio exterior como essencial para a
diluição de riscos, já que ele dinamiza os mercados e não faz com que a empresa seja
inteiramente dependente da situação doméstica do país, já que a economia nacional pode sofrer
abalos, ou crises inesperadas. Dessa forma, “[...] mercados alternativos são uma forma de
manter o equilíbrio de uma empresa, que assim fica livre das ocorrências e eventos de um único
mercado”.
11
2.1.1 Exportação
Sousa (2010) fala sobre motivos que levam uma empresa a realizar a exportação, e
os divide entre reativos e proativos. Os primeiros, tratam de questões e mudanças no ambiente
doméstico que levam o empresário à adaptar suas atividades, já os motivos proativos, refletem
estímulos que levam as empresas a investir em sua internacionalização para atingir determinado
objetivo. Como motivos reativos, ele cita: pressões competitivas no mercado interno; excesso
momentâneo de produção; vendas no mercado em queda; excesso de capacidade instalada;
mercado interno saturado; entre outros. Já como motivos proativos, ele menciona: lucro;
benefícios fiscais; economias de escala; entre outros.
12
Por fim, o Romaneio ou packing list também é essencial para a consolidação do processo de
exportação, é onde está descrita a relação de volumes que serão exportados e seu conteúdo.
Além dos documentos mencionados, existe também uma série de procedimentos
que podem ocorrer, variando de acordo com o destino da exportação. Dentre eles, pode-se citar
o Certificado de Origem, exigido em países do MERCOSUL, por exemplo, certificados de
medidas fitossanitárias, entre ouras obrigações. Entretanto, quando se trata do procedimento
contrário, ou seja, da importação, as obrigações e trâmites a serem seguidos são distintos, a
próxima seção traz a principais especificidades do processo de importação.
2.1.2 Importação
De acordo com Vieira (2008), esta pode ser considerada uma das fases mais
burocráticas e detalhistas do processo, assim, é importante que o importador seja conhecedor
dos procedimentos para que possa recorrer ao setor correto em casos de urgência, ou surgimento
de adversidades.
Após a fase fiscal e verificação de que não há nenhuma irregularidade com a carga,
a licença de importação é deferida e o importador registra a declaração de importação (BRASIL,
2017e), “[...] que é o documento base do despacho de importação, [...] compreende uma série
de informações específicas de cada mercadoria contendo inclusive os dados necessários para o
16
Kotler (2006) explica que é necessário que a empresa formule uma estratégia
baseada na forma com que ela irá lidar com a competição, e assim, criar valor. Ainda, o autor
afirma que a competição não deve ser vista de uma forma pessimista, e que nem somente os
concorrentes representam a competição. Ela pode estar nos próprios clientes, fornecedores,
produtos substitutos, entre outros, variando de acordo com o segmento. Nesse sentido, Kotler
(2006, p. 23) afirma que “A estratégia pode ser visualizada como a construção de defesas contra
forças competitivas ou a descoberta de posições no setor onde as forças sejam mais fracas.”
Assim, se faz necessário que a organização tenha objetivos bem formados, além de
estratégias e vantagens competitivas que lhes proponham maior capacidade para competir.
Kotler (2003) explica sobre as vantagens competitivas, sendo que apenas uma não é suficiente,
e acaba se tornando pouco duradoura. É necessário, então, uma diversidade de vantagens
competitivas. O autor ainda afirma que a empresa pode construir vantagem competitiva através
de diferentes aspectos, como: preços baixos, melhores recursos, qualidade superior e, por fim,
agilidade, ou seja, desempenho mais rápido. E completa ao afirmar que “Todas as empresas
devem desenvolver uma estratégia de ida ao mercado” (KOTLER, 2003, p. 51).
Nesse sentido, como importante ator quando se trata de serviços que garantam
maior velocidade e qualidade, a logística vem ganhando um papel cada vez mais importante,
sendo uma ferramenta competitiva. Keedi (2009) disserta sobre a importância da logística e
afirma que faz parte da logística o domínio de diversas variáveis, como: armazenagem,
movimentação, transporte e seus diversos modos, seu funcionamento e possibilidades, a
distribuição física da mercadoria, etc. O autor ainda afirma que “Logística é um processo
permanente de escolha da melhor alternativa de entrega, e que não pode ter modelo, pois o que
foi bom ontem não será necessariamente adequado hoje ou amanhã.” (KEEDI, p. 26, 2009).
Christopher (2012) também discorre sobre as funções da logística, e afirma que esta
é uma ferramenta gerencial que busca garantir a competitividade, ele explica:
Para atingir mercados externos à fronteira de seu país, as empresas devem estar
preparadas para atender com rapidez e agilidade, para que tenham capacidade de lidar com
concorrentes do mundo inteiro. E obterá vantagem competitiva, de acordo com Christopher
(2012), a partir do momento em que a organização se destaca aos olhos dos clientes e de seus
20
concorrentes, e também quando consegue operar a custos mais baixos, gerando maiores lucros.
Sendo estas, respectivamente as vantagens de valor, e de custo.
Ao obter uma combinação entre ambas as vantagens, a vantagem de custo que traz
um perfil de custo mais baixo e a vantagem de valor, que oferece um diferencial em relação às
outras ofertas competitivas, Christopher (2012) explica que aumentam as chances de a empresa
se tornar bem sucedida em um cenário de competitividade, ele afirma:
impactada, afinal, indústria e clientes buscam maior eficiência e qualidade dos serviços
prestados. Kotler (2003, p. 207), discorre sobre a importância da eficiência dos serviços
prestados por uma empresa:
Nesse sentido, a escolha do modal mais apropriado para cada operação, deve levar
em consideração questões como: o tipo da carga, a distância entre indústria e cliente, e a
infraestrutura presente.
A distribuição de produtos pode ser feita por diferentes modais básicos de
transporte, sendo os principais: marítimo, rodoviário, ferroviário e aéreo. Além disso, o
transporte pode se dar por apenas um modal, ou envolver uma combinação entre dois ou mais,
mais conhecido como multimodal ou intermodal. As seções seguintes trazem características e
informações sobre os principais modais utilizados no Brasil e no mundo quando se trata de
compra e venda internacional.
Silva (2008) ainda afirma que apesar de o transporte marítimo permitir uma grande
flexibilidade de cargas, existem algumas desvantagens, como a velocidade, a frequência, e os
custos de embalagem e acessibilidade. Em relação à velocidade, este modal é caracterizado
22
como lento, além disso, requer uma infraestrutura diferenciada, e geralmente os portos estão
distantes das indústrias, o que acaba encarecendo as operações logísticas.
dá, principalmente, pela escassez de ferrovias no ambiente doméstico brasileiro e, também, que
façam ligação com demais países.
Entretanto, as ferrovias formam uma das opções mais baratas de transporte, que tem
a possibilidade de garantir um prazo de entrega; tem uma grande capacidade de carga, já que
pode juntar várias unidades, formando várias dezenas de vagões. Porém, como algumas de suas
desvantagens, pode-se citar a baixa mobilidade e flexibilidade de destinos; é uma forma de
transporte lenta no Brasil, já que o país não conta com uma infraestrutura favorecedora deste
modal. (KEEDI, 2009; SILVA, 2008).
O modal aéreo é o mais recente de todos os modais, passando a ser utilizado com
mais frequência em meados do século XX, seu uso vem crescendo ao longo dos anos, já que
seu custo ainda é elevado. No Brasil, é o segundo principal modal quando se trata de
importações, e o terceiro no segmento de exportações. (BRASIL, 2017a).
É a forma considera mais rápida e segura quando comparada à outras formas de
transporte internacional, pode alcançar as regiões mais remotas e distantes em um curto prazo
de tempo. Além disso, este modal apresenta vantagens que o diferencia das outras formas, como
a redução de custos com seguro, por ser um modal mais seguro, e também com estocagem, já
que os produtos podem ser enviados ao cliente muito rapidamente; de embalagem, já que o
transporte aéreo garante um maior cuidado com os produtos e menor chance de extravio quando
comparado aos outros modais. E também na velocidade da emissão de documentos para
exportação, pois é mais rápido quando comparado aos outros modais e possui uma burocracia
reduzida. (BRASIL, 2017d).
Portanto, devido à exigência do mercado por fluxos materiais cada vez mais
rápidos, é o modal mais recomendado quando se trata de amostras, brindes, bagagem
desacompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria perecível, animais, produtos de alto
valor agregado, com pericibilidade, entre outros, o que faz com que este modal seja
extremamente importante por sua rapidez.
Como explica Silva (2008, p.84) “[...] a estratégia utilizada para diminuir esse
elevado custo do transporte aéreo é fundamentada na alta rotatividade e no curto período de
armazenamento desses produtos”, sendo assim, um sistema de aeroportos que ofereça as rotas
24
demandadas pelas indústrias é essencial. Afinal, as cargas aéreas possuem uma característica
de urgência maior, e sua disponibilidade deve ser ofertada de forma que supra as necessidades.
Silva (2008) ainda explica que a utilização do modal aéreo possui deficiências,
sendo elas, o alto custo, por exemplo, que permite o transporte de produtos de alto valor
agregado e inviabilizada o envio de produtos como as commodities, devido ao baixo custo do
produto em relação ao alto custo do frete. O autor ainda classifica os tipos de aeronaves de
acordo com sua utilização.
A primeira classificação, segundo Silva (2008) é a All Cargo ou Full Cargo,
conhecidos como cargueiros. São aviões ajustados exclusivamente ao transporte de cargas.
Outra configuração seria a denominada Full Pax que são aviões utilizados apenas para o
transporte de passageiros, e caso haja espaço não preenchido pelas bagagens dos passageiros,
pode ser destinado ao transporte de carga. E, por fim, Silva (2008) traz a classificação chamada
Combi que são aviões combinados, podendo transportar passageiros e carga.
Silva (2008) também disserta sobre a classificação das cargas em si, e explica que
quase todo tipo pode ser transportado por este modal, como animais vivos, flores ou alimentos
congelados. As únicas restrições são sobre cargas perigosas, e são enumeradas pela
Organização das Nações Unidas - ONU.
As cargas aéreas ainda são classificadas por algumas diferenciações. Rodrigues
(2005) as divide como: carga geral, ou convencional; fracionada; expressa; e específica. A carga
geral é aquela que não necessita de armazenagem ou processo de manuseio especial. Já a carga
fracionada é aquela que é coletada em uma única vez, mas distribuída a diferentes destinos. A
carga expressa, por sua vez, apresenta grande urgência de entrega. Já a carga específica,
apresenta características típicas e demanda um processo diferenciado, podendo ser perecíveis,
perigosas, restritas, refrigeradas, carga viva, entre outras. (MONTILHA, 2007).
Sobre a formação de fretes, “A base de cálculo do frete aéreo é obtida por meio do
peso ou do volume da mercadoria, sendo considerado aquele que proporcionar o maior valor.”
(BRASIL, 2017d). Assim, a IATA (International Air Transport Association) entidade
internacional que congrega grande parte das transportadoras aéreas do mundo, é responsável
por administrar e regularizar o transporte aéreo internacional, e desenvolveu uma relação de
peso/volume usada internacionalmente. Sendo: 1 kg = 6000 cm³ ou 1 ton = 6 m³.
Além disso, as cargas aéreas exigem uma estrutura especial dentro do aeroporto
para seu armazenamento e manuseio, este local é denominado terminal aéreo de cargas, a
próxima seção relata as principais atividades realizadas em um terminal aéreo de cargas.
25
Um aeroporto que transporte não somente passageiros, mas também carga, deve
prover de uma estrutura física para manuseio desta carga. Podendo ser em apenas um edifício,
ou edifícios distintos, variando de acordo com o volume de carga e também do número de
empresas de transporte aéreo atuantes no local.
Diferentemente da carga aérea nacional, a internacional passa por uma série de
procedimentos burocráticos, de alfândega e também fitossanitários. Por este motivo, é essencial
que o aeroporto possua uma estrutura para armazenamento da carga durante este processo, já
que a mesma não é despachada no momento em que chega ao aeroporto. Este local destinado
ao armazenamento da carga é chamado de terminal de carga de exportação, ou importação.
(MCKINSEY & COMPANY, 2010). De acordo com Alves (2017) as principais atividades
realizadas no terminal de carga aérea, quando se trata de carga internacional, são: “recebimento,
conversão, classificação, armazenamento, despacho e documentação da carga”.
Os terminais de exportação e importação se diferem entre si, já que os
procedimentos são distintos nos dois casos. O terminal para cargas de importação, por sua vez,
tem seu tamanho calculado a partir de três fatores, sendo eles: tempo médio de armazenagem
da carga, quanto maior a rotatividade da carga armazenada, maior será a capacidade do
terminal; proporção da carga recebida que é armazenada; volume físico disponível na região de
armazenagem real do terminal, verificando as áreas úteis de armazenagem, e altura máxima de
empilhamento. (MCKINSEY & COMPANY, 2010).
Já quando se trata de cargas de exportação, a capacidade do terminal de exportação
se baseia no índice Infraero de 0,16m² por tonelada por ano. Enquanto que o tamanho da pista
vai depender do peso e alcance das aeronaves a serem utilizadas no local. (MCKINSEY &
COMPANY, 2010)
Quanto à administração do terminal de carga aéreo, a Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), vinculada à Secretária de Aviação Civil, é responsável
por “[...] implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura
aeroportuária e de apoio à navegação aérea, além de prestar consultoria e assessoramento em
suas áreas de atuação e na construção de aeroportos.” (EMPRESA BRASILEIRA DE
INFRAESTRUTURA AEROVIÁRIA, 2017). Portanto, é competência do Estado Brasileiro
explorar a infraestrutura aeroportuária, entretanto, isso pode ocorrer, segundo a Constituição da
República, art. 21, XII, c, de forma indireta, por intermédio de concessão, permissão ou
autorização de privatização do aeroporto. (GONÇALVES, 2010).
26
também é essencial, para isso, realiza-se uma análise de mercado, tema abordado na seção
seguinte.
Kotler (2004, p. 35) explica que “(...) mercado é definido como as pessoas ou
empresas que têm ou poderão vir a ter a necessidade que pretendemos satisfazer com o produto
ou serviço que iremos vender”. E a partir das informações obtidas do mercado, identificam-se
as oportunidades. Para Dolabela (2008, p. 125):
sejam ela quantitativas, de múltipla escolha e abertas; cálculos estatísticos; e por fim,
preparação e apresentação do relatório.
Em suma, “(...) a empresa que deseja ofertar um bem ou serviço ao mercado precisa
conhecer seu potencial. Para isso, deve conhecer sua dimensão: número de consumidores;
quantidade (volume de vendas); para um período e um território determinados” (DORNELAS;
FILION, 2000, p. 59).
Atualmente, a internet tem se tornado uma das principais ferramentas quando se
trata da pesquisa e análise de uma oportunidade. É essencial, portanto, que a organização
interessada na pesquisa tenha refletido sobre a razão da mesma e busque os mecanismos e
recursos necessários para o recolhimento e interpretação das informações.
Assim, após a definição do objetivo da pesquisa de mercado, a verificação das
fontes e metodologia utilizada, realiza-se a pesquisa em si, para que então se faça a análise dos
resultados encontrados, e verificação da viabilidade, ou não, de criação ou implementação de
determinado serviço, ou produto. Dessa forma, no próximo capítulo será abordado a
apresentação dos dados obtidos para o desenvolvimento desta pesquisa, bem como uma análise
dos mesmos, em prol da verificação da viabilidade mercadológica de implementação de um
terminal de cargas de exportação e importação no aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi.
31
Este capítulo faz uma apresentação dos dados obtidos e utilizados para a elaboração
desta pesquisa, além de trazer uma análise dos mesmos.
destacam-se produtos de maior valor agregado quando comparado ao marítimo. Mas vale
lembrar que os exemplos tratam dos principais, e não excluem outros tipos de produto em cada
modal. Certamente, por ser tão significativo, o modal marítimo também atua em produtos de
alto valor agregado, entretanto, com menos urgência de chegada.
Nesse sentido, a tabela 1 apresenta a quantidade total exportada em 2016, por
modal:
32
1
Dados obtidos através de visita realizada à administradora RDL Aeroportos.
2
Dados obtidos através de visita realizada à administradora RDL Aeroportos.
36
Fokker 100 (até 107 passageiros), dentre outras (TRIBUNAL DE CONTAS DE SANTA
CATARINA, 2012).
É importante mencionar que o aeroporto é motivo de destaque no Brasil, já que por
ter sido amplamente pesquisado e avaliado previamente à sua construção, de forma que está
localizado em área estratégica, com fácil acesso à BR e em um solo extremamente apropriado.
Inclusive, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) o reconheceu como o melhor
aeroporto regional do Brasil, em sua classe aeroportuária, no ano de 2016. “A avaliação levou
em conta a segurança na aviação, operações e serviço de resgate e salvamento. Não foi
registrada nenhuma não conformidade, sendo esta a segunda inspeção em dois anos.”
(ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE TUBARÃO, 2017).
Ademais, no sentido de conhecer a possibilidade de implantação de um terminal de
cargas no aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi, motivo de estudo desta pesquisa
mercadológica, foi realizado contato via e-mail com o gerente de infraestrutura aquaviária do
estado de Santa Catarina, Thiago Hawerroth Roesner. Este afirmou que no plano diretor de
construção do aeroporto, foi incluído um estudo para a implantação do terminal de cargas.
Segundo o mesmo, a região é viável para este tipo de construção e que seria necessário uma
ampliação da pista para 45m de largura e 3500m de comprimento. Com relação ao terminal de
cargas em si, um levantamento realizado em 2007 estimou que o investimento seria de
R$1.600.000,00 (Um milhão e seiscentos mil reais). Entretanto, este valor não inclui a
ampliação da pista, apenas a construção do terminal em si.
O Gerente de Infraestrutura também explicou que este investimento pode se dar por
meio da iniciativa privada, e que isto já ocorre em outros aeroportos, como em Florianópolis.
Assim, a empresa passa a ter direito de exploração sobre a atividade. (Apêndice B).
Portanto, com relação à infraestrutura, existe sim a possibilidade de construção de
um terminal de cargas para exportação e importação, já que esta ideia fazia parte do projeto
piloto do aeroporto. Na próxima seção, portanto, será descrita a amostra selecionada para estudo
desta pesquisa mercadológica.
Os munícipios que fazem parte da região sul de Santa Catarina, foram selecionados
como alvo desta pesquisa, e estão localizados nas três microrregiões, AMUREL (Associação
dos Municípios da Região de Laguna), AMREC (Associação dos Munícipios da Região
37
forma, 14 empresas foram encontradas, sendo elas apresentadas na tabela 5, organizadas por
ordem alfabética do município.
Participação nas
VALOR IMPORTADO
POSIÇÃO MUNICÍPIO importações totais do
EM 2016
município %
1 CRICIUMA 4.806.005,00 2,58
2 TUBARÃO 670.153,00 1,40
3 CAPIVARI DE BAIXO 416.329,00 6,65
4 BRACO DO NORTE 349.198,00 9,50
5 SOMBRIO 248.443,00 11,44
6 ORLEANS 89.862,00 2,55
7 MORRO DA FUMAÇA 85.002,00 0,96
8 ICARA 52.013,00 0,50
9 GRAVATAL 45.477,00 7,78
10 COCAL DO SUL 43.815,00 1,51
11 FORQUILHINHA 43.588,00 0,58
12 LAGUNA 37.000,00 5,93
13 ARARANGUÁ 33.351,00 10,18
14 SÃO LUDGERO 22.470,00 3,58
15 NOVA VENEZA 19.753,00 2,15
16 URUSSANGA 16.775,00 2,56
17 IMBITUBA 6.630,00 0,01
18 MARACAJÁ 2.932,00 1,29
Fonte: Brasil, 2017a
Com isso, da mesma forma que foram filtradas as empresas que atuam com
exportação, e com segmentos que utilizam do modal aéreo, buscaram-se as empresas que atuam
nos ramos que tem destaque na importação aérea, de acordo com cada munícipio. Sendo que
foram encontrados os principais produtos importados via aérea por município, através do
código SH, e em consequência foram selecionadas as empresas destes municípios que
40
importaram mais de U$ 1 milhão em 2016 e que trabalham com tais produtos. Dessa forma,
foram encontradas 22 empresas, descritas na tabela 7 por ordem alfabética dos municípios.
entre si, e outras não produzem algo especificamente, mas são responsáveis pelo serviço de
internacionalizar ou internalizar produtos.
Dessa forma, o segmento entrevistado foi filtrado a partir do fato de ter realizado a
atividade de exportação ou importação acima de U$1 milhão no ano de 2016, junto ao fato de
atuar em uma área que por natureza é comum ao transporte aéreo. A segmentação foi realizada
dessa forma, a fim de encontrar empresas que, de fato, possam ser afetadas pela implantação
do terminal de cargas mais próximo às suas instalações.
Em coerência com Dornelas (2005), que explica que ao realizar-se uma pesquisa de
mercado, o mesmo deve ser segmentado, para que se identifique a fatia do mercado alvo
compreendida por um grupo com necessidades similares, as quais terão maior probabilidade de Excluído: ,
também, produtos com menor valor agregado, como as matérias primas. Em geral, para estes
casos de produtos não perecíveis, a urgência vai depender da política da empresa e da
necessidade do cliente.
Já com relação ao volume exportado por processo, ou seja, por negociação, o
gráfico 1 apresenta tais informações. De forma que todas as 12 empresas que realizam a
atividade responderam esta pergunta, e a maior parte, 58,3%, informou realizar processos de
exportação de até 1 container, em segunda posição com 16,7% cada, ficaram as exportações
com 2 à 5 containers e exportações com mais de 10 containers. E por fim, 8,3% das empresas
informaram que realizam exportações com quantidade entre 11 kg e 50 kg.
43
16,7% 8,3%
16,7%
58,3%
sendo que 50% informou que a frequência é semanal, 41,7% informou ser mensal e uma parcela
de 8,3% informou que a atividade ocorre com frequência bimestral, conforme apresenta o
gráfico 2:
Excluído: . ¶
44
8,3%
50%
41,7%
Sendo que 50% respondeu se tratar de processos semanais, pode-se perceber que
são empresas já estruturadas para a exportação e com uma importante cartela de clientes
externos. Da mesma forma, empresas que realizam processos mensais, também apresentam a
importância da atividade para o seu desenvolvimento, e aquelas que responderam se tratar de
processos bimestrais, caracterizam o fato de ser empresas com a atividade de exportação ainda
reduzida, e, provavelmente, com pontuais clientes internacionais.
Seguindo a ordem do questionário, a próxima pergunta aplicada às empresas se
referia aos principais países destino de suas exportações, e todas as 12 empresas responderam.
Sendo que a Argentina e Paraguai foram mencionados em quatro respostas, Bolívia em 3
respostas, Estados Unidos, México e Chile foram mencionados como destino de exportações
por 2 vezes. Além destes destinos, outros países foram mencionados, como: Inglaterra, Arábia
Saudita, Senegal, Canada, Peru, Costa Rica, França, Suíça, Espanha, Caribe, além de que em
três respostas foi mencionada América Latina como um todo.
Dessa forma, muitos dos destinos, por sua localização geográfica, impossibilitam o
uso do transporte rodoviário, restando apenas as opções de frete marítimo e aéreo. Além disso,
muitos dos mercados citados, são mercados competitivos, como América do Norte e Europa, e
que exigem uma maior qualidade dos produtos e de todos os serviços envolvidos na negociação,
como o transporte.
Na sequência, foi interrogado às empresas a representatividade da atividade de
exportação no faturamento total da empresa, sendo que das 12 empresas exportadoras, 10
responderam. Dessas, 40% das empresas informaram que a exportação representa de 6% à 15%,
outros 40% das empresas informaram que a atividade representa de 16% à 30% do faturamento
45
total, 10% das empresas respondeu de 31% à 50% e, por fim, 10% das empresas optaram por
até 5%, conforme apresenta o gráfico 3:
Excluído: ¶
¶
Gráfico 3: Representatividade da exportação no faturamento total da empresa ¶
¶
¶
¶
Até 5% De 6 à 15% De 16 à 30% De 31 à 50% ¶
¶
¶
10% 10% ¶
¶
¶
¶
40% 40%
A partir disso, percebe-se que o modal aéreo é necessário à maior parte das
empresas questionadas, mas ainda não se trata do mais importante, de forma que o modal
marítimo se faz essencial à região.
Ademais, as empresas exportadoras foram questionadas sobre sua satisfação com
relação aos modais disponíveis na região. 58,3% das empresas responderam que estão
satisfeitas, e 41,7% afirmou insatisfação. No espaço disponibilizado para comentários, as
mesmas escreveram sobre algumas questões que as fazem estar insatisfeitas. Foi, então,
mencionado o fato de ser caro e pouco eficiente, a falta de rotas e opções de embarques aéreos
nos aeroportos mais próximos, a necessidade de melhora do porto de Imbituba, o fato de atraso
nos embarques ser algo recorrente, sendo aéreo ou marítimo. Além disso, as empresas
afirmaram que a distância dos aeroportos que possuem rotas internacionais acaba por prolongar
o período de envio da mercadoria, e também gera um maior custo, já que na maioria das vezes
a empresa deve enviar a carga até São Paulo, para depois ela seguir via área.
É importante salientar, que algumas das empresas que informaram estar satisfeitas
com a infraestrutura logística disponível na região, agregaram à sua resposta o comentário de
que estão satisfeitas por acreditar que não exista meios de melhora, justamente pela falta de
portos e aeroportos eficientes na região. De forma que atrasos, custos elevados de
deslocamento, longos processos burocráticos, acabam virando rotina no dia-dia das empresas.
Além disso, foram relatados casos em que no transporte rodoviário do produto até
o aeroporto de embarque, em São Paulo, a carga sofreu avaria ou atraso, sendo esta uma questão
que pode significar a perda de um cliente ou redução na confiança na relação comercial
importador – exportador.
Em seguida, foi perguntado às empresas se elas realizam importação. Das 18
empresas que responderam o questionário, 83,3% afirmou que sim, sendo um total de 15
empresas. A estas 15, primeiramente, lhes foi questionado os principais produtos importados.
Assim, quatro delas afirmaram importar matéria prima para a produção de cerâmica, e as outras
respostas foram únicas. Dessa forma, foi mencionado como produto importado: porcelanato,
filme propileno, de pvc e pet, peças para máquinas, fios para a indústria têxtil, amostras,
envoltórios (tripa), tecidos, alimentos, bebidas, máquinas, calçados, chumbo e zinco.
Percebe-se que matérias primas são o grande destaque das importações na região, Excluído: Dessa forma, percebe-se
entretanto, a avaliação do modal adequado para que este produto chegue ao Brasil, depende de
uma análise na quantidade importada, urgência de chegada, e valor agregado do produto.
Assim, alguns produtos caracterizam a necessidade do modal aéreo, pelo fato de se tratarem de
produtos com algumas características, como: fragilidade,curto prazo de validade, e urgência, Excluído: e
47
como pode ser o caso das máquinas, que muitas vezes são adquiridas em um momento de alta
necessidade por parte do comprador, além de exigir um elevado grau de cuidado no seu
manuseio.
Além disso, as empresas responderam sobre o volume de cada importação. Todas
as 15 importadoras identificaram as quantidades, sendo que 33,3% respondeu que em cada
processo, recebe mais de 10 containers. Também 33,3% disse que importa até um container.
6,7% disse importar de 6 a 10 containers, outros 6,7% afirmou ser um total de um pallet e, por
fim, 6,7% respondeu que são volumes abaixo de 10 Kg. O gráfico 5 apresenta estes dados:
TÍTULO DO GRÁFICO
Volumes abaixo de 10 kg 1 pallet Até 1 container
De 2 à 5 containers De 6 à 10 containers Mais de 10 containers
6,7%
6,7%
33,3%
33,3%
6,7%
13,3%
6,7%
46,7%
46,7%
período de armazenamento, e melhoria na qualidade geral dos serviços, que acabam sendo
comprometidos quando a empresa opta pelo modal aéreo com distante localização do aeroporto.
Kotler (2003) está em coerência com Silva (2008) ao explicar que a qualidade dos serviços é
uma das fontes mais importantes quando se trata de diferenciação perante a concorrência. Ou
seja, prestar serviços de qualidade são uma exigência comum nas negociações atuais,
principalmente quando se tratam de negociações internacionais. Entretanto, o investimento
neste âmbito ainda é comum ser encarado como encargos e custos.
Ainda, pôde-se visualizar que existe uma insatisfação por parte das empresas com
relação à infraestrutura disponível na região. E questões dos modais ferroviário, aéreo e
marítimo foram mencionadas nas respostas do questionário. Ou seja, existe uma demanda
perante os três segmentos. Neste momento, surge a necessidade de observar com atenção essas
necessidades e, então, verificar as oportunidades. Dolabela (2008) explica que a oportunidade
surge de uma necessidade não satisfeita, ou de um problema recorrente, e através da observação,
esta necessidade pode ser transformada em um novo negócio, como é o caso da possível
implantação dos serviços de transporte aéreo na região das empresas entrevistadas.
Dolabela e Filion (2000) confirmam ao falar sobre o ambiente competitivo e a
importância de se avaliar o mercado a todo o tempo, e assim verificar sua situação. Porter (2009)
completa ao explicar que o comércio exterior está estruturado em muitas variáveis, e o
transporte dos bens exerce valor fundamental.
De uma forma geral, a logística deve ser um processo de escolha e avaliação
permanente, já que com os avanços tecnológicos, as necessidades vem se alterando ao longo do
tempo, e também a exigência por maior velocidade nos processos (KEEDI, 2009). E a logística,
por sua vez, pode ser ferramenta para contribuir com tais transformações e aumentar a eficiência
e produtividade (CHRISTOPHER, 2012).
Por fim, a utilização do questionário se fez essencial para que se tomasse o
conhecimento de que a implantação do terminal de cargas para exportação e importação no
aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna-SC afetaria, diretamente, 83,3% das
empresas respondentes.
Em seus comentários, muitas empresas mencionaram o fato de que o aeroporto de
Florianópolis não comportar aeronaves de grande porte, o que dificulta o embarque de cargas
acomodadas em pallets com altura superior à sua capacidade. Portanto, percebe-se, através de
contato direto com os departamentos de comércio exterior das empresas, que a implantação de
um terminal na região, com capacidade para aeronaves de grande porte, com rotas coerentes às
suas necessidades e preços compatíveis, seria, de fato, positivo e necessário.
53
Além disso, a região se tornaria ainda mais atrativa para a implantação de novas
empresas, pois sua infraestrutura logística seria destaque em todo o sul do país, com uma
disponibilidade de serviços mais dinâmico e atraente.
54
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALVES, Claudio Jorge Pinto. Módulo 8: terminal de carga aérea. Disponível em:
http://www2.ita.br/~claudioj/teca.pdf. Acesso em: 16 jun. 2017.
BETARELLI JUNIOR, Admir Antônio. Análise dos modais de transporte pela ótica dos blocos
comerciais: uma abordagem intersetorial de insumo-produto. Revista do BNDES. 2012.
Disponível em:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhec
imento/revista/rev3709.pdf. Acesso em: 18 mar. 2017.
BRASIL. Alice Web. Sistema de análise das informações de comércio exterior via internet do
ministério do desenvolvimento, indústria e comércio exterior Disponível em:
<http://aliceweb.mdic.gov.br//consulta-ncm/consultar#this> Acesso em: 20 mar. 2017a.
CASSAR, Maurício. Et al; DIAS, Reinaldo (Org.). Rodrigues, Waldemar (Org.) Comércio Exterior:
Teoria e Gestão. São Paulo: Atlas, 2004.
CNX LOG. Incoterms 2010. Disponível em: <http://cnxlog.com.br/> Acesso em: 11 abr. 2017.
DECICINO, Ronaldo. Litoral brasileiro: Costa tem grande importância e deve ser preservada.
UOL.2007. Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/litoral-brasileiro-costa-
tem-grande-importancia-e-deve-ser-preservada.htm>. Acesso em: 06 jun. 2017.
DOLABELA, Fernando; FILION, Louis Jacques. Boa ideia! E agora?. São Paulo: Editora de
Cultura, 2000.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
HEERDT, Mauri Luiz; LEONEL, Vilson. Metodologia científica: livro didático. 5. ed. rev.
Palhoça: UnisulVirtual, 2007. 270 p. ISBN 9788578170462. Disponível em:
<http://pergamum.unisul.br/pergamum/pdf//88818_Mauri.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2017.
KEEDI, Samir. Logística de transporte interna. 3. Ed., São Paulo: Aduaneiras, 2009.
KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 4 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
______. Marketing Lateral: uma abordagem revolucionária para criar novas oportunidades
em mercados saturados. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
LEVINGSTONE, James. Pesquisa de mercado: uma abordagem operacional. São Paulo: Atlas, 1989.
<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/empr
esa/pesquisa/chamada3/relatorio_consolidado.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2017.
MOITA, Luís. Uma releitura crítica do consenso em torno do “Sistema Vestefaliano”. Obeservare:
Vol. 3, n.º 2 (outono 2012), pp. 17-43. Disponível em:
<http://observare.ual.pt/janus.net/images/stories/PDF/vol3_n2/pt/pt_vol3_n2_art2.pdf Acesso
em: 30 mar. 2017.
MONTILHA, PAULA C. O transporte aéreo de cargas no Brasil. São Paulo, 2007. Disponível em:
<http://daroncho.com/tcc/tcc72-paula.pdf> Acesso em: 01 maio 2017
REBONO, Maria. Et al; DIAS, Reinaldo (Org.). Rodrigues, Waldemar (Org.) Comércio Exterior:
Teoria e Gestão. São Paulo: Atlas, 2004.
SILVA, Luiz Augusto Tagliacollo. Logística no comércio exterior. 2. Ed. São Paulo: Aduaneiras,
2008.
SOUSA, José Meireles de. Gestão do comércio exterior: Exportação Importação. São Paulo:
Saraiva, 2010. 4 v.
VIEIRA, Aquiles. Teoria e prática cambial: Exportação e Importação. 3. Ed. São Paulo: Aduaneiras,
2008.
59
APÊNDICE
Já o projeto executivo da 1ª fase fica como esta atualmente e 2ª fase com expansão da pista em
45 m. Projeto executivo significa aquilo que será construído naquele momento. Diferente do
plano diretor que é contratado pelo estado para uma analise mais macro. Mas sim, a ideia era
da construção de um terminal de cargas com expansão da pista para suportar os tamanhos dos
aviões. Visando ser um terminal de cargas para importação e exportação e ser a 3ª maior pista
de pouso e decolagem do Brasil com 3.500 metros de comprimentos e 45 de largura.
Terminal de cargas
64
2.Já foi realizada alguma pesquisa com relação a um possível terminal de cargas ?
R: Sim já foi realizada pesquisa sobre este tema, plano diretor aborda esse assunto. Para a
construção de um terminal de cargas a ANAC exige uma ampliação da pista, por isso aquela
noticia que vc me enviou.
R: Sim, não vejo problema. Existem diversos exemplos de concessões no Brasil no Setor
Publico. Em se tratando de Aeroportos, podemos citar como exemplo o Aeroporto Hercílio Luz
de Florianópolis. Teve uma concessão para a empresa Zurich a qual investira R$ 1Bilhão de
reais em infraestrutura, e como contrapartida a empresa tem direito de exploração de 25 anos
com direito a mais 25 anos se assim couber entre as partes.
Neste investimento de R$ 1 Bilhão será praticamente um aeroporto novo, terá desde pista nova
e maior ate novo terminal de passageiros.
Então não vejo problema deste investimento em Jaguaruna ser pela iniciativa privada.
4.Existe algum estudo sobre custo médio para implantação desta Infraestrutura?
R: Essa questão é muito relativa, não existe um estudo como se fosse um padrão para construção
do terminal de carga. Cada empreendimento demanda um estudo e analise mercadológica para
realização do projeto. Como é feito isso, se estuda a necessidade da região em questão e suas
demandas, na época que foi feito o projeto (setembro 2007) este teve um custo estimado em R$
65
1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais somente a construção do terminal de cargas),
sem a ampliação da pista. Em aeroportos o mais caro sempre são as pistas de pouso e
decolagem, pois demandam algumas necessidades especiais.