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REPUBLICA DE ANGOLA

TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

ACÓRDÃO N.° 536/2019

PROCESSO N.° 648-B/2018

Recurso Extraordinário de Inconstitucionalidade

Em nome do Povo, acordam, em Conferência, no Plenário do Tribunal


Constitucional:

I. RELATÓRIO

Ernesto Cabongo, devidamente, identificado nos autos, veio ao Tribunal


Constitucional interpor o presente recurso extraordinário de
inconstitucionalidade do Acórdão de 07 de Dezembro de 2017, proferido
pela 3.a Secção da Câmara Criminal do Tribunal Supremo, que confirmou a
decisão do Tribunal a quo na condenação da pena de 12 anos de prisão maior
pela prática do crime de homicídio voluntário simples, previsto e punível
pelo artigo 349.° do Código Penal (CP), excepto no montante fixado a título
de indemnização, reduzido em Kz. 1.000.000.00, e no beneficio do perdão
de lA da pena aplicada, em cumprimento da Lei n.° 11/16, de 12 de Agosto- fy
Lei da Amnistia. ' <'

Inconformado com o douto Acórdão prolatado pelo Tribunal Supremo, o


Recorrente invocou irregularidades processuais e a violação de direitos e ^r
princípios constitucionais, alegando, em síntese, que:

a) Requereu, por mais de três vezes, a confiança do processo, mas os


requerimentos foram indeferidos, não obstante o Tribunal de primeira
instância estar consciente de que se tratava de um processo complexo;

b) O facto de os quesitos não terem sido submetidos a discussão S^-


constitui uma irregularidade insanável, mas o Tribunal a quo alegou -*
estar suprida nos termos do artigo 502.° do Código de Processo Penal,
bem como dos artigos 11.° e 13.° da Lei n.° 20/88, de 31 de Dezembro
e do n.° 3 do artigo 99.° do Código de Processo Penal (CPP);

c) Foi violado o direito de ampla defesa, cuja dimensão impõe à


autoridade o dever fiel de observância das normas processuais e de
todos os princípios jurídicos que incidem sobre o processo. A sua
garantia constitucional contempla a necessidade de defesa técnica,
visando a paridade de armas entre as partes e, assim, evitar
desequilíbrio processual, possível gerador de desigualdade e injustiça;

d) Não obstante, a faculdade conferida ao Tribunal de recurso (artigo


99.° n.° 3 do CPP), aquele preceito não posterga de forma alguma o
dever de fundamentação, pois o Juiz não se deve limitar em ser um Ia
bouche de Ia loi, todos os argumentos que tecer deverão necessariamente
ser fundamentados.

Apontou, ainda, a violação de direitos e princípios consagrados nos artigos


26.° n.° 2, 28.°, 67.°, 72° e 174.° n.° 2 da CRA designadamente o princípio do
acusatório, os princípios da presunção de inocência e do in dúbio pro reo, o
direito a um julgamento justo e o artigo 11.° n.° 1 da Declaração Universal
dos Direitos do Homem.

Conclui, requerendo, que se considerem verificadas as alegadas


inconstitucionalidades e, em conseqüência, se proceda à anulação do
julgamento, por violação do direito de defesa, do contraditório, do
acusatório, da presunção da inocência, do in dúbio pro reo e do julgamento
justo equitativo e conforme.

O processo foi à vista do Ministério Público.

Colhidos os vistos legais, cumpre, agora, apreciar para decidir.

II. COMPETÊNCIA

O Plenário do Tribunal Constitucional é competente para apreciar e decidir o


presente recurso nos termos das disposições conjugadas da alínea m) do
artigo 16.° da Lei n.° 2/08, de 17 de Junho - Lei Orgânica do Tribunal
Constitucional (LOTC), e do artigo 53.° da Lei n.° 3/08, de 17 de Junho -
Lei do Processo Constitucional (LPC).

Ademais, foi observado o pressuposto do prévio esgotamento dos recursos


ordinários legalmente previstos nos tribunais comuns e demais tribunais,
conforme estatuído no parágrafo único do artigo 49.° da LPC.
m. LEGITIMIDADE

Nos termos da alínea a) do artigo 50.° da LPC, têm legitimidade para


interpor recurso extraordinário de inconstitucionalidade para o Tribunal
Constitucional, o Ministério Público e as pessoas que, de acordo com a lei
reguladora do processo em que a sentença foi proferida, tenham legitimidade
para dela interpor recurso ordinário.

O Acórdão recorrido indeferiu o recurso interposto pelo Recorrente, tendo


este ficado vencido.

Tendo sido vencido, o Recorrente tem legitimidade para interpor o presente


recurso.

IV. OBJECTO

O objecto do presente recurso extraordinário de inconstitucionalidade é a


verificação da constitucionalidade do Acórdão da 3.a Secção da Câmara
Criminal do Tribunal Supremo, de 07 de Dezembro de 2017, proferido no
âmbito do Processo n.° 16996, que condenou o Recorrente na pena de 12
anos de prisão maior, pela prática do crime de homicídio voluntário simples,
previsto e punível nos termos do artigo 349.° do CP.

V. APRECIANDO

A) QUESTÃO PRÉVIA

No processo que nos ocupa, o Recorrente, nas suas alegações, invoca várias
irregularidades processuais que, em seu entender, constituem fundamento iL**^*""*'r
para a anulação do julgamento. /A
No essencial, o cerne das questões suscitadas assenta na falta de discussão
dos quesitos, no indeferimento in limine dos pedidos de confiança do
processo e na violação dos princípios e direitos consagrados na CRA e na
Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Em inteiro rigor, a observância das normas instrumentais ou normas^-,


processuais não tem limites intransponíveis ou insuperáveis. Como tal, e sem' ->
querer colocar em causa o valor, a eficácia e a garantia jurídica dessas
normas, há que considerar que na classificação das irregularidades
processuais os seus efeitos jurídico legais nem sempre são absolutos, como
acontece com as nulidades relativas que podem ser sanadas. Esse princípio
não traduz a idéia de desvalorização legal em caso de inobservância do seu
acatamento, como se infere dos comandos legais preceituados no espírito e
letra do disposto nos artigos 99.° e 100.° do CPP.

Assim, facilmente se compreende que essas alegadas irregularidades tenham


sido consideradas irrelevantes e insuficientes, por aquele Tribunal, para
fundamentar e ter como bem aceite o pedido de anulação do julgamento
formulado pelo Recorrente.

Mas vejamos:

Quanto à confiança do processo para consulta é bem verdade que se trata de


um direito que assiste aos mandatários nos termos do § 1.° do artigo 352.° do
CPP. Entretanto, o Tribunal Constitucional verificou que apesar de não lhe
ter sido dado à confiança nos termos requeridos em fls. 353, o Recorrente
teve acesso ao processo. Daqui se extrai que o mesmo não esteve impedido
de o consultar, porquanto, esta diligência, foi feita no cartório do Tribunal,
como resulta expresso em fls. 354 dos autos, logo, não é verosímil de que o
acto requerido pelo Recorrente não tenha sido atendido pelo Tribunal da
causa.

Além disso, é mister destacar que o direito de ampla defesa


constitucionalmente consagrado, no âmbito do processo penal, comporta
uma dimensão mais ampla, que transpõe a visão redutora apresentada pelo
aqui Recorrente. Com efeito, no plano dos direitos e valores fundamentais
deve ser observado o princípio due process oflaw, afair process pressuposto de
um vasto conjunto de garantias de defesa do arguido que devem estar
concordantes com o princípio da isonomia processual.

Entretanto, a constatação deste Tribunal sobre a intervenção processual do


Recorrente revela que foram respeitadas as garantias processuais previstas na
Cra e na lei. Pelo que, não se pode considerar como aceite a alegada violação JU^—*v
do direito de ampla defesa quando, de facto, o mesmo pleiteou, contestou l*^L*<:' °
(fls. 211 a214 e403) eexerceu plenamente oseu direito de contraditar ede/ ÀA
litigar, nomeadamente através da interposição de uma providência de habeas
corpus, Processo n.° 412-A/2014, que lhe foi negado provimento pelo
Venerando Tribunal Supremo e, posteriormente, recebido merecimento
favorável, por via do recurso extraordinário de inconstitucionalidade,
decidido no Acórdão n.° 338/2014 do Tribunal Constitucional, que
determinou a restituição da sua liberdade.

Em virtude disso, é entendimento deste Tribunal que não é de atender ter


C~?
havido desequilíbrio no que ao princípio da igualdade de armas entre a
acusação e a defesa diz respeito, pois, a participação do Recorrente foi
notória e garantida em todas as fases processuais, em sintonia e paridade
com os demais sujeitos processuais.
Quanto aos quesitos não discutidos, trata-se, de um direito conferido ao
mandatário legal nos termos dos artigos 468.° e 502.° ambos do CPP. Sobre
essa matéria, dispõe o n.° 3 do artigo 11.° da Lei n.° 20/88, de 31 de
Dezembro - Lei sobre o Ajustamento das Leis Processuais Penal e Civil -
que "formulados osquesitos, serão seguidamente lidos epostos à reclamação, podendo
osrepresentantes daacusação e defesa requerer que sejam elaborados outros quesitos ou
que ospropostos sejam redigidos ou ordenados demodo diverso".
Vale aqui dizer, a este propósito, que a Lei é permissiva e admite o acto de
reclamação. Sucede que este Tribunal constata que em (fls. 426 e 427) a acta
refere "aberta a audiência constituído deste modo o Tribunal e tendo tomado os seus
lugares, passou a Meritíssima Juíza a fazer a leitura dos quesitos elaborados, findo
estes sem as partes apresentarem qualquer reclamação".

Neste sentido, o Recorrente devia ter apresentado a sua reclamação nos


prazos legais, não o tendo feito, perde o direito de a praticar, nos termos
previstos na lei, por extemporaneidade. Assim, mal se compreende em que
medida pode influir na decisão da causa.
Resta dizer que esse entendimento tem arrimo na doutrina tal como está
patente na obra "Direito Processual Penal", pág 364, do Professor Grandão
Ramos que quanto a esta matéria refere: "Não é uma diligência que deva
reputar-se essencial para o descobrimento da verdade. Não encaixa em
nenhuma das nulidades típicas enumeradas no artigo 98.° do CP. Penal.
Constitui uma simples irregularidade processual a que deve aplicar-se o
regime do artigo 100.° daquele diploma."
Posto isto, este Tribunal é de entendimento que não se mostra claro, nem
convincente, em que medida é que a verificação de tais irregularidades
constituem ofensas cruciais, irreparáveis, susceptíveis de causar prejuízos ao
Recorrente e influenciar a decisão da causa, por isso, bem andou o Tribunal
ad quem que julgou supridas tais irregularidades socorrendo-se do disposto no
§ 3.° do artigo 99.° do CPP.

B)Sobre a Violação dos Direitos e Princípios Constitucionais

O Recorrente, por via do presente recurso, pretende que seja anulada a


decisão do Tribunal ad quem que confirma a decisão do Tribunal a quo por
violação de direitos e princípios constitucionais.

1) Do Princípio do Acusatório

O princípio do acusatório consagrado no n.° 2 do artigo 174.° da CRA é um


dos princípios estruturantes da constituição penal que conforma a fase inicial
do processo e constitui uma garantia essencial do julgamento independente e
imparcial.
In casu, entende o Recorrente que o julgamento nunca poderia ser efectuado
pelo mesmo Juiz que proferiu o despacho de pronúncia.
Esta questão, remete-nos à velha querela, por sinal, já suscitada, concernente
às eventuais suspeições que acarreta para o processo quando o juiz do
julgamento é o mesmo juiz da pronúncia. E é sobre essa égide que o
Recorrente suscita a violação do princípio do acusatório.

Na verdade, há um alinhamento doutrinário que pugna pela separação do


juiz da pronúncia e o juiz do julgamento. Porém, embora se reconheça que
uma larga corrente perfilha esse entendimento a verdade é que o CPP não
consigna expressis verbis esse posicionamento.

No caso vertente, embora a Juíza da causa tenha sido a mesma do


julgamento, a acção penal foi exercida pelo Ministério Público, nos termos
do artigo 1.° do Decreto-Lei 35007, conjugado com o artigo 349.° do CPP. A
pronúncia corresponde à aceitação pelo juiz dos factos alegados na acusação
e não exprime um juízo definitivo, de certeza, assenta num mero juízo de
probabilidade que é anterior à fase do julgamento.
A este propósito, assevera o Professor Dr. Grandão Ramos na sua obra sobre
Direito Processual Penal, Noções Fundamentais, Colecção Faculdade de
Direito, UAN, 3.a edição, que o princípio do acusatório tem no CPP e no
direito processual penal em vigor, de um modo geral, uma expressão
mitigada, na medida em que o tribunal não pode tomar a iniciativa da
instrução e da instauração de um processo crime; a fase judicial só se inicia
com a dedução da acusação (nemo judex sine actor); a acusação delimita o
objecto do processo.

Seguindo este pensamento doutrinário, afere-se que no acto de pronúncia o


Juiz está adstrito ao princípio da vinculação temática, em harmonia, com a
acusação deduzida pelo Ministério Público o caminho assim seguido evita
que haja discrepâncias que prejudiquem as garantias do arguido.

Com efeito, feita a acusação o juiz profere o despacho de pronúncia, em


concordância, o que significa que recebeu a acusação dizendo que ela estava
formalmente correcta e continha indícios de suspeita que conformavam um
juízo de probabilidade de que o crime existia e que o Recorrente podia ser o
seu autor. Ora, questão diversa seria se houvesse desconformidade entre a
acusação e a pronúncia, contudo, não é claramente a questão em causa.

A este respeito, em sintonia com a posição jurisprudencial deste Tribunal


firmada no Acórdão n.° 122/10, de 23 de Setembro, destacamos os seguintes
enxertos:
"O padrão internacional sobre esta matéria essencial à garantia dos direitos
fundamentais tem sido o de que ojuiz queproferiu o despacho depronúncia sópode ser
admitido a participar no julgamento se não tiver tido qualquer participação
substantiva na fase prévia do julgamento e na prolação da pronúncia, tomando
decisões importantes que impliquem a avaliação da provajá existente. Assim é para
evitar que o juiz firme uma convicção adversa ao arguido e comece o julgamento com
uma presunção de culpa do Réu, em face da prova da instrução preparatória e
contraditória que eleja tenha apreciado ".

Trata-se efectivamente de uma questão substancial que aponta para a


compatibilização da legislação processual vigente em Angola à Constituição,
nomeadamente na parte que se refere ao princípio do contraditório pois,
segundo a melhor doutrina, o juiz da pronúncia não deve ser o juiz do
julgamento. Porém, esta é uma questão sistêmica, não imputável ao Tribunal
"a quo".

Além disso, na ponderação feita pelo Julgador deve prevalecer o cômputo


dos valores axiológicos constitucionalmente protegidos e aqui sem dúvida há
que considerar a importância do bem vida núcleo fundamental da pessoa e
da dignidade humana, bem como, o facto de o Julgador ter agido com
imparcialidade e independência, fundamentando a sua decisão nas provas
carreadas aos autos.

2) Dos Princípios da Presunção de inocência e do in dúbiopro reo

Os princípios do in dúbio pro reo e da presunção da inocência representam a


emanação jurídica legal mais expressiva da consagração constitucional das
garantias processuais de defesa dos arguidos e da promoção da dignidade da
pessoa humana que a Cra reconhece. O alcance material e formal desses JV*
princípios no processo penal releva que a prova produzida, se for
insuficiente, insusceptível de promover o convencimento ou um juízo de
certeza sobre a existência da infracção, o alegado autor da sua prática deve
ser absolvido, ou seja, existindo dúvida, decide-se a favor do réu. Estes
princípios encerram, em si mesmo, um significado tão plural que a sua
importância se revela não apenas no domínio jurídico, como, também, na
dimensão em que assenta o Estado de direito na protecção e salvaguarda dos
direitos fundamentais.

O princípio da presunção da inocência constitui uma garantia do processo


criminal assente na busca de todas as garantias da defesa, tendo como
substrato que todo o arguido se presume inocente enquanto não tiver sido
legalmente provada a sua culpabilidade.
E sabido que o processo nasce de uma dúvida e só uma certeza concretiza o
seu fim na imputação da responsabilidade e culpabilidade do arguido, pese
embora, nem sempre, malgrado o empenho e a dedicação do julgador, este
apure o juízo de certeza. Contudo, no caso sub judice os julgadores quer no
tribunal a quo quer no tribunal ad quem, ancorando-se no princípio da livre
apreciação da prova, não aferiram a existência de dúvidas razoáveis
relevantes susceptíveis de determinar o desencadeamento deste princípio
constitucional.

Em sede da apreciação do presente recurso, verificou o Tribunal


Constitucional que a prova produzida no processo, particularmente, em sede
do certificado de direito oferecido pelos exames periciais e na audiência de
discussão e julgamento (fls. 403 a 407 e 410 a 414) não deixaram incertezas
ao julgador sobre a autoria e a culpabilidade do hediondo crime praticado,
pelo que, não pode este Tribunal atender a alegada violação dos princípios
da presunção da inocência e do in dúbio pro reo, mesmo, porque, só em caso
de dúvida prevalece este princípio, contudo, atento ao disposto nos autos,
manifestamente, o caso em apreço, não se subsume nesse primado.

3) Do Direito a um Julgamento justo e conforme

O direito a julgamento justo é um pressuposto do Estado democrático de


direito e uma garantia fundamental que pressupõe a existência de uma
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administração da justiça imparcial, independente e funcional. Este princípio o\l
constitucional tem como objectivo assegurar um julgamento justo, cujo Cjr
processo deve ser equitativo, capaz de assegurar a justiça material e uma
decisão num prazo razoável respeitando os procedimentos judiciais, tais
como a celeridade e prioridade de modo a obter a tutela efectiva em tempo
útil contra ameaças ou violações dos seus direitos.

Parafraseando os autores Raul Araújo e Elisa Rangel, na obra Constituição


da República de Angola Anotada, Tomo I, Luanda 2018, no que respeita ao
artigo 72.° refere: "um julgamento é considerado justo quando são acautelados e
respeitados, pelos tribunais, os princípios da imparcialidade, independência e de
equidade no tratamento daspartes e seus representantes."

Nesta acepção, o direito a um julgamento justo e conforme assenta os seus


pressupostos na prerrogativa que é conferida às partes de pleitearem,
contradizerem e carrearem para o processo todos os elementos de prova'"?
conducentes à aferição da verdade material. A esta luz, a dimensão do
exigido e absoluto respeito pela protecção legal e a inviolabilidade das
garantias constitucionalmente consagradas foram acauteladas e estritamente
observadas, preservando-se o adequado equilíbrio dos interesses do
Recorrente, da comunidade, da paz social e da segurança jurídica.
Pelo exposto, conclui este Tribunal que não são atendíveis as alegadas
violações dos direitos, princípios e garantias consagradas na CRA e na
Declaração Universal dos Direitos do Homem arguidas pelo Recorrente.

DECIDINDO

Nestes termos,

Tudo visto e ponderado, acordam em Plenário, os Juizes Conselheiros do


Tribunal Constitucional, em: A/^- ^ ^ (^ / £Q ^ ^ <c ^ j D

Sem custas, nos termos do artigo 15.° da Lei n.° 3/08, de 17 de Junho, Lei
do Processo Constitucional).

Tribunal Constitucional, em Luanda, aos 19 de Março de 2019

OS JUÍZES CONSELHEIROS

Dr. Manuel Miguel da Costa Aragão (Presidenfek -*r*vf" A Im*A.


Dra. Guilhermina Prata (Vice-Presidente)

Dr. Carlos Magalhães "

Dra. Josefa Antónia dos Santos Neto Ar^StíXcr., k-ULr5~


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Dra. Júlia de Fátima Leite da Silva Ferreira (Relatora) VvnU^ ^McpuAiM té15 r^—^
Dra. Maria da Conceição de Almeida Sango \ V VJvcVY\LXíVo.OO

Dr. Raul Carlos Vasques Araújo.

Dr. Simão de Sousa Victor CZZ—^r^Ç^VJV

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