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Escola Superior Pedagógica do Bengo
O DOCENTE
___________________
Tibúrcio Tati
I
AGRADECIMENTOS
II
Resumo
A sociedade debate-se diariamente com a necessidade de julgar os outros, sendo
constantes as alusões a conceitos como moralidade e desenvolvimento moral. Neste trabalho
ir-se-á analisar o processo do desenvolvimento moral, concedendo especial relevo às
transformações ocorridas na adolescência.
III
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA..........................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................II
Resumo.....................................................................................................................................III
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
1.1. OBJECTIVOS..................................................................................................................2
1.1.1. Geral..............................................................................................................................2
1.1.2. Específicos....................................................................................................................2
1.1.3. Justificativa....................................................................................................................2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................3
2.1. Desenvolvimento humano e moral...................................................................................3
2.2. Teoria dos Estágios de Kohlberg.....................................................................................5
2.2.1. Interpretação adequada dos estágios de desenvolvimento segundo Kohlberg..............6
2.2.2. 1º Estágio de desenvolvimento da moral......................................................................6
2.2.3. 2º Estágio de desenvolvimento da moral convencional................................................6
2.2.4. Estágio 3- Moralidade/bom garoto, aprovação social/relações interpessoais...............6
2.2.5. 5º Estágio - A orientação para o contrato social democrático.......................................6
2.2.6. Estágio 6- Princípios universais de consciência............................................................7
2.3. Moralidade e meio social.................................................................................................7
2.4. Orientação e interpretação dos Estágios segundo seus Níveis.........................................9
2.4.1. Nível I - Pré-convencional ou Pré-Moral (de 2 a aproximadamente 6 anos)................9
2.4.2. Nível III- Pós-convencional (adolescência)................................................................11
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................13
1. INTRODUÇÃO
No entanto, foi por esta última que Lawrence Kohlberg interessou-se abordando o
raciocínio sobre questões morais e éticas. Como Piaget, Kohlberg estava interessado em como
a criança pensa, mais do que no que ela pensa, e em segundo, viu o desenvolvimento numa
série de estágios os quais ocorrem numa ordem fixa, independentemente do sistema social ou
cultura em que a criança se desenvolve.
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1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.1.3. Justificativa
Em cada uma das etapas estudada por Kohlberg, há uma interação entre dois
componentes: a perspectiva social e o conteúdo moral. Além disso, o autor assume que o
desenvolvimento moral surge do crescimento cognitivo e o resultado de certas experiências
sociais relevantes.
Por outro lado, cada etapa forma um todo estruturado. A sequência de etapas é
invariável e a progressão delas é universal.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ao longo dos anos, muitas teorias psicológicas foram propostas para explicar o
comportamento humano. A visão da natureza humana e os processos causais incorporadas
nessas teorias têm despertado o interesse de estudiosos em investigar o conhecimento
adquirido através das concepções que guiam o aprendizado social e as práticas morais
Logo, a segunda infância, etapa que perdura dos 2 aos 7 anos de idade, foi
determinada por Jean Piaget como estágio pré-operatório do desenvolvimento cognitivo,
porque as crianças dessa idade ainda não estão preparadas para se envolver em operações
mentais lógicas. Por isso, o estágio pré-operatório é caracterizado pela expansão no uso do
pensamento simbólico, ou capacidade representacional, que surgiu anteriormente durante o
estágio sensório-motor (Papalia; Feldman, 2013).
Com base nessa perspectiva, a cognição social, que é o reconhecimento de que outras
pessoas têm estados mentais, acompanha o desenvolvimento da empatia (Papalia; Feldman,
2013). Dessa maneira, crianças começam a entender que as pessoas têm diferentes crenças a
respeito do mundo, sejam elas, verdadeiras ou falsas, e que essas crenças afetam suas ações.
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(Liberman; Howard; Vasquez; Woodward, 2015). No entanto, crianças apresentam maior
probabilidade de generalizar comportamentos negativos para os membros do grupo externo e
comportamentos positivos para os membros do grupo interno (Baron; Dunham, 2015).
Kohlberg destacou que a formação da moral das crianças em várias idades pode ser
explorada a partir das oportunidades de fazer julgamentos morais. Isto demonstra uma
evidência acerca da sua teoria de estágio, já que o raciocínio usado na tomada de decisões
morais ocorre de acordo com a progressão da idade (Hock, 2009).
Kohlberg acreditava que sua teoria da formação da moral poderia ser explorada dando
às crianças de várias idades a oportunidade de fazer julgamentos morais. Se o raciocínio
usado para tomar decisões morais pudesse progredir previsivelmente em idades crescentes,
isso seria uma evidência de que sua teoria de estágio era essencialmente correta.
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2.2.1. Interpretação adequada dos estágios de desenvolvimento segundo Kohlberg
Kohlberg baseou toda a sua teoria nesse pensamento de autonomia, para a formação de
indivíduos verdadeiramente conscientes e comprometidos com pensamentos e atitudes
morais. A teoria sustenta que o raciocínio moral, a base para a ética do comportamento, tem
seis identificações dos estágios de desenvolvimento.
No estágio 5º, a criança reconhece que algumas leis são melhores que outras. Às
vezes, o que é moral pode não ser legal e vice-versa. O indivíduo ainda acredita que as leis
devem ser obedecidas para manter a harmonia social, mas podem procurar mudar as leis por
meio do devido processo. Nesta fase, Kohlberg sustentou que uma pessoa experimentaria um
conflito ao tentar integrar a moralidade com a legalidade.
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2.2.6. Estágio 6- Princípios universais de consciência
Se uma pessoa atinge o estágio moral 6 (e nem todos o fazem), os juízos morais serão
baseados na crença em princípios éticos unários. Quando as leis violam esses princípios, a
pessoa se comporta de acordo com esses princípios éticos, independentemente da lei. A
moralidade é determinada pela própria consciência do indivíduo.
É crucial para a Teoria dos Estágios de Kohlberg que os diferentes níveis de raciocínio
moral sejam vistos com a idade da pessoa. Para testar essa ideia, ele analisou os vários
estágios correspondentes às respostas das crianças de acordo com as idades das crianças. À
medida que a idade dos sujeitos aumentava, as crianças usavam estágios cada vez mais
elevados de raciocínio moral para responder aos dilemas. Outras análises estatísticas
demonstraram que a capacidade de usar cada estágio era um pré-requisito para passar para o
próximo nível mais alto (Hock, 2009).
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Há estudos que investigam as origens e as propensões das crianças em vincular
membros de grupos internos a comportamentos morais e membros de grupos externos a
comportamentos imorais. Estes estudos também verificam se a participação das crianças em
grupos linguísticos influencia sobre suas tomadas de decisões sobre como as pessoas agem
(Lind; Hartmann; Wakenhut, 2016). Tais estudos abordam a aprendizagem seletiva e apoiam
a ideia de que as crianças preferem aprender com membros do grupo interno ou com aqueles
que são mais parecidos e/ou familiares com eles (Hetherington; Hendrickson; Koenig, 2014).
A participação do grupo nas expectativas das crianças sobre as ações de outras pessoas
gera efeito que varia de acordo com o domínio moral e convencional e também, com a idade.
Assim, crianças em idade pré-escolar obedecem às regras e esperam os membros dos grupos
se posicionarem diante das convenções sociais, com isso, não formam automaticamente
julgamentos tendenciosos, de caráter, com base na participação em grupos. Já as crianças
mais velhas, usam o grupo social para formar expectativas sobre quais pessoas seriam mais
propensas a participar de seus grupos, com base nas ações morais ou imorais.
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Como podemos notar, os efeitos culturais influenciam o viés de grupo interno em
contextos experimentais e vinculam as diferenças culturais em valores sociais. Portanto, o
viés de grupo é uma percepção positiva do grupo a que pertence em comparação ao grupo de
fora.
Essa percepção pode ser acompanhada por uma alocação preferencial de recursos para
membros do grupo, competição com membros de fora do grupo e colaboração com membros
do grupo ou outros efeitos perceptuais, afetivos ou comportamentais que discriminam
positivamente o grupo interno do grupo externo, uma condição que está frequentemente
ligado ao etnocentrismo (Fischer; Derham, 2016).
Podemos acariciar a ideia de que o viés de grupo interno apresenta maior valor afetivo
para as pessoas em seus contextos coletivistas, observando que os indivíduos se sentem numa
condição sociável, emocional e fortemente conectados aos seus grupos.
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c) Perspectiva sócio moral: Distingue perspectivas, coordena-as e hierarquiza-as do
ponto de vista de uma terceira pessoa imparcial, institucional e legal.
Valor moral das ações não está na conformidade às normas e padrões morais e sociais
vigentes; está vinculado aos princípios éticos universais, tais como o direito à vida, à
liberdade e à justiça. Portanto, as normas sociais são entendidas na sua relatividade, cuja
finalidade é garantir que estes princípios sejam respeitados. Caso isto não aconteça, as leis
devem ser transformadas e até desobedecidas. Neste nível, a sociedade não teria sentido se
não estivesse a serviço desses direitos individuais fundamentais, que sejam universalizáveis,
reversíveis e prescritivos.
a) Orientação Moral: Orientação para o contrato social, para o relativismo da lei e para
o maior bem para o maior número.
b) Justificativa da argumentação: Obrigação de cumprir a lei em função de um
contrato social: protege seus direitos e os dos outros. Leis e deveres são baseados em
cálculo do maior bem para o maior número de pessoas (critério da utilidade)
c) Perspectiva sócio-moral: Distingue perspectivas, coordena-as e começa a
hierarquizá-las do ponto de vista de uma terceira pessoa moral, racional e universal.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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13. RHODES, M.; BRICKMAN, D. A influência da competição nas categorias sociais infantis.
Journal of Cognition and Development, v. 12(2), 194-221, 2011. Doi:
10.1080/15248372.2010.535230.
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