Você está na página 1de 45

MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos

ANEXO I

PROPOSTA PARA ESTRUTURAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE


CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE CAMPINA
GRANDE DO SUL - PR

1
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

SUMÁRIO

1. ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA SEGUNDO AS LEIS VIGENTES ................. 3

2. HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO PERTINENTE AOS CATADORES DE


MATERIAIS RECICLÁVEIS ...................................................................................... 6

3. DIFERENÇA ENTRE ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA ................................... 8

4. FORMALIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS


RECICLÁVEIS ......................................................................................................... 14

4.1 ASSOCIAÇÃO DE CATADORES........................................................................................................ 14

4.2 ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DO MUNICIPIO DE


CAMPINA GRANDE DO SUL ...................................................................................................................... 15
4.2.1 1 ª ETAPA ...................................................................................................................................... 15
4.2.2 2 ª ETAPA ...................................................................................................................................... 16
4.2.3 3 ª ETAPA ...................................................................................................................................... 19
4.2.4 4 ª ETAPA – PRÉ OPERACIONAL ............................................................................................... 20

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 28

6. ANEXO I – MODELO DE ESTATUTO SOCIAL ............................................... 30

2
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

1. ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA SEGUNDO AS LEIS VIGENTES

Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu


Capítulo I:
Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos


ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de
caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro
caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Segundo a Lei Federal n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que estabelece o


Código Civil:

Art. 53: Constituem-se as associações pela união de pessoas que se


organizem para fins não econômicos.

Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações


recíprocos.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos
deliberativos; (Alterado pela Lei nº 11.127, de 28/06/2005)
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá
instituir categorias com vantagens especiais.

Segundo a Lei n.º 5.764, de 16 de Dezembro de 1971, a qual define a Politica


Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas:

3
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Art. 1° Compreende-se como Política Nacional de Cooperativismo a


atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo,
originárias de setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si,
desde que reconhecido seu interesse público.

CAPÍTULO II: Das Sociedades Cooperativas:

Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que


reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o
exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de
lucro.
Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza
jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para
prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades
pelas seguintes características:
I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo
impossibilidade técnica de prestação de serviços;
II - variabilidade do capital social representado por quotas-partes;
III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado,
facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se
assim for mais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais;
IV - inacessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à
sociedade;
V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e
confederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de
crédito, optar pelo critério da proporcionalidade;
VI - quórum para o funcionamento e deliberação da Assembleia Geral
baseado no número de associados e não no capital;
VII - retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às
operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da
Assembleia Geral;
VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica
Educacional e Social;
IX - neutralidade política e discriminação religiosa, racial e social;
X - prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos
estatutos, aos empregados da cooperativa;
XI - área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião,
controle, operações e prestação de serviços.
Art. 6º As sociedades cooperativas são consideradas:
I - singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas
físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas
que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das
pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos;
II - cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as constituídas de,
no mínimo, 3 (três) singulares, podendo, excepcionalmente, admitir
associados individuais;
III - confederações de cooperativas, as constituídas, pelo menos, de 3 (três)
federações de cooperativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de
diferentes modalidades.
§ 1º Os associados individuais das cooperativas centrais e federações de
cooperativas serão inscritos no Livro de Matrícula da sociedade e
classificados em grupos visando à transformação, no futuro, em
cooperativas singulares que a elas se filiarão.
§ 2º A exceção estabelecida no item II, in fine, do caput deste artigo não se
aplica às centrais,
4
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

CAPÍTULO IV: Da Constituição das Sociedades Cooperativas

Art. 14. A sociedade cooperativa constitui-se por deliberação da Assembleia


Geral dos fundadores, constantes da respectiva ata ou por instrumento
público.
Art. 15. O ato constitutivo, sob pena de nulidade, deverá declarar:
I - a denominação da entidade, sede e objeto de funcionamento;
II - o nome, nacionalidade, idade, estado civil, profissão e residência dos
associados, fundadores que o assinaram, bem como o valor e número da
quota-parte de cada um;
III - aprovação do estatuto da sociedade;
IV - o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos
associados eleitos para os órgãos de administração, fiscalização e outros.
Art. 16. O ato constitutivo da sociedade e os estatutos, quando não
transcritos naquele, serão assinados pelos fundadores.

CAPÍTULO VIII: Dos Associados:

Art. 29. O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar
os serviços prestados pela sociedade, desde que adiram aos propósitos
sociais e preencham as condições estabelecidas no estatuto, ressalvado o
disposto no artigo 4º, item I, desta Lei.
§ 1° A admissão dos associados poderá ser restrita, a critério do órgão
normativo respectivo, às pessoas que exerçam determinada atividade ou
profissão, ou estejam vinculadas a determinada entidade.
§ 2° Poderão ingressar nas cooperativas de pesca e nas constituídas por
produtores rurais ou extrativistas, as pessoas jurídicas que pratiquem as
mesmas atividades econômicas das pessoas físicas associadas.
§ 3° Nas cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicações,
poderão ingressar as pessoas jurídicas que se localizem na respectiva área
de operações.
§ 4° Não poderão ingressar no quadro das cooperativas os agentes de
comércio e empresários que operem no mesmo campo econômico da

Segundo a Lei 11.445/07, permite que o poder público contrate as


associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis para realizar
serviços de coleta seletiva no município. O Decreto 7.217/10 regulamenta está lei e
considera que os catadores são prestadores de serviços públicos de manejo de
resíduos sólidos e não apenas mão de obra terceirizada.

5
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

2. HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO PERTINENTE AOS CATADORES DE


MATERIAIS RECICLÁVEIS

Segundo a o Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos


Catadores de Materiais Reutilizáveis e Reciclagem – CIISC, do Ministério do Meio
Ambiente – Governo Federal (2013), pode-se destacar no marco legal do movimento
nacional dos catadores de materiais recicláveis, na busca de melhoria das politicas:

O Código Brasileiro de Ocupações – 2002

Reconhecimento da categoria profissional de catador de material reciclável.

O Decreto n° 5.940, 2006

Instituição da Coleta Seletiva Solidária, com destinação dos materiais


recicláveis para os Catadores dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e
entidades da administração pública federal direta e indireta.

A Lei n° 11.445, 2007

Permite que o poder público municipal contrate Cooperativas e


Associações de Catadores, com dispensa de licitação, para a realização de serviço
de coleta de resíduos sólidos nos municípios.

O Decreto nº 7.217, 2010

Regulamenta a Lei 11.445/07 e no artigo 2º, §3º trás que “Para os fins do
inciso VIII do caput, consideram-se também prestadoras do serviço público de
manejo de resíduos sólidos as associações ou cooperativas, formadas por pessoas
físicas de baixa renda reconhecidas pelo Poder Público como catadores de materiais

6
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

recicláveis, que executam coleta, processamento e comercialização de resíduos


sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis”.

A Lei 12.305, 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos que objetiva, entre outros, a gestão


integrada de resíduos e da prioridade, nas aquisições e contratações
governamentais, para a integração dos catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos.

O Decreto 7.405, 2010

Institui o Programa Pro - Catador redimensiona o Comitê Interministerial para


Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis
(CIISC) e prevê, entre outras, a adesão voluntária dos entes federados ao Programa
Pró-Catador.

O Decreto 7.619/11 (Lei 12.375/10)

Regulamenta a concessão de crédito presumido do IPI (Imposto sobre


Produtos Industrializados), até 31 de dezembro de 2014, para aquelas indústrias que
utilizarem, como matéria-prima ou produtos intermediários na fabricação de seus
produtos, os resíduos recicláveis adquiridos diretamente das cooperativas de
catadores de materiais recicláveis.

7
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

3. DIFERENÇA ENTRE ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA

As associações e cooperativas de catadores se organizam e formam as redes


de catadores, somando forças para a realização de seus objetivos comuns. É uma
união voluntária de pessoas que se organizam e é administrada democraticamente,
onde todos os associados ou cooperados têm os mesmos direitos e os mesmos
deveres.
Os catadores se organizam em associações e cooperativas para favorecer:

 Melhoria das condições de trabalho e da qualidade de vida;


 Comercialização de um maior volume de materiais recicláveis;
 Troca de informação entre seus integrantes e outros parceiros;
 Negociação com o Poder Público e acompanhamento de políticas
públicas;
 Mobilização e sensibilização da sociedade sobre a realidade dos
Catadores bem como para a necessidade da preservação ambiental;
 Captação de recursos por meio de projetos;
 Contratação, pelos órgãos públicos, sem licitação;
 Recebimento da Bolsa-Reciclagem;
 Autonomia para negociar a venda de materiais recicláveis;
 Defesa dos direitos dos Catadores;
 Investimentos que beneficiam todos os integrantes, como cursos de
capacitação, construção de galpões de triagem, compra de equipamentos e
veículos, etc. (Ministério Público do Estado de Minas Gerais, 2013).
O trabalho dos catadores é importante, pois este encontra na matéria-prima,
chamada de resíduos pela sociedade, sua fonte de sobrevivência, além de
contribuírem para a preservação ambiental, pois diminui significativamente a
quantidade de resíduos que são descartados em aterros, lixões ou em locais
inadequados.

8
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

A partir do trabalho dos catadores os aterros sanitários das cidades tem sua
vida útil estendida, as prefeituras economizam recursos com os serviços de coleta
de lixo convencional e os catadores são melhor valorizados e inseridos socialmente.
A diferença essencial está na natureza dos dois processos. Enquanto as
associações são organizações que tem por finalidade a promoção de assistência
social, educacional, cultural, representação política, defesa de interesses de classe,
filantrópicas; as cooperativas têm finalidade essencialmente econômica. Seu
principal objetivo é o de viabilizar o negócio produtivo de seus associados junto ao
mercado.
Nas cooperativas os associados são os donos do patrimônio e os
beneficiários dos ganhos que os processos por eles organizados propiciarão. Uma
cooperativa de trabalho beneficia os próprios cooperantes, o mesmo em uma
cooperativa de produção. As sobras que porventura houverem das relações
comerciais estabelecidas pela cooperativa podem, por decisão de assembleia geral,
serem distribuídas entre os próprios cooperantes, sem contar o repasse dos valores
relacionados ao trabalho prestado pelos cooperantes ou da venda dos produtos por
eles entregues na cooperativa.
Em uma associação, os associados não são propriamente os seus “donos”. O
patrimônio acumulado pela associação em caso da sua dissolução deverá ser
destinado à outra instituição semelhante conforme determina a lei e os ganhos
eventualmente auferidos pertencem à sociedade e não aos associados que dela não
podem dispor, pois os mesmos, também de acordo com a lei, deverão ser
destinados à atividade fim da associação. Na maioria das vezes os associados não
são nem mesmo os beneficiários da ação do trabalho da associação.

As diferenças entre associações e cooperativas podem ser verificadas no


quadro comparativo abaixo:

9
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Quadro 01: Diferenças entre associações e cooperativas

Fonte: Ministério Público do Estado de Minas Gerais, 2013.

Segundo o CREFITO-8 – Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia


Ocupacional da 8ª Região – Paraná, o quadro a seguir foi organizado por uma
assistente social e um advogado, e foi publicado no livro Associações como construir
sociedades civis sem fins lucrativos – editora DP&A, e busca mostrar as principais
diferenças entre as associações e cooperativas:

10
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Quadro 02 – Diferenças entre associação e cooperativa


CRITÉRIO ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA

Conceito Conceito Sociedade de pessoas sem Sociedade de pessoas sem fins lucrativos e
fins lucrativos com especificidade de atuação na atividade
produtiva/comercial

Finalidade Representar e defender os interesses Viabilizar e desenvolver atividades de consumo,


dos associados. Estimular a melhoria produção, prestação de serviços, crédito e
técnica, profissional e social dos comercialização, de acordo com os interesses
associados. Realizar iniciativas de dos seus associados. Formar e capacitar seus
promoção, educação e assistência integrantes para o trabalho e a vida em
social. comunidade.

Legalização Aprovação do estatuto em assembleia Aprovação do estatuto em assembleia geral


geral pelos associados. Eleição da pelos associados. Eleição do conselho de
diretoria e do conselho fiscal. administração (diretoria) e do conselho fiscal.
Elaboração da ata de constituição. Elaboração da ata de constituição. Registro do
Registro do estatuto e da ata de estatuto e da ata de constituição na junta
constituição no cartório de registro de comercial. CNPJ na Receita Federal. Inscrição
pessoas jurídicas da comarca. CNPJ Estadual. Registro no INSS e no Ministério do
na Receita Federal. Registro no INSS trabalho. Alvará na prefeitura.
e no Ministério do trabalho.

Constituição Mínimo de duas pessoas. Mínimo de 20 pessoas físicas

Legislação Constituição (art. 5o., XVII a XXI, e Lei 5.764/71. Constituição (art. 5o. XVII a XXI e
art. 174, par. 2o.). Código Civil art. 174, par 2o.) Código civil.

Patrimônio / Capital Seu patrimônio é formado por taxa Possui capital social, facilitando, portanto,
paga pelos associados, doações, financiamentos junto às instituições financeiras.
fundos e reservas. Não possui capital O capital social é formado por quotas-partes
social. A inexistência do mesmo podendo receber doações, empréstimos e
dificulta a obtenção de financiamento processos de capitalização.
junto às instituições financeiras.

Representação Pode representar os associados em Pode representar os associados em ações


ações coletivas de seu interesse. É coletivas do seu interesse. Pode constituir
representada por federações e federações e confederações para a sua
confederações. representação.

Forma de Gestão Nas decisões em assembleia geral, Nas decisões em assembleia geral, cada
cada pessoa tem direito a um voto. As pessoa tem direito a um voto. As decisões
decisões devem sempre ser tomadas devem sempre ser tomadas com a participação
com a participação e o envolvimento e o envolvimento dos associados.
dos associados.

Abrangência / Área de Área de atuação limita-se aos seus Área de atuação limita-se aos seus objetivos e
Ação objetivos, podendo ter abrangência possibilidade de reuniões, podendo ter
nacional. abrangência nacional.

Operações A associação não tem como Realiza plena atividade comercial. Realizam
finalidade realizar atividades de operações financeiras, bancárias e pode
11
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

comércio, podendo realiza-las para a candidatar-se a empréstimos e aquisições do


implementação de seus objetivos governo federal. As cooperativas de produtores
sociais. Pode realizar operações rurais são beneficiadas do crédito rural de
financeiras e bancárias usuais. repasse

Responsabilidades Os associados não são responsáveis Os associados não são responsáveis


diretamente pelas obrigações diretamente pelas obrigações contraídas pela
contraídas pela associação. A sua cooperativa, a não ser no limite de suas quotas-
diretoria só pode ser responsabilizada partes e a não ser também nos casos em que
se agir sem o consentimento dos decidem que a sua responsabilidade é ilimitada.
associados. A sua diretoria só pode ser responsabilizada se
agir sem o consentimento dos associados.

Remuneração Os dirigentes não têm remuneração Os dirigentes podem ser remunerados por
pelo exercício de suas funções; retiradas mensais pró-labore, definidas pela
recebem apenas o reembolso das assembleia, além do reembolso de suas
despesas realizadas para o despesas.
desempenho dos seus cargos.

Contabilidade Escrituração contábil simplificada. A escrituração contábil é mais complexa em


função do volume de negócios e em função da
necessidade de ter contabilidades separadas
para as operações com os sócios e com não
sócios.

Tributação Deve fazer anualmente uma Não paga Imposto de Renda sobre suas
declaração de isenção de imposto de operações com seus associados. Deve recolher
renda. o Imposto de Renda Pessoa Jurídica sobre
operações com terceiros. Paga as taxas e os
impostos decorrentes das ações comerciais.

Fiscalização Pode ser fiscalizada pela prefeitura, Pode ser fiscalizada pela prefeitura, pela
pela Fazenda Estadual, pelo INSS, Fazenda Estadual (nas operações de
pelo Ministério do Trabalho e pela comércio), pelo INSS, pelo Ministério do
Receita Federal. Trabalho e pela Receita Federal.

Dissolução Definida em assembleia geral ou Definida em assembleia geral e, neste caso


mediante intervenção judicial, ocorre à dissolução. No caso de intervenção
realizada pelo Ministério Público. judicial, ocorre a liquidação, não podendo ser
proposta a falência.

Resultados Financeiros As possíveis sobras obtidas de Após decisão em assembleia geral, as sobras
operações entre os associados serão são divididas de acordo com o volume de
aplicadas na própria associação. negócios de cada associado. Destinam-se 10%
para o fundo de reserva e 5% para o Fundo
Educacional (FATES).

Fonte: CREFITO. http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=197.

Desta forma, cabe ao município de Campina Grande do Sul, juntamente com


a equipe técnica e a equipe jurídica, avaliar as vantagens e desvantagens de cada
12
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

sistema, para que o melhor seja escolhido para ser constituído no município, visando
sempre o desenvolvimento dos trabalhos sociais em benefício do meio ambiente e
das pessoas carentes.

13
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

4. FORMALIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS


RECICLÁVEIS

4.1 ASSOCIAÇÃO DE CATADORES

De acordo com a Lei nº 10.406/2002, em seu Art. 53. “Constituem-se as


associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”.
As associações são formadas por pessoas naturais ou físicas, que tem
objetivos comuns, exceto o de auferir lucro por meio da pessoa jurídica, e que
possuem objetivos e finalidades diferentes entre si. No entanto, unem-se como
associações por possuírem características semelhantes e básicas.
Associação é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas físicas
ou outras sociedades jurídicas com objetivos comuns, visando superar dificuldades e
gerar benefícios para os seus associados. É uma forma jurídica de legalizar a união
de pessoas em torno de necessidades e objetivos comuns.
As associações assumem os princípios de uma doutrina que se chama
associativismo e que expressa à crença de que juntos pode-se encontrar soluções
melhores para os conflitos que a vida em sociedade apresenta.
Os princípios do associativismo reconhecidos em praticamente todo o mundo
são:
 Princípio da adesão voluntária e livre: as associações são
organizações dispostas a aceitar as responsabilidades de sócio, sem
discriminação social, racial, politica, religiosa e de gênero;
 Princípio da gestão democrática pelos sócios: as associações são
organizações democráticas, controladas por seus sócios, que
participam ativamente no estabelecimento de suas politicas e tomadas
de decisões;
 Princípio da participação econômica dos sócios: os sócios contribuem
de forma equitativa e controlam democraticamente as suas
associações;

14
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

 Princípio da autonomia e independência: as associações são


organizações autônomas de ajuda mutua, controladas por seus sócios.
Caso recebam capitam de origem externa, devem fazê-lo de forma a
preservar seu controle democrático pelos sócios e manter sua
autonomia;
 Princípio da educação, formação e informação: as associações devem
proporcionar educação e formação aos sócios, de modo a contribuir
efetivamente para o seu desenvolvimento;
 Princípio da interação: as associações atendem a seus sócios mais
efetivamente e fortalecem o movimento associativista trabalhando
juntas por meio de estruturas locais, nacionais, regionais e
internacionais;
 Princípio do interesse pela comunidade: as associações trabalham pelo
desenvolvimento sustentável de suas comunidades, municípios,
regiões, etc. (CARDOSO, 2014).
 SSOCIAÇÃO

4.2 ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DO


MUNICIPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL

4.2.1 1 ª ETAPA

A criação de uma associação de catadores de materiais recicláveis deve ter


origem no entusiasmo de várias pessoas que não se conformam com a situação
local, e resolvem agir a fim de melhorar suas condições de vida e também para
terem seu trabalho como catador reconhecido e respeitado pela população.

 1º Passo

Primeiramente para se instituir uma associação é necessário haver


interessados a participarem deste tipo de trabalho. Como no município de Campina
Grande do Sul há catadores de materiais recicláveis trabalhando informalmente, faz-

15
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

se necessário a sensibilização destas pessoas para que estes catadores saibam dos
benefícios que terão de se tornarem associados.
Este contato poderá ser realizado diretamente com eles, através de
campanhas chamativas em rádio local, jornal local, folhetos, para que atraia a
atenção e o interesse destes catadores, para se tornarem associados.
Este trabalho de divulgação poderá ser realizado pela Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social juntamente com o auxílio e participação da Secretaria
Municipal da Infraestrutura e Logística – Departamento de Meio Ambiente, e da
Procuradoria Geral do Município.

 2º Passo

Logo que os catadores forem conscientizados e instigados a participar da


associação, uma reunião de exposição das ideias e interesses da associação deverá ser
realizada.
Esta reunião servirá para expor para os futuros associados, as vantagens da
criação da associação e os benefícios que terão em trabalhar desta forma e não
como trabalho informal. Nesta reunião deverá ser decidida a missão da associação,
seus objetivos, e também a escolha de uma comissão para tratar das providências
necessárias a criação da associação, com a indicação do coordenador de trabalho.
Nesta reunião devera ser designada uma comissão para elaborar o estatuto
social da nova entidade, para que o mesmo possa ser discutido, e se possível
aprovado pela assembleia de fundação.
Esta reunião poderá ser ministrada pela equipe da Secretaria Municipal da
Infraestrutura e Logística – Departamento de Meio Ambiente, com o auxilio da
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Procuradoria Geral do
Município.

4.2.2 2 ª ETAPA

 1° Passo – Elaboração da proposta de Estatuto Social e Regimento


Interno
16
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

O Estatuto Social é o documento que vai permitir formalizar a criação da


associação. Neste deverão constar os objetivos da associação, as regras para
escolha de seus dirigentes, o tempo estipulado para o mandato, as funções dos
diferentes órgãos administrativos, as punições aos desvios de conduta, as formas de
julgamento, entre outras diretrizes essenciais para o bom funcionamento da
associação. O regimento interno poderá ser escrito neste mesmo processo, o qual
disciplina o funcionamento da associação: detalha pontos previstos no Estatuto e
organiza procedimentos do funcionamento da associação. Pode ser alterado sem
alterar o Estatuto Social (CREFITO 8, 2015).
A formalização de uma proposta de Estatuto Social poderá ser ministrada
pela equipe da Secretaria Municipal da Infraestrutura e Logística juntamente com a
Procuradoria Geral do Município juntamente com os interessados em fundar a
associação para em uma reunião definirem os objetivos e os aspectos a serem
considerados no estatuto. (Modelo de Estatuto Social - Anexo II).

 2° Passo – Criação da Associação

Publicar no maior jornal de circulação o edital de convocação da Assembleia


de Fundação, com 07 dias de antecedência.

 3° Passo – Reunir a Assembleia de Fundação no dia, hora e local


aprazados.

Esta Assembleia deverá ser instalada por um dos integrantes do grupo


fundador. Após a instalação, será solicitado aos presentes que elejam um presidente
e um secretário para está Assembleia.
O presidente eleito deverá solicitar ao secretario que leia o edital de
convocação e em seguida, o projeto do estatuto social. Nesta etapa o projeto do
estatuto social deverá ser colocado em discussão e votação. Se forem apresentadas
emendas, estas deverão ser votadas uma a uma. Neste momento o projeto deverá
ser aprovado com ou sem emendas.
Logo, o presidente deverá fazer com que todos os presentes assinem um livro
de presença, e o secretario deverá ir anotando todas as ocorrências, a fim de redigir
17
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

a ata, a qual devera ser aprovada, no final da Assembleia pelos presentes


(ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, 2012).
A formalização desta fase da Assembleia poderá ser ministrada pela equipe
da Secretaria Municipal da Infraestrutura e Logística – Departamento de Meio
Ambiente juntamente com o auxilio da Procuradoria Geral do Município.

 4° Passo – Segunda fase da Assembleia de Fundação e Encerramento


da Assembleia de Fundação

Após a aprovação do projeto do estatuto, o Presidente deverá anunciar que


nesta oportunidade será realizada a eleição para a escolha dos membros que
integrarão o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, esclarecendo que
poderá haver inscrição e chapas. Havendo disputa, com mais de uma chapa, o
Presidente designará escrutinadores e providenciará uma a urna.
Não havendo disputa, os membros dos dois Conselhos poderão ser eleitos
por aclamação. Logo em seguida a eleição, deverá ser proclamada os eleitos, que
serão empossados imediatamente. O Presidente do Conselho de Administração, tão
logo seja empossado, passara a exercer a Presidência da Assembleia.
Logo, o Presidente determinará o Secretário que proceda a leitura da ata.
Após a leitura, a ata será posta em discussões, em seguida submetida à aprovação.
O Presidente declara encerrada a Assembleia (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA
ASSOCIAÇÃO, 2012).

 5° Passo – Eleição da Diretoria

Logo que a Assembleia seja finalizada, o Presidente solicita a permanência


de todos os membros do Conselho de Administração. O Conselho reunido elegerá a
Diretoria da Associação, normalmente composta de Presidente e Vice-Presidente, 1°
Secretário e 2° Secretário, 1° Tesoureiro e 2° Tesoureiro. Nesta reunião também
deverá ser lavrada uma ata (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, 2012).

18
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

4.2.3 3 ª ETAPA

 1° Passo – Oficialização da Associação

Até o momento, a Associação encontra-se no papel, devendo a mesma ser


oficializada, tornando está uma entidade com personalidade jurídica de direito
privado.

 2° Passo – Publicação do estatuto social no Diário oficial do Estado

O extrato do estatuto social deverá estar assinado pelo Presidente da


entidade e por um advogado inscrito na OAB, assinaturas essas devidamente
reconhecidas em cartório.

 3° Passo – inscrição da Associação ao Oficial de Registro de Títulos e


Documentos

O requerimento deverá ser assinado pelo Presidente da Entidade, com


indicação de sua residência e firma reconhecida. O anexo ao requerimento deverá
conter:

 Cópia da ata de fundação assinada pelo Presidente da Associação;


 Relação dos integrantes do Conselho de Administração, Conselho
Fiscal e Diretoria com as indicações de nacionalidade, estado civil,
profissão e residência de cada um. Se houver algum estrangeiro, juntar
o visto de sua permanência legal no país. Se houver algum solteiro,
declarar a maioridade do mesmo. Se houver a participação de pessoa
jurídica na associação juntar prova de sua existência legal. Juntar aos
documentos dois exemplares do Diário Oficial do Estado em que
consta a publicação do extrato do estatuto social e todas as folhas
deverão ser rubricadas pelo Presidente (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA
ASSOCIAÇÃO, 2012).
19
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

 4° Passo – Registrar os livros obrigatórios da Associação


Os livros obrigatórios são os seguintes:
 Livro de presenças;
 Livro de atas das assembleias;
 Livro de atas das reuniões de diretoria;
 Livro de atas do Conselho e Administração;
 Livro de atas do conselho fiscal;
 Livro diário – devera ser registrado na Delegacia da Receita Federal,
quando do registro no CNPJ;
Os demais livros deverão ter todas as suas páginas numeradas e rubricadas
pelo Presidente da entidade, bem como nos termos de abertura e encerramento.
Todas as atas de reuniões de Diretoria e dos Conselhos de Administração e Fiscal
deverão ser transcritas nos livros próprios.
Independente desses livros obrigatórios a Associação poderá adotar outros
livros que julgar necessários para a realização de suas atividades internas, como
livro caixa, livro registro, etc. (ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, 2012).

4.2.4 4 ª ETAPA – PRÉ OPERACIONAL

No município de Campina Grande do Sul a coleta seletiva porta a porta


continuará sendo realizada pelo órgão público, e a Associação dos Catadores de
Materiais Recicláveis do Município de Campina Grande do Sul irá realizar as
atividades de triagem, enfardamento e revenda dos materiais recicláveis.
Para a realização da coleta diferenciada dos materiais recicláveis o órgão
público utilizará dois caminhões, ambos são manuseados por funcionários do próprio
órgão público e cada caminhão conta com um motorista e dois coletores. Abaixo
segue as especificações dos caminhões:
 01 caminhão marca AMV, Puma 914, ano 1996, em boas condições de
uso.
 01 caminhão marca Volkswagen, ano 2011, modelo VW 17.150, em
boas condições;

20
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Figura 01 - Caminhão da coleta de materiais recicláveis


Fonte: Ambiental Costa Oeste, 2015.

A coleta é realizada de segunda-feira a sábado no período diurno e noturno


e segue o seguinte cronograma:

Quadro 03 – Cronograma de coleta de resíduos recicláveis

ITINARIO DA COLETA NOTURNA

DIAS DA
LOCALIDADES
SEMANA

Segunda Jardim Paulista (mapa parte de baixo)

Jardim Graciosa, Jardim Ipanema, Jardim Santa Fé e Jardim Paulista (mapa parte
Terça
de cima).
Água Doce, Jardim Flórida, Jardim Nesita, Jardim Nossa Senhora das Graças,
Quarta Moradias Timbu, Joana Olímpia, Santa Cecilia, Vila Chacrinha e Vila São Cosme.

Quinta Jardim Paulista (mapa parte de baixo)

Jardim Paulista (mapa parte de cima), Jardim Ipanema, Jardim Graciosa e Jardim
Sexta
Santa Fé.
Água Doce, Jardim Florida, Jardim Nesita, Jardim Nossa Senhora das Graças,
Sábado Joana Olímpia, Moradias Timbu, Santa Cecilia, Vila Chacrinha e Vila São Cosme.

ITINARIO DA COLETA DO INTERIOR

Segunda Barragem, Jaguatirica e Ribeirão Grande.

21
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Copel, Figueira, Pouso Alegre, Ribeirão Vermelho e Via de acesso Metropolitana


Terça
BR 116.

Quarta Barro Branco e Paiol de Baixo

Quinta Canelinha, Cocho, Estrada da Bem Faz, Lagoa Vermelha, Taquari e Vila Fumaça.

Sexta Barragem, Jaguatirica e Ribeirão Grande.

Sábado Cerne e Volta Grande

ITINERARIO DA COLETA CONVENCIONAL (DIURNA)

Chácara Renascença, Engenho Velho, Imbuial, Jardim Campina, Jardim da Colina,


Segunda
Mandassaia e Sede.

Área Industrial, Cohapar, Jardim Araçatuba, Jardim Diamante, João Paulo II, Santa
Terça
Angelina e Santa Rosa.

Araçatuba (Rua Pedro Bagio), Jardim Deher, PR 506 e R. Vereador Leonildo


Quarta
Zanona.
Av. João Sucato Coradin, Chácara Olhos D’Água, Estrada do Rio Abaixo até o Cid,
Quinta Roseira até a Igreja Assembleia, Saltinho, Timbu Velho (Rua Pedro Ruzenente),
Estrada do Saul, Invernadinha e Jardim Ceccon.

Sexta Estrada do Corredor, Santa Rita e Eugênia Maria,

Sábado -

Fonte: Departamento de Meio Ambiente, adaptado por Ambiental Costa Oeste, 2015.

Além de contar com caminhões, com a doação de embalagens específicas


para a separação do material reciclável, e campanhas constantes visando à correta
separação destes resíduos, o município dispõe de um Centro para Triagem destes
materiais, onde a Associação dos Catadores atuará diretamente.
O Centro de Triagem está localizado e instalado na área industrial do
município, próximo á área de transbordo de resíduos sólidos. Este local conta com
uma área construída de 490 m², cercada com tela e portões com cadeado. As
figuras abaixo apresenta tal situação:

22
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Figura 02 - Área de localização da usina de triagem


Fonte: Ambiental Costa Oeste, 2015.

O Centro de Triagem conta refeitório para os coletores, cozinha, escritório,


dois banheiros, sala de aula, almoxarifado, 04 docas de armazenamento de
resíduos, galpão de triagem de materiais recicláveis, prensa, pesagem, platô de
manobra e descarga e uma balança rodoviária.
Os equipamentos existentes no local são: uma esteira elevatória, peneira
rotativa, prensa hidráulica, balança mecânica, picador rotativo, elevador móvel para
fardos, carrinho para fardos, triturador de vidros, entre outros, os quais estão
descritos detalhadamente na tabela abaixo:

Quadro 04 – Relação de equipamento da usina de reciclagem

EQUIPAMENTO QUANT. DESCRIÇÃO

Com capacidade para seis t/h, comprimento 3,00 metros,


Sistema de
diâmetro de 0,96 m, confeccionada de aço carbono ASTM A36,
Peneiramento
01 estruturas de viga laminada, malha de peneiramento Ø3/4”,
(Peneira rotativa
acionamento por moto-redutor 3 c.v., com chaves elétricas de
cilíndrica)
partida direta e moega metálica acoplada.
Sistema de Com capacidade para 250 litros, construído em chapas de aço
Peneiramento 05 carbono, com duas rodas com pneu e câmara Ø15”.
(Carrinho metálico)
Para recepção de lixo, com capacidade 30 m³, construída em
Sistema de recepção chapas de aço carbono ASTM A-36 e estrutura em perfis
01
(Moega metálica) laminada, plataforma lateral de operação com corrimão tubular
de proteção.
Sistema de recepção Funcionamento hidráulico, acondicionamento direto por motor
(Braço mecânico tipo elétrico e bomba tipo engrenagens, construído em chapas de
01
rastelo) aço carbono ASTM A-36 e estrutura em vigas laminadas de aço

23
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

de carbono, dois cilindros hidráulicos, alcance 5,0, a ser


acoplado na moega de recepção.
Construído em chapas de aço de carbono ASTM A-36,
dimensões comprimento 14,0 m, largura 1,1, acionamento
Sistema de Triagem indireto por motor e redutor, correia de transporte 36” x 2 lona,
01
(Seleção manual) OAN (óleo acido nítrico), altura acima do solo 0,95 m, com
roletes galvanizados diâmetro 3”, parapeito de apoio e bica de
descarga.
Sistema de Triagem Com capacidade para 100 litros, construído em chapas de aço
(Container metálico 25 de carbono, com alça para transporte.
tipo cilíndrico)
Sistema de triagem Construído em tubos de aço de carbono DIN 2440, com duas
(Carrinho metálico 04 rodas de borracha maciça.
porta-container)
Confeccionado em chapas de aço carbono ASTM A-36, com
Sistema de trituração
placas de sacrifício em aço carbono SAC-50, acionamento
(moinho triturador 01
indireto por motor elétrico 30 cv, rotor para 12 martelos em aço-
para lixo)
liga.
Grelha de dilaceração com uma peça-bica de alimentação do
Sistema de trituração
moinho tipo balística, para eliminação de materiais não
(moinho triturador 01
trituráveis, confeccionada em chapas de aço carbono ASTM A-
para lixo)
36, com duto de descarga lateral.
Plataforma metálica de sustentação do moinho, confeccionada
Sistema de trituração em vigas laminadas de aço carbono, montada sobre pés de
(moinho triturador 01 concreto reforçado, fixado por chumbadores tipo bengala,
para lixo) passadiço em chapa piso metal expandido e corrimão tubular de
proteção.
Com dimensões: comprimento 4,5 m, largura 0,8 m, com correia
Sistema de trituração de transporte 24” x 2 lonas, acionamento indireto por motor,
01
(triturador) montado em estrutura tubular, com roletes galvanizados
diâmetro 2”, proteções laterais e sistema de levante e giro.
Destinado para enfardamento de papel, papelão, plástico fino e
Sistema de PET, para fardos de até 150 kg, confeccionada em chapas de
prensagem (Prensa 01 aço carbono, acionamento indireto por motor elétrico 10 cv,
hidráulica vertical) bomba hidráulica tipo engrenagens, cilindro hidráulico Ø5.1/2”,
chave elétrica de partida direta e cabo elétrico 5 m.
Destinada para o enfardamento de latas metálicas e alumínio,
Sistema de confeccionada em chapa de aço carbono, para fardos de até 50
prensagem (Prensa 01 kg, acionamento indireto por motor elétrico 10 cv, bomba
hidráulica horizontal) hidráulica tipo engrenagem, cilindro hidráulico Ø6.1/2”, chave
elétrica de partida e cabo elétrico 5 m.
Sistema de pesagem Balança com indicador digital sem coluna, com capacidade total
(Balança eletrônica 01 de 300 kg, fração de 50 g e plataforma de 400x400 mm.
móvel)
Com capacidade de 40 toneladas, plataforma com dimensões
mínimas de 9,00 x 3,00 metros, com contorno viga “l”, laminado
Sistema de pesagem de aço ASTM A572 grau 50, sem fosso, montada sobre células
(Balança rodoviária 01 de carga hermeticamente seladas. Sistema eletrônico com
eletrônica) indicador digital, teclado alfanumérico com conexão para pc.
Impressora 80 colunas matricial. Protetor de rede. Atendendo a
portaria 236/94 do INMETRO.
Sistema de limpeza Com tensão trifásica 110 V e frequência 60 Hz, pressão de
pressurizado trabalho 2400 psi e vazão 900 L/h.
01
(Lavadora de alta
pressão móvel)
Fonte: Departamento de Meio Ambiente adaptado por Ambiental Costa Oeste, 2015.
24
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

As figuras abaixo apresentam alguns equipamentos que estão instalados na


usina de triagem:

Figura 03 – Equipamentos instalados na usina de reciclagem


Fonte: Ambiental Costa Oeste, 2015.

25
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

A obra e os equipamentos foram custeados pelo governo federal através da


FUNASA, sendo que ao todo foram investidos aproximadamente R$ 974.000,00
entre estrutura e equipamentos. A tabela abaixo apresenta de forma resumida a
planilha orçamentária do centro de triagem e reciclagem de Campina Grande do Sul,
onde estão inclusos o material, quantidade e mão de obra utilizada:

Tabela 01 - Planilha orçamentaria centro de triagem e reciclagem

DESCRIÇÃO SUBTOTAL (R$)

CANTEIRO DE OBRAS
- BARRACÃO
- ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA 7.544,33
- ABASTECIMENTO DE ÁGUA
- PLACAS DE OBRA
SERVIÇOS TÉCNICOS
- TOPOGRAFIA – SERVIÇOS 1.528,64
SERVIÇOS PRELIMINARES
- PREPARO DO TERRENO
- MOVIMENTO DE TERRA ESCAVAÇÃO MANUEL DE VALAS
39.165,55
- ESCAVAÇÃO MANUAL EM CAMPO ABERTO
- TRANSPORTE DE SOLOS
- COMPACTAÇÃO DE ATERRO
ESCORAMENTO
6.150,00
- ESCORAMENTO METÁLICO
FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS
- ESTRUTURA
- CORTE E ARRASTAMENTO DE ESTACA
- FORMA 129.039,01
- ARMADURA
- CONCRETO CONVENCIONAL
- LAJE PRÉ-FABRICADA
FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO
- TUBULAÇÃO DE PVC, RPVC DEFOFO, PRFV, JE – PARA ÁGUA 30.477,24
- TUBULAÇÃO DE PVC, RPFV, JE – PARA ESGOTO
PAVIMENTAÇÃO
36.159,80
- EXECUÇÃO DE PAVIMENTOS, GUIAS E SARJETAS
FECHAMENTO
- PAREDE 33.165,23
- COBERTURA
PORTAS, JANELAS E VIDROS
- PORTAS
26.799,63
- ESQUADRIA DE FERRO OU AÇO
- VIDRO
REVESTIMENTO E TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES
92.068,54
- PAREDE E PISO
PINTURA 23.568,74
IMPERMEABILIZAÇÃO 4.300,08
INSTALAÇÕES PREDIAIS 12.743,29
ESGOTO 1.471,93

26
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

APARELHO E METAL HIDRO-SANITARIO 3.253,46


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 105.824,98
INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO 1.085,89
URBANIZAÇÃO
19.746,14
- VEDAÇÃO E PROTEÇÃO DE ÁREAS
PAISAGISMO
- LIMPEZA DE OBRA 14.899,74
- LIGAÇÕES PREDIAIS
EQUIPAMENTOS
- SISTEMA DE RECEPÇÃO
- SISTEMA DE TRIAGEM
- SISTEMA DE TRITURAÇÃO
- SISTEMA ELÉTRICO
337.640,00
- SISTEMA DE PRENSAGEM
- SISTEMA DE PENEIRAMENTO
- SISTEMA DE PESAGEM
- SISTEMA DE LIMPEZA E PRESSURIZAÇÃO
PROJETOS 14.500,00
TOTAL 973.340,89
Fonte: Departamento de Meio Ambiente adaptado por Ambiental Costa Oeste, 2015.

27
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n° 5.764/1971. Define a Politica Nacional de Cooperativismo, institui o


regime jurídico das sociedades cooperativas, e da outras providencias.

BRASIL. Lei n.º 10.406/2002. Institui o Código Civil. Brasília, 2002.

BRASIL. Lei n.º 11.445/2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento.


Brasília, 2007.

BRASIL. Lei n.º 12.305/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.


Brasília, 2010.

BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.


Brasília, 1988.

CARDOSO, Univaldo Coelho. Associação – Série Empreendedorismo Coletivo.


SEBRAE, Brasília 2014. Disponível em:
<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/guias_cartilhas/empreendimen
tos_coletivos_cooperativa.pdf>. Acesso em Maio de 2015.

COMITÊ INTERMINISTERIAL PARA INCLUSÃO SOCIAL E ECONÔMICA DOS


CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLAGEM – CIISC. Coleta
Seletiva com a Inclusão dos Catadores de Materiais Recicláveis. Ministério do Meio
Ambiente – Governo Federal, 2013. Disponível em: <http://www.cataacao.org.br/wp-
content/uploads/2013/05/Cartilha_ColetaSeletiva_Quadrinhos.pdf>. Acesso em Maio
de 2015.

28
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

CREFITO-8 – CONSELHOR EGIONAL DE FISIOTERAPIA OCUPACIONAL DA 8ª


REGIÃO – PARANÁ. Quais são as vantagens de criar uma associação? Disponível
em:
<http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=194
>. Acesso em Maio de 2015.

CREFITO-8 – Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 8ª


Região – Paraná. Diferenças entre Associações e Cooperativas. Disponível em:
<http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=197
>. Acesso em Maio de 2015.

ESTATUTO MODELO DE ASSOCIAÇÃO DE CATADORES. Movimento Nacional


dos Catadores de Materiais Recicláveis. Disponível em:
<http://www.mncr.org.br/box_2/instrumentos-juridicos/modelos-de-estatutos/estatuto-
modelo-de-associacao-de-catadores/view. Acesso em Maio de 2015.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. O Catador é legal Um


guia na luta pelos direitos dos Catadores de Materiais Recicláveis, 2013. Disponível
em: <http://www.coopcentabc.org.br/documentos/CARTILHA_CATADORES.pdf>.
Acesso em Maio de 2015.

ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO. Ministério Público do Estado de


Goiás, 2013. Disponível em:
<http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/4/docs/roteiro_criacao_associacao.pdf>.
Acesso em Maio de 2015.

29
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

6. ANEXO I – MODELO DE ESTATUTO SOCIAL

ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS - ASSOCIAÇÃO

ESTATUTO SOCIAL

Estatuto Social de Constituição da Associação de Catadores de materiais


Recicláveis ASSOCIAÇÃO, pessoa jurídica de direito privado, Aprovado em
Assembleia Geral de Constituição, realizada em _________.

CAPÌTULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, ÁREA DE AÇÃO, DURAÇÃO E ANO SOCIAL

Art. 1º - Com a denominação de: __________________________– ASSOCIAÇÃO,


fundada em _______ sob a forma de associação de natureza civil, de
responsabilidade limitada, sem fins lucrativos, que se regerá pelas disposições do
presente e pelas leis e regulamentos vigentes, tendo:

A) A sede e administração, situada á Rua _________


B) Foro jurídico na Comarca de ___________;
C) Área de Ação, para efeito de admissão de associados, abrangerá o Estado
do Paraná;
D) Prazo de duração será por tempo indeterminado, e ano social compreendido
no período de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro.

CAPITULO II
DOS OBJETIVOS SOCIAIS

Art. 2º - A associação tem por objetivo principal, a contratação de serviços para seus
associados em condições e preços convenientes, organizar o trabalho e bem
aproveitar a capacidade dos catadores associados, distribuindo-os conforme suas
30
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

aptidões e interesses coletivos, fornecer assistências aos associados no que for


necessário para melhor executarem o trabalho, proporcionar através de convênios
com sindicatos, empresas, organismos nacionais e internacionais, serviços jurídicos
e sociais que estejam dentro dos princípios do Regimento Interno da Associação de
Catadores de Materiais Recicláveis – ASSOCIAÇÃO, promoverem com recursos
próprios ou convênios a capacitação associativa e se for o caso, profissional do
quadro social, funcional, técnico, executivo e diretivo da associação;
1ºParágrafo – Nos contratos celebrados, a associação representará os associados,
coletivamente, agindo como sua mandatária.
2ºParágrafo – Os associados executarão os serviços contratados pela associação,
em conformidade com este Estatuto e o Regime Interno;

CAPITULO III
DOS SÓCIOS, SEUS DIREITOS E DEVERES

Art. 3º - Os associados poderão associar-se a associação, salvo se houver


impossibilidade técnica, qualquer profissional catador, que se dedique á atividade
objeto da entidade e preencham os quesitos definidos no regimento interno, sem
prejudicar os interesses da associação, nem com ele colidir.
Parágrafo único – Não há limite de associados e ainda após preencher todos os
quesitos do regulamento interno, o (os) associado (os) assume (em) os direitos e
deveres decorrentes da lei, do estatuto, código de ética se houver e das
deliberações tomadas pela associação.

Art.4º - São direitos dos associados:

a) Participar das assembleias gerais;


b) Votar e ser votado para os cargos eletivos;
c) Discutir e apresentar sugestões a Diretoria, sobre qualquer assunto de
interesse da associação;
d) Recorrer dos atos da Diretoria, quando julgar os mesmos prejudiciais ou
lesivos aos seus direitos, ou Associação;
31
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

e) Solicitar informações junto a Secretaria, de assuntos que lhe dizem respeito,


e/ou sobre as atividades da Associação;
f) Ao sócio é permitido fazer-se representar na _________e/ ou ____, ou outro
mediante procuração;
g) Cada associado poderá representar somente um associado – a si mesmo;
h) O associado terá direito a 01 (um) voto;
i) Solicitar seu desligamento;

Art. 5º - São deveres dos associados:


a) Contribuir com taxa (s) de serviço e encargos operacionais que forem
estabelecidos pela assembleia;
b) Respeitar as decisões tomadas em Assembleias Gerais, cooperando com a
Diretoria para o fiel cumprimento das mesmas;
c) Obedecer ás disposições estatutárias, regimentais, bem como as
determinações da diretoria, deliberado em assembleia geral e extra;
d) Preservar e fazer preservar os bens patrimoniais da associação;

CAPITULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 6º - A Associação será administrada por:


I – DIRETORIA EXECUTIVA.
II – CONSELHO FISCAL

Art. 7º - A Assembleia Geral, órgão soberano da vontade social, constituir-se-á dos


associados em pleno gozo de seus direitos políticos e estatuários.
Art.8º - A Assembleia geral ordinária, realizar-se a uma vez por ano para:

I – Apreciar o relatório anual da Diretoria;


II- Discutir e homologar as contas e balanços aprovados pelo conselho Fiscal;
III – Discutir e homologar as programações de contas e trabalhos para o exercício
seguinte;
32
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

IV - Eleger a Diretoria e Conselho Fiscal;

Art. 9º - A Assembleia Geral Extraordinária realizar-se-á a qualquer tempo quando


convocada.
I – Pela Diretoria
II – Pelo Conselho Fiscal;
III – Por requerimento de 1/5 (um quinto) de associados.

Art. 10º - A convocação da Assembleia Geral, poderá ser feita por meio de Edital,
fixado na sede da instituição, por publicação na imprensa local, por circulares ou
outros meios convenientes, com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis á sua
realização.

Art. 11º - Compete as Assembleias Gerais

I – Deliberar sobre materiais de interesse geral da associação ou dos associados.


II – Decidir em grau de recurso, sobre os assuntos que tenham sido deliberados pela
diretoria e a ela levados, a pedido do interessado, ou interessados;
III – Apreciar as demais matérias constantes da ordem do dia;
IV – Examinar os assuntos que lhes sejam propostos por associados, de qualquer
natureza;
V – Destituir a Diretoria, a qualquer tempo, independentemente de justificação ou
indenização, se houver;
VI – Decidir sobre reforma dos estatutos;
VII – Decidir sobre a extinção da Entidade nos termos do Art. 48;
VIII – Decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar seus
bens patrimoniais;
IX - Aprovar o regimento interno.

Art. 12º - Das formas de convocação das Assembleias Gerais


I - As Assembleias Gerais deverão ser convocadas e realizar-se-ão em local e
horário previamente determinados;
33
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

II – Assembleias Gerais, serão convocadas pela Diretoria ou por requerimento, com


um mínimo de 1/5 (um quinto) dos associados ou ainda, pelos membros do
Conselho Fiscal.
III –As convocações indicarão sempre o resumo da ordem do dia, a data local e o
horário da realização e o quórum para a primeira e segunda chamadas.
IV – As convocações das Assembleias Gerais Ordinárias, serão acompanhadas de
cópias dos relatórios e contas e de proposta de orçamento para exercício social
respectivo a ser analisado.
V – As convocações serão endereçadas aos associados, através de circulares, por
meio de Edital fixado na sede da Associação, através de publicação na imprensa
local, ou por outros meios convenientes.
VI – As convocações das Assembleias Gerais deverão ser feitas com prazo mínimo
de 10 (dez) dias, podendo as Assembleias Gerais Extraordinárias serem
convocadas com prazo de antecedência menor a 05 (cinco)dias úteis, desde que
seja comprovada a urgência no tratamento da matéria.

Art.13º - As Assembleias Gerais serão presididas por um associado especialmente


aclamado, que escolherá entre os presentes o secretário, a quem incumbirá lavrar a
ata dos trabalhos em livro próprio.

Art. 14º - Somente serão computados, em qualquer deliberação, os votos dos


associados que estiverem regularmente em situação de fazê-lo na proporção de 01
(um) voto para cada de direito, devendo ser anulados os impossibilitados.

Art. 15º - As Assembleias Gerais instalar-se-ão em primeira convocação, com a


presença de associados que representam o numero de 1/3 (um terço) e, em
segunda chamada, 30 (trinta) minutos após a primeira com numero mínimo de 05
(cinco) pessoas.

Parágrafo Único – A destituição de diretoria e a alteração do presente estatuto,


será em assembleia geral extraordinária especialmente convocada para este fim,

34
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

observando-se que o quórum para a instalação da referida assembleia, será o


seguinte:
a) em primeira chamada, com a presença da maioria absoluta dos associados
com direito a voto; e
em segunda chamada, ou nas chamadas seguintes com presença no mínimo
de 1/3 dos associados com direito a voto. Bem como as deliberações
deverão ter voto concorde de 2/3 dos presentes á assembleia geral.

Art. 16º – É vedado aos associados votar assuntos em que tenha particular
interesses.

Art. 17º – É licito ao associado fazer-se representar nas Assembleias por procuração
com poderes especiais, desde que não seja membro da Diretoria ou administração
da Associação.

Art. 18º – As deliberações tomadas em Assembleias Gerais serão obrigatórias a


todos os associados, independentemente do seu comparecimento ou voto cabendo
a Diretoria executá-las e fazê-las cumprir.

Art. 19º – Dentro de (dez) dias úteis que se seguirem a realização da Assembleia,
serão confeccionadas cartas endereçadas aos associados, nas quais se relatará as
deliberações tomadas.

ART. 20º – Das Assembleias gerais serão lavradas em livro próprio aberto e
encerrados pelos membros da Diretoria, devendo ser assinados pelo Presidente e
secretário, e pelos associados presentes que terão direito de nele fazer constar as
suas declarações.

CAPITULO V
DESLIGAMENTO, ELIMINAÇÃO E EXCLUSÃO

35
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Art. 21º – O desligamento do associado dar-se-á a seu pedido, formalmente dirigido


a Diretoria Executiva da Associação e não poderá ser negado.

Art. 22º – A eliminação do associado, que será realizada em virtude de infração de


lei, do código de ética, ou deste estatuto, será feita pela Diretoria Executiva, após
duas advertências por escritos ou, se houver código de ética, conforme regimento
interno do conselho de ética da Associação.
Parágrafo I – A cópia autenticada da decisão será remetida ao associado, por
processo que comprove as data da remessa e do recebimento.
Parágrafo II – O associado poderá, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
data de recebimento da notificação, interpor recurso, que terá efeito suspensivo até
a primeira assembleia geral, caso o regimento do conselho de ética não definir
outros procedimentos.

Art. 23º – A exclusão do associado será feita:


a) por dissolução da associação;
b) Por morte da pessoa física;
c) Por incapacidade civil não suprida;
d) Por deixar de atender aos requisitos estatuários de ingresso ou permanência
na associação.

CAPITULO VI
DA COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA

Art. 24º – A Diretoria Executiva será composta de:


I - Presidente
II - Vice-Presidente
III – 1 Tesoureiro
IV – 2 Tesoureiro
V - Secretário
VI – Diretor de Patrimônio

36
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Pgf. Único - Todos os membros da Diretoria Executiva deverão, obrigatoriamente


serem eleitos em Assembleia Geral Ordinária e/ou Extraordinária quando da
complementação de cargos ou vacância.

Art. 25º – Compete a Diretoria:

I – Elaborar programa anual de atividade e executá-los;


II – Elaborar e Apresentar á Assembleia Geral relatório anual;
III –Contratar e demitir funcionários;
IV – Elaborar Regimento Interno;
V – Dirigir e administrar a associação;
VI – Cumprir e fazer cumprir o presente estatuto, o Regimento Interno bem como
acatar as deliberações das Assembleias Gerais;
VII – Elaborar e apresentar as propostas de despesas extraordinárias submetendo-
as a apreciação do Conselho Fiscal, em caso de aprovação, será “ad-referendum”
da Assembleia Geral respeitando-se sempre as disponibilidades financeiras, a
serem apresentadas pelo Diretor da área;
VIII – Zelar sempre pelos interesses dos associados;
IX – Convocar Assembleia Geral sempre que se fizer necessária.
Parágrafo Único – As deliberações da Diretoria Executiva só poderão ser tomadas
quando reunidos pelo menos 2/3 (dois terços) dos Diretores e por maioria dos votos
presentes.

Art. 26º – Compete ao Presidente:


I – Representar a Associação, ativa, passiva, judicial e extrajudicialmente com o
Diretor da área envolvida e/ ou que este nomear representante;
II – Cumprir e fazer cumprir este Estatuto, o Regimento Interno;
III – Convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
IV – Autorizar o pagamento de despesas normais da Associação, desde que não
ultrapasse os valores a serem determinados juntamente com o tesoureiro e/ ou
nomear seus procuradores ou representantes da administradora eventualmente
contratada;
37
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

V - Assinar as atas das Assembleias Gerais da Associação, juntamente com o


Presidente da mesa e Secretário, bem como, o livro de presenças das reuniões;
VI – Assinar, juntamente com o tesoureiro todas as operações bancárias, contratos
e/ ou compromissos em nome da Associação;
VII – Recorrer das deliberações da Diretoria Executiva, quando julgar que entender
contrárias aos interesses da Associação, ou em desacordo com o estatuto, apelando
a Assembleia Geral quando necessário;
VIII – Destituir em nome da Associação, os membros da Diretoria que venham a
faltar ás reuniões por 03 (três) vezes consecutivas, sem apresentação de
justificativas, convocando no prazo de 30 (trinta) dias, Assembleia Geral para eleição
do substituto;
IX – Exercer as demais funções inerentes ao cargo.

Art. 27º – Compete ao Vice-Presidente:

I – Substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos, prestando de modo


geral, a sua colaboração em caso de vacância, assumindo interinamente com todas
as prerrogativas do art. 26 e seus incisos, até a convocação de Assembleia Geral
para a eleição de novo Presidente, que deverá realizar-se dentro do prazo máximo
de 60 (sessenta) dias a contar do afastamento do Presidente;
II - Prestar de modo geral a sua colaboração ao presidente;
III – Participar do planejamento e execução das atividades da associação,
juntamente com o Presidente;

Art. 28º– Compete ao Secretário Geral:

I – Secretariar as reuniões da Diretoria e Assembleia Geral e redigir as competentes


atas;
II – Manter atualizado o cadastro de associados;
III – Colaborar na recepção e expedição de correspondências;
IV – Divulgar todas as notícias de atividades da Associação;
V - Substituir o Vice-Presidente em suas ausências, impedimentos ou vacâncias;
38
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

VI – Ter sob guarda e responsabilidade, todos os objetos e demais documentos


pertencentes á secretária.

Art. 29º – Compete ao tesoureiro:

I – Arrecadar e contabilizar as contribuições dos associados, mantendo em dia a


escrituração e respectivos documentos;
II – Pagar as contas das despesas autorizadas pelo Presidente;
III – Apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitadas;
IV – Apresentar o relatório financeiro para ser submetido á Assembleia Geral;
V – Apresentar semestralmente o balancete ao Conselho Fiscal;
VI – Conservar sob sua guarda e responsabilidade o numerário e documentos
relativos á tesouraria, inclusive contas bancárias;
VII – Assinar os documentos relativos ás subvenções, doações, auxilio legados,
juntamente com o Diretor Presidente;
VIII – Apresentar mensalmente, a Diretoria, o balanço das receitas e despesas;
IX – Toda receita da Associação, deverá estar numa instituição Bancária, escolhida
pela Diretoria, sendo permitido manter em caixa importância igual ou inferior a 02
(dois) salários mínimos para atender as despesas de expediente.

Art. 30º – Compete ao Diretor de Patrimônio:

I – Substituir o Secretário Geral nas suas ausências, impedimentos ou vacâncias;


II – Manter sob o seu controle e fiscalização os equipamentos e instalações;
II – Verificar junto aos demais diretores quais as necessidades material, e levar ao
Presidente para as providências;
IV – Procurar estar sempre atento ao serviço de manutenção, instalação de novos
equipamentos;
V – Fiscalizar, quanto for preciso, irregularidades que possam prejudicar os
associados;
VI – Estar em condições de, a qualquer tempo, prestar informações sobre os bens
patrimoniais da Associação;
39
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

VII – Zelar pelos assuntos administrativos da Associação;


VIII – Assinar correspondências em nome da Associação que não acarretam
responsabilidade;
IX – Contratar empresas para promover eventos nas dependências da Associação
em datas festivas e comemorativas. No entanto, para efetivar a contratação deverá
obter aprovação dos demais membros da Diretoria Executiva.

CAPITULO VII
DO CONSELHO FISCAL
Art. 31º – O conselho Fiscal, será composto por 03 (três) membros eleitos pela
Assembleia Geral.
Pgf. 1 – O mandato do Conselho Fiscal, será de 01 (um) ano, permitindo a reeleição
consecutiva, salvo determinação contrária tomada em A.G.O pela unanimidade dos
associados presente.
Pgf 2 – Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente,
até o seu término.

Art. 32º – Compete ao Conselho Fiscal:


I – Examinar os livros da escrituração da Associação;
II – Examinar o balancete mensalmente apresentado pelo tesoureiro opinando a
respeito;
III – Apreciar os balanços e inventários que acompanham o relatório anual da
Diretoria;
IV – Opinar sobre aquisição de bens por parte da Associação;
V – Reunir-se com a Diretoria, sempre que for convocado;
Pgf. Único – O conselho fiscal reunir-se-á ordinariamente a cada 02 (dois) meses
extraordinariamente sempre que necessário.

Art. 33º – Competem as Diretorias da Área da Associação:


I – Cumprir e fazer cumprir sempre as normas estatuárias contidas no artigo 28
deste, em todos os incisos.
Art. 34º - A Diretoria reunir-se-á no mínimo uma vez por mês.
40
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Art. 35º – O mandato da Diretoria será de 02 (dois) anos, permitindo a reeleição


consecutiva, salvo determinação contrária tomada em A.G.O pela unanimidade dos
Associados presentes.

Art. 36º – As atividades dos diretores e conselheiros não serão remuneradas,


podendo entretanto, terem uma Ajuda de custo e diárias para custear despesas de
viagens quando necessárias, entretanto terá que estar aprovado pela Assembleia
Geral.

Art. 37º – O diretor e/ou membro do conselho fiscal que faltar injustificadamente a 03
(três) reuniões consecutivas da Diretoria ou do Conselho fiscal, respectivamente,
terá a perda de seu mandado.

Art. 38º – Em caso de demissão ou renúncia coletiva da Diretoria, o conselho fiscal a


substituirá, devendo neste caso, convocar, dentro do prazo de 30 (trinta) dias,
Assembleia Geral para eleger os componentes da Diretoria para complementar o
mandato.

CAPÍTULO VIII
DAS ELEIÇÕES

Art. 39º – As chapas das eleições da Associação, deverão ser apresentadas até 30
(trinta) dias antes da eleição, em Assembleia Geral, convocada de acordo com o Art.
11. Do capitulo III.

Art. 40º – Deverá ser entregue a Secretária Geral da Associação requerimento de


inscrição onde constarão os nomes e cargos de cada candidato devidamente
assinado pelos mesmos.
Pgf. Único – Os candidatos obrigatoriamente deverão ser associados da
Associação e não poderão ter parentes até terceiro grau, cônjuge, ou companheiros
na Associação.
41
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Art. 41º – A Diretoria da Associação, de posse da (s) inscrição (ões) da (s) chapa (s)
convocará de acordo com o Art. 10. A Assembleia Geral onde será designada a
Comissão Eleitoral.
Pgf. Único – A comissão Eleitoral, deverá ser formada por 03 (três) associados com
finalidade de elaborar e encaminhar o processo eletivo.

Art. 42º – Nenhum membro da Diretoria e do Conselho Fiscal da Gestão, quando


estiver administrando a Associação, poderá fazer parte da Comissão Eleitoral.

Art. 43º – A comissão Eleitoral, após a eleição, dará inicio a contagem dos votos e
seus trabalhos encerrar-se-ão a partir da proclamação da chapa vencedora, através
da publicação do resultado e do registro em ata, não ultrapassando 01 (um) dia da
eleição.

Art. 44º – No caso de empate, a Comissão Eleitoral deverá elaborar novas eleições
convocando os sócios num prazo de 03 (três) dias após a publicação do primeiro
resultado, definindo a chapa vencedora através de voto descoberto, obedecendo ao
disposto no Art. 41.

CAPITULO IX
DO PATRIMÔNIO

Art. 45º – O patrimônio da Associação será constituído de bens móveis e


contribuições dos associados.
Pgf. 1. – A alienação ou oneração dos bens adquiridos na forma deste Artigo, exigirá
a aprovação em Assembleia Geral extraordinária por 50% (cinquenta por cento)
mais 01 (um) da totalidade dos associados.
Pgf. 2. – No caso de dissolução social da Associação, os bens remanescentes serão
vendidos e o dinheiro arrecadado será dividido entre os associados.

42
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

CAPITULO X
DOS RECURSOS FINANCEIROS

Art. 46º – A receita da associação será constituída de conformidade com os recursos


financeiros auferidos por contribuições de associações ou doações.
Pgf. Único – O valor da taxa será aprovado em Assembleia Geral e/ ou em
Assembleia Geral Extraordinária.

Art. 47º – Poderá a Diretoria da Associação no cumprimento dos seus objetivos,


conforme o Art. 02. firmar contratos e/ ou convênios com entidades públicas ou
particulares com organizações e organismo internacionais, seguindo os princípios do
regimento interno da associação.

CAPITULO XI
DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Art. 48º – A associação será dissolvida e seu patrimônio será destinado à entidade
de fins não econômicos conforme o art. 61 da lei 10.406/02, deliberada em
Assembleia Geral Extraordinária especialmente convocada pra esse fim.

Pgf. 1. – A liberação de que trata este Artigo, deverá ser tomada por 50% (cinquenta
por cento) dos votos mais 01 (um) dos associados.
Pgf. 2. – A Assembleia Geral Extraordinária que determinará a dissolução elegerá o
liquidante e o Conselho Fiscal que deverão funcionar, durante a liquidação em
harmonia.

Art. 49º – Os membros da Diretoria da Associação, responderão civil e


criminalmente pelos atos praticados durante sua gestão até 05 (cinco) anos após o
término de seu mandato.

43
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

CAPITULO XII
DOS LIVROS FISCAIS E AUXILIARES

Art. 50º – A Associação possuirá os seguintes livros, onde registrará as atividades


oficiais e não oficiais realizadas:

a) De ata das Assembleias Gerais;


b) De ata das Reuniões da Diretoria;
c) De ata de Reuniões do Conselho Fiscal;
d) De Registro de Associados

CAPITULO XIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 51º – Os casos omissos no presente Estatuto serão resolvidos pela Diretoria e
referendados pela Assembleia Geral.

Art. 52º – A data da fundação da Associação será a do dia vinte e nove de agosto de
2.005, na qual foi instalada a Assembleia Geral Extraordinária, ocorrida nas
dependências da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis -
ASSOCIAÇÃO, onde ficou decidido por unanimidade a criação da presente
Associação. Porém, a personalidade jurídica será considerada a data da publicação
e registro em Cartório deste Estatuto e a ata da Assembleia de Fundação e posse
da Diretoria.
Art. 53º – Os associados não respondem subsidiariamente pelas obrigações
contraídas indevidamente pela Diretoria da Associação.

Art. 54º – O presente estatuto será obrigatoriamente editado e afixado na sede a fim
de ser levado ao conhecimento dos associados.

44
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL - PR
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos

Ficam autorizados todos os atos que se tornarem necessários a fim de regularizar o


registro do presente estatuto, junto ao cartório de registro de títulos e documentos,
para surtir seus legais e jurídicos efeitos.

Campina Grande do Sul, ___de______ de____.

________________________
Diretor- Presidente

_________________________
(da Assembleia de Constituição)

________________________________

ADVOGADO OAB/PR:

45

Você também pode gostar