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A nível histórico, ela fala sobre os povos negros escravizados que encontraram
na arte, na dança, nas lutas, uma maneira de resistir e existir. Mesmo que com
formas absurdas de punição pelo simples fato de exercer as suas crenças e
manifestar e expressar a sua cultura.
Ela explica que irá abordar as razões para que ainda hoje tenhamos tanta
dificuldade em assimilar e incorporar, dentro da universidade e ambientes
acadêmicos, a história negra e suas expressões.
A autora levanta uma questão: Por que mesmo os grupos teatrais e de dança,
que trabalham com cultura negra na apresentação cênica, tendo sido criados
antes de surgirem as escolas de artes, não integram os currículos dessas
instituições?
Para seguir nesta discussão a autora evoca autores de importantes ações, como
o nome de Abdias do Nascimento, que criou o TEN - Teatro Experimental do
Negro em 1944, além de outros tantos feitos como, por exemplo, os seus livros,
que contribuem muito ao debate das referências negras no campo das artes.
Ela segue citando alguns pesquisadores e autores cujas obras têm muito a
acrescentar a esta discussão.
Ela fala sobre a criação de uma arte que difere dos padrões e pensamento
europeu. Sobre ''escrever textos teatrais, tecnologias para as cenas, poéticas e
dramaturgias, técnicas de preparação corporal e expressão de atores e todos os
elementos que constituem a ação e produção teatral.'' Só que tudo isso a partir
de ''referencialidades culturais negras.''
A autora conta sobre os desafios que as artes cênicas negras encontram, por
exemplo, o desafio de continuar existindo, de que continuem os espaços de
formação. Ela fala também de como é importante a oralidade, o saber passando
através da fala, do contar, do ouvir.