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Resumo do artigo

Artes Cênicas Negras no Brasil

Nome: Rafael Bernieri Silvestrin


Resumo do artigo Artes Cênicas Negras no Brasil

A autora inicia o texto contextualizando a importância da contribuição de


pessoas negras e todo repertório cultural que engloba a história dessas pessoas.
Ela também define o que seria, para ela, as chamadas ''Artes Cênicas Negras'',
ou seja: ''os repertórios, iniciativas, poéticas, dramaturgias de formas
expressivas, criadas e difundidas enquanto teatro e dança produzidos por
pessoas negras''.

A nível histórico, ela fala sobre os povos negros escravizados que encontraram
na arte, na dança, nas lutas, uma maneira de resistir e existir. Mesmo que com
formas absurdas de punição pelo simples fato de exercer as suas crenças e
manifestar e expressar a sua cultura.

Ela explica que irá abordar as razões para que ainda hoje tenhamos tanta
dificuldade em assimilar e incorporar, dentro da universidade e ambientes
acadêmicos, a história negra e suas expressões.

A autora levanta uma questão: Por que mesmo os grupos teatrais e de dança,
que trabalham com cultura negra na apresentação cênica, tendo sido criados
antes de surgirem as escolas de artes, não integram os currículos dessas
instituições?

Para seguir nesta discussão a autora evoca autores de importantes ações, como
o nome de Abdias do Nascimento, que criou o TEN - Teatro Experimental do
Negro em 1944, além de outros tantos feitos como, por exemplo, os seus livros,
que contribuem muito ao debate das referências negras no campo das artes.

Ela segue citando alguns pesquisadores e autores cujas obras têm muito a
acrescentar a esta discussão.

Ela fala sobre a criação de uma arte que difere dos padrões e pensamento
europeu. Sobre ''escrever textos teatrais, tecnologias para as cenas, poéticas e
dramaturgias, técnicas de preparação corporal e expressão de atores e todos os
elementos que constituem a ação e produção teatral.'' Só que tudo isso a partir
de ''referencialidades culturais negras.''

Denuncia que apesar de novas proposições trazerem avanços, ainda existe


muita resistência de professores que carregam um pensamento racista que
deve ser eliminado e combatido.
Ela cita uma pesquisa que fala da produção de dança cênica durante a ditadura
militar, que argumenta que a dança cênica na Bahia é algo ainda recente e com
poucas fontes de documentação e estudo.

Discorre acerca da importância do acolhimento na dinâmica científica, pois


essas pessoas produzem uma arte que viabiliza significativas intervenções
dentro do plano da cidadania, e principalmente a promoção de uma auto-
estima e representação social.

A academia tem um papel importante em ser um atuante crítico ao que


acontece e também agir para que ocorra a mudança. O processo de registrar a
história da dança e do teatro negro ainda está se iniciando e deve continuar e
crescer cada vez mais.

A autora conta sobre os desafios que as artes cênicas negras encontram, por
exemplo, o desafio de continuar existindo, de que continuem os espaços de
formação. Ela fala também de como é importante a oralidade, o saber passando
através da fala, do contar, do ouvir.

Faz uma critica as universidades, que se são responsáveis pela formação de


futuros professores, são necessárias mudanças e comprometimento para que se
trabalhem disciplinas específicas que tratem dessas especificidades. Chegou o
momento de a universidade brasileira reconhecer os valores das artes negras e
dialogar com as outras áreas científicas, por exemplo, a Educação, a
Antropologia e a Filosofia. Focando em diminuir o abismo ainda existente, entre
o que acontece na realidade, e o que se estuda dentro da universidade.

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