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Índice

Introdução ............................................................................................................................................. 1
Processos, Formas e Técnicas de Leitura .............................................................................................. 2
LEITURA E ANALISE DO TEXTO ................................................................................................... 2
ELEMENTOS DA LEITURA .............................................................................................................. 6
MODALIDADE DA LEITURA ........................................................................................................... 7
ETAPAS DE LEITURA ....................................................................................................................... 8
FINALIDADE DA LEITURA............................................................................................................ 10
MOTIVAÇÃO PARA A LEITURA................................................................................................... 10
CONDIÇÃO PARA UMA BOA LEITURA PROVEITOSA ............................................................ 11
TÉCNICAS DE LEITURA ................................................................................................................. 12
MAUS HÁBITOS DE LEITURA ...................................................................................................... 14
ETAPAS DA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO TEXTO........................................................... 15
LOCAL DE ESTUDO ........................................................................................................................ 16
PREPARAÇÃO PARA AS PROVAS DE AVALIAÇÃO ................................................................. 17
Conclusão............................................................................................................................................ 19
Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 20
Introdução
O presente trabalho aborda sobre os processos, formas e técnicas de leitura, importa dizer que o
mesmo foi realizado através de pesquisas científicas e busca em alguns manuais de informação
como googleacademico.com.br…

O mesmo está estruturado em introdução, onde se espelha o que se vai abordar no trabalho,
desenvolvimento, onde veremos leitura e análise de textos, modalidades da leitura, etapas da
leitura, Finalidade da leitura, Motivação para a leitura, Condição para uma boa leitura proveitosa,
Técnicas de leitura, Maus hábitos de leitura, Etapas da análise e interpretação do texto, Local de
estudo e Preparação para as provas de avaliação, e por fim a conclusão.

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Processos, Formas e Técnicas de Leitura

LEITURA E ANALISE DO TEXTO

Os maiores obstáculos do estudo e da aprendizagem, em ciência e filosofia, estão directamente


relacionados com a correspondente dificuldade que o leitor encontra na exacta compreensão dos
textos teóricos.

Leitura

A palavra ler, etimologicamente, deriva do latim “Legere”, que significa ler, conhecer, descobrir,
interpretar as palavras que são lidas.

Denomina-se leitura a compreensão de uma mensagem codificada em signos visuais (geralmente


letras e palavras). O ensino e o incentivo da leitura representam, portanto, um objectivo básico de
todo sistema educativo.

Normalmente existem duas espécies de leitura: uma praticada por cultura geral ou
entretenimento desinteressado, que ocorre quando se lê uma revista ou um jornal; e outra que
requer atenção especial e profunda concentração mental, realizada por necessidade de saber,
como por exemplo, quando se lê um livro, um texto de estudo ou uma revista especializada.

Para que a leitura seja eficiente, eficaz e proveitosa, orienta-se dedicada atenção no que se está
lendo, caso contrário a leitura será superficial e, portanto, pouco entendida. Além de atenção, há
necessidade de velocidade na leitura. Pela orientação de Galliano (1986:70), ao ler um parágrafo,
o leitor deve fazer uma leitura rápida, obedecendo as pausas que, com um bom treinamento,
passam ser momentos de fixação.

A leitura, apesar da individualidade do ato realizado, é um ato social, pois existe um processo de
comunicação e de interacção entre o leitor e o autor do texto, ambos com objectivos
estabelecidos anteriormente dentro do contexto de cada um. Apesar de, aparentemente simples e

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tão natural, o processo de leitura possui uma complexidade que está subjacente porque depende
do processamento humano de informações e da cognição de quem lê.

O conhecimento textual faz parte do conhecimento prévio do leitor, e é uma das condições para
que haja compreensão de leitura, quanto mais habilidade e familiaridade o leitor possuir a
respeito de tipologias e estruturas textuais, mais facilidade ele terá na busca por compreensão.

Estudo do Texto

Para estudar um determinado texto, devemos fazê-lo como um todo até adquirir uma visão
global, para que possamos dominar e entender a mensagem que o autor pretendia relatar quando
escreveu.

Devemos compreender, analisar, interpretar e, para isso, temos que criar condições capazes de
permitir a compreensão, a análise, a síntese e a interpretação de seu conteúdo.

Analisar – consiste em decompor um texto completo em suas partes para melhor estudá-las.

Sintetizar – consiste em reconstituir o texto decomposto pela análise.

Interpretar – consiste em tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas no texto,
isto é, dialogar com o autor.

Análise

Para analisamos um texto devemos fazer por etapas, possibilitando por fim, a construção de um
raciocínio global, obedecendo a algumas etapas de análises:

 Análise Textual;
 Análise Temática Análise Interpretativa visa a interpretação, segundo situações das ideias
do autor, faz-se uma leitura analítica, objectivando o amadurecimento intelectual;
 Problematização visa o levantamento do problema relevante, para a reflexão pessoal e
discussão em grupo;
 Síntese Pessoal consiste na construção lógica de uma redacção, baseada na problemática
levantada pelo texto; E por fim conclui valorizando a leitura analítica como responsável
no desenvolvimento de posturas lógicas na vida do estudante-leitor.

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Análise Textual

Análise Textual é a leitura visando obter uma visão do todo, resolvendo todas as dúvidas
possíveis, e um esquema do texto. Para efectiva-la, inicialmente o leitor deve ler o texto do
começo ao fim, com o objectivo de uma primeira apresentação do pensamento do autor. Não há
necessidade dessa leitura ser profunda. Trata-se apenas dos primeiros contactos iniciais, quando
se sugere que já sejam feitas anotações dos vocábulos desconhecidos, pontos não entendidos em
um primeiro momento, e todas as dúvidas que impeçam a compreensão do pensamento do autor.

Após a leitura inicial, o leitor deve esclarecer as dúvidas assinaladas que, dirimidas, permitem
que o leitor passe a uma nova leitura, visando a compreensão do todo. Nesta segunda leitura,
com todas as dúvidas resolvidas, o leitor prepara um esquema provisório do que foi estudado,
que facilitará a interpretação das ideias e/ou fenómenos, na tentativa de descobrir conclusões a
que o autor chegou.

É necessário o leitor relembrar que análise significa estudar um todo, dividindo em partes,
interpretando cada uma delas, para a compreensão do todo. Quando se faz análise de texto,
penetramos na ideia e no pensamento do autor que originou o texto. Para que o estudo do texto
seja completo, temos que decompô-lo em partes e, ao fazê-lo, estamos efectuando sua análise.

Análise Temática

É aquela que procura ouvir o autor, apreender sem intervir, fazendo ao texto uma série de
perguntas, onde as respostas fornecem o conteúdo da mensagem, ou seja, é a compreensão e
apreensão do texto, que inclui: ideias, problemas, processos de raciocínio e comparações.
Deve-se recuperar:
 O tema do texto;
 O problema que o autor se coloca;
 A ideia central e as secundárias do texto.
É através do raciocínio que o autor expõe, passo a passo, seu pensamento e transmite a
mensagem. O raciocínio, a argumentação, é o conjunto de ideias e proposições logicamente
encadeadas, mediante as quais o autor demonstra sua posição ou tese.

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Análise Interpretativa

A análise interpretativa é a abordagem do texto com vista à sua interpretação, mediante a


situação das ideias do autor. A partir da compreensão objectiva da mensagem comunicada pelo
texto, o que se tem em vista é a síntese das ideias do raciocínio e a compreensão profunda do
texto não traria grandes benefícios.

Interpretar, em sentido restrito é tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas, é
superar a estrita mensagem do teto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a dialogar.

Problematização

É uma abordagem com vistas ao levantamento dos problemas para a discussão do texto, rever
todo o texto para se ter elementos para reflexão pessoal e debate em grupo.

Os problemas podem situar-se no nível das três abordagens anteriores; desde problemas textuais,
os mais objectivos e concretos, até mais difíceis problemas de interpretação, todos constituem
elementos válidos para a reflexão individual ou em grupo.

Deve-se, portanto:

 Ler atentamente o texto e questioná-lo, procurando encontrar as respostas para os


questionamentos iniciais. Assinalar em uma folha de papel os termos, conceitos, ideias
etc, que deverão ser pesquisados após a leitura inicial;
 Fazer a segunda leitura e, a partir daí, sublinhar a ideia principal, os pormenores mais
significativos, enfim, os elementos básicos da unidade de leitura.
Interpretação

Interpretar é tomar uma posição própria a respeito das ideias do autor, é ler nas entrelinhas, é
forçar o autor a um diálogo, é explorar as ideias expostas, é ter capacidade de compreensão e
crítica do texto.

Para realizar a análise interpretativa de um texto devemos realizar os seguintes procedimentos:

 Reler o texto, assinalando ou anotando palavras ou expressões desconhecidas, valendo-se


de um dicionário para esclarecer seus significados;

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 Relacione as ideias do autor com o contexto filosófico e científico de sua época e de
nossos dias;
 Faça a leitura das “entrelinhas” a fim de inferir o que não está explícito no texto;
 Adopte uma posição crítica, a mais objectiva possível, com relação ao texto. Essa posição
tem de estar fundamentada em argumentos válidos, lógicos e convincentes;
 Faça o resumo do que estudou;
 Discuta o resultado obtido no estudo.
Síntese Textual

A leitura analítica serve de base para o resumo ou síntese do texto ou livro. Entende – se que é a
apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto.

Esta é uma etapa que você só pode fazer se já tiver um bom acúmulo de leituras sobre o tema,
conhecendo bem o assunto, tendo lido outros autores sobre o que foi estudado e conhecendo as
críticas que se fazem àquele autor e àquelas ideias, após essa análise você pode começar a
problematizar o texto. Na prática, isso significa levantar e discutir problemas com relação à
mensagem do autor.

ELEMENTOS DA LEITURA
Os elementos podem aparecer de modo explícito ou implícito, dependendo de como o autor os
apresenta. Alguns são facilmente identificáveis, não tendo o leitor grandes dificuldades para
encontra-los. Outros, ao contrário, exigem mais esforço, mais leituras, análise mais profunda,
reflexão, e, as vezes, pesquisas de outras fontes para o melhor entendimento da mensagem do
autor.

Elementos a serem observados nesta fase:

 Referências bibliográficas, credenciais do autor;


 Tema, problema, hipóteses e metodologia que, as vezes, são explicitados na introdução;
 Estrutura do plano do trabalho ou texto;
 Vocabulário, estilo, forma;
 Factos históricos, fenómenos, acontecimentos;
 Modelo teórico, doutrina, teorias;
 Ideias principais e secundárias;

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 Afirmações de fatos e normativas,
 Juízos de valor;
 Conclusões ou afirmações.

MODALIDADE DA LEITURA

Para a leitura é necessário as seguintes modalidades:

Leitura silenciosa, após certo domínio da escrita alfabética, é importante incentivar sempre essa
prática, pois é fundamental, para que a compreensão do texto, esse contacto individual entre
texto e leitor quando suas habilidades, suas estratégias de leitura serão colocadas à prova.

Leitura em voz alta, toda proposta de leitura em voz alta precisa fazer sentido dentro da
actividade na qual se insere e o aluno deve sempre poder ler o texto silenciosamente, com
antecedência, uma ou várias vezes.

Leitura dramatizada, encontro entre a expressão verbal e a não verbal na construção do sentido
de um texto. Contribui para a desinibição do educando, para a expressão dos seus sentimentos,
para o desenvolvimento da inteligência corporal.

Leitura dirigida, solicitar, por exemplo, que o educando leia o trecho de que mais gostou que
mais o emocionou, que transmitiu determinada ideia, etc.

Leitura interrompida trata-se de interromper a leitura para fazer um questionamento a respeito


das ideias e das características do discurso até então apresentado. Uma prática importante
principalmente quando se está lendo um texto razoavelmente longo.

Leitura colaborativa, actividade em que o professor lê um texto com a turma e, durante a


leitura, questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que possibilitam a atribuição de
determinados sentidos.

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ETAPAS DE LEITURA

Aprender a ler criticamente envolve desenvolver a capacidade de entender com clareza as idéias
do autor. Envolve também passar a avaliar e questionar seus argumentos, bem como, as
evidências utilizadas para suportá-los. Finalmente, envolve a capacidade de formar e justificar as
próprias opiniões como leitor.

Para ler dessa maneira é preciso que sejam desenvolvidas habilidades que normalmente não são
necessárias quando obtemos informação de forma passiva. É comum dividir a tarefa de leitura
crítica em quatro etapas:

1. Antes da leitura: Leia o material “na diagonal” apenas para descobrir do que trata e qual
seria o argumento central. Esta etapa inclui a leitura da introdução ou do resumo, caso
existam.
2. Durante a leitura: Sublinhando ou grifando partes do texto e fazendo anotações
estabelece-se um diálogo com o autor, localizando suas ideias mais importantes e
registando nossas dúvidas.
3. Após a leitura: Uma revisão das anotações permite uma visão do conjunto do texto. Para
tornar o entendimento do texto ainda mais sólido pode-se escrever um resumo.
4. Resposta ao texto: Após desenvolver uma visão clara dos métodos e argumentos do
autor já se pode analisá-los e desenvolver suas próprias ideias. Esta nova visão crítica
pode então ser documentada na forma de um ensaio crítico.

A partir disso você poderá formular suas próprias ideias e identificar aquilo com que concorda
ou discorda do autor.

Anotação de leitura

A leitura crítica é um diálogo com o autor no qual o leitor responde ao texto e também o
questiona.

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Leitura crítica

1. Questão principal no capítulo ou secção;

2. Conceitos fundamentais e suas descrições;

3. Conclusões importantes;

4. Trechos confusos e falácias;

5. Evidências;

6. Opiniões do autor;

7. Suposições questionáveis ou problemáticas;

8. Implicações importantes dos argumentos apresentados.

Crítica do texto

Ler criticamente consiste em questionar aquilo que se lê. Significa pensar sobre o que o autor
deseja que você acredite, pensar sobre como o autor tenta convencê-lo.

Na análise crítica de um texto é essencial que abordemos:

1. Autoridade do autor. Procure por informações biográficas, em particular, a formação


académica, filiação política e experiências de vida. Este conjunto de informações
permitirá que você atribua um grau de credibilidade do autor.
2. Estrutura lógica da argumentação. Procure determinar no que o autor deseja que você
acredite e verifique se a cadeia argumentativa é válida e se as evidências apresentadas
realmente sustentam as afirmações proferidas.
3. Estratégias utilizadas para conquistar o leitor. Fique atento ao uso de linguagem
emocional. Procure identificar possíveis vezes de interpretação que se devam
exclusivamente ao uso de argumentações com apelo emocional.
4. Linguagem utilizada, escolha de palavras e conotações. Procure entender as
motivações do autor ao escolher uma particular palavra em meio a suas alternativas.

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FINALIDADE DA LEITURA

A leitura pode-se atender as finalidades seguintes:

1. É uma preciosa fonte de informação;


2. É uma excelente actividade de lazer;
3. É uma actividade de fundamental importância para o estudante aprender;
4. É uma actividade básica na formação cultural da pessoa;
5. É uma actividade diária.

MOTIVAÇÃO PARA A LEITURA


É fundamental perceber qual o papel que a componente motivacional desempenha na
competência das pessoas, sendo esse o objectivos central deste estudo. Inicialmente, será feita
uma revisão teórica, focando os aspectos mais pertinentes acercado tema deste trabalho, ou seja,
deve-se olhar de forma breve para a Leitura e Hábitos de Leitura, de forma a dar o “pontapé de
saída”, para a motivação para a leitura e o seu desenvolvimento, tendo especial atenção aos
efeitos que se fazem sentir à medida que as pessoas, alunos avançam na sua escolaridade, assim
como aos efeitos da variável género na motivação para a leitura.

Posteriormente, passaremos à problematização da temática em questão, explicitando os


objectivos hipóteses que orientam este trabalho de investigação. Após este enquadramento,
focar-nos-emos no método de trabalho, através da descrição do tipo de estudo, escolha e
características dos participantes que compõem a amostra, descrição dos instrumentos e
procedimentos de recolha de dados, assim como da análise que será efectuada aos dados
recolhidos.

De seguida, serão apresentados os resultados encontrados, seguidos da respectiva discussão,


procurando estabelecer uma relação entre os resultados obtidos e os resultados esperados, tendo
em conta a revisão teórica efectuada, assim como possíveis implicações dos resultados,
limitações do estudo e possíveis linhas de investigação futuras que se mostrem relevantes de
serem exploradas.

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CONDIÇÃO PARA UMA BOA LEITURA PROVEITOSA

Para que a leitura tenha um resultado satisfatório, ou seja, proveitosa, algumas considerações
devem ser levadas em conta:

 Atenção - aplicação cuidadosa da mente ou espírito em determinado objecto, para haver


entendimento, assimilação e apreensão dos conteúdos básicos encontrados no texto.
Intenção - interesse ou propósito de conseguir algum proveito intelectual através da
leitura;
 Reflexão - consideração e ponderação sobre o que se lê, observando todos os ângulos,
tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e relações. Favorece a
assimilação de ideias alheias, o esclarecimento e o aperfeiçoamento das próprias, além
de ajudar a aprofundar conhecimentos.
 Espírito crítico - avaliação de um texto. Implica julgamento, comparação, aprovação ou
não, aceitação ou refutamento das colocações e pontos de vista Permite perceber onde
está o bom ou o verdadeiro, o fraco, o medíocre ou o falso. Ler com espírito crítico
significa ler com reflexão, não admitindo idéias sem analisar, ponderar; nem proposições
sem discutir; nem raciocínio sem examinar. É emitir juízo de valor;
 Análise - divisão do tema no maior número de partes possível, determinação das
relações entre elas e entender sua organização. Segundo Bloom (1971 :119), "as
capacidades que requer a análise estão situadas em um nível mais alto que as necessárias
para compreensão e aplicação";
 Síntese Velocidade - reconstituição das partes decompostas pela análise e resumo dos
aspectos essenciais, deixando de lado o secundário e o acessório, mas dentro de uma
sequência lógica de pensamento;
 Velocidade - certo grau de velocidade, mas com eficiência, faz-se necessário, deve-se ler
rápido, mas de modo a entender o que se lê, visando ao bom aproveitamento.

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TÉCNICAS DE LEITURA

Existem diferentes formas de ler e estudar um texto. A que será dada ênfase às técnicas de
sublinhar, de esquematizar, de resumir e de documentar.

Técnica de sublinhar

A técnica de sublinhar implica em destacarmos no texto as ideias principais. É uma forma de


estudo muito utilizada e muito recomendada pelos autores de Metodologia Científica.
Infelizmente, é uma técnica muito mal utilizada e, às vezes, realizada pelo estudante por mera
obrigação, não vendo sentido e utilidade. Tenho observado, ao longo de minha vida docente e
através dos livros didácticos de filhos, sobrinhos e alunos, que o leitor sublinha praticamente
quase todas as frases de um determinado tópico. Será que tudo era tão importante ou, talvez, o
leitor não havia conseguido identificar qual era a ideia ou as ideias mais relevantes do autor?

Autores, como Salomon (2004), Ruiz (1990), Lakatos e Marconi (1991), Medeiros (1991), entre
outros, sugerem alguns procedimentos para a actividade de sublinhar:

 Ler o texto para tomar conhecimento do assunto;


 Esclarecer dúvidas quanto ao vocabulário, termos técnicos, etc;
 Reler o texto para identificar as ideias principais, as palavras-chave. Atenção para as
palavras coesivas (mas, porém, entretanto, no entanto...);
 Reconstruir o parágrafo a partir das palavras e expressões sublinhadas;
 Assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, as ideias mais significativas;
 Destacar com um ponto de interrogação, à margem do texto, as discordâncias,
argumentos discutíveis e passagens obscuras;
 Ler o que foi sublinhado para verificar se há sentido; e
 Reconstruir o texto, em forma de esquema ou de resumo, tomando as palavras
sublinhadas como base.

Outra forma de sublinhar é com canetas, utilizando cores diferentes para estabelecer um código
particular. Por exemplo:

 Cor amarela: para as ideias principais;

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 Cor azul: para as ideias secundárias;
 Cor verde: para as ideias obscuras e os argumentos discutíveis.

O mais importante é você adoptar a sua técnica de sublinhar aquilo que mais lhe convier! É
estabelecer um padrão de comportamento e segui-lo.

Técnica de esquematizar

Esquema é um registo dos principais pontos de um texto. Deve ter, segundo Salomon (2004),
as seguintes características:

 Fidelidade ao texto original: o autor do resumo deve manter as ideias do autor do


texto, mesmo quando fizer uma paráfrase. No caso de transcrição ipis literis*, deve
citar a página de onde foi extraída a informação.
 Estrutura lógica do assunto: a partir da ideia principal e dos detalhes importantes
você pode organizar as ideias partindo das mais importantes para as menos
importantes
 Adequação ao assunto estudado e funcionalidade: esta característica significa que
quanto mais complexo o texto, mais complexo o esquema. Para assuntos com menos
profundidade, o esquema consequentemente é mais simples, apresentando somente
palavras-chave.
 Utilidade de seu emprego: como instrumento de estudo, o esquema deve ser útil,
isto é, deve facilitar seu retorno ao texto, para revisão, sobretudo quando próximo da
avaliação, e para elaboração de trabalhos académicos.
 Cunho pessoal: você pode desenvolver seu modelo de esquema, conforme suas
tendências, hábitos, cultura, recursos e experiência pessoal. Por isso, um mesmo texto
estudado por duas pessoas pode apresentar esquemas diferentes.

Técnica de resumir

Resumir é colocar em poucas palavras o que o autor expressou em um texto mais longo. Para
resumir você utiliza as mesmas técnicas de sublinhar e elaborar esquemas.

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O processo é o mesmo: ler inicialmente o texto, buscar compreensão das palavras desconhecidas
e sublinhar as palavras-chave, como foi exposto anteriormente. Com base nas palavras
sublinhadas você elabora o resumo.

A técnica da documentação de estudo

A documentação é mais um registo e uma técnica na arte de estudar e deve ser constante em sua
vida académica, é uma forma de registar informações e/ou o conhecimento construído a partir da
leitura dos textos.

Salomon (2004) afirma que são três as principais razões para utilizarmos essa técnica:

 Instabilidade da memória;
 Volume de informações;
 Desenvolvimento dos meios de comunicação.

MAUS HÁBITOS DE LEITURA

1. Ficar voltando ao que já foi lido

Consiste em ficar voltando no texto para rever o que já foi lido. Isso torna a leitura mais lenta e
prejudica a compreensão, pois, segundo Tierno, “o pensamento fica fragmentado, perde-se a
ideia geral do que se está lendo e a concentração diminui”.

2. Ficar repetindo, em voz alta ou mentalmente, cada palavra que lê

Ler em voz alta ou acompanhar a leitura com movimentos labiais é uma péssima prática.
“Detendo-se em cada palavra e vocalizando-a, nossa atenção desvia do fundamental, ou seja, de
captar as ideias principais”, diz o autor.

O mesmo ocorre quando pronunciamos mentalmente as palavras, sem emitir nenhum som
(hábito conhecido como subvocalização). A ideia de uma leitura eficaz é passar rapidamente os
olhos pelas linhas, sem ficar parando a cada palavra.

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Ao lê-las em voz alta ou mentalizá-las, uma por uma, deve-se fazer justamente o oposto. Assim,
obrigue-se a ler em silêncio e acostume-se a captar ideias, e não palavras.

3. Ficar se mexendo muito enquanto lê

Ler em uma posição desconfortável ou ficar fazendo movimentos com a cabeça, o pescoço ou os
braços – o que inclui acompanhar a leitura com o dedo ou um lápis – são características do mau
leitor.

ETAPAS DA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

É preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma abordagem eficaz de um texto:

1. Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos
prévios sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você
pegar um texto do 3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar
dificuldades para entender o assunto, porque você não tem conhecimentos prévios que
possam embaçar a leitura;
2. Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com
informações novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor
“prende” a informação nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do
texto. É costume dizer: “Eu entendi, mas não compreendi”. Isso significa dizer que quem
leu entendeu o significado das palavras, a explicação, mas não as justificativas ou o
alcance social do texto;
3. Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de
compreendê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de
fato). É formada então o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A
interpretação supõe um novo texto. Significa abertura, o crescimento e a ampliação para
novos sentidos.

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LOCAL DE ESTUDO

É muito importante ter um local propício para os estudos, porém, cada local possui vantagens e
desvantagens, e a pessoa deve encontrar o ambiente que melhor se adeqúe às suas necessidades.

Estudo em casa

Ter a casa como local de estudo tem algumas vantagens como o conforto, disponibilidade de
materiais, alimentação, banheiro, flexibilidade de horários e desnecessidade de perda de tempo
com deslocamento.

Por outro lado, exige mais disciplina do candidato e cooperação da família. A casa é um
ambiente infestado de elementos de distracção, como televisão, som, sofá, cama e ruídos
externos.

Estudo no quarto

Não adianta ter um quarto de estudos todo equipado e ser incomodado o tempo todo pelo barulho
dos familiares, vizinhos, gato, cachorro e trânsito. Assim como não adianta ter um ambiente
silencioso em casa, mas interromper os estudos toda hora para dar uma olhada no Facebook,
Twitter, WhatsApp ou ver só uma parte da novela.

Além disso, a luta é constante contra a preguiça. Quando o sofá ou a cama estão próximos,
parece que o sono aumenta.

Estudo na biblioteca

Ter a biblioteca como local de estudo tem como grande vantagem o ambiente propício ao estudo.
Todo mundo está ali para estudar. Todo mundo tem o mesmo objectivo e não existe a opção de ir
ver TV ou dormir.

O local favorece a concentração e a disciplina, e a presença de outras pessoas estudando para


concursos públicos incentiva e motiva o concurseiro a estudar mais. Acaba acontecendo uma
competição implícita de quem fica lá mais tempo.

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Por outro lado, há desvantagens, como a perda de tempo com deslocamento, necessidade de
carregar o material de estudo, adequação ao horário de funcionamento e desconforto.

Além disso, a biblioteca não é um local livre de elementos de distracção. Muitos optam por
estudar em grupo, aí o estudo pode se perder no meio de brincadeiras e conversas sobre outros
assunto. E também não adianta o candidato estudar em cabine individual, mas com o celular do
lado.

PREPARAÇÃO PARA AS PROVAS DE AVALIAÇÃO

1. Planeje seu horário

Deve-se separar um tempo só para estudar e, de preferência, que não seja um dia antes da prova.
Isso vai te ajudar a processar todo o conteúdo, a estudar com tranquilidade e concentração.

Quando nos programamos, sobra tempo para os imprevistos. Então, se necessário, dá tempo de
revisar alguns pontos sobre os quais você ainda não tenha total segurança.

Deve-se fazer um calendário com o plano de provas e programe na semana quais capítulos,
tópicos e exercícios vai estudar.

Deve-se dar prioridade para os conteúdos mais difíceis, isso evita que se deixe para depois e não
tenha tempo de estudar com a dedicação necessária a matéria que exige mais atenção.

2. Dê tempo para sua mente absorver a informação

Deve-se fazer intervalos para que o cérebro tenha tempo de absorver a informação que acabou de
aprender.

Estude 30 minutos e descanse a mente por 10 minutos, pode aproveitar para tomar um café, dar
uma volta e relaxar um pouco.

3. Molde seus estudos de acordo com o tipo de prova

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A primeira coisa é: perguntar ao professor quais métodos ele pretende usar na avaliação. Com
isso você pode simular sua prova.

Por exemplo, se a prova é cheia de problemas, deve-se estudar resolvendo problemas; se a prova
é dissertativa treine respostas dissertativas; se é verdadeiro ou falso, pense em questões que
podem ser formuladas dessa maneira.

4. Descubra o melhor estilo de aprendizagem para você

Cada indivíduo absorve informação de uma forma. Para os que são visuais, estudar por meio de
imagens é a melhor maneira. Já os auditivos podem gravar a própria voz ditando as anotações ou
até mesmo gravar as aulas do professor e ouvi-las posteriormente. Tem pessoas, por exemplo,
que são aprendizes físicos, então a alternativa é ensinar o estudo para si mesmo de forma mais
dinâmica, caminhando, movendo-se, literalmente.

Tente entender o tópico como um todo e organize suas anotações por tema ou data.

5. Escreva tudo à mão

Quando se pega uma caneta e escreve palavra por palavra, a fixação e atenção àquele conteúdo é
muito maior. Por isso, escrever à mão é mais eficiente para reter as informações.

6. Estude em grupo

Estudar em grupo é uma excelente opção para esclarecer dúvidas e ampliar a informação que nos
seus estudos individuais você deixou passar batido.

No entanto, reunir-se com o pessoal pode ser um tanto dispersivo, fazendo com que seu foco
mude e as informações não sejam fixadas em sua memória. Além disso, muitas opiniões, até
mesmo outras dúvidas e palpites podem te confundir. Então, faça essa reunião de forma
equilibrada e bem objectiva.

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Conclusão

Com o trabalho conclui-se que primeiro momento da interpretação, busca-se determinar até que
ponto o autor conseguiu atingir, de modo lógico, os objectivos que se propusera alcançar,
pergunta-se até que ponto o raciocínio foi eficaz na demonstração da tese proposta e até que
ponto a conclusão a que chegou está realmente fundada numa argumentação sólida e sem falhas,
coerente com as suas premissas e com árias tapas percorridas.

Também conclui-se que a leitura constitui-se em um dos factores decisivos do estudo e


imprescindível em qualquer tipo de investigação científica. A leitura propicia a ampliação de
conhecimentos, abre horizontes na mente, aumenta o vocabulário, permitindo melhor
entendimento do conteúdo das obras.

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Referências Bibliográficas

ALMEIDA, L. e FREIRE, T. (2000). Metodologia da Investigação em psicologia e Educação.2ª


Edição, Editora Psiquilibrios.

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria, Metodologia do trabalho Científico.


7ª Edição, Editora Atlas, São Paulo (2015). Pag. ()

hppts//:www.googleacademico.com.br

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