Controle • Na Administração Pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro. • Pode se manifestar sob diferentes tipos.
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Classificação Geral dos Controles QUANTO AO QUANTO AO QUANTO AO QUANTO À ALCANCE ÓRGÃO MOMENTO NATUREZA • Externo • Hierárquico • Prévio (a • De legalidade • Interno • Finalístico priori) • De mérito • Administrativo • Concomitante ou Interno (pari passu) • Legislativo ou • posterior (a Parlamentar posteriori) • Judicial • Externo popular
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Controle Hierárquico • Resulta automaticamente do escalonamento vertical dos órgãos do Executivo. – Os órgãos de cúpula têm sempre o controle pleno dos subalternos, independente de norma que o estabeleça. – Pressupõe as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades controladas.
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Controle Finalístico • Prescrito em norma legal, é estabelecido para as entidades autônomas (Administração Indireta), indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. – É um controle limitado e externo e não tem fundamento hierárquico, porque não há subordinação. – Exemplo: supervisão ministerial.
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Controle Interno Versus Externo • Controle interno: é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria Administração. • Controle externo: é o que se realiza por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado. – Exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio dos TCs. – Exemplos: • Apreciação de contas pelo Tribunal de Contas; • Anulação de ato administrativo por decisão judicial; • A sustação de ato normativo do Executivo pelo Legislativo (Art. 49, V, CF/88: “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”).
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Controles Em Relação Ao Momento • Controle preventivo ou prévio (a priori): é o que antecede a conclusão ou operatividade do ato, como requisitos para sua eficácia. Exemplo: Senado Federal autoriza a União a contrair empréstimo externo. • Controle concomitante ou sucessivo (pari passu): é todo aquele que acompanha a realização do ato para verificar a regularidade de sua formação. Exemplo: realização de auditoria durante a execução do orçamento; • Controle subsequente ou corretivo (a posteriori): é o que se efetiva após a conclusão do ato controlado, visando a corrigir-lhe eventuais defeitos, declarar sua nulidade ou dar-lhe eficácia. Exemplo: homologação na licitação
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Controle Externo Popular • É o previsto no art. 31, § 3º, da CF/88, determinando que as contas dos Municípios (Executivo e Câmara) fiquem, durante 60 dias, anualmente, “à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, podendo questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei”.
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Controle Legislativo • É exercido pelos órgãos legislativos (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores) ou por comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo na dupla linha da legalidade e da conveniência. – Caracteriza-se como um controle eminentemente político, indiferente aos direitos individuais dos administrados, mas objetivando os superiores interesses do Estado e da comunidade.
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Controle Administrativo • É todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos demais Poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando a mantê-las dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas e econômicas de sua realização. – É um controle de legalidade e de mérito.
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Controle da Legalidade Ou Legitimidade • É o que objetiva verificar unicamente a conformação do ato ou do procedimento administrativo com as normas legais que o regem. – Este controle pode ser exercido: • Pela Administração (de ofício ou mediante recurso); • Pelo Legislativo (casos expressos na CF); e • Pelo Judiciário (através da ação adequada). – Neste controle o ato pode ser anulado.
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Controle de Mérito • É todo aquele que visa à comprovação da eficiência, do resultado, da conveniência do ato controlado. – Este controle compete normalmente à Administração e em casos excepcionais, expressos na Constituição, ao Legislativo (art. 49, IX e X), mas nunca ao Judiciário.
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Controle Judiciário ou Judicial • É o exercido privativamente pelos órgãos do Poder Judiciário, sobre os atos administrativos do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário quando realiza atividade administrativa. – É um controle a posteriori, unicamente de legalidade, por ser restrito à verificação da conformidade do ato com a norma legal que o rege.
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Caiu em Concurso (Ano: 2018 - Banca: FUMARC - Órgão: PC-MG) Sobre o controle administrativo da Administração Pública, NÃO é correto afirmar: a) É um controle de legalidade e de mérito. b) Pode ocorrer por iniciativa da própria administração, mas não pode ser deflagrado mediante provocação dos administrados. c) Quanto à natureza do órgão controlador, se divide em legislativo, judicial e administrativo. d) Tem por finalidade confirmar, alterar ou corrigir condutas internas, segundo aspectos de legalidade ou de conveniência para a Administração.
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Caiu em Concurso (Ano: 2018 - Banca: VUNESP - Órgão: PC-SP) Sobre controle externo da Administração Pública, é correto afirmar que a) Não alcança os atos administrativos vinculados. b) Inclui-se na competência do Poder Judiciário, com auxílio dos Tribunais administrativos. c) Não alcança os atos administrativos discricionários. d) Inclui-se na competência do Poder Legislativo, com auxílio dos Tribunais de Contas. e) Inclui-se na competência do Poder Executivo, com auxílio da Corregedoria.
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Referência • Ato vinculado: – Sujeito às determinações legais, adstrito à previsão legal. – O administrador público não tem liberdade, não faz juízo de valor nem de conveniência e oportunidade. – Preenchido os requisitos legais, a autoridade é obrigada a praticar o ato. • Ato discricionário: – A lei permite juízo de valor. O grau de liberdade é delimitado pela lei. O administrador deve avaliar os critérios de conveniência e oportunidade. – Em regra, apenas os requisitos do motivo e o objeto são discricionários. Os requisitos de competência, finalidade e forma continuam vinculados.
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Caiu em Concurso (Ano: 2018 - Banca: UFPR - Órgão: UFPR) A administração pública adota diversas formas de controle interno em suas atividades. Assinale a alternativa que apresenta o adequado conceito relacionado a esses tipos de controle. a) Controle preventivo é aquele em que há o acompanhamento da realização do ato, verificando a sua regularidade. b) Controle corretivo é o exercido após a finalização de um ato, fornecendo autenticidade ao trabalho. c) Controle sucessivo é executado antes da conclusão de um ato, utilizando-se de ferramentas de projeção de dados e comparações entre os resultados previstos e realizados. d) Controle político é o que se aplica especificamente às contas contábeis relativas ao fluxo de caixa e ao patrimônio da organização. e) Controle financeiro é aquele aplicado à legalidade dos atos, permitindo que se avaliem os atos administrativos.
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Caiu em Concurso (2018 - Banca: FCC - Órgão: TRT - 6ª Região (PE)) Considere os itens: I. Ato vinculado; II. Ato discricionário. No que concerne aos itens apresentados, a) Ambos se submetem a controle interno e externo, este exercido tanto pelo Poder Legislativo, por meio do Tribunal de Contas, como pelo Poder Judiciário. b) O item I submete-se a controle interno e externo; o item II a controle interno apenas, que é denominado autotutela. c) Ambos se submetem a controle externo e interno, sendo o controle interno de menor amplitude e extensão que o externo, pois limitado a questões de conveniência e oportunidade. d) O item I submete-se a controle externo; o item II não, pois os atos discricionários, por envolverem juízo de conveniência e oportunidade, afastam o controle de legalidade pelo Poder Judiciário. e) O item II submete-se a controle externo; o item I não, pois os atos vinculados, por envolverem juízo de conveniência e oportunidade, afastam o controle de legalidade pelo Poder Judiciário.
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Caiu em Concurso (2018 - Banca: UERR - Órgão: SETRABES) Sobre as categorias de controle da Administração: I – O controle administrativo é fundamentado no poder de autotutela que a Administração exerce sobre os seus próprios atos. Tem como objetivos a confirmação, correção ou alteração de comportamentos administrativos. II – O controle legislativo é realizado no âmbito dos parlamentos e dos órgãos auxiliares do Poder Legislativo. Abrange apenas o controle político sobre o próprio exercício da função administrativa. III – O controle judicial das atividades administrativas é realizado de ofício, podendo ser prévio ou posterior. Por provocação Estão corretas apenas as afirmativas constantes nos itens: a) I. b) I e II. De ofício: sem a necessidade de c) II. pedido pela parte interessada. d) I e III. e) III.