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Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 1

Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem


histórica ou mitológica
As expressões idiomáticas estão
presentes em todas as línguas e
culturas e caracterizam-se por não ser
possível identificar seu significado
apenas através do sentido literal das
palavras que as compõem.

As religiões, mitologias e a própria


Os doze trabalhos de Hércules, painel lateral de um sarcófago da Coleção Ludovisi.
história costumam representar ricas
fontes para geração de expressões
idiomáticas, que são preservadas através das gerações. Na cultura lusófona, muitas expressões referem-se
especialmente a episódios da mitologia greco-romana, das religiões judaica e cristã e da história do mundo ocidental.
Segue-se uma lista de expressões geradas a partir destas fontes, acompanhadas de uma breve explicação para sua
origem e significado:

Origem mitológica
• trabalho de Sísifo - tarefa exaustiva, interminável e inútil.
Origem: Na mitologia grega, Sísifo, rei de Corinto, era
considerado o mais astuto de todos os mortais. Após ter
provocado a ira de Zeus por denunciar o rapto da mortal
Egina, Sísifo escapou algumas vezes de Tânato, o deus da
Morte, através de engenhosos ardis. Muito depois Hermes
logrou levá-lo ao Hades, onde foi condenado, por toda a
eternidade, a rolar até o cume de uma montanha uma grande
pedra, que, ao alcançar o topo, despenca novamente
montanha abaixo. [1]

• esforço hercúleo ou titânico – esforço gigantesco, além (ou no


limite) das possibilidades humanas.
Origem: Héracles (nome original grego) ou Hércules
(nome romano) era um herói e semi-deus, filho de Zeus e da Sísifo, de Tiziano, 1549.
mortal Alcmena e um importante personagem da mitologia
greco-romana. Dotado de coragem e força descomunais, participou de inúmeros episódios heróicos,
destacando-se seus famosos doze trabalhos.
Os Titãs eram criaturas formidáveis, descendentes do Céu, Urano e da terra, Gaia e destacam-se entre os seres
que enfrentaram Zeus e os deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Dentre os mais famosos titãs
(masculinos) e titânides (femininos), podem-se mencionar Atlas, Hiperião, Prometeu, Reia e Tétis.
• bicho de sete cabeças – enorme ameaça ou dificuldade, requerendo grande coragem e/ou astúcia para ser
superada.
Origem: A expressão tem origem discutida, mas destacam-se duas interpretações. A primeira sustenta que sua
origem está na mitologia grega, mais precisamente na história da Hidra de Lerna, uma monstruosa serpente
com sete (ou nove) cabeças que se regeneravam mal eram cortadas e exalavam um vapor que matava quem
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 2

estivesse por perto. A morte da Hidra foi o segundo dos famosos doze trabalhos de Hércules. [2]
De acordo com uma segunda teoria, a expressão seria uma referência à primeira das duas bestas do Apocalipse
de São João, descrita como um monstro de sete cabeças e dez chifres. [3] [4]
• entre Cila e Caríbdis – entre duas formidáveis ameaças, sem
chance de escapar e/ou sem saber qual das duas é o mais
perigosa.
Origem: Na tradição mitológica grega, Cila e Caríbdis era
dois monstros marinhos que moravam nos lados opostos do
estreito de Messina, que separa a Itália da Sicília, e
personificavam os perigos da navegação perto de rochas e
redemoinhos. Cila, que já fora uma bela ninfa, era uma
devoradora de homens. No cimo do rochedo oposto ao de
Cila, em frente a uma gruta onde Caríbdis se escondia,
erguia-se uma figueira negra. Três vezes por dia, Caríbdis
saía da gruta e sorvia as águas do mar, para depois cuspi-las,
num turbilhão[5]. Quando Odisseu passou pelo estreito de
Messina, depois da guerra de Troia, foi arrastado pelo
turbilhão de Caríbdis, após um naufrágio provocado pelo
Odisseu lutando contra Cila e Caribdis, de Heinrich
sacrilégio cometido contra os bois de Hélio. Conseguiu,
Füssli porém, agarrar-se à figueira e depois a um mastro do navio
naufragado, logrando escapar e prosseguir sua viagem de
volta à Ática[6].

• calcanhar de Aquiles - ponto vulnerável, físico, moral ou


intelectual.
Origem: Aquiles foi um semi-deus e herói da mitologia grega,
considerado o maior guerreiro da Guerra de Troia e o personagem
principal da Ilíada, de Homero. Quando Aquiles nasceu, sua mãe
Tétis mergulhou seu corpo no rio Estige para torná-lo imortal;
ficou, no entanto, vulnerável no calcanhar, parte do corpo pelo
qual ela o segurava. No final da guerra contra Troia, Aquiles foi
efetivamente morto por uma flechada no calcanhar, desferida por
Páris, príncipe troiano. [7]

• toque de Midas - capacidade de enriquecimento fácil, que pode se


voltar contra o beneficiado, como castigo por sua ambição
desmedida.
Origem: Midas foi um personagem da mitologia grega, rei da
cidade frígia de Pessinus. Após ter libertado Sileno, mestre e pai Ajax carrega o corpo de Aquiles, Coleções
Estatais de Antiguidades
de criação do deus Dionísio, recebeu, como recompensa que ele
próprio escolhera, o dom de transformar qualquer coisa em ouro,
pelo simples toque. Este dom mostrou-se trágico quando Midas percebeu que nunca mais poderia comer nem
beber nada. Desesperado, quase morrendo de fome, Midas implorou a Dionísio que lhe retirasse o terrível
dom. [8]
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• belo como um Adônis - jovem de extrema beleza, disputado


pelas mulheres.
Origem: Adônis, na Mitologia grega, era um príncipe que
nasceu das relações incestuosas que o rei Cíniras de Chipre
manteve com a sua filha Mirra. Devido à sua extrema
beleza, Adônis despertou o amor das deusas Perséfone e
Afrodite, que passaram a disputar sua companhia, tendo
finalmente que submeter-se à sentença de Zeus. Este
estipulou que Adônis passaria um terço do ano com cada
uma delas, mas Adônis, que preferia Afrodite, permanecia
com ela também o terço restante. Como no terço
correspondente a Perséfone (esposa de Hades, deus do
mundo inferior) Adônis ficava com ela no submundo, nasce
desse mito a ideia do ciclo anual da vegetação, com a
semente que permanece sob a terra por quatro meses.

• leito de Procrusto - aplicação arbitrária de uma medida única;


sujeição forçada à opinião ou vontade de outrem.
Origem: Procrusto (ou Procusto) era um bandido da Ática,
Adônis, torso romano no museu Louvre
famoso pelas torturas que infligia aos viajantes a que
oferecia hospedagem, até que ficassem da medida de um
leito de ferro que havia em sua casa. Se os hóspedes fossem mais altos, ele os amputava; se eram mais baixos,
eram esticados até atingirem o comprimento correto. Ninguém sobrevivia, pois nunca uma vítima se ajustava
exatamente ao tamanho da cama. Mais tarde, foi morto por Teseu, que lhe aplicou seu próprio castigo [9] [10].
Curiosamente, a tradição rabínica menciona que um dos crimes cometidos contra os forasteiros pelos
habitantes de Sodoma era quase idêntico ao de Procusto, dizendo respeito à cama de Sodoma (mitat s'dom) na
qual os visitantes da cidade eram obrigados a dormir. [11]

• tomar a nuvem por Juno - iludir-se; tomar os desejos por realidade.


Após apiedar-se de uma punição aplicada ao vilão Íxion, criador de cavalos, Zeus convidou-o para um
banquete no Olimpo. Tendo-se embriagado pelo néctar, Íxion passou a assediar Hera (Juno, na mitologia
romana), a própria mulher de seu anfitrião. Ao perceber as intenções do visitante, Hera alertou o esposo a
respeito das intenções de seu convidado. Zeus, em lugar de irritar-se, achou divertida a situação, e para testar
seu hóspede, moldou uma nuvem na forma de sua própria esposa e deixou-a a sós com Íxion, que a possuiu.
Desse conúbio nasceu a raça dos Centauros, metade homens, metade cavalos. Como Íxion divulgou aos
mortais que havia possuído a esposa de Zeus, este o fulminou com um raio e o lançou ao Tártaro, onde foi
preso a uma roda em chamas e condenado a nela girar pela eternidade. [12]
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 4

• pomo da discórdia - motivo principal de uma


disputa; algo que dá motivo a uma grande
desavença.
Origem: Ofendida por não ter sido
convidada para as núpcias de Tétis com
Peleu, Éris, a deusa da Discórdia, resolveu
vingar-se lançando sobre a mesa do
banquete uma maçã de ouro, com a
inscrição "Para a mais bela das deusas". As
três deusas mais poderosas, Hera, Afrodite
e Atena, imediatamente quiseram o troféu.
Para se livrar da delicada situação, Zeus, o
senhor do Olimpo, transferiu a decisão para
O julgamento de Páris, Peter Paul Rubens.
Páris, filho do rei Príamo, de Troia, que
havia demonstrado imparcialidade em uma
disputa de touros contra o deus Ares. Em troca da maçã de ouro, Atena ofereceu a Páris uma vitória gloriosa
na guerra; Hera, o reinado absoluto de toda a Europa e Ásia; Afrodite, o amor da mais bela mulher do mundo.
Páris concedeu o título a Afrodite e a deusa prometeu-lhe o amor da belissima Helena, casada com o rei de
Esparta, Menelau. Com a ajuda de Afrodite, Páris raptou Helena e levou-a para casar-se com ele em Troia,
evento que provocou a célebre Guerra de Troia. [13] [14]

• profecia de Cassandra - profecia catastrófica, na qual ninguém acredita.


Origem: Cassandra era uma das filhas de Príamo, rei de Troia, que recebera do deus Apolo a proposta de
ganhar o dom da profecia, em troca de entregar-se a ele. Cassandra aceitou a condição, mas depois de receber
o dom, esquivou-se a cumprir o combinado. Para vingar-se, Apolo manteve o dom, mas condenou-a a uma
completa falta de persuasão. Durante a guerra de Troia, Cassandra por diversas vezes alerta os troianos de
perigos iminentes (sendo o último deles a armadilha do cavalo de Troia), mas invariavelmente não é ouvida.
Após a guerra é levada como escrava e amante por Agamenon, chefe supremo dos exércitos gregos. [15]
• presente de grego - presente ou oferta que traz prejuízo ou aborrecimentos a quem a recebe.
Origem: Após 10 anos de sítio, sem derrotar as defesas das muralhas de Troia, os gregos, num estratagema
concebido por Odisseu, simularem terem desistido da guerra e embarcaram em seus navios, deixando na praia
um enorme cavalo de madeira, que os troianos levaram para o interior de sua cidade, como símbolo de sua
vitória. À noite, quando todos dormiam, os soldados gregos escondidos dentro do cavalo saíram e abriram os
portões da cidade. O exército grego pôde assim entrar em Troia, conquistar a cidade, destruí-la e incendiá-la.
[16] [17]

• agradar a gregos e troianos - agradar a todos, mesmo a pessoas com características muito diferentes; agradar a
dois partidos opostos.
Origem: Páris, príncipe troiano, raptou Helena, rainha grega, esposa de Menelau. Gregos e troianos
envolveram-se em violenta guerra. O conflito durou dez anos e terminou com a destruição de Troia. A vitória
dos gregos foi possível graças a Odisseu, que teve a ideia de construir o célebre cavalo de Troia. Por esta
história se conclui que agradar a gregos e troianos é uma tarefa difícil, mesmo impossível.
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• voto de Minerva - voto de desempate, dado por uma


autoridade superior.
Origem: Orestes era filho do rei grego Agamemnon, que foi
assassindado por sua esposa, Clitemnestra e o amante,
Egisto, logo após ter retornado da guerra de Troia.
Revoltado, Orestes vingou a morte do pai matando
Clitemnestra e Egisto. Segundo a tradição, aquele que
cometesse um crime contra o próprio genos era punido com
a morte pelas terríveis Erínias, para as quais o matricídio era
o mais grave e imperdoável de todos os crimes. Sabendo do
castigo que o esperava, Orestes apelou para o deus Apolo,
que decidiu advogar em seu favor, levando o julgamento
para o Areópago. As Erínias foram as acusadoras e Palas
Atená (que corresponde à deusa romana Minerva), a
presidente do julgamento. A votação, num júri formada por
doze cidadãos atenienses, terminou empatada. Atena, então,
A espada de Dâmocles, Richard Westall.
proferiu sua sentença decisiva, declarando Orestes inocente.
[18]

• espada de Dâmocles - perigo iminente, fruto da inveja e/ou da ambição pelo poder.
Origem: Dâmocles, cortesão e bajulador do rei Dionísio I de Siracusa, expressava constantemente sua inveja
pela sorte do tirano. Para dar-lhe uma lição, Dionísio combinou que lhe passaria o poder por um dia. À noite,
durante o banquete que o tirano lhe ofereceu, Dâmocles percebeu que sobre sua cabeça pendia a espada do
tirano, suspensa por um fio de cabelo. Com isso este lhe fez perceber que o poder está sempre à mercê das
mais perigosas ameaças. [19]
• cova de Caco - esconderijo de ladrões.
Origem: Caco era um célebre bandido da mitologia romana, metade
homem e metade animal, filho do deus do fogo, Vulcano. Caco vivia
numa caverna sob o monte Aventino, onde guardava o fruto de seus
roubos. Certa feita, Hércules retornava para casa depois de haver
roubado os bois de Gerião (um de seus famosos doze trabalhos) e parou
para descansar às margens do Tibre. Naquela noite, Caco roubou oito
dos melhores touros e novilhas do rebanho, arrastando-os pelas caudas
para cobrir suas pegadas. Quando Hércules despertou, procurou em vão
o gado perdido, mas, ao passar perto da cova de Caco, escutou uma das
novilhas mugir. Seguindo o som, Hércules encontrou Caco e o matou,
recobrando assim o gado roubado. [20]

• caixa de Pandora - algo que gera forte curiosidade, mas que é melhor não
ser revelado ou estudado.
Origem: Pandora foi a primeira mulher, forjada por Hefesto e Atena
por orientação de Zeus, para punir a raça humana, a quem Prometeu
Pandora, John William Waterhouse.
tinha acabado de dar o fogo roubado dos deuses. Pandora foi foi
enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, como um presente de Zeus.
Prometeu alertou o irmão quanto ao perigo de se aceitar o presente, mas Epimeteu ignorou a advertência e
tomou Pandora como esposa. Pandora trouxera consigo uma pequena caixa de ouro (ou jarra, ou ânfora, de
acordo com outras tradições), colocada por Zeus em sua bagagem. Mal chegou à Terra, Pandora, movida por
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 6

irresistível curiosidade, acabou abrindo a caixa, liberando assim todos os males que haveriam de afligir a
humanidade dali em diante: a dor, o sofrimento, a velhice, a doença, a miséria, a ambição, o ódio, a guerra, a
loucura, a mentira, a paixão... No fundo da caixa, restou apenas a esperança. A vingança de Zeus estava
consumada. [21] [22]

Origem religiosa
• ser o bode expiatório - pagar pela culpa dos outros.
Origem: Conforme a tradição hebraica da época do Templo de Jerusalém, o bode expiatório era um animal
separado do rebanho e deixado só no deserto, depois dos sacerdotes o terem carregado com as maldições que
queriam desviar de cima do povo. Este costume fazia parte dos rituais do Yom Kippur, o Dia da Expiação, e é
descrito com detalhes no livro do Levítico, Velho Testamento [23]. Em sentido figurado, um "bode expiatório"
é uma pessoa, grupo de pessoas ou mesmo todo um povo, escolhido arbitrariamente para assimir sozinho a
culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo. [24]
• paciência de Jó - paciência, tolerância ou resignação acima dos limites razoáveis.
Origem: Jó foi um personagem do Antigo Testamento, que viveu na terra de Uz, atual Iraque. Em função de
uma aposta entre Deus e o diabo, foi vítima de muito sofrimento (incluindo a perda de sua fortuna, da saúde e
de quase todos os parentes), para ver se ele mantinha sua fé a despeito de todas as adversidades. Apesar de
incitado pela mulher e amigos a amaldiçoar a Deus, Jó aguentou firme todas as provações. Ao final, Deus o
recompensou, devolvendo-lhe em dobro tudo o que perdera. [25]
• sabedoria salomônica - grande sabedoria, utilizada para governar com justiça e equidade.
Origem: Salomão, personagem bíblico, filho de Davi e terceiro rei de Israel, governou durante cerca de
quarenta anos e ficou conhecido como um sábio governante e um juiz justo e imparcial. Ficou especialmente
notório seu julgamento do caso em que duas mães disputavam um bebê, onde distinguiu a falsa mãe da
verdadeira simulando dividir o bebê em dois e dar metade a cada uma. [26]
• cova dos leões - enorme perigo, do qual só se pode
escapar com grande fé e coragem.
Origem: Daniel, personagem do Antigo
Testamento, um dos maiores exemplos de
fidelidade e dedicação a Deus, foi lançado a uma
cova de leões por haver desrespeitado com suas
orações um decreto de Dario, rei dos Medos. Na
manhã do dia seguinte, Dario foi até a entrada da
cova e surpreendeu-se por encontrar Daniel são e
salvo, sem que os leões lhe tivessem feito
qualquer mal. Questionado pelo rei, Daniel Daniel na cova dos leões, Briton Rivière.
afirmou que Deus havia enviado um anjo para
protegê-lo, porque era inocente. Admirado com sua fé e com o poder do deus de Israel, Dario libertou o
profeta. [27]

• Madalena arrependida - alguém que se arrepende do passado e/ou muda radicalmente de estilo de vida.
Origem: Maria Madalena é um personagem do Novo Testamento, apresentada como uma das discípulas mais
devotas de Jesus Cristo. O Evangelho de Lucas, no Novo Testamento, cita: "Maria, chamada Madalena, da
qual saíram sete demônios" (os sete pecados capitais: luxúria, ódio, cobiça, avareza, orgulho, gula e preguiça).
Apesar de não haver qualquer fundamento bíblico para considerá-la como uma prostituta arrependida dos
pecados e que pediu perdão a Cristo, esta é a versão que vulgarmente ficou disseminada. [28]
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 7

• dar pérolas aos porcos - obsequiar quem não merece; dizer preciosidades a quem não é capaz de entender.
Origem: Referência à seguinte passagem do Evangelho de São Mateus, no Novo Testamento: "Não deis as
coisas santas aos cães, nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para não acontecer que as pisem aos pés, e,
comentendo-vos, vos despedaçem". [29]
• quem pariu Mateus que o embale - se alguém cria algum problema,
deve ser responsável por ele.
Origem: Expressão de origem não bem definida. Uma possível
explicação é a de que Jesus decidiu acolher Mateus entre seus
dicípulos, mesmo sendo ele um cobrador de impostos para Herodes
Antipas, o tetrarca da Galileia. Após o chamado, Mateus convidou
Jesus para um banquete em sua casa. Ao ver isto, Jesus foi
criticado pelos fariseus, por cear com coletores de impostos e
pecadores. Segundo eles, só quem é capaz de gostar de um
cobrador de impostos seria sua própria mãe. Logo, ela, havendo
parido Mateus, que o embale. [30]

• entregar de bandeja - entregar algo facilmente, sem resistência.


Salomé com a cabeça de João Batista. Origem: Salomé, a neta de Herodes Antipas, conseguiu
convencê-lo, quando estava bêbado, a satisfazer-lhe um desejo se
dançasse para ele. Ela então pediu-lhe a cabeça de João Batista numa "bandeja de prata" (Mateus 14:1-12,
Marcos 6:14-29 e Lucas 9:7-9). Herodes, apesar de horrorizado, consentiu e realizou o desejo de Salomé para
cumprir sua promessa.
• ver para crer - incredulidade, necessidade de provas para acreditar.
Origem: Expressão originada do episódio do Novo Testamento [31], onde o apóstolo Tomé manifesta sua
dúvida quanto à ressurreição de Jesus e afirma que necessita ver e sentir suas chagas antes de se convencer.
Essa passagem é origem da expressão "Tomé, o incrédulo" bem como de diversas tradições populares
similares, tal como "Fulano é feito São Tomé: precisa ver para crer". [32].
• lavar as mãos - eximir-se de responsabilidade.
Origem: Pôncio Pilatos era prefeito (praefectus)
da província romana da Judéia na época da
pregação de Jesus Cristo. Quando o Sinédrio
judaico lhe enviou Jesus para execução, Pilatos,
por dizer não ter nele encontrado nenhuma culpa,
ficou hesitante e tentou livrá-lo da morte, mas o
povo de Jerusalém preferiu salvar Barrabás.
Pilatos então, após lavar as próprias mãos, em
sinal de renúncia de qualquer responsabilidade,
condenou Jesus a morrer na cruz. [33]

• beijo de Judas - sinal de traição


• dinheiro de Judas - preço de uma traição
• onde Judas perdeu as botas - lugar distante ou inacessível.
Origem: Após trair Jesus (identificando-o com um beijo aos soldados romanos que vieram prendê-lo no jardim
de Getsêmani, logo após a Última Ceia[34]) e receber seus 30 dinheiros [35], Judas Iscariotes, imerso em
depressão e culpa, decidiu suicidar-se por enforcamento. Acontece que ele se matou sem as botas e os 30
dinheiros não foram encontrados com ele. Os soldados saíram em busca das botas de Judas, onde
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 8

provavelmente estaria o dinheiro. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro, mas a expressão
atravessou os séculos. [36]
• se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha - preferência por soluções simples e exequíveis.
Origem: Conta-se que uma vez os árabes pediram a Maomé uma prova do que ensinava, desafiando-o a mover
até si o monte Safa, na Arábia Saudita. Maomé tentou e, não conseguindo o milagre, foi ele mesmo até a
montanha. Em seguida elogiou a misericórdia de Allah, porque desta forma a montanha não tinha esmagado a
todos... [37]
• entre a cruz e caldeirinha - num dilema; em situação crítica.
Origem: Reminiscência das torturas da Inquisição, em que a vítima ou aceitava a religião católica ou era
metido em um caldeirão quente. Outra versão se refere à cerimônia de encomendação de um cadáver, onde, em
um extremo do ataúde, perto dos pés, ficava uma cruz, erguida pelo acólito; no outro extremo, perto da cabeça,
se posicionava o sacerdote com a caldeirinha de água benta. [38]
• a carne é fraca - sobre a facilidade com que cedemos às tentações.
Origem: pouco antes de sua prisão, Jesus advertiu os três discípulos que estavam com ele por estarem
dormindo enquanto ele passava por grande agonia. A frase que ele disse foi: «o espírito, na verdade, está
pronto, mas a carne é fraca.» (Mateus 26:42)
• quem não está conosco está contra - sobre o alinhamento polarizado em situações de crise.
Origem: segundo o Evangelho de Marcos, Jesus teria dito «Pois quem não é contra nós, é por nós.» (Marcos
9:40).

Origem histórica (ou pseudo-histórica)


• estilo lacônico - modo breve ou conciso de falar ou de escrever.
Origem: O autodomínio, a sobriedade e a concisão eram algumas das características mais valorizadas pela
sociedade de Esparta, cidade grega da região da Lacônia, situada na península do Peloponeso.
• corrida de Aquiles contra a tartaruga - paradoxo, ilusão de movimento.
Origem: Zenão de Eleia foi um filósofo pré-socrático, nascido em Eleia, na Magna Grécia. Discípulo de
Parmênides, seu método consistia em questionar a realidade aparente, através de engenhosos paradoxos,
envolvendo o infinito e os infinitésimos. Em um de seus famosos argumentos, Zenão propõe imaginarmos uma
corrida entre um atleta velocista, Aquiles, e uma tartaruga. Mesmo que seja dada à tartaruga uma vantagem
inicial em distância, Aquiles jamais a alcançará, porque quando ele chegar ao ponto de onde a tartaruga partiu,
ela já terá percorrido uma nova distância; e quando ele atingir essa nova distância, a tartaruga já terá
percorrido uma outra nova distância, e assim, ao infinito.
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 9

• amor platônico - relação afetuosa que exclui a


atração sexual.
Origem: O termo amor platônico foi
utilizado pela primeira vez no século XV,
pelo filósofo neoplatônico Marsilio Ficino,
como um sinônimo de amor socrático.
Ambas as expressões significam um amor
centrado na beleza do caráter e na
inteligência de uma pessoa, em vez de em
seus atributos físicos, e se remetem ao laço
especial de afeto entre dois homens a que o
Sócrates e Alcibíades na casa de Aspásia, Jean-Léon Gérôme.
filósofo grego Platão tinha se referido em
seu diálogo O Banquete, exemplificando-o
com o afeto que havia entre Sócrates e seus discípulos homens, em particular Alcibíades.

• ir além das sandálias - dar palpite em assunto que não seja de sua especialidade.
Origem: O escritor latino Plínio menciona que Apeles, célebre pintor grego que viveu na Jônia no século IV
a.C., tinha o costume de exibir suas novas obras na porta de seu ateliê e esconder-se para ouvir os comentários
dos passantes. Quando um sapateiro comentou sobre um engano técnico que encontrou numa sandália pintada
em um dos seus quadros, Apeles fez a correção naquela mesma noite. Na manhã seguinte, vaidoso por
perceber que o pintor havia considerado seu comentário, o sapateiro começou a criticar a forma com que
Apeles havia pintado uma perna. Apeles saiu então imediatamente de seu esconderijo e exclamou "Ne sutor
ultra crepidam": "Não vá o sapateiro além das sandálias". [39]
• atitude cínica - comportamento hipócrita, descarado, despudorado,
insensível.
Origem: O Cinismo foi uma corrente filosófica grega fundada por
Antístenes, discípulo de Sócrates, e cujo maior nome foi Diógenes
de Sínope. Pelo fato de que a corrente pregava o desapego aos
bens materiais e externos, assim como o mesprezo pelo
sofrimento, a doença e a morte, tanto dos outros quanto de si
próprio (preocupações das quais os cínicos desejavam libertar-se),
o termo cínico passou à posteridade com uma conotação
destorcida e pejorativa, por influência dos detratores da corrente.

• estilo sibarítico - caracterizado por luxo excessivo ou efeminado.


Origem: Síbaris foi uma colônia cidade grega fundada em 720
a.C. às margens do golfo de Tarento, na atual Calábria. O
comércio intenso a tornou não apenas rica como também uma das
mais importantes cidades da Magna Grécia. Em função da
opulência de Síbaris, o termo sibarita consagrou-se como
Diógenes, John William Waterhouse. sinônimo de pessoa dada aos prazeres da vida.

• nó górdio – fulcro da questão; cerne de um problema complexo,


resolvido de maneira simples e eficaz.
Origem: Alexandre, o Grande, a caminho da Ásia Menor, escutou uma lenda que afirmava que quem desatasse
um dificílimo nó, amarrado por Górdio, antigo rei da Frígia, dominaria toda a região. Após bastante refletir,
Alexandre desembainhou sua espada e cortou o nó. Poucos anos depois Alexandre se tornou senhor da Ásia
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 10

Menor. [40]
• vitória de Pirro ou vitória pírrica - uma vitória obtida a alto preço, causando prejuízos irreparáveis.
Origem: Pirro, rei do Épiro e da Macedônia, era o general que comandou o exército grego, na campanha pelo
controle da Magna Grécia. Após ter vencido a Batalha de Ásculo contra os romanos, em 279 a.C., com um
número considerável de baixas, e ao ser parabenizado pela vitória, teria dito: "Mais uma vitória como esta,
estou perdido". [41]
• queimar as naus, queimar os navios ou queimar as caravelas - seguir em frente, com confiança absoluta na
vitória final.
Origem: Agátocles, tirano de Siracusa, após o desembarcarque nas costas da África, numa expedição marítima
contra os cartagineses, mandou queimar todos os próprios navios e marchou contra Cartago, onde alcançou a
vitória. Fez isso para anular qualquer possibilidade de fuga ou recuo, pois sem os navios seria impossível
voltar atrás.
Conta-se que o mesmo estratagema foi utilizado por Menelau, Régulo, Juliano, Guilherme o conquistador e
ainda por Cortez, no México. [42] [43]
• ficar para as calendas gregas - ser agendado ou transferido para uma data que jamais ocorrerá.
Origem: As calendas eram o primeiro dia do mês romano, onde estes habitualmente realizavam seus
pagamentos. Ad calendas græcas é uma expressão latina que indica algo que jamais ocorrerá, pois as calendas
eram inexistentes no calendário grego. [44]
• erro crasso - falha grosseira de planejamento, com consequências trágicas.
Origem: Marco Licínio Crasso era um aristocrata, general e político romano, que comandou a vitória da
batalha da Porta Collina e esmagou a revolta dos escravos liderada por Espártaco. Em campanha contra os
partos, porém, apesar da enorme superioridade numérica de seu exército, sofreu uma derrota fragorosa na
batalha de Carras, em 53 a.C., em função de uma série de falhas táticas grosseiras. Mais de 20.000 soldados
perderam a vida e cerca de 10.000 foram feitos prisioneiros; a cabeça e a mão direita de Crasso foram levadas
ao rei parto, Orodes II. [45]
• ganso do Capitólio - pessoa que contribui involuntariamente para alguma ação importante.
Origem: Alusão ao aviso que os gansos consagrados a Juno deram, quando os guerreiros de Breno atacaram
furtivamente, em plena noite, a colina do Capitólio, em Roma, no quarto século a.C. Com o alarido, os
soldados romanos não foram surpreendidos dormindo em suas fortificações e puderam oferecer prolongada
resistência ao ataque gaulês. [46] [47]
• ai dos vencidos! - aos vencidos não resta senão resignar-se.
• espada de Breno - prepotência do vencedor.
Origem: Breno, foi um chefe celta que liderou o exército gaulês em 390 a.C., capturando e saqueando a cidade
de Roma, após ter batido os romanos na batalha de Allia. Após um longo cerco, os romanos concordaram em
pagar um pesado resgate em ouro para libertar a cidade. Durante a pesagem do resgate, de acordo com a lenda,
os romanos reclamaram contra o uso de pesos falsos. Breno atirou então a sua espada ao prato da balança [48],
pronunciando a frase "Vae victis!", que significa "Ai dos vencidos!" [49]
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 11

• agir como um vândalo - destruir ou depredar bens


públicos por revolta ou simples prazer da destruição.
Origem: A tribo germânica oriental dos
Vândalos, procedente da Escandinávia, penetrou
no Império Romano durante o século V,
estabelecendo-se no norte da África, com base na
cidade de Cartago. Em 455 os vândalos
invadiram Roma, saqueando-a e destruindo
edificações, monumentos, tesouros religiosos e
obras de arte, que se perderam para sempre.

Os vândalos saqueando Roma.

• Inês é morta - expressão utilizada, no sentido de


“agora é tarde”, em relação a uma providência
tomada atrasadamente.
Origem: Inês de Castro uma nobre galega do
século XIV, foi amante do futuro rei Pedro I de
Portugal, de quem teve quatro filhos, para
escândalo da corte e do próprio povo. Foi
executada às ordens do pai deste, Afonso IV,
tendo sido sua morte cantada por Camões,
António Ferreira, João de Barros e muitos outros.
Pedro só foi reconhecer que havia se casado
secretamente com Inês, para dar legitimidade aos Súplica de Inês de Castro, Bordalo Pinheiro.

filhos, 5 anos mais tarde, quando já era Rei de


Portugal. Em referência a esta decisão tardia, tornou-se popular a expressão “É tarde. Inês é morta”. [50] [51]

• casa da Mãe Joana - lugar bagunçado, onde todos podem entrar, sem maiores cerimônias.
Origem: Joana I de Nápoles, rainha de Nápoles e condessa de Provença no século XIV, foi acusada de
participar do assassinato do marido e precisou passar um tempo refugiada em Avinhão. Durante este período
aprovou um decreto que regulamentava os bordéis da cidade, incluindo um artigo que dizia: "- et que siegs une
porto... dou todas las gens entraron." Ou seja, ... e que tenha uma porta por onde todas as pessoas possam
entrar. [52] [53] [54]
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 12

• ovo de Colombo - solução aparentemente fácil e


óbvia, mas que não ocorreu a ninguém
anteriormente.
Origem: Num banquete na casa do cardeal
Ximenes, ao ouvir o comentário de que para
descobrir a América bastava ter pensado nisso,
Cristóvão Colombo desafiou os presentes a
colocarem um ovo em pé sobre uma das
extremidades. Como ninguém conseguiu,
Colombo bateu ligeiramente a ponta do ovo na
mesa e assim o colocou em equilíbrio estável.
Todos retrucaram que assim também o fariam.
Colombo quebrando o ovo, William Hogarth. Sem dúvida, retrucou Colombo, mas era preciso
pensar isso, e ninguém o fez, senão eu. [55]

• a ver navios - frustrado, desiludido, desenganado.


Origem: Alusão aos armadores portugueses, ou aos parentes de marinheiros, durante a época das conquistas,
que ficavam no alto das colinas de Lisboa, esperando avistar as caravelas que deveriam chegar das Índias, da
África ou do Brasil. [56]
• tudo como dantes no quartel de Abrantes - permanecer tudo no status quo (ironicamente).
Origem: Em 1805, o general Jean-Andoche Junot foi enviado por Napoleão Bonaparte para invadir Portugal.
Chegando a Abrantes, conquista o castelo, lugar militarmente estratégico, e lá se instala, para preparar a
tomada de Lisboa. Durante essa espera, por cinco dias, um emissário de Dom João VI lhe relata dia após dia
"Tudo como dantes, no quartel-general de Abrantes", indicando não haver novidades. Mais tarde, pela bem
sucedids campanha, Napoleão concedeu a Junot o título de duque de Abrantes. [57]
• tempo de D. João Charuto - tempo muito antigo.
Origem: Tempo muito antigo, de Dom João VI, quando se iniciou a fabricação de charutos no Brasil. [58] [59]
• entregar a carta a Garcia - ter iniciativa, espírito empreendedor e capacidade para cumprir difíceis missões.
Origem: Expressão originada num episódio ocorrido durante a Guerra Hispano-Americana. Quando se iniciou
a guerra, o Presidente dos Estados Unidos, William McKinley, teve necessidade de comunicar rapidamente
com o comandante dos rebeldes cubanos, o General Garcia, que se encontrava nas montanhas de Cuba. Na
impossibilidade de se comunicar por correio ou telégrafo, McKinley mandou chamar um jovem militar
chamado Rowan e deu-lhe uma carta para entregar a Garcia. Rowan, sem nem perguntar onde estava o
General, guardou a carta numa bolsa impermeável junto ao coração e em apenas três semanas, após várias
aventuras, entregou a carta a Garcia e saiu pelo outro lado da ilha. [60]
• até aí morreu Neves - expressão idiomática que significa “isto já sei, quero novidades”.
Origem: Joaquim Pereira Neves, assessor do Regente Feijó e governador do Rio Grande do Norte, foi morto
barbaramente pelos índios. Como durante muito tempo não se falava de outro assunto no Rio de Janeiro, a
população da capital, entediada, começou a usar a expressão "até ai morreu o Neves", com o significado de “já
sei disto tudo, quero novas notícias”. [61]
Anexo:Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica 13

Referências
[1] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.302
[3] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.29
[4] Novo Testamento, Apocalipse 13:1-10
[5] Theoi Greek Mythology: Bestiary (em inglês) (http:/ / www. theoi. com/ greek-mythology/ bestiary. html,)
[6] Odisseia, Homero, ed. Ediouro
[7] Grimal, Pierre, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, p.35-39
[8] Grimal, Pierre, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, p.310
[9] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.164
[10] Grimal, Pierre, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, p.396
[14] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.244-245
[15] Grimal, Pierre, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, p.76-77
[17] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.251
[19] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.112-113
[20] Spalding, Tassilo Orpheu, Dicionário da Mitologia Greco-Latina, Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, p.44
[21] Hesíodo, Os Trabalhos e os Dias, trad. Mary C.N. Lafer, São Paulo: Ed. Iluminuras, p.25-29
[22] Spalding, Tassilo Orpheu, Dicionário da Mitologia Greco-Latina, Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, p.218-219
[23] Antigo Testamento, Levítico 16:1-23
[24] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.33
[25] Antigo Testamento, Jó 1:6-2:8
[26] Antigo Testamento, Reis 3:16-25
[27] Antigo Testamento, Daniel 6:1-25
[28] Novo Testamento, Lucas 8:2
[29] Novo Testamento, Mateus 7:6
[31] Novo Testamento, João 20:24-29
[32] Dr. Mathew Vellanickal e outros, Faith and Character of Apostle Thomas in St. Thomas Christian Encyclopaedia, ed. G. Menachery
[33] Novo Testamento, Mateus 27:24
[34] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.26
[35] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.100
[38] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.85
[42] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.197
[46] Tito Lívio, Res memorabiles, V, 47
[47] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.137
[48] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.112
[50] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.290
[52] Julia Moióli, em A Casa da Mãe Joana (http:/ / historia. abril. com. br/ fatos/ casa-mae-joana-433616. shtml)
[55] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.210
[56] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.196
[57] Cavalcanti, José Paulo (2012), Fernando Pessoa - uma quase autobiografia, Rio de Janeiro: Ed. Record, p. 595-596
[58] Nascentes, Antenor (1986), Tesouro da Fraseologia Brasileira, Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, p.292
[60] Hubbard, Elbert (1898), A Message to Garcia, Nova Iorque: Peter Pauper Press (em inglês)
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