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ESCOLA NÁUTICA INFANTE

D. HENRIQUE

Apontamentos
de
INSTRUMENTAÇÃO

2006/2007

INSTRUMENTAÇÃO

Corpo docente:

• Luis Filipe Baptista (aulas teóricas)


• Carlos Augusto Silva (PG1/PG2)

•Link da página web do docente da disciplina:

http://www.enautica.pt/professores/Publico/
Baptista/index.htm
INSTRUMENTAÇÃO
Programa da disciplina

• INTRODUÇÃO À INSTRUMENTAÇÃO
• CONDICIONAMENTO DE SINAIS
• SENSORES E TRANSDUTORES
• CONVERSORES, ACTUADORES E ELEMENTOS DE
CONTROLO FINAL
• CONTROLADORES CONTÍNUOS
• CONTROLADORES DIGITAIS
• EXEMPLOS DE APLICAÇÃO EM INSTALAÇÕES
MARÍTIMAS

Bibliografia
• Curtis D. Johnson, Controlo de Processos -
Tecnologia da Instrumentação, Edição da Fundação
Calouste Gulbenkian, 1991
•Gustavo da Silva, Instrumentação Industrial, Edição
da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, 1999
•António Creus Sole, Instrumentacion Industrial,
Editora Marcombo Boixareau
•Gustavo Ribeiro da Costa Alves, Instrumentação e
Medidas, ISEP, Instituto Politécnico do Porto
•Luis Filipe Baptista, Apontamentos de Controlo
Contínuo e Digital, ENIDH/DMM, 2006
•Katsuhiko Ogata, Engenharia do controlo moderno,
Editora Prentice-Hall do Brasil, 3a Edição, 1997
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Normas de avaliação
Avaliação por testes:
„ Parte teórica: dois testes escritos, não podendo o aluno ter
uma nota inferior a 7 valores em qualquer um deles. A média
dos testes deverá ser igual ou superior a 9.5 valores;
„ Parte laboratorial: o aluno deverá apresentar relatórios
dos trabalhos práticos a realizar no laboratório, e ter uma
nota mínima final de 9.5 valores. Os trabalhos serão
sujeitos a uma discussão oral para atribuição da nota
final.
Nota_final= 0.6*(N_1T + N_2T)/2 + 0.4*(N_TP)
Avaliação por exame:
„ A nota mínima para ser aprovado no exame final é 9.5
valores;
„ A nota final de exame é dada por:
Nota_final= 0.6*N_EFinal + 0.4*(N_TP)
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INSTRUMENTAÇÃO
(M412)

CAPÍTULO I – Introdução à
Instrumentação

Conceitos básicos sobre


instrumentação e medidas

2006/2007
Função e constituição de um
sistema de medição

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Constituição de um
dispositivo de medida

„ Bloco (ou elemento) sensor


‹Elemento que se encontra em contacto
com o processo e que produz um sinal de
saída que depende (de qualquer forma) da
variável sob medição.
‹Exemplo: um termopar, em que a f.e.m aos
seus terminais depende da temperatura.

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Constituição de um
dispositivo de medida
„ Bloco (ou elemento) de condicionamento de
sinal
‹Converte a saída de um elemento sensor
numa forma mais apropriada para posterior
processamento, geralmente uma tensão
contínua ou um sinal em frequência.
‹Exemplos:
”Ponte de Wheatstone que converte uma alteração
de resistência numa alteração de tensão contínua.
”Amplificador operacional que converte uma tensão
de miliVolts em Volts.

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Constituição de um
dispositivo de medida

„ Bloco (ou elemento) de processamento


de sinal
‹Converte o sinal de saída do bloco (ou
elemento) de condicionamento de sinal
numa forma mais apropriada para apre-
sentação ou observação.
‹Exemplo: um conversor analógico-digital que
converte uma tensão analógica numa palavra
digital, passível de ser lida por um computador.

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Constituição de um
dispositivo de medida

„ Bloco (ou elemento) de apresentação


de dados
‹Apresenta o valor medido numa forma
facilmente perceptível pelo utilizador.
‹Exemplo: indicador de ponteiro,
mostrador alfanumérico, indicador de
barras, etc.

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Características dos aparelhos


de medida
„ Exactidão ou Fidelidade
‹Tolerância aos factores ambientais e ao desgaste
e envelhecimento.
„ Precisão
‹A precisão implica a exactidão, uma vez que um
aparelho não pode ser exacto sem ser preciso,
embora o recíproco não seja verdadeiro.
„ Sensibilidade
„ Resolução
„ Rapidez de indicação
„ Consumo
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Características dos aparelhos
de medida

„ Comodidade de emprego e portabilidade


„ Calibre e gama dinâmica
‹Calibre é o valor da grandeza medida que dá,
na escala, o desvio máximo
desvio máximo legível

‹gama dinâmica =
desvio mínimo legível

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Características dos aparelhos


de medida
„ Robustez e capacidade de sobrecarga
‹Um aparelho é robusto desde que não seja susceptível
a estragos devidos aos transportes e trepidações.
‹Um aparelho está em sobrecarga quando a grandeza
física aplicada ultrapassa o calibre.
grandeza máxima não destrutiva
‹Capacidade de sobrecarga =
grandeza que dá o desvio máx. legível

‹Grandeza máxima não destrutível = sobrecarga que


não faz variar, depois da sua aplicação, nem os erros,
nem o limite de sensibilidade nem a precisão.
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Simbologia referente a aparelhos
de medida

„ Relativamente à função:

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Símbolos relativos às características


eléctricas dos aparelhos de medida

„Relativamente às possibilidades de medida:

corrente contínua (c.c. ou DC em inglês)

corrente alternada (c.a. ou AC em inglês)

corrente contínua e alternada

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Símbolos relativos às características
eléctricas dos aparelhos de medida

„Relativamente à posição em que


devem ser utilizados

posição de emprego horizontal

idem, vertical

idem, oblíqua com indicação do ângulo


50º relativamente à horizontal

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Símbolos relativos às características


dos aparelhos de medida eléctricos

„ Relativamente à classe de precisão


‹A classe de precisão indica o limite superior do erro
relativo (relativamente à medida da grandeza
indicada), como percentagem do máximo valor indicado
na escala que se está a usar. Os aparelhos mais
frequentemente utilizados situam-se entre as classes 0,5
e 4.
‹Exemplo:
” Classe de precisão 2, escala de 0 a 30 volts. O erro
relativo não excede +/- 2% de 30 volts, i. e. as
leituras obtidas estarão afectadas, no máximo, de um
erro absoluto de +/- 0,6 V.

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Símbolos relativos às características
dos aparelhos de medida eléctricos

„ Relativamente à sensibilidade, como


voltímetro
‹É indicada em ohms/volt (Ω/V) ou, mais frequentemente,
em quilo-ohms por volt (k Ω /V). Numa escala de zero a
N volts, a resistência interna do voltímetro é N
multiplicado pela sensibilidade, atrás referida, em ohms
por volt.
‹Exemplo: se a sensibilidade for de 10 000 Ω /V

”Numa escala de 0 a 0,1 V R1 = 10 000 Ω /V x 0,1 V = 1 k Ω

”Numa escala de 0 a 300 V R2 = 10 000 Ω /V x 300 V = 3,00


MΩ

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Símbolos relativos às características


dos aparelhos de medida eléctricos

„ Relativamente a outros dados


‹Indica-se também, frequentemente, a tensão de ensaio,
em KV, no interior de uma pequena estrela de 5 pontas.

= 2 KV

‹Nos instrumentos de medida para corrente


alternada indicam-se, por vezes, os limites de frequência
dentro dos quais as leituras (das várias grandezas
mensuráveis) podem ser feitas, dentro da classe de
precisão estabelecida.

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Símbolos relativos às características
dos aparelhos de medida eléctricos

Exemplo

• Instrumento de bobina móvel, incorporando rectificador


• Pertence à classe 1,5 em corrente contínua e à classe 2,5 em corrente alternada
• Permite medidas (em c.a.) envolvendo frequências entre 20 e 700 Hz, na classe
de precisão especificada - 2,5
• Resistência interna, como voltímetro, de 20 kΩ/V em c.c.
• Impedância interna, como voltímetro de 10 kΩ/V em c.a.
• Deverá ser utilizado com a escala em posição horizontal
• A tensão de ensaio é de 2 kV

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Características de um elemento

„ Alcance (máximo e mínimo)


„ Gama (ou intervalo) de funcionamento
„ Linearidade
„ Sensibilidade
„ Resolução
„ Histerese
„ Tolerância aos efeitos ambientais
„ Tolerância ao desgaste e envelhecimento
„ Intervalos de erro ou incerteza
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Características de um elemento

„ Alcance (máximo e mínimo)


‹O alcance de entrada (E) de um elemento é especificado
através dos valores máximo e mínimo de E, i. e. Emáx e Emin.
O alcance de saída (S) de um elemento é especificado através
dos valores máximo e mínimo de S, i.e. Smax e Smin. Por
exemplo um sensor de temperatura pode ter um alcance de
entrada de 0 a 300º C e um alcance de saída de 10 a 40 kW.
„ Gama (ou intervalo) de funcionamento
‹Indica a máxima variação da entrada ou da saída, i. e.
a gama de entrada é igual a Emáx - Emin e a gama de
saída é Smáx - Smin. No exemplo anterior a gama de
entrada era de 300º C e a gama de saída era de 30 kW.

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Características de um elemento
„ Linearidade
‹Diz-se que um elemento é linear se a correspon-
dência entre os valores à sua entrada e os valores à sua
saída forma uma linha recta. A linha recta ideal liga o
ponto mínimo (Emin, Smin) ao ponto máximo (Emáx,
Smáx), sendo por isso descrita pela seguinte equação:

⎡ Smax − Smin ⎤
S − Smin = ⎢ ⎥ ⋅ (E − Emin)
⎣ Emax − Emin⎦
‹ou seja:
Sideal = K ⋅ E + a

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Características de um elemento

„ Linearidade
‹Existem elementos que se afastam da lineari-
dade, i. e. possuem uma característica não
linear.
‹A não-linearidade é geralmente quantificada
em termos de não-linearidade máxima N,
expressa como uma percentagem da deflexão
de fim de escala (d.f.e.), i. e. como uma
percentagem da gama de funcionamento.

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Características de um elemento

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Características de um elemento
„ Linearidade
‹Em muitos casos, S(E) e consequentemente N(E), pode
ser expressa como um polinómio em E, i. e. :
q=m
S(E) = a0 + a1 ⋅ E + a2 ⋅ E +K+am ⋅ E = ∑aq ⋅ Eq
2 m

q=0

‹Noutros casos, é mais adequado utilizar expressões


diferentes das polinomiais. Por exemplo, a resistência
R(T) de um termístor, com T em ºC, é dada por:
⎛ 3300 ⎞
⎜ ⎟
⎝ T + 273 ⎠
R(T ) = 0,04 ⋅ e
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Características de um elemento

„Sensibilidade
‹Indica a taxa de variação da saída em relação à
entrada, i. e.

dS/dE = K + dN/dE

‹Para um elemento ideal dS/dE = K. Quanto


maior for o valor de K, maior será a sensi-
bilidade do elemento.

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Características de um elemento

„ Resolução

Alguns elementos são caracte-


rizados pela saída variar em
intervalos ou deslocamentos
discretos em resposta a uma
variação contínua na entrada.
A resolução é definida como a
variação máxima da entrada
que não provoca nenhuma
variação na saída.

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Características de um elemento
„ Histerese
‹Para um dado valor de E, a saída S pode ser diferente
consoante E esteja a crescer ou a decrescer.
Histerese, é a diferença entre estes dois valores de S.

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Características de um elemento
„ Tolerância aos efeitos ambientais
‹Em geral, a saída S não depende só do sinal de entrada E,
como também depende dos efeitos do ambiente em que se
encontra o elemento. Geralmente, as funções de transfe-
rência são elaboradas para condições bem determinadas,
como por exemplo, a 25º C de temperatura ambiente,
pressão atmosférica a 1000 milibars e uma humidade
relativa de 80 %. Se existirem desvios em relação a estas
condições, então a nova função de transferência deverá
reflectir o efeito destes desvios.
‹Tipos de efeitos ambientais: efeito de modificação e
efeito de interferência. O primeiro actua ao nível do K e
o segundo ao nível do a.
‹Exemplo: variação da resistência com a temperatura.

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Características de um elemento
„ Tolerância ao desgaste e envelhecimento
‹O desgaste e o envelhecimento podem causar variações
nas características de um elemento, i. e. em K e a.
Estas variações são geralmente muito lentas,
mas sistemáticas ao longo do ciclo de vida do
elemento em causa.
‹Exemplo: a rigidez de uma mola pode ser expressa
pela seguinte equação
k(t) = k0 - b x t
‹ Neste caso, b é muito pequeno e t é o tempo, contado
desde o momento em que a mola foi fabricada.

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Características de um elemento
„ Intervalos de erro ou incerteza
‹Em muitos sensores e transdutores modernos, a
não linearidade, histerese, e efeitos de resolução
são tão pequenos que dificilmente (ou por
irrelevância) se quantifica cada um destes efeitos
individualmente.
‹Nestes casos, o fabricante opta por definir a
resposta do elemento em termos de limites de
erro.
‹Para cada valor de E, a saída S será definida como
uma linha recta ideal centrada numa zona de
erro definida por duas rectas paralelas à recta
ideal, colocadas uma de cada lado, a uma
distância igual ao erro absoluto máximo.

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INSTRUMENTAÇÃO
(M412)

CAPÍTULO I – Introdução à
Instrumentação

Conceitos básicos sobre


Controlo de Processos

2006/2007
Introdução ao controlo de processos

„Conceito de controlo de processos


‹Definição directamente relacionada com o facto
de os seres humanos terem passado a
adoptar formas de regulação automática de
modo a obter uma fabricação mais eficiente
dos produtos.
‹Neste tipo de estruturas, os procedimentos são
automáticos, dado que dispensam a utilização
de operadores humanos no esquema de
regulação.
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Introdução ao controlo de processos

„Variável dinâmica
‹É qualquer parâmetro físico que pode
variar, ao longo do tempo, de uma
forma expontânea ou por influências
externas.
‹A palavra dinâmica transmite a ideia de
uma dependência do tempo que pode
resultar de um conjunto de influências não
especificadas ou desconhecidas.

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Introdução ao controlo de processos

„Objectivo principal do controlo de


processos
‹Consiste em fazer com que uma variável
dinâmica se mantenha fixa ou perto de um
valor específico desejado.
‹Como as variáveis dinâmicas evoluem
constantemente ao longo do tempo, é
necessário efectuar constantes
correcções, de modo a que o valor da
variável dinâmica se mantenha constante.

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Introdução ao controlo de processos

„Regulação (Regulation)
‹REGULAÇÃo consiste na operação de
manutenção num valor constante de uma
variável dinâmica
‹O controlo de processos tem por missão
principal efectuar a regulação de uma
variável dinâmica.

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Introdução ao controlo de processos

„Exemplo: Sistema térmico


‹Processo: conjunto constituído por um
permutador, tubagens de entrada e de
saída de fluido de um permutador
‹Variável dinâmica: é a temperatura do
fluido à saída do permutador
‹Regulação: operação de manutenção da
temperatura num determinado valor pré-
definido pelo operador.
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Introdução ao controlo de processos

„Exemplo: Sistema térmico


‹Realimentação ou feedback: para fornecer
a informação relativa à temperatura do
fluido à saída do permutador, é necessário
medi-la através de um transdutor, de
modo a informar o sistema de regulação
acerca do seu valor.
‹Controlo em anel ou malha fechada: com
a introdução da realimentação, passamos
a ter um sistema de controlo em anel ou
malha fechada.
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Introdução ao controlo de processos

„Exemplo: Sistema térmico


‹Controlo em anel ou malha aberta: quando
não se efectua a realimentação, diz-se que
o sistema não tem feedback
‹Neste caso, o controlo é independente da
evolução da variável dinâmica que se
pretende controlar.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 41

Introdução ao controlo de processos

„Exemplo: Sistema térmico

Regulador PID
Set-point Set-point

termómetro
válvula válvula
Aquecedor
vapor
sensor

água quente vapor água quente


dreno
água fria
água fria
Aquecedor dreno

Sistema de controlo manual Sistema de controlo automático

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 42


Introdução ao controlo de processos

„ Elementos do controlo de processos


‹Processo: conjunto complexo de fenómenos
relacionados com uma sequência de fabrico. Há
processos em que se pretende controlar apenas
uma variável (processo univariável) ou várias
variáveis em simultâneo (processos multi-
variáveis).
‹Medida: Tradução de uma variável física num corres-
pondente valor analógico, que pode ser expresso, em
geral, da seguinte forma:
”Pressão pneumática (3-15 psi)
”Tensão eléctrica (1-5 V, 0-10 V, ± 10 V,…)
”Corrente eléctrica (4 – 20 mA)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 43

Introdução ao controlo de processos

„ Elementos do controlo de processos


‹Avaliação: operação de análise do valor medido
(medida), e determinação da acção que, caso
seja necessário, se deverá executar –>
controlador. Esta operação, pode ser efectuada
através de processamento:
”Pneumático
”Electrónico (analógico)
”Electrónico (digital) -> Microprocessador
‹ Valor de referência (set-point): valor desejado
da variável dinâmica, expresso de uma forma
semelhante à da variável medida.
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Introdução ao controlo de processos

„ Elementos do controlo de processos


‹Elemento de controlo: Dispositivo que exerce uma
influência directa no processo, i.e., efectua as
alterações necessárias na variável dinâmica para a
trazer até ao ponto de ajuste (set-point) -> Actuador.
‹Diagrama de blocos: Num anel ou malha de
controlo de processos, cada elemento é representado
num diagrama de blocos, por um bloco em
separado. Em geral, a variável dinâmica de referência,
é representada por R (ou CSP) e a variável dinâmica
medida por C ou CM.
‹Erro: é dado pela diferença entre R e C, ou seja:
e = R – C ou e = CSP - CM
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 45

Introdução ao controlo de processos

„ Diagrama de blocos (anel fechado)

Acção de controlo

Referência + Erro Saída do processo


Controlador Processo
-

Sinal medido
Sensor de
medida

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Introdução ao controlo de processos

„ Diagrama de blocos (anel aberto)

Acção de controlo
Referência Saída do processo
Controlador Processo

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Introdução ao controlo de processos


„ Avaliação do Controlo de Processos
‹ Critérios de avaliação do sistema de controlo
”Erro do sistema
”Resposta dinâmica

‹ Erro do sistema: medida do erro existente entre o valor


do ponto de ajustamento da variável controlada e o valor
real da variável dinâmica mantido pelo sistema. Este erro
pode ser expresso pela percentagem do de desvio do valor
real de C em relação ao valor de ajustamento R.
‹ Como reduzir o erro? Através da melhoria da qualidade
dos elementos do sistema de controlo.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 48
Introdução ao controlo de processos
„ Avaliação do Controlo de Processos
‹ Ponto de ajuste (set-point): Valor desejado para a
variável dinâmica no processo. Deve ser expresso na
mesma forma que a dada pela medida da variável
dinâmica.
”Exemplo: Se uma medida converte uma pressão num valor
de corrente proporcional, então o ponto de ajustamento deve
ser expresso por uma corrente eléctrica na mesma proporção.
‹Resposta dinâmica: É o critério básico sobre o qual se
avalia a actuação do sistema. A resposta dinâmica é
uma medida da reacção do sistema em função do
tempo, ao corrigir perturbações transitórias ou
adaptar-se a alterações no ponto de ajuste.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 49

Introdução ao controlo de processos

„Avaliação do Controlo de processos


‹ Alteração ao ponto de ajuste: Corresponde a
uma alteração no ponto de funcionamento da
malha de controlo. A resposta do sistema
pode ser ajustada da seguinte forma:
”Resposta oscilatória: A resposta pode ultra-
passar o ponto de ajustamento e efectuar um
certo número de oscilações em torno deste
ponto antes de estabilizar.
”Exemplo: Controlo de nível de um tanque.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 50


Introdução ao controlo de processos

„Avaliação do Controlo de processos


‹ Alteração ao ponto de ajustamento:
”Resposta amortecida: O valor da variável
dinâmica nunca ultrapassa o ponto de
ajustamento ou executa oscilações, mas
aproxima-se do novo ponto de ajustamento de
uma forma assimptótica.
”Exemplo: Controlo de temperatura num forno,
no qual se pretende que a temperatura nunca
ultrapasse um determinado valor pré-definido.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 51

Introdução ao controlo de processos

„ Avaliação do Controlo de processos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 52


Introdução ao controlo de processos

„ Avaliação do Controlo de processos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 53

Introdução ao controlo de processos

„Avaliação do Controlo de processos


‹Resposta transitória: Descreve a capaci-
dade da resposta dinâmica do sistema
para recuperar de uma perturbação súbita
no processo que provoque uma mudança
brusca na variável controlada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 54


Introdução ao controlo de processos

„Avaliação do Controlo de processos


‹Resposta transitória

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 55

Introdução ao controlo de processos

„Avaliação do Controlo de processos


‹Resposta transitória

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 56


Introdução ao controlo de processos

„Avaliação do Controlo de processos


‹Critérios de avaliação da resposta dinâmica:
Utiliza-se um conjunto de critérios de estabilida-
de, quer os desvios sejam devidos a alterações
no ponto de ajustamento, quer a entradas ou
perturbações transitórias. Existem, entre outros,
os seguintes critérios:
”Tempo de estabilização
”Erro de pico
”Erro residual
”Área mínima
”.....

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 57

Introdução ao controlo de processos


„ Avaliação do Controlo de processos
„ Resposta de um sistema (processo) CM, com a
indicação dos seus principais parâmetros.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 58


Introdução ao controlo de processos
„ Avaliação do Controlo de processos
„ Para avaliar a resposta da malha de controlo
utilizam-se diversos critérios, sendo um deles o
critério da área mínima.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 59

Introdução ao controlo de processos


„ Avaliação do Controlo de processos
‹Tempo de estabilização (ts): Desvio permitido em
torno do ponto de ajuste ± ∆C. Se houver uma
entrada transitória ou uma alteração no ponto de
ajuste, o tempo de estabilização é o tempo
necessário para que a malha ou anel de controlo
traga novamente a variável dinâmica para a zona
aceitável, ou seja Csp ± ∆C.
‹Nota: num sistema de 2ª ordem, definem-se em
geral dois critérios de ts –> 2% e 5%.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 60


Introdução ao controlo de processos
„ Avaliação do Controlo de processos
‹Erro de pico: Desvio máximo da variável
dinâmica em relação ao ponto de ajustamento.
(Nota: num sistema de 2ª ordem, este erro tem o
nome de máximo sobreimpulso ou overshoot
(Mp).

‹Nota: Este assunto, será abordado com mais


detalhe na segunda parte da matéria –> Controlo
contínuo e digital

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 61

Introdução ao controlo de processos


„ Avaliação do Controlo de processos
‹Processamento analógico e digital de sinais: A
evolução do controlo de processos, tem levado à
introdução da tecnologia electrónica, devido
fundamentalmente a:
”Baixo custo
”Fiabilidade
”Miniaturização
”Facilidade de interligação
‹ Computadores digitais: Com o desenvolvimento
contínuo dos computadores, assiste-se hoje em
dia, à inevitável introdução dos sistemas de
processamento digital baseados em micropro-
cessador, nos blocos de avaliação e decisão, no
controlador.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 62
Introdução ao controlo de processos

„ Avaliação do Controlo de processos


‹Diagrama de blocos de um sistema de controlo
analógico
Controlador analógico

Referência
Erro Saída
+ Algoritmo
de Actuador Processo
_
controlo

Transdutor
de medida

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 63

Introdução ao controlo de processos


„ Avaliação do Controlo de processos
‹Exemplo de um sistema de controlo contínuo:
controlo de velocidade de um motor Diesel através do
dispositivo de massas de Watt.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 64


Introdução ao controlo de processos

„ Avaliação do Controlo de processos


‹Diagrama de blocos de um sistema de controlo digital

Referência
Computador Conversor
D/A processo

Conversor Transdutor
A/D de medida
Sinal de saída do
conversor (discreto)
Sinal de saída do
sensor (analógico)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 65

Introdução ao controlo de processos


„ Avaliação do Controlo de processos
‹ Processamento digital: Controlo digital de velocidade de um
motor Diesel marítimo (Fonte: Wartsila-Sulzer.).

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Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e Definições


‹Sinais normalizados em controlo de processos
”Transmissão do sinal eléctrico: Nas malhas
ou anéis de controlo, é usual transmitir os
sinais eléctricos sob a forma de intensidade
de corrente.
”Gamas de sinais: 4 – 20 mA ; 10 – 50 mA
”Vantagens da transmissão por corrente das
variáveis dinâmicas:
• Impedância de carga
• Compatibilidade
• Imunidade ao ruído
• Medida/fonte de alimentação.
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Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e Definições


‹ Vantagens do uso de sinais em corrente
”Impedância de carga: Evitam-se os erros
introduzidos ao ligar diferentes cargas ao circuito de
transmissão. Assim, se se mudarem as resistências
das ligações ou uma resistência em série nas
ligações, não se altera o nível de corrente.
”Compatibilidade: Usando uma gama de corrente
especificada para representar o alcance da variável
dinâmica, é possível mudar o controlador facilmente
de uma malha para outra.
”Imunidade ao ruído: Os sinais transmitidos em
corrente são menos corrompidos por ruído,
relativamente aos sinais transmitidos sob a forma
de tensão.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 68
Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e Definições


‹ Vantagens do uso de sinais em corrente
• Medida/fonte de alimentação: Só são
precisos dois cabos para ligar um transdutor
e sistema de condicionamento de sinal ao
resto da malha de controlo.
• Na figura seguinte, o sinal para o
controlador e proveniente do transdu-
tor, obtém-se através da queda de
tensão V=I.R numa resistência em série
na linha de transmissão.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 69

Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e Definições


‹ Vantagens do uso de sinais em corrente

Sinal para o controlador


V= I×R

R
I
Medida Fonte
I

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 70


Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e Definições


‹ Transmissão do sinal pneumático
• Em muitas situações, numa malha o elemento
final de controlo, é um elemento pneumático
(válvula automática). Geralmente, usam-se
conversores Corrente/Pressão (I/P) para
transformar o sinal eléctrico (4-20 mA) num
sinal pneumático (3 – 15 psi), sinal
normalizado na indústria. Em unidades SI, o
sinal pneumático corresponde a:

• 3 psi = 2,07 * 104 N/m2 ou 20,7 kPa


• 15 psi = 10,34 * 104 N/m2 ou 103,4 kPa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 71

Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e Definições


‹ Esquemas de regulação e controlo de processos
” Em controlo de processos, utiliza-se muitas vezes a
norma de esquemas de tubagens e instrumentação
(Piping & Instrumentation Drawing – P&ID).
”Os símbolos estão normalizados e foram desenvol-
vidos ao longo dos anos pela ISA – Instrument
Society of America.
”Os esquemas são constituídos basicamente por:
• Interligações
• Balões
• Instrumentos
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 72
Introdução ao controlo de processos

„ Exemplo
de um
esquema
de regula-
ção e
controlo
de proces-
sos em
simbologia
P&ID.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 73

Introdução ao controlo de processos

„ Unidades,
Padrões e
Definições
‹ Esquemas P&ID
das tubagens
(processo) e sinais
de medida e de
controlo.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 74


Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e
Definições
‹ Código de letras da
simbologia P&ID, que
aparece nos balões
identificadores dos
instrumentos e restantes
elementos dos esquemas
de regulação.
1ª Coluna: 1ª letra
2ª coluna: 2ª letra
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 75

Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e Definições


‹ Exemplo de aplicação do código anteriormente indicado
(FC).
1ª letra: F -> Caudal (1ª letra)-> Controlador de caudal
2ª letra: C -> Controlo (2ª letra)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 76


Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões
e Definições
‹ Símbolos P&ID de
transdutores e elementos
de controlo final. (Ex: FE
10)
F – Caudal (1ª letra)
E – Elemento primário
(2ª letra) -> Elemento
primário de medição
de caudal –> prato
com orifício calibrado

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 77

Introdução ao controlo de processos

„ Unidades, Padrões e
Definições
‹ Esquema de controlo em
cascata (Fonte: Control
Engineering Magazine)
TY – Relé de temperatura,
montado atrás do painel da
sala de controlo.
T– Temperatura (1ª letra)
Y – Relé (2ª letra)
YIC – Relé de controlo com
indicador (controlo manual)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 78


INSTRUMENTAÇÃO

CAPÍTULO I – Introdução à
Instrumentação
Conceitos básicos sobre
Normalização e Sistemas de
Medida

2006/2007

Organismos de normalização

„ISO (mundial)
„IEC (mundial)
„ISA (mundial)
„CEN (Europa)
„CENELEC (Europa)
„ANSI (EUA)
„IEEE (EUA)
„IPQ (Portugal)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 80


Organismos de normalização
„ A Organização Internacional para a Normalização
(International Organization for Standardization, ISO), foi
estabelecida em 1947 com a missão de promover o
desenvolvimento da normalização, e das várias
actividades associadas, para facilitar a troca internacional
de bens e serviços e para assegurar em simultâneo a
cooperação nas áreas intelectuais, científicas,
tecnológicas e económicas.
„ Actualmente sediada em Geneva, Suíça, conta com mais
de 130 países membros.
„ Os trabalhos relativos à electrotecnia e à electrónica são
desenvolvidos pela IEC
„ WWW site : http://www.iso.ch

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 81

Organismos de normalização
„ A Comissão Electrotécnica Internacional
(International Electrotechnical Commission, IEC) foi
fundada em 1906, em Londres, em resultado de uma
resolução emitida no Congresso Internacional de
Electrotecnia, realizado em St. Louis, EUA, em 1904.
Com um estatuto de organização mundial, é
responsável pela promoção da cooperação entre os
seus vários membros de diferentes países e pela
publicação de normas relacionadas com a
electricidade, electrónica e outras tecnologias afins.
„ Com sede em Geneva, Suíça, conta actualmente com
membros de 46 países.
„ WWW site : http://www.iec.ch
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 82
Organismos de normalização

„ O Guia 25 do ISO/IEC, recentemente publicado,


define os Requisitos Gerais para a Competência de
Laboratórios de Teste e Calibração. Este documento,
disponível na WWW, apresenta as várias
organizações internacionais de acreditação, os
vários organismos nacionais de acreditação, onde se
inclui o Instituto Português da Qualidade, em
Portugal, os organismos de certificação de produtos,
e ainda vários endereços (na forma electrónica)
relacionados com o teste e medição.
„ Ver http://www.microserve.net/~iso25/

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 83

Organismos de normalização
„ A Sociedade Internacional para a Instrumentação e
Controlo (The International Society for
measurement and control of America, ISA) é uma
organização dedicada a engenheiros e técnicos
ligados à área da medição e controlo.
„ É responsável pelo desenvolvimento de normas para
instrumentação, medição, automação e controlo,
sendo a maior organização mundial nestas áreas
específicas.
„ Possui mais de 180 secções locais, espalhadas a
nível mundial, e representa cerca de 110 países.
„ Conta actualmente com mais de 47 mil membros.
„ WWW site : http://www.isa.org/

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 84


Organismos de normalização
„ O Comité Europeu de Normalização (CEN) foi fundado
em 1961, tendo-se instalado provisoriamente em Paris, sob
a égide da AFNOR (organização nacional francesa para
a normalização). Em 1975 mudou-se para Bruxelas.
„ A missão do CEN consiste em promover a harmonização
voluntária da tecnologia na Europa, em conjunto com outros
organismos mundiais, como a ISO, e com todos os seus
países membros.
„ As estatísticas do CEN apontam para mais de 5500 Normas
Europeias já aprovadas e mais de 8000 em desenvolvimento
através de 270 comités técnicos activos.
„ WWW site - http://www.cenorm.be
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 85

Organismos de normalização
„ O Comité Europeu de Normalização Electrotécnica
(Comite Europeen de Normalisation Electro-
technique, CENELEC) foi fundado em 1973, com
estatutos de organização independente de fins não
lucrativos.
„ De acordo com a directiva 83/189 da Comissão
Europeia, o CENELEC é considerada como a
organização responsável pela normalização na área
da Electrotecnia e Electrónica, actuando em estreita
colaboração com o CEN.
„ A cooperação entre o CENELEC e IEC é regulada
pelo ‘Acordo de Dresden’ firmado em Setembro de
1986.
„ WWW site - http://server.cenelec.be
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 86
Organismos de normalização

„ O Instituto Nacional Americano de Normalização


(American National Standards Institute, ANSI) é
considerado uma das maiores federações
internacionais de criação e promoção de normas.
„ Com sede em Nova Iorque, EUA, foi fundada em
1918.
„ Actualmente conta com mais de 1400 membros,
entre companhias comerciais, organizações
independentes e agências governamentais.
„ WWW site - http://web.ansi.org

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 87

Organismos de normalização

„ O ANSI não desenvolve, per si, qualquer tipo de


norma, actuando antes e apenas como um
organismo responsável pela criação e manutenção
de consensos entre os diferentes grupos
intervenientes no processo de desenvolvimento de
normas. Qualquer membro de um destes grupos de
desenvolvimento deverá porém estar acreditado
junto do ANSI, existindo actualmente 175
instituições acreditados.
„ Os números referentes a 1995 apontam para um
total aproximado de 11 500 normas aprovadas pelo
ANSI.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 88


Organismos de normalização

„ O Instituto dos Engenheiros Electrotécnicos e


Electrónicos (Institute of Electrical and Electronic
Engineers, IEEE) foi fundado em 1 de Janeiro de
1963.
„ Esta instituição tem um estatuto privado, não
lucrativo, e conta actualmente com mais de 330 mil
membros, distribuídos por 150 países, sendo
considerada a sociedade profissional de maior
dimensão em todo o mundo.
„ WWW site - http://www.ieee.org

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 89

Organismos de normalização
„ O IEEE:
”produz cerca de 30% da literatura mundial
publicada na área da engenharia electrotécnica,
computação e controlo;
”patrocina cerca de 300 conferências
internacionais;
”possui mais de 800 normas em utilização e
outras 700 em fase de desenvolvimento.
„ O IEEE encontra-se estruturado em 36 sociedades,
cada uma dedicada a uma sub-área específica da
electrotecnia / electrónica.
„ Esta organização possui ainda uma secção
independente dedicada à normalização: o IEEE-SA
(Standards Association)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 90
Organismos de normalização
„ O Instituto Português da Qualidade (IPQ) é o
organismo nacional que gere e desenvolve o Sistema
Português da Qualidade (SPQ) - enquadramento legal
de adesão voluntária para os assuntos da qualidade em
Portugal.
„ No âmbito do SPQ, o IPQ é responsável em Portugal pela
acreditação de entidades, pela normalização nacional,
assegurando a articulação com os organismos europeus e
internacionais de normalização, pelo Laboratório Central de
Metrologia, pela informação técnica na área da qualidade e
pelo Secretariado do Conselho Nacional da Qualidade (CNQ).
„ WWW site -> http://www.ipq.pt
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 91

Organismos de normalização

„No âmbito regulamentar, o IPQ é ainda


responsável pelo controle metrológico
em Portugal e pelo processo
comunitário de notificação prévia de
normas e regras técnicas.
‹Na sua acção, o IPQ orienta a actividade
de numerosos organismos que com ele
colaboram, aplicando os procedimentos
definidos a nível europeu e internacional.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 92
Medição e Erro - Definições
„ Métodos de medição
‹Apesar de existirem diversas formas de
classificação é usual distinguirem-se os seguintes
métodos:
”Indirectos - o valor da grandeza a medir é
obtido através da medição de outras grandezas
funcionalmente associadas (exemplo: área,
potência...)
”Directos - valor da grandeza obtido de forma
imediata. Os métodos de medição por
comparação são considerados uma variante da
medição directa. Os primeiros são ainda
divididos em métodos de medição por
substituição e por zero.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 93

Medição e Erro - Definições

„ Métodos de medição
‹Por substituição - a grandeza a medir é substituída por
uma grandeza da mesma natureza, de valor conhecido,
escolhida de forma a que os efeitos no dispositivo
indicador sejam os mesmos (ex: medição do valor de
resistências pelo método de comparação de
correntes)
‹Por zero - o valor da grandeza a medir é determinado
por equilíbrio, ajustando uma ou várias grandezas, de
valores conhecidos, associados à grandeza a medir por
uma relação de equilíbrio conhecida (ex: medição do
valor de resistências usando a ponte de
Wheatstone)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 94
Medição e Erro - Definições
„ Erro
‹Desvio entre o valor medido e o verdadeiro valor
da grandeza ou variável.
‹Tipos de erros - Grandeza do erro
”Grosseiros absoluto
”Sistemáticos relativo
”Aleatórios
‹Análise estatística
‹Análise probabilística
‹Limites dos erros

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 95

Sistemas de unidades de medida

„ Unidades fundamentais (ou de base)


‹Unidade de medida de uma grandeza base, num
dado sistema de grandezas.
‹Uma grandeza de base é uma grandeza que, num
sistema de grandezas, faz parte de um conjunto
de grandezas que são independentes entre si, i. e.
não existe uma relação física entre elas.
„ Unidades derivadas
‹São definidas à custa das unidades fundamentais.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 96


Sistemas de unidades de medida

„Sistema de unidades
‹Conjunto de unidades estabelecido para um
Sistema de grandezas. Um Sistema de Unidades
compreende um conjunto de unidades base
escolhidas e de unidades derivadas, determina-
das pelas suas equações de definição e os
factores de proporcionalidade.
„Sistema de unidades coerente
‹Os factores de proporcionalidade são todos
iguais a 1.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 97

Sistemas de unidades de medida


„ Sistema Internacional de medidas (SI)
‹Sistema de unidades coerente adoptado e
recomendado pela Conferência Geral de Pesos e
Medidas (em vigor em Portugal).
‹O sistema SI é baseado (presentemente) nas
seguintes sete unidades de base:

• o metro (m) - unidade de comprimento [L]


• o kilograma (kg) - unidade de massa [M]
• o segundo (s) - unidade de tempo [T]
• o ampére (A) - unidade de intensidade de corrente eléctrica [I]
• o Kelvin (K) - unidade de temperatura termodinâmica [Θ]
• a mole (mol) - unidade de quantidade de matéria
• a candela (cd) - unidade de intensidade luminosa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 98


Sistemas de unidades de medida

„Sistema de unidades MKSA


„Sistema de unidades CGS
„Sistema de unidades SI
„….
„Necessidade de existirem tabelas de
conversão de unidades entre os
diferentes sistemas de unidades

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 99

Grandezas eléctricas e
magnéticas
Unidades do Sistema Internacional (SI)
Grandeza e símbolo Nome Símbolo Relação

„ Corrente eléctrica, I ampére A


„ Força electromotriz, E volt V W/A
„ Potencial, V volt V W/A
„ Resistência, R ohm Ω V/A
„ Carga eléctrica, Q coulomb C As
„ Capacidade, C farad F As/V
„ Indutância, L henry H Vs/A

„ Fluxo magnético, Weber Wb Vs

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 100


Múltiplos e submúltiplos
decimais
Nome Símbolo Equivalência
12
tera T 10
9
giga G 10
6
mega M 10
3
kilo k 10
-1
deci d 10
-2
centi c 10
-3
mili m 10
-6
micro µ 10
-9
nano n 10
-12
pico p 10

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 101

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