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Autismo
O transtorno do espectro autista (TEA) também conhecido como transtorno invasivo
do desenvolvimento (TID) ou transtorno global do desenvolvimento (TGD) são os termos
atualmente utilizados para descrever um grupo heterogêneo de condições de
desenvolvimento que afetam a capacidade da pessoa de se relacionar e se comunicar com
os outros. Este grupo caracteriza-se por alterações qualitativas das interações sociais
recíprocas, nas modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades
restrito, estereotipado e repetitivo (OMS, 1993). Estudos epidemiológicos apresentam uma
prevalência de aproximadamente 1 em cada 200 indivíduos (KLIN, 2006),
Histórico:
• 1911 – Bleuller
• 1943 – Kanner
• 1944 – Asperger
• 1967 – Bettelheim
• 1979 – Wing e Gould
• 1987 – DSM-III
• 2002 – DSM-VI e CID-10
• Final do século XX/ Início XXI: Correlação: Autismo X Cognição X Neuroanatomia
Dificuldade de aprendizagem
Grupo sem déficit linguístico;
Dificuldades refletem problemas socioculturais e educacionais;
Podem ter sido experimentadas por qualquer um de nós em alguma disciplina, em
alguma fase da vida;
Pode apresentar problemas pedagógicos ou emocionais primários: mudança
frequente de escola e/ou professor, metodologia inadequada, problemas familiares,
etc.
Distúrbios de aprendizagem
Dislexia
Definição de 1995 (G, REID LYON)
“Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico de origem
constitucional caracterizado por uma dificuldade na decodificação de palavras simples que,
como regra, mostra uma insuficiência no processamento fonológico. Essas dificuldades não
são esperadas com relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas cognitivas; não são
um resultado de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. A dislexia se manifesta
por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem frequentemente incluindo, além
das dificuldades com leitura, uma dificuldade de escrita e de soletração.”
Atual definição de 2003 (SUSAN BRADY, HUGH CATTS, EMERSON DICKMAN, GUINEVERE
EDEN, JACK FLETCHER, JEFFREY GILGER,ROBIN MORIS, HARLEY TOMEY AND THOMAS
VIALL)
“Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela
dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de
decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no
componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades
cognitivas consideradas na faixa etária.”
Discalculia
O termo “transtorno específico das habilidades matemáticas” ou “discalculia” são
comumente empregados para fazer referência às dificuldades das habilidades matemáticas
que envolvem diversos sistemas cognitivos. Mais recentemente também foi introduzido o
termo “discalculia do desenvolvimento” (BUTTERWORTH, 2005) para fazer referência aos
transtornos específicos envolvendo o senso numérico (DEHAENE, 1997).
O transtorno específico das habilidades matemáticas pode se apresentar isoladamente ou
em combinação com outros transtornos específicos de aprendizagem, como a dislexia, por
exemplo.
Disortografia
O transtorno específico da grafia que, geralmente, acompanha a dislexia é conhecido como
disortorgrafia. É a dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem
escrita. Segundo a fonoaudióloga Fernanda marques, “é a alteração na planificação da
linguagem escrita, causando transtorno na aprendizagem da ortografia, gramática e
redação”. Os órgãos sensoriais estão intactos e devem passar por uma instrução adequada.
Traçado incorreto da letra, lentidão, alteração no espaço, sujeira e falta de clareza na escrita,
inteligibilidade são alguns sinais da disortografia. Muitas pessoas também se queixam de
dores nas mãos ou nos braços, pois fazem força para escrever. A pessoa que sofre
de disortografia tende a escrever textos curtos, a ter dificuldade no uso de coordenação e
subordinação das orações, dificuldade em perceber os sinais de pontuação, falta de vontade
para escrever.
Sendo a disortografia um problema na escrita, veja abaixo alguns exemplos:
- substituição:
Exemplo: “todos” por “totos”
- omissão:
Exemplo: “chuva forte” por “chuva fote”
- acréscimo de letras ou sílabas:
Exemplo: “estranho” por “estrainho”
-separação:
Exemplo: “está embaixo da cama” por “está em baixo da cama”
Ou “caiu uma chuva” por “caiu um a chuva”
- junção:
Exemplo: “a lua está entre as nuvens” por “alua está entreas nuvens”
Considera-se que, até a segunda série seja comum as crianças se confundirem
ortograficamente, dado que a relação com o som e a palavra escrita ainda não está
dominada. Para que seja diagnosticada a disortografia, a criança não pode ter alterações
intelectuais, sensoriais, neurológicas, motoras e afetivas. Esse é um transtorno funcional
que afeta a forma, inteligibilidade, significado e o ritmo da escrita. Isto é, o desenho da letra
não estará adequado à verdadeira escrita.
Surdez
Surdez, prejuízo auditivo ou perda auditiva é uma inabilidade total ou parcial de ouvir1 .
É causada por diferentes fatores, como idade, ruídos, doenças, intoxicações, traumas físicos,
etc. Há um diagnóstico para determinar a severidade do prejuízo auditivo, medida em
decibéis, e categorizada em suave, moderada, moderadamente severa ou profunda. A surdez
também pode ser definida em três pontos de vista: ponto de
vista médico, educacional ou cultural.
A surdez gera um prejuízo grave na aquisição de linguagem por ausência de entrada
sensorial devido à falta de estimulação adequada.
Difere das demais alterações principalmente porque os aspectos cognitivos (memória,
atenção e linguagem) geralmente estão preservados.