Você está na página 1de 1

Investigação da circulação de flavivírus em equinos nas

mesorregiões geográficas Noroeste Fluminense, Baixada


Litorânea e Metropolitana do estado do Rio de Janeiro
Flávia L. Levy¹ ³, Alex Pauvolid², Rita MR Nogueira¹, Patricia C. Sequeira¹ & Ana Maria B. de Filippis¹
1 Laboratório de Flavivírus, Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz, Caixa Postal 21040-360 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Email: flavia.levy@ioc.fiocruz.br 2
Arbovirus Disease Branch, Centers for Disease Control and Prevention, 3 Bolsista do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical.Instituto
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, 21040-360 Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Introdução Epidemias e epizootias causadas por arbovírus vêm sendo reportadas mundialmente. Entre os de importância médica e veterinária nas
Américas, estão os classificados no gênero Flavivirus, família Flaviviridae. O efetivo de equinos no estado do Rio de Janeiro é composto de um grande rebanho e, a
circulação de flavivírus nesta população é pouco conhecida. Através de inquérito para pesquisa de anticorpos anti-flavivírus inferimos a circulação desses vírus nas
mesorregiões Noroeste Fluminense, Baixada Litorânea e Metropolitana do Rio de Janeiro.

Objetivo
Pesquisar a circulação de flavivírus em equinos residentes nas mesorregiões Noroeste Fluminense, Baixada Litorânea e Metropolitana do Rio de Janeiro

Objetivos Específicos:
Realizar inquérito sorológico em população equina do estado do Rio de Janeiro, utilizando o método de ELISA de bloqueio para a pesquisa de anticorpos anti-flavivírus
Analisar a distribuição de equinos positivos para flavivírus, em determinado município e/ou mesorregião.

Metodologia Figura 1: Distribuição das propriedades coletadas nas Mesorregiões e Municípios do


Estado do Rio de Janeiro.
Cento e cinquenta e oito amostras de soros coletadas de equinos
assintomáticos foram submetidas ao teste ELISA de bloqueio com o
anticorpo monoclonal reativo ao grupo dos flavivírus (MAb 6B6C-1) em
ensaios de inibição com soro.

A soropositividade foi considerada para amostras que apresentaram o


percentual de inibição maior ou igual a 30%.

Resultados Tabela 1: Municípios que apresentaram equinos soropositivos para flavivírus e percentual de
inibição com relação à localização geográfica.
N° Animais
Nº Animais % Positivos por Média do
Gráfico 1- Frquencia de animais Mesorregião testados por
Municípios Mesorregião Percentual de
soropositivos e não Geográfica Soropositivos Mesorregião
Geográfica inibição
Geográfica
soropositivos para o grupo dos Bom Jesus do
flavivírus em 158 soros Noroeste 8 57,22%
Itabapoana 68 30%
testados. Fluminense 13 61,20%
Itaperuna
Animais Soropositivos Animais Soronegativos
Araruama
5 40,30%
Baixadas Saquarema
32,27,% 10 46 47,82% 58,53%
Litorâneas Casemiro de
7 56,15%
67,72% Abreu
Duque de 3 17
Caxias
Metropolitana 18,18% 55,22%
Cachoeiras de
Macacú 5 27
Total: 51 158 32,27% 54,77%

Conclusão
Os resultados obtidos através do ELISA de bloqueio, um método rápido e eficaz que permite avaliar a soropositividade com alta especificidade para flavivírus,
sugerem a circulação destes no estado do Rio de Janeiro. A região da baixada litorânea apresentou maior percentual de positividade , equivalente a estudo de
soroprevalência utilizando método sorológico similar, realizados no Brasil. Sendo assim, para a caracterização destes vírus será necessário a continuação do teste
analisando os soros positivos contra antígenos e anticorpos monoclonais específicos.

Agradececimentos: Ao setor de Arbovirologia do Instituto Evandro Chagas/Belém pela doação dos antígenos

Você também pode gostar