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AFECÇÕES

ESTOMATOLÓGICAS NA
INFÂNCIA ADOLESCÊNCIA
Agentes infecciosos promotores de lesão em
mucosa bucal

- Vírus

- Bactérias

- Fungos ou leveduras
AGENTES INFECCIOSOS PROMOTORES DE
LESÃO EM MUCOSA BUCAL

VÍRUS
Vírus do herpes simples
(HSV)

- Gengivoestomatite herpética primária (HSV-1)

- Primoinfecção seguida de latência vitalícia e


reativação esporádica no organismo humano
AGENTES INFECCIOSOS PROMOTORES DE
LESÃO EM MUCOSA BUCAL

HSV-1
Gengivoestomatite herpética
1 a 30%
Infecção subclínica
80 a 99%

Seguida de latência vitalícia e reativação


esporádica no organismo humano, na
forma de herpes labial recorrente.
GENGIVOESTOMATITE
HERPÉTICA
• Idade: 2 a 6 anos

• Características: vesículas orais e periorais que se rompem


deixando úlceras doloridas cobertas com membrana de cor
amarelo-acinzentada
GENGIVOESTOMATITE
HERPÉTICA
Início do quadro clínico: 24 a 36hs (Prodômico) – Febre alta, inapetência,
cefaléia, mal estar, linfadenopatia regional.

Início dos sinais e sintomas bucais: Sialorréia, ardência bucal, mucosa


eritematosa e edemaciada.

Período de incubação: 7 a 10 dias

Transmissão: Líquido de lesões ativas ou saliva


GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA
Lesões na mucosa bucal:
-Numerosas pequenas vesículas
- Ulcerações superficiais com bordas eritematosas
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA
Pseudomembrana e crosta
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA
TRATAMENTO
Restringir o contato com lesões ativas

Analgésico e antitérmico: paracetamol (1gt/Kg), ibuprofeno, dipirona

Cepacaína spray (cloridrato de diclonina 0,5%); bromelim spray com própolis –


antes das refeições.

V.A.S.A

Antivirais tópicos não são recomendado

Higiene bucal e Alimentação branda

 Vírus inativo após infecção – 30% Herpes labial recorrente


V.A.S.A.
VIOLETA GECIANA ............................600mg
VILESTESIN 2% S/VASO .....................1,5ml
SACARINA ................................................0,5ml
ÁGUA q.s.p. ................................................30ml

Pereira 2001
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA

Tratamento em casos severos ou


crianças imunocomprometidas:

Antiviral sistêmico: aciclovir – 15 a 20mg/Kg/dia


cinco vezes ao dia por 5-7 dias
HERPES LABIAL RECORRENTE
Reativação:

-Febre, vento, radiação UV, stress, periodo menstrual,


manipulação cirúrgica.
-Prodomo (60%) – 1 a 2 dias – dor, ardor, queimação, prurido
e parestesia
- Lesão na borda labial – 3 a 5 lesões com cicatrização
completa de 8 a 10 dias
-Excreção silenciosa – 1% do dia em crianças e 5-10% em
adultos

Red Book AAP 2006; Prober, 2008;


Chayavichitsilp et al, 2009
HERPES LABIAL RECORRENTE
Tratamento

Restringir o contato com lesões ativas


Aciclovir (5%) ou penciclovir tópico 4h/4h
Profilaxia Aciclovir sitêmico 400mg 2x/dia e FPS 15
VÍRUS COXSACKIE
DOENÇA DA MÃO, PÉ E BOCA

• Febre baixa

•Vesículas em lábios, língua, mucosa jugal, gengivas, faringe posterior e amigdalas que
podem ulcerar

• -Exantema maculopapular ou vesicular em mãos, pés e nádegas

• Duração 7 dias
VÍRUS COXSACKIE
DOENÇA DA MÃO, PÉ E BOCA

Lesões pápulo-vesiculosas com


eritema subjacente, que atingem
pés e mãos, associadas às lesões
orais e faringotonsilares.
VÍRUS COXSACKIE
HERPANGINA

-Febre baixa e amigdalite

-Vesículas em palato mole, amigdala, úvula e faringe


posterior que podem ulceral

- Tratamento dos sintomas e Duração 4 a 7 dias


Vírus varicela (catapora)

 Lesões semelhantes a bolhas, bochecha, gengiva, língua e palato, atingem também - mucosa
da faringe.
 As vesículas são elevadas e com eritema circundante. Na mucosa bucal, elas rompem-se logo
que se formam e dão origem a úlceras rasas e indolores, com margens avermelhadas.
PAPILOMA VIRUS HUMANO (HPV)
VERRUGA VULGAR

•Lesão benigina contagiosa

• Forma papular ou nodular firme, séssil ou pediculada,


esbranquiçadas e menores que 5 mm

•Comum na infância

•Vermelhão do lábio, mucosa labial e lingua


PAPILOMA
VIRUS
HUMANO
(HPV)
VERRUGA
VULGAR
PAPILOMA VIRUS HUMANO (HPV)
VERRUGA VULGAR

Tratamento:
- Excisão conservadora
- 2/3 das lesões em crianças desaparecem em dois anos
(Neville et al., 2004)
AGENTES INFECCIOSOS PROMOTORES DE
LESÃO EM MUCOSA BUCAL
Fungos

Candida sp

- Candidíase é a mais comum das infecções por fungos que acometem a boca

- Próteses mal adaptadas e mal higienizadas, mudanças na microbiota oral, uso


prolongado de antibióticos, corticóides, imunosupressores, doenças que causam
deficiência da imunidade

Mizuka 2005
Fungos
Candidose pseudomembranosa aguda
ou estomatite cremosa ( Sapinho)

Infecção resultante da proliferação da Candida albicans


Fungos
Candidose pseudomembranosa aguda ou estomatite cremosa

- Placas brancas removíveis em qualquer lugar da mucosa oral


- Mucosa subjacente eritematosa e hemorrágica
-Leve sensação de queimação
- Uso de corticóides spray oral (doenças respiratórias)
Fungos
Candidose pseudomembranosa aguda ou estomatite cremosa

“44% das chupetas são colonizadas por Candida sp” (Manning et al., 1985)

“A chupeta pode constituir-se em reservatório de leveduras” (Darwazeh e Al-bashir, 1995)


Fungos
Candidose pseudomembranosa aguda ou estomatite cremosa

Tratamento tópico:
Nistatina, cetoconazol, fluconazol, itraconazol, miconazol, anfotericina B.

Drogas antifúngicas x crianças


Eleição: Nistatina
Cetoconazol: alta toxicidade hepática. Risco de desenvolvimento de
hepatite tóxica.
Anfotericina B: taquicardia e hipertensão em crianças.
NISTANINA SUSPENSÃO
100.000 UI/ML
APLICAÇÃO SOBRE AS LESÕES 4
VEZES AO DIA
Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida

Ulceração aftosa recorrente


-Lesões dolorosas unitárias ou múltiplas arrendonadas cobertas por uma pseudomenbrana
esbranquiçada envolta por um por halo eritematoso.

-Variação de tamanho, número e duração da lesão.

- Fase prodômica: Formigamento e ardência e não são precedidas de vesiculas, sem lesão
nos lábios ou periorais
Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida
Ulceração aftosa recorrente
Variante menor
- Afetam cerca de 80% dos pacientes acometidos - comuns na infância e adolescência

- Tamanho inferior a 1cm

– Menor percentual de recidiva

–Aréas mais comuns:: Mucosa labial, jugal, ventre lingual e assoalho bucal

- Raramente na gengiva palato duro e dorso da língua

- Persistem por 7 a 14 dias e não deixam cicatrizes


Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida
Ulceração aftosa recorrente
Variante menor
Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida
Ulceração aftosa recorrente
Variante maior
-Ulceração aftosa maior, periadenite mucosa necrótica recorrente ou afta de Sutton.
-Prevalência de 10% na população acometida (após a puberdade)
-Persistem por 3 a 6 semanas
-Mucosa jugal e palato mole
-Diâmetro superior a 1cm
-Dificuldade na mastigação e deglutição
- Podem deixar cicatrizes
Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida
Ulceração aftosa recorrente
Úlcera herpetiforme
-Grande número de lesões em toda a cavidade bucal variando de 1 a 3 mm semelhante a
gengivoestomatite herpética primária (sem precedência de vesiculas)

-Alta frequência de recorrência (adultos)

-Duração 7 a 10 dias sem deixar cicatrizes


Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida
Ulceração aftosa recorrente
Fatores relacionados à etiologia (Hipóteses)
-Imunidade celular alterada
-Hereditariedade
-Distúrbios endócrinos
-Estresse e problemas emocionais
-Alterações sistêmicas
-Distúrbios nutricionais (deficiência de vitamina B1, B2, B6, B12, ferro)
- Dieta
- Traumas ou irritantes locais
Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida
Ulceração aftosa recorrente
TRATAMENTO
 Lesões brandas – sem tratamento ou apenas uso tópico
 Pacientes com episódios frequentes e lesões severas com dor e dificuldade de
alimentação – tratamento tópico e corticosteróide sitemico
 Tratar sintomas (reduzir inflamação e dor)
 DEFEITO IMUNIDADE e processo não infeccioso: Corticosteróides
Lesões em mucosa bucal de etiologia desconhecida
Ulceração aftosa recorrente
TRATAMENTO
 Uso tópico Triancinolana (Oncilon A em orabase) ou fluocinonida
 Eficácia maior na fase inicial da lesão –Atividade máxima dos
linfócitos
 Corticosteróides sistêmicos (prednisona)
 Alimentos ácidos, duros, salgados, crustáceos, frutas cítricas e
álcool
 Creme dental livre de lauril sulfato de sódio (Herlofson e
Barkwoll)
 Laser de baixa intensidade
 Dificuldade de prevenir recorrências – Diversidade de possíveis
fatores etiológicos
Os cirurgiões dentistas são frequentemente os primeiros
profissionais da saúde a diagnosticar doenças sistêmicas
através da observação de suas manifestações orais.
Barron et al., 2003
Condições sistêmicas com manifestações orais
Pacientes imunocomprometidos

• - Cavidade oral: Barreira física local de defesa imunológica contra patógenos

• - HIV: Alta frequencia de lesões bucaistes (Candidíase)

• - Leucemia: Doença periodontal, hiperplasia gengical e GUNA

• - Uso frequente de imunossupressores


OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!

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