Você está na página 1de 14

Prof.

Sabrina Moraes
AULAS 9 À 12

GÊNEROS ARGUMENTATIVOS

Atualmente, muitas são as pesquisas que discutem a presença dos


gêneros textuais no ensino, pois falar em gênero textual é pensar nas diversas
formas de textos existentes e que circulam diariamente nas mais variadas
esferas comunicativas. Isso significa que precisamos conhecer e nos
familiarizar com os diversos gêneros textuais que circulam em nossa
sociedade. Precisamos saber produzir vários gêneros textuais. Os gêneros
circulam nas diversas esferas sociais, porque a todo e qualquer momento os
utilizamos. Por isso, é imprescindível que o homem os domine durante os atos
discursivos, uma vez que a língua é moldada pela linguagem, e esta, por sua
vez, é moldada por gêneros textuais.

A questão é que apenas conhecer os gêneros não é suficiente,


precisamos também compreendermos as relações de sentido que se
constroem nas situações discursivas. Vale ressaltar que não é que o sujeito
deva produzir todos os gêneros, mas sim aqueles que estão mais presentes no
seu dia a dia, isto é, aqueles que são mais empregados nas esferas
comunicativas em que interage, pois é por meio do gênero que o homem
estabelece, cria e recria as formas de comunicação/linguagem.

Dessa maneira, Bakhtin (1997) ao tratar dos gêneros textuais levou em


conta a relação de três aspectos característicos. O primeiro deles seria o
conteúdo temático que condiz com o tema proposto no tipo de produção. O
estilo, por sua vez, se direciona aos elementos linguísticos que compõem o
texto, por exemplo, tipos de estruturação e conclusão de um todo. Enquanto
que a construção composicional se caracteriza com a estruturação e o
acabamento do texto.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 1
Prof. Sabrina Moraes

Mikhail Bakhtin dedicou a vida à definição de noções, conceitos e categorias


de análise da linguagem com base em discursos cotidianos, artísticos,
filosóficos, científicos e institucionais. Em sua trajetória, notável pelo volume
de textos, ensaios e livros redigidos, esse filósofo russo não esteve sozinho.
Foi um dos mais destacados pensadores de uma rede de profissionais
preocupados com as formas de estudar linguagem, literatura e arte, que
incluía o linguista Valentin Voloshinov (1895-1936) e o teórico literário Pavel
Medvedev (1891-1938).

Um dos aspectos mais inovadores da produção do Círculo de Bakhtin, como


ficou conhecido o grupo, foi enxergar a linguagem como um constante
processo de interação mediado pelo diálogo - e não apenas como um sistema
autônomo. "A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não
conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças
aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação
efetiva com as pessoas que nos rodeiam", escreveu o filósofo.

Segundo essa concepção, a língua só existe em função do uso que locutores


(quem fala ou escreve) e interlocutores (quem lê ou escuta) fazem dela em
situações (prosaicas ou formais) de comunicação. O ensinar, o aprender e o
empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o agente das
relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos.
Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para formular
suas falas e redigir seus textos. Além disso, um enunciado sempre é
modulado pelo falante para o contexto social, histórico, cultural e ideológico.
"Caso contrário, ele não será compreendido", explica a linguista Beth Brait,
estudiosa de Bakhtin e professora associada da Universidade de São Paulo
(USP) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), ambas na capital paulista.

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 2
Prof. Sabrina Moraes

Nessa relação dialógica entre locutor e interlocutor no meio social, em que o


verbal e o não-verbal influenciam de maneira determinante a construção dos
enunciados, outro dado ganhou contornos de tese: a interação por meio da
linguagem se dá num contexto em que todos participam em condição de
igualdade. Aquele que enuncia seleciona palavras apropriadas para formular
uma mensagem compreensível para seus destinatários. Por outro lado, o
interlocutor interpreta e responde com postura ativa àquele enunciado,
internamente (por meio de seus pensamentos) ou externamente (por meio de
um novo enunciado oral ou escrito).

Cada esfera de produção exige uma escolha de palavras

A reflexão bakhtiniana sobre a linguagem e suas infinitas possibilidades


privilegiou o romance como objeto de estudo, especialmente a prosa do autor
russo Fiodor Dostoiévski (1821-1881). De acordo com Irene Machado, doutora
em Letras pela USP e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC, isso
não se deve ao fato de esse ser o gênero de maior expressão na cultura
letrada. "O romance só interessou a Bakhtin porque este viu nele a
representação da voz na figura dos homens que falam, discutem ideias e
procuram posicionar-se no mundo", explica ela em Bakhtin Conceitos-Chave,
livro organizado por Beth Brait.

O exame dos discursos no romance possibilitou ao pensador percorrer


também os caminhos da análise das práticas de linguagem no dia a dia.
Nesse ir e vir entre discursos artísticos e cotidianos, Bakhtin instaurou uma
linha de pensamento alternativa à retórica e à poética delineadas por
Aristóteles (384-322 a.C.) e consagradas até então nas análises de gêneros
literários.

Uma das distinções que ele se permite fazer é a classificação dos gêneros

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 3
Prof. Sabrina Moraes
quanto às esferas de uso da linguagem. Os discursivos primários são
espontâneos e se dão no âmbito da comunicação cotidiana, que pode ocorrer
na praça, na feira ou no ambiente de trabalho. Já os secundários são
produzidos com base em códigos culturais elaborados, como a escrita (em
romances, reportagens, ensaios etc.).

Para cada esfera de produção, circulação e recepção de discursos, existem


gêneros apropriados. Todo discurso requer uma escolha diferente de palavras,
que determina o estilo da mensagem. "Não há receita pronta. Se o aluno não
ler muita poesia, dificilmente será capaz de escrever uma respeitando as
marcas do gênero", exemplifica Brait.

Ao considerar a importância do sujeito, das esferas de comunicação e dos


contextos históricos, sociais, culturais e ideológicos no uso efetivo da
linguagem, Bakhtin e o Círculo engendraram uma abertura conceitual que
permite, hoje, analisar as formações discursivas dos meios de comunicação
de massa e das modernas mídias digitais. Suas teorias, fundamentadas no
diálogo, a forma mais elementar de comunicação, mantêm a atualidade graças
à incrível capacidade de se relacionar com o passado, o presente e o futuro.

Biografia

Desde cedo, intensa produção intelectual

Mikhail Mikhailóvitch Bakhtin nasceu em Orel, ao sul de Moscou, em 1895.


Aos 23 anos, formou-se em História e Filologia na Universidade de São
Petersburgo, mesma época em que iniciou encontros para discutir linguagem,
arte e literatura com intelectuais de formações variadas, no que se tornaria o
Círculo de Bakhtin. Em vida, publicou poucos livros, com destaque para
Problemas da Poética de Dostoiévski (1929). Até hoje, porém, paira a dúvida
sobre quem escreveu outras obras assinadas por colegas do Círculo (há

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 4
Prof. Sabrina Moraes
traduções que as atribuem também a Bakhtin). Durante o regime stalinista, o
grupo passou a ser perseguido e Bakhtin foi condenado a seis anos de exílio
no Cazaquistão (só ao retornar, ele finalizou sua tese de doutorado sobre
cultura popular na Idade Média e no Renascimento). Suas produções
chegaram ao Ocidente nos anos 1970 - e, uma década mais tarde, ao Brasil.
Mas Bakhtin já havia morrido, em 1975, de inflamação aguda nos ossos.

Os caminhos de Bakhtin

Pensar a linguagem para além das teorias da época

Bakhtin e seu Círculo dialogaram com as principais correntes de pensamento


de seu tempo. Na Rússia da década de 1920, tinham destaque as teorias de
Karl Marx (1818-1883), das quais o Círculo aproveitou a noção fundamental da
vida vivida como origem da formação da consciência. Na mesma época, o
formalismo imperava como modelo de análise da literatura. Segundo essa
linha, o primeiro passo para a construção de uma ciência literária era
considerar nesse campo de estudo apenas o que fosse estritamente "literário"
(com ênfase na poesia e num claro desprezo à prosa, considerada gênero
menor, o que mereceu contestações severas do Círculo). No que tange à
reflexão sobre a linguagem, as teorias bakhtinianas se distanciaram da
abordagem proposta pelo suíço Ferdinand Saussure (1857-1913), que
concebia a língua como social apenas no que concerne às trocas entre os
indivíduos. Bakhtin e o Círculo, porém, viam a língua sofrer influências do
contexto social, da ideologia dominante e da luta de classes. Por isso, era ao
mesmo tempo produto e produtora de ideologias.

É levando em conta o modo de realização do gênero que Bakhtin (1997)


os classifica como primários e secundários. Os primários seriam os gêneros de
simples produção, ou seja, que são produzidos nas atividades corriqueiras do

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 5
Prof. Sabrina Moraes
cotidiano e que são espontâneos. Já os secundários seriam os gêneros que
apresentam um acabamento mais elaborado, que circulam dentro de situações
específicas formais, por exemplo, a participação em um debate, um abaixo-
assinado, ministrar um seminário, dentre outros.

Depois de vermos um pouco sobre os gêneros em geral, trataremos


agora sobre o gênero argumentativo, que é nosso objetivo principal nessa aula.

ARGUMENTAÇÃO

Durante muito tempo, a argumentação era tida, pelos gregos, como a


arte de falar em público. Com Aristóteles, essa prática consistia no
desenvolvimento de uma argumentação lógica formalista e sistemática em que
predominava a elaboração de métodos dedutivos, os quais eram estabelecidos
numa relação orador/público. Em outras palavras, a argumentação era vista
como a arte retórica que tinha a pretensão da persuasão. Além disso, essa
retórica era estabelecida num plano formal e racional do pensamento com
provas lógicas de raciocínio.

Dessa maneira, são inegáveis as contribuições que Aristóteles levou ao


campo da retórica. No entanto, algumas críticas foram feitas às bases
Aristotélicas, sobretudo no que diz respeito ao raciocínio lógico do pensamento.
Por meio disso, outros estudiosos, como por exemplo, Chaim Perelman e
Obrechts-Tyteca, no ano de 1996, trouxeram novas discussões no âmbito da
retórica, por meio da publicação do livro Tratado da Argumentação: a nova
retórica, isto é, lançaram um novo olhar para os estudos da argumentação,
mas numa concepção diferenciada daquela defendida por Aristóteles. Esses
estudiosos, apesar de terem uma vinculação à tradição retórica de Aristóteles,
romperam com as bases logicistas do pensamento racional Aristotélico, ou
seja, deram uma nova roupagem aos estudos retóricos.

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 6
Prof. Sabrina Moraes
Perelman e Obrechts-Tyteca (2005), ao desenvolverem os estudos da
nova retórica, levaram em conta a noção de auditório estabelecido por
Aristóteles, mas numa perspectiva diferente, isto é:

[...] a concepção de auditório vista sob a ótica da heterogeneidade, que


supõe a existência de vários indivíduos, pensando de forma diferente e
possivelmente chegando também a conclusões diferentes. (RIBEIRO,
2009, p. 27).

A noção de auditório colocada por esses estudiosos nos faz


compreender que é na relação entre orador (argumentador) e auditório que o
sentido da argumentação se constrói, pois é na interação discursiva e
heterogênea que os sujeitos têm a possibilidade de conclusões diferentes (e
não apenas uma), e, até mesmo, a possibilidade de uma conversação múltipla.

Diante desse exposto, Perelman e Obrechts-Tyteca (2005), concebem a


noção de auditório em três divisões. A primeira delas corresponde ao auditório
particular, aquele em que o orador direciona seu discurso a um ou mais
interlocutores no momento discursivo. A segunda divisão se refere ao auditório
universal, aquele constituído por todos os homens. Enquanto que o auditório
individual é composto pelo próprio indivíduo no ato deliberativo. Além disso, se
torna capaz de “experimentar o valor de seus próprios argumentos”
(PERELMAN; OBRECHTS-TYTECA, 2005, p.46).

Sabemos que, dentre os tipos textuais, destaca-se o argumentativo, que,


como já vimos, tem como objetivo discursivo convencer o interlocutor a respeito
de determinado ponto de vista. A atividade de argumentar pode ser feita de
diferentes maneiras, seguindo distintos formatos. Cada um desses formatos
corresponderá a uma concretização textual específica, sendo chamados de
gêneros textuais, nesse caso, argumentativos.

Então, tratemos de travar contato aqui com os principais gêneros


argumentativos. Primeiramente, delimitemos que estamos aqui a tratar mais
diretamente de gêneros textuais escritos, uma vez que há muitos gêneros
Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 7
Prof. Sabrina Moraes
argumentativos orais também (palestras, debates, comícios, discursos de
defesa, discurso de acusação, diálogos argumentativos, assembleias etc).
Também não consideraremos aqui os gêneros argumentativos digitais, como
blogs, fóruns virtuais e outros. Dentre os principais exemplos de argumentação
escrita de que aqui trataremos, destacamos a própria dissertação, o artigo de
opinião, a crônica argumentativa, o editorial, a resenha crítica, a carta de
solicitação/de reclamação, a carta de leitor.

Uma questão que estabelece a marca de cada um desses gêneros é a


quem cada texto se dirige, ou seja, quem é o seu leitor. Assim, apresentamos,
a partir daí, uma divisão de estudo desses textos.

Gênero Marcas
Quem é o leitor? Observações
Argumentativo estruturais
Texto impessoal,
sem marcas de Pode haver ainda
interlocução, em dissertação de
linguagem tom pessoal.
Leitor universal,
Dissertação objetiva e padrão Contudo, essa é
qualquer um.
culto, com rígida de cobrança
divisão das partes escassa em
do texto concursos.
argumentativo.
O texto deve se
adequar ao perfil
do público.
Assim, suas
O artigo de
marcas de
opinião, de modo
formalidade ou
Um certo público geral, é dos
Artigo de informalidade
leitor de dada gêneros
opinião dependerão
publicação. argumentativos
disso. No geral,
mais livres e
sua estrutura é
fluídos que há.
menos rígida e
costuma se
admitir tom
pessoal.
Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 8
Prof. Sabrina Moraes
Esse texto é dum
remetente
específico a um
destinatário
também
específico.
Portanto, são
obrigatórias tanto A distinção entre
a primeira pessoa solicitação e
Carta de
O destinatário da quanto marcas de reclamação não
solicitação ou
carta. interlocução, é,
de reclamação
além do necessariamente,
cabeçalho com rigorosa.
local e data, do
vocativo e da
saudação
introdutórias, bem
como a
despedida e
assinatura.
Esse texto se
assemelha ao
modelo geral das
No geral, é um
O editor da cartas
texto bastante
Carta de leitor revista ou autor argumentativas,
objetivo e
de dada matéria. no entanto,
conciso.
prescinde de
cabeçalho com
local e data.
Expressa a
opinião de certa
publicação,
falando, portanto
O público leitor de
em nome
Editorial determinada
coletivo. Sua
publicação
linguagem tende
a ser formal,
embora
acompanhe a

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 9
Prof. Sabrina Moraes
expectativa do
público leitor.
Esse texto
partilha da Em geral, essa
liberdade geral da modalidade de
O público leitor da
Crônica crônica narrativa crônica pode se
publicação que
argumentativa e tem em comum aproximar
conterá a crônica.
com esse uma bastante do artigo
motivação do de opinião.
cotidiano.
O texto consiste Pode ser
O público de em um resumo pensada como
certa publicação comentado e uma versão
Resenha crítica
artística ou opinativo sobre bastante
crítica. dada obra ou simplificada do
trecho de obra. ensaio.

Exemplos:

Dissertação

Os problemas de trânsito atuais de qualquer grande cidade são motivos de


transtornos vários a seus cidadãos. No município do Rio de Janeiro, isso não é
diferente e assume contornos dramáticos, em meio às obras por que passa a
metrópole. Os engarrafamentos se dão em escala gigantesca, paralisando
veículos, a produção e a vida das pessoas.

Artigo de Opinião (em uma revista de algum nível de informalidade):

Não vem sendo fácil pro carioca suportar os engarrafamentos que tomam conta
da cidade por conta das obras profundas que vem ocorrendo. A cidade, de
cabelo em pé, buzina sem parar buscando algum ponto de fuga. Somos quase
o Estacionamento de Janeiro.

Carta Argumentativa:

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 10
Prof. Sabrina Moraes
Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2013.

Excelentíssimo Sr. Prefeito da cidade do Rio de Janeiro,

Venho, por meio desta, manifestar-me quanto à situação caótica que ora nos
encontramos na cidade governada por V. Exª. A situação é mais do que
periclitante, atingindo níveis de inviabilidade que põem em xeque o bom
funcionamento de serviços ao conjunto dos cidadãos.

Carta de leitor:

Caros editores da Revista Hoje, em seu último número, havia uma matéria que
tratava das mudanças em curso na cidade do Rio de Janeiro. Gostaria de aqui
problematizar um ponto argumentado por vocês naquela matéria: a do preço
necessário a se pagar por tais mudanças.

Editorial:

A Gazeta de Notícias traz a seu público a sua opinião independente acerca das
mudanças ora em curso na cidade do Rio de Janeiro, bem como de seus
desdobramentos ao conjunto da população atual e futura.

Crônica Argumentativa:

Essa semana testemunhei uma cena inusitada. Uma velhinha esbravejava


cobras e lagartos e outros répteis mais de difícil identificação, após ser fechada
no trânsito cada vez mais alarmante do Rio de Janeiro. Ora, essa é apenas a
ponta do iceberg desse inferno que tem se tornado se locomover dentro de um
veículo na cidade.

Resenha Crítica:

Na obra Carros e cidades, de Alexandre Silveira Pontes, a questão principal em


discussão é o modelo de desenvolvimento rodoviário e seu impacto à vida das
Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 11
Prof. Sabrina Moraes
cidades brasileiras. Esse ponto de vista assume especificidades e
exemplificações várias ao longo dos sete capítulos da obra, os quais
apresentaremos aqui.

Como se observa, o leitor alvo causa modificações de formato bem


marcantes, evidenciando também distintas finalidades, para além da
argumentação.

REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, Anderson Ulisses S. Gêneros argumentativos. Disponível


em: <http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-texto/generos-
argumentativos.html>. Acesso em: março/2017.

NASCIMENTO, Anderson Ulisses S. Argumentação. Disponível em:


<http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-
argumentativo/argumentacao.html>. Acesso em: março/2017.

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Gêneros textuais argumentativos.


Disponível em: <http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-
argumentativo/argumentacao.html>. Acesso em: março/2017.

MARTINS, Claudia Graciela Calcagno. et al. Leitura e escrita: trabalhando


gêneros argumentativos. Rio Grande do Sul: UNIPAMPA, 2011. Disponível
em: <http://seer.unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/3077>. Acesso
em: março/2017,

VIDON, Luciano Novaes. A prática escolar de ensino de gêneros do


discurso argumentativo: pedagogia da dessubjetivação. Disponível em:

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 12
Prof. Sabrina Moraes
<http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/42/el42_v2_maio-
ago_t14.pdf>. Acesso em: março/2017.

RIBEIRO, Letícia Hettwen; CUNHA, Adriana da. A importância dos gêneros


argumentativos na escola. UNIOESTE: II colóquio de práticas docentes.

MELO, Bárbara Olímpia Ramos de; ROCHA, Carmem Lúcia da Cunha. As


propostas de produções orais de gêneros argumentativos no livro
“vontade de saber português” do 8º ano. Ceará: Linguagem em foco, v. 8,
n.1, 2016. Disponível em:
<http://www.uece.br/linguagememfoco/dmdocuments/vol%208%20n%201%202
016%20-%20artigo%203.pdf>. Acesso em: março/2017.

MARTINS, Claudia. Gêneros textuais argumentativos e persuasivo: carta


de reclamação e de solicitação. Carta aberta, abaixo assinado, manifesto,
carta do leitor, artigo de opinião e seus modelos. Disponível em:
<https://loucosportecnologias.blogspot.com.br/2014/10/generos-textuais-
argumentativos-e.html>. Acesso em: março/2017.

LEITE, Loreni. Gêneros argumentativos: artigo de opinião. Disponível em:


<https://loreni.com.br/generos-argumentativos-artigo-de-opiniao/>. Acesso em:
março/2017.

PINHEIRO, Tatiana. Mikhail Bakhtin, o filósofo do diálogo. Disponível em:


<https://novaescola.org.br/conteudo/1621/mikhail-bakhtin-o-filosofo-do-
dialogo>. Acesso em: março/2017.

NOGUEIRA, Carol. Retórica, a arte de vender o peixe com elegância.


Disponível em: <http://veja.abril.com.br/entretenimento/retorica-a-arte-de-
vender-o-peixe-com-elegancia/>. Acesso em: março/2017.

FARIA, Roberto. Argumentação e retórica. Disponível em:


<https://pt.slideshare.net/norbas/argumentao-e-retrica-15126947>. Acesso em:
março/2017.

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 13
Prof. Sabrina Moraes
ASSUMÇÃO, Jéferson. O poder da retórica e a retórica do poder. Disponível
em: <http://www.extraclasse.org.br/edicoes/2003/06/o-poder-da-retorica-e-a-
retorica-do-poder/>. Acesso em: março/2017.

MADEIRA, Marcos Almir. Por falar em retórica. Disponível em:


<http://www.academia.org.br/artigos/por-falar-em-retorica>. Acesso em:
março/2017.

RIBEIRO, R. M. A construção da argumentação oral em contexto de


ensino. São Paulo: Cortez, 2009.

SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Os Gêneros escolares – das práticas de


linguagem aos objetos de ensino. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros
orais e escritos na escola. Tradução e organização ROJO. R.; CORDEIRO.
G. L. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes,


1997.

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080
Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
site: www.seja-ead.com.br
Pagina: 14

Você também pode gostar