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Concreto Protendido

Professor : Bruno Costa Assunção


Terminologia
• Tensão
– O efeito das forças de tração ou compressão em um
corpo.
• Carga Mínima de Ruptura
– Mínima carga de ruptura da cordoalha, definida pela
norma brasileira.
• Alongamento
– Acréscimo de comprimento do aço de protensão
(cordoalha) que ocorre sob aplicação da força de
protensão.
Terminologia
• Tracionamento em Etapas
– Tracionamento sequencial dos cabos em passos ou
estágios separados ao invés de tensionar todos os cabos
durante a mesma operação de protensão.
• Ancoragem
– Conjunto de peças mecânicas incluindo todos os
componentes requeridos para ancorar (fixar) o aço para
protensão e transmitir permanentemente a força de
protensão ao concreto.
• Zona de Ancoragem
– Região de concreto adjacente à ancoragem sujeita às
tensões resultantes da força de protensão.
Terminologia
• Concreto Protendido
– Concreto no qual tensões internas (forças) são
induzidas por meio de cordoalhas de aço esticadas.
Realizado por dois métodos, protensão pós-
tracionada e protensão pré-tracionada. Pré-
dimensionamento;
• Concreto Protendido Pós-Tracionado
– Geralmente executado nos canteiros de obras. O aço é
tracionado após o concreto ter atingido a resistência
especificada. Nesse momento o concreto é
comprimido pelo aço.
Sequência de Protensão
Terminologia
• Concreto protendido Pré-tracionado
– Produzido em fábricas de construções pré-fabricadas
protendidas. O aço é tracionado antes do lançamento
do concreto e suportado por estruturas colocadas nas
extremidades de longas pistas de pré-fabricação.
Depois disso o concreto é lançado, envolve e adere às
cordoalhas. Assim que o concreto a resistência
especificada, faz-se a transferência da força das
cordoalhas para o concreto cortando-se as cordoalhas
entre ele e a estrutura da extremidade da pista. A
efetiva aderência das cordoalhas ao concreto faz o
mesmo ser comprimido.Tabelas;
Concreto protendido Pré-tracionado
Terminologia
• Extremidade Ativa
– Ponta do cabo na qual a força de protensão é
aplicada. Na foto ao lado, pontas de cabos em
colocação através das ancoragens e da fôrma de
borda metálica.
Ponta do Cabo
A cordoalha excedente saindo
da extremidade ativa da placa
de ancoragem, de
comprimento suficiente para
ser adaptada ao
Terminologia
• Ancoragem Ativa
– Ancoragem da extremidade ativa do cabo que é
usada para tensionar e fixar o aço para protensão
(cordoalha).
Terminologia
• Fôrma para Nicho
– Peça plástica de utilidade temporária usada na
extremidade ativa durante o lançamento do concreto para
moldar uma abertura (nicho) no mesmo, que permita ao
equipamento de protensão acessar a cavidade da placa de
ancoragem
Terminologia
• Placa de Ancoragem
• Para cabos monocordoalha, peça normalmente de ferro
fundido dúctil, que aloja as cunhas e é usada para transferir a
força de protensão para o concreto. O furo tronco-cônico da
placa de ancoragem para alojamento da cunha tem a
superfície regular, porém, rugosa.
Terminologia
• Cavidade da placa de ancoragem.
– Furo tronco-cônico na placa de ancoragem, adequado para
acomodar a cunha e fixar a cordoalha que passa através dela.
• Perdas por Acomodação da Cunha
– O movimento de retorno das cunhas (geralmente entre 5 e 7
mm) dentro da cavidade da placa de ancoragem durante a
transferência da força de protensão do macaco para a
ancoragem, resultando em perda da força de protensão.
Terminologia
• Cunhas
– Peça de metal tronco-cônico com dentes que mordem o
aço de protensão (cordoalha) durante a transferência da
força de protensão do macaco hidráulico para a
ancoragem. Os dentes são adoçados na ponta mais fina
para assegurar o desenvolvimento gradual da força do
cabo sobre o comprimento da cunha. As cunhas podem ser
bipartidas ou tripartidas.
Terminologia
• Ancoragem intermediaria
– Uma ancoragem localizada em qualquer ponto ao longo do
comprimento do cabo, que pode ser usada para tensionar
um dado comprimento do cabo sem a necessidade de
cortá-lo. Normalmente usada em intervalos de concretagem
para possibilitar a antecipação da protensão e remoção da
fôrma.
Terminologia
• Dispositivo para Ancoragem provisória
– Placa de ancoragem especial usada para mudanças estruturais
ou reparos dos cabos existentes. Tem um segmento removível
que permite colocá-la sobre a cordoalha existente. O segmento
é então recolocado e apertado com parafusos.
Terminologia
• Emenda
– Peça normalmente feita com molas que unem duas pontas de
cordoalhas e assim emendam e transferem a força de protensão
de ponta a ponta do cabo.
Terminologia
• Ancoragem passiva
– Ancoragem da ponta final do cabo, normalmente
colocada e fixada numa das extremidades do cabo
antes deste chegar ao local da obra. Não é usada
para aplicar a protensão ao cabo.
Terminologia
• Laço
– Tipo de ancoragem passiva (também chamada de “morta”,
pois é embutida no concreto sem possibilidade de ser
acessada) formada por uma cordoalha praticamente
dobrada ao meio fazendo um arco de circunferência de
aproximadamente 30 cm de diâmetro, muito usada na
protensão aderente. Não deve ser usada com cordoalhas
engraxadas e plastificadas, a não ser que sejam totalmente
retiradas a capa plástica e a graxa em um comprimento de
perto de 1,50 m de cordoalha, para garantir sua aderência
ao concreto.
Laço
Formas de Ancoragem
Formas de Ancoragem
Terminologia
• Aço de Fretagem
– Aço de reforço usado para controlar as forças de
tração desenvolvidas no concreto atrás das
ancoragens, devido à compressão provocada pelo
cabo, que se distribuem em todas as direções.
• Aço para Protensão
– Aço de alta resistência que é usado para protender o
concreto. O cabo que é alongado e ancorado para
promover a necessária força de protensão. Assim
esticado é fixado pelas ancoragens. Tentando voltar ao
comprimento inicial, ele comprime o concreto.
Terminologia
• Armadura ativa
– Constituída por barras, fios isolados ou
cordoalhas, destinada à produção de forças de
protensão, isto é, na qual se aplica o alongamento.
• Armadura passiva
– Qualquer armadura que não seja usada para
produzir forças de protensão, isto é, que não seja
previamente alongada.
Terminologia
• Perfil
– O desenho ou trajetória que um cabo desenvolve
no concreto entre uma ponta e outra.
• Cabo
– O conjunto completo consistindo dos dispositivos
de ancoragens, aço de protensão (cordoalha),
revestimento de graxa e bainha plástica. Eles
proporcionam a força de protensão que vai para o
concreto.
Cabos
• Cabos externos • Cabos internos
Terminologia
• Cabo Aderente
– Cabo com um espaço anelar entre a cordoalha de
protensão e uma bainha geralmente metálica,
injetado com pasta de cimento e água, que depois de
tracionado promove a aderência do cabo à seção de
concreto que o envolve.
Terminologia
• VIGA PROTENDIDA
Terminologia
• Purgador
– Permitir e atestar a plena injeção da calda de
cimento dentro da bainha metálica.
– Prover o escapamento do ar interno das bainhas,
formando respiros.
Pasta de Concreto
Pasta cimentícia misturada
com agregados finos que pode
se depositar no furo tronco-
cônico da placa de ancoragem.
Terminologia
• Cabo Não aderente
– Cabo no qual o aço de protensão (cordoalha) é
impedido de aderir ao concreto e fica livre para se
mover em relação ao mesmo, assim, a força de
protensão é permanentemente transferida para o
concreto somente pelas ancoragens.
• Cabo Monocordoalha
– Cabos cujas ancoragens admitem o alojamento de
uma só cordoalha.
Terminologia
• Bainha plástica
– Material de cobertura formando um revestimento no qual o aço
de protensão (cordoalha) fica contido para evitar a aderência
durante a colocação do concreto, para promover proteção
contra a corrosão e conter o envolvimento de graxa inibidora de
corrosão. É feita de polietileno de alta densidade que é
extrudado diretamente sobre a cordoalha envolvida em graxa.
Terminologia
• Cabos Adicionais
– Cabos normalmente curtos colocados em locais
específicos, tais como caixas/nichos, para
incrementar a capacidade estrutural do local sem
que se tenha de usar cabos com o comprimento
total da laje ou viga.
Terminologia
• Cabo Barreira
– Cordoalhas de aço de alta resistência esticadas ao
redor do perímetro da estrutura e nas extremidades
das rampas para evitar que automóveis e pedestres
caiam pelas laterais dos edifícios garagem. São cabos
que não contêm graxa.
AÇOS DE PROTENSÃO
• BARRAS: elementos fornecidos em segmentos retos com
comprimento normalmente compreendido entre 10 e 12 m.
• FIOS: elementos de diâmetro nominal não maior que 12 mm
cujo processo de fabricação permita o fornecimento em rolo,
com grande comprimento, devendo o diâmetro do rolo ser
pelo menos igual a 250 vezes o diâmetro do fio.
• CORDÕES: Os grupamentos de 2 ou 3 fios enrolados em hélice
com passo constante e com eixo longitudinal comum.
AÇOS DE PROTENSÃO
• CORDAS (CORDOALHAS): Grupamento de pelo menos 6 fios
enrolados em uma ou mais camadas, em torno de um fio cujo
eixo coincida com o eixo longitudinal do conjunto. Na prática
costuma-se designar as cordas por cordoalhas.
Terminologia
• Equipamento de Tensionamento
– Consiste normalmente de macaco, bomba
hidráulica de alta pressão, mangueiras e
manômetro de pressão.
Terminologia
• Macaco
– Dispositivo mecânico (normalmente hidráulico) usado para aplicar força no
cabo de protensão.
• Nariz do Macaco
– Parte frontal do macaco que se encaixa no nicho de tração para alinhar o
macaco com a ancoragem.
• Mandíbulas do Macaco
– Cunhas usadas no macaco para segurar a cordoalha durante a operação de
protensão.
Terminologia
• Porta-Cunhas
– Peça de metal externamente cilíndrica e com furo
tronco-cônico interno que aloja as cunhas,
normalmente usada com uma placa para transferir
a força de protensão ao concreto.
• Placas das Mandíbulas do Macaco
– Placas de aço projetadas para segurar no lugar as
mandíbulas do macaco durante a operação de
protensão.
Terminologia
• Cadeira
– Dispositivo metálico ou plástico usado para apoiar e
segurar os cabos de pós-tração em sua respectiva
posição de projeto, prevenindo deslocamentos antes
e durante a colocação do concreto.
Terminologia
• Espaçador Contínuo
– Dispositivo contínuo usado para suportar os
vergalhões e os cabos na parte inferior das lajes e
promover seu cobrimento adequado.
Terminologia
• Ferramenta de Fixação Manual
– Uma pequena peça manual usada para alinhar
corretamente (fixar) as cunhas na placa de
ancoragem antes da colocação do macaco na
cordoalha para protensão.
• Fôrma de Borda
– Usada para limitar a distribuição horizontal do
concreto fresco em superfícies planas.
Terminologia
• Sistema Encapsulado
– Um sistema constituído de conexões à prova d’água nas
ancoragens ativas, intermediárias e passivas, que tem a
cavidade ao lado da cunha, posteriormente coberta por
uma tampa impermeável cheia de um material inibidor de
corrosão.
Perdas de Protensão
• A protensão introduz na peça uma força inicial
P0 que está diretamente relacionada com o
alongamento ocorrido da armadura ativa.
• O acionamento dos macacos, a liberação dos
cabos e a transferência da força de protensão,
entre outros fatores, originam uma série de
efeitos que conduzem a uma diminuição da
força de protensão. Dessa forma, tem-se as
chamadas perdas de protensão.
Perdas de Protensão
• Diante os fatores que influem na força de
protensão inicialmente aplicada, alguns são
responsáveis por perdas de protensão imediatas
e outros por perdas progressivas, que se
desenvolvem ao longo da vida útil da estrutura.
• As perdas tendem a se estabilizar ao cabo de um
período de 2 a 3 anos , em condições normais.
Após estes período as perdas sã consideradas
desprezíveis.
Perdas instantânes
• As perdas imediatas ou instantâneas ocorrem
durante a operação de protensão e
imediatamente após a ancoragem do cabo.
• Os fatores que provocam estas perdas:
– Deformação imediata ( ou elástica) do concreto;
– Atrito do cabo com a bainha;
– Acomodação da ancoragem;
Deformação imediata do concreto
Deformação imediata do concreto
Atrito dos cabos
• Na protensão com aderência posterior, onde a
armadura é tracionada após a concretagem da
peça, o atrito entre o cabo e a bainha acarreta
perdas de protensão que devem ser
consideradas no cálculo.
• Este atrito é maior nos trechos curvos.
Entretanto pode ocorrer nos trechos
virtualmente retílinios.
Atrito dos cabos
Atrito dos cabos
Acomodação da ancoragem

Sistema Freyssinet

Cunha individual
Perdas Progressivas
• As perdas progressivas ocorrem ao longo do
tempo, após o término da operação de
protensão.
• Os fatores que provocam estas perdas:
– Retração do concreto;
– Fluência do concreto;
– Relaxação do aço;
– Fluência do aço.
Retração e Fluência do Concreto
• Como se sabe, o concreto é um material sujeito a
deformações intrínsecas, isto é, que são decorrentes da
natureza da sua estrutura interna.
• A retração, especialmente a retração por secagem, é um
fenômeno que se relaciona com o equilíbrio higrotérmico
do concreto com o meio ambiente, que acaba resultando
em encurtamentos do concreto e se manifesta ao longo do
tempo;
• A fluência, que ocorre no concreto submetido a ações de
longa duração, também é um fenômeno que se manifesta
ao longo do tempo, produzindo deformações elásticas e
pla´sticas progressivas das fibras nas regiões solicitadas.
Retração e Fluência do Concreto
Relaxação e fluência do Aço
• A relaxação e a fluência do aço de protensão são dois
fenômenos distintos que também provocam perdas
progressivas de protensão.
• A relaxação do aço corresponde à diminuição da
tensão no aço, que ocorre quando a armadura,
deformada por uma solicitação inicial, é mantida com
comprimento constante. OU seja, ocorre um alívio de
tensão na armadura enquanto ela é mantida com
comprimento ou deformação constante.
• A fluência do aço ocorre quando a deformação do aço
aumenta ao longo do tempo enquanto a tensão é
mantida constante.
Relaxação e fluência do Aço
Resiliência
• Protensão tem uma elevada resiliência
quando for utilizado um aço para protensão
de resistência muito elevada, com grande
alongamento (alongamento elástico) de tal
modo que a perda da força de protensão
devida à retração e à fluência permaneça
pequena
Resiliência
• Diz-se que se tem uma
protensão de baixa
resiliência quando o aço
para protensão for de
resistência moderada.
Neste caso, podem
ocorrer grandes perdas
de protensão.
Perdas de Protensão
• Durante o cálculo de uma peça protendia,
pode-se estimar as perdas de protensão. De
posse dessa estimativa das perdas é possível
determinar uma sobretensão efetivamente
atuante seja a força calculada, suficiente para
neutralizar, em parte ou no todo, os esforços
de tração provocados pelas cargas de
utilização.

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