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Empresa

Com mais de 42 anos de experiência, a TEMPEL GROUP é uma empresa com sede em Barcelona e
escritórios em toda a Península Ibérica e América Latina.

Core Business

O seu Core Business é a distribuição de produtos dirigidos tanto ao consumo industrial como ao público
de consumo massivo.

Equipa de profissionais

Tempel Group é formado por uma equipe internacional de profissionais muito dinâmica que trabalha todos
os dias para lhe oferecer inovação, qualidade e serviço num sector cada vez mais competitivo.

Missão

A nossa missão é facilitar o acesso a soluções tecnológicas que facilitem a vida dos consumidores e
profissionais que as utilizam.

Projetos

O Tempel Group trabalha em projectos de chave-na-mão com base na integração dos produtos que
distribui, sejam produtos de engenharia, armazenamento energético ou orientado à obtenção de eficiência
e sustentabilidade. O Tempel Group oferece serviços de instalação e assessoria técnica bem como o
acompanhamento em todo o processo de compra do projecto dos nossos clientes, assim como também
disponibilizamos serviços de manutenção e após-venda.
O Tempel Group orienta as suas soluções integradas aos clientes inseridos tanto num ambiente industrial
como de distribuição, que podem ter necessidades relacionadas com as telecomunicações, transporte e
logística, controlo de fábricas ou de vários pontos de venda assim como de fornecimento energético

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Sumário

Empresa...............................................................................................1
Projetos ...............................................................................................1

4.1.1. Placas Positivas e Negativa. .............................................................7


4.1.2. Separadores. ............................................................................7
4.1.3. Válvula reguladora. .....................................................................7
4.1.4. Vaso. ......................................................................................8
4.1.5. Terminais. ................................................................................8
4.1.6. Densidade do eletrólito. ................................................................8

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-3-
Revisões
Rev. Nº Item Alteração Data
00 Geral Emissão 02/06/21

Nota: toda a documentação técnica foi elaborada conforme o


item 5.6 da norma NBR 14204.

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Glossário técnico

Autonomia Tempo de descarga para determinada corrente

Banco de baterias Conjunto de elementos/monoblocos montados em estante

Dispositivo condutor utilizado na ligação em série ou paralela


Barramento
entre elementos/monoblocos

Barramento de Saída Ponto de conexão entre A e B

Bateria Conjunto de elementos/monoblocos interligados eletricamente

Dispositivo condutor flexível utilizado na ligação em série ou


Cabo
paralela entre elementos ou monoblocos

Carga Processo de carregamento do elemento/monobloco

Carga periódica Intervalo de 180 dias entre cargas de manutenção

Carga resistiva Equipamento utilizado para o processo de descarga

Descarga Processo de descarregamento do elemento/monobloco

Desenho técnico Desenho dimensional da estante

Conjunto constituído de dois grupos de placas de polaridade


opostas, isolados entre si por meio
Elemento
de separadores e/ou distanciadores, imersos em eletrólitos
dentro de um vaso. Também chamado de acumulador elétrico.

Ensaio Processo de teste do banco de elementos

Base de sustentação da estante, também responsável pela


Isolador de porcelana
melhor distribuição de peso.

Kit de instalação Jogo de parafuso, arruela de pressão, arruela lisa e porca

Conjunto de dois ou mais elementos interligados eletricamente,


Monobloco montados em um único vaso,
em compartimentos separados e com eletrólitos independentes

Multímetro Instrumento utilizado para leituras de grandezas elétricas

Peso Massa dos componentes

Placas Conjunto constituído por grade e matéria ativa

Plaqueta Placa de identificação da estante

Peça metálica conectada à barra coletora, que permite a


Polo
ligação elétrica com o circuito externo

Repouso Tempo de descanso de elementos/monoblocos após a carga

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Material isolante permeável por eletrólito, que separa placas de
Separadores polaridade opostas, assegurando o espaçamento uniforme
entre elas

Sequência elétrica Sequência de ligação dos elementos/monoblocos

Peça de cobertura do vaso, com aberturas para passagem dos


Tampa
polos e acesso ao interior do elemento

Torque Aperto dos polos

Instrumento utilizado para o aperto dos polos conforme torque


Torquímetro
especificado

Recipiente que contém os grupos de placas, seus separadores


Vaso
e/ou distanciadores, e o eletrólito

1.1. Glossário de normas relacionadas

NBR14205 Métodos de Ensaio


NBR14206 Terminologia
NBR14204 Especificação
NBR15254 Diretrizes de Dimensionamento
NBR15389 Instalação e Montagem
NBR5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão

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Informações Gerais.

Este Manual visa oferecer ao usuário as noções básicas sobre os princípios de


funcionamento, construção e dimensionamento de baterias acidas, bem como as
informações necessárias para a instalação, operação e manutenção das mesmas.
As baterias KAISE – 6 e 12V são baterias industriais estacionárias de chumbo-ácido
reguladas por válvula (VRLA), tecnologia AGM (Absorbent Glass Mat). Sua principal
característica é a imobilização do eletrólito por absorção em mantas de microfibra de vidro
que, por sua característica altamente absorvente e por ser um isolante elétrico, assegura
um projeto de bateria com elevado índice de recombinação interna de gases.
As baterias KAISE da família KB tem vida útil de 3 à 5 anos, já a família KBL, tem vida útil
de 8 à 10 anos

Aspectos Construtivos, Dimensionais e Físicos.

Aspectos Construtivos.

4.1.1. Placas Positivas e Negativa.


As grades das baterias Kaise são planas, de liga de chumbo cálcio e estanho e utilizam
chumbo com elevado grau de pureza, assegurando elevada densidade de energia.

4.1.2. Separadores.

Os separadores, constituídos de mantas de microfibra de vidro têm, basicamente, duas funções:


são altamente absorventes e funcionam como isolantes elétricos. O eletrólito é absorvido nas
mantas de microfibra de vidro, o que permite que a bateria seja instalada em diversas posições.

4.1.3. Válvula reguladora.

A função da válvula é manter o ambiente interno da bateria isolado do exterior, devendo somente
ser acionada em caso de aumento de pressão interna, voltando à condição original quando for
reestabelecida a condição normal de funcionamento. A válvula permite apenas a abertura para
a saída de gases, mas não permite a entrada de ar para o interior da bateria, o que poderia
contaminar os componentes químicos internos.

-7-
.

4.1.4. Vaso.

São constituídos de plástico ABS de elevada resistência mecânica, resistente à corrosão química
e de grande durabilidade. Seu processo de selagem assegura perfeita vedação.

4.1.5. Terminais.

Os terminais são frontais do tipo “inserto” e seu desenho possibilita um otimizado contato do
terminal do cabo de interligação com o da bateria.

4.1.6. Densidade do eletrólito.

O eletrólito é composto por Água + Ácido Sulfúrico e sua densidade é de 1.300 g/dm3 a
25°C.

Dimensional.

KB613

KB628

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KB640

KB645

KB672

KB6120

KB1212

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KB1223

KB1232

KB1245

KB1250

KB1270

- 10 -
KB1272

KB1290F2

KB12120F2

KB12180

KB12200

- 11 -
KB12260

KB12280

KB12400

KBL12450

KBL12550

- 12 -
KBL12650

KBL12750

KBL12800

KBL12900

KBL121000

- 13 -
KBL121200

KBL121350

KBL121500

KBL121800

KBL122000

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KBL122500

Desenhos dimensionais de estantes

Os modelos dos acumuladores Kaise estão divididos em dois modelos, sendo eles, o modelo
KBL, modelos de maiores capacidades e o modelo KB, modelos de menores capacidades.

Elaboramos projetos para estantes e racks dedicado aos nossos modelos de bateria, sendo
fabricado conforme a necessidade e espaço disponível.

6.1. Instalação no modo horizontal e vertical

- 15 -
Características dimensionais e elétricas.

Os modelos dos acumuladores Kaise estão divididos em dois modelos, sendo eles, o modelo
KBL, modelos de maiores capacidades e o modelo KB, modelos de menores capacidades.

7.1. Modelo KB

Capacidade (Ah) 10,50VPM à 25ºC – MODELO KB


Altura Altura
Capacidade
Tensão Comprimento Largura sem com Peso
Modelo Nominal 1h 10 h 20 h
(V) (mm) (mm) Polos Polos (kg)
(Ah)
(mm) (mm)
KB613 6 1,20 0,69 1,10 1,30 97 24 51,5 57,5 0,29
KB628 6 2,80 1,65 2,70 2,80 66 33 97 103 0,57
KB640 6 4,00 2,43 3,80 4,00 70 47 100 106 0,74
KB645 6 4,50 2,71 4,40 4,50 70 47 100 106 0,81
KB672 6 7,20 4,46 6,50 7,20 151 34 94 100 1,20
KB6120 6 12,00 6,90 11,50 12,00 151 51 94 100 1,80
KB1212 12 1,20 0,73 1,15 1,20 97 43 52 58 0,57
KB1223 12 2,30 1,19 2,00 2,30 178 35 60 66 0,96
KB1232 12 3,20 1,84 3,10 3,20 134 67 60 66 1,35
KB1245 12 4,20 2,62 4,30 4,20 90 70 101 107 1,50
KB1250 12 5,00 2,88 4,70 5,00 53 151 93 99 1,75
KB1270151 12 7,00 4,04 6,80 7,00 151 65 93,5 99 2,26
KB1272 12 7,20 4,25 6,90 7,20 151 65 93,5 99 2,35
KB1290F2 12 9,00 5,94 8,60 9,00 151 65 93,5 99 2,66
KB12120F2 12 12,00 7,85 11,40 12,00 151 98 96 101 3,50
KB12180 12 18,00 12,10 17,80 18,00 181,5 77 167,5 167,5 5,40
KB12200 12 20,00 12,80 18,50 20,00 181,5 77 155,5 167,5 5,78
KB12260 12 26,00 14,20 23,70 26,00 166 175 125 125 7,80
KB12280 12 28,00 17,30 26,50 28,00 166 175 112 126 8,40
KB12400 12 40,00 24,20 40,50 40,00 255 97 199 203 12,5

- 16 -
7.2. Modelo KBL

Capacidade (Ah) 10,50VPM à 25ºC – MODELO KB


Altura Altura
Capacidade
Tensão Comprimento Largura sem com Peso
Modelo Nominal 1h 10 h 20 h
(V) (mm) (mm) Polos Polos (kg)
(Ah)
(mm) (mm)
KBL12450 12 45 27,5 45 46,8 197 165 170 170 14,2
KBL12550 12 55 33,6 55 57,2 229 138 205 211 16,2
KBL12650 12 65 37,5 62,1 65 348 167 178 178 19,2
KBL12750 12 75 45,8 75 78 260 168 208 214 22,3
KBL12800 12 80 48,8 80 83,2 259 168 208 214 23,8
KBL12900 12 90 54,9 90 93,6 330 173 212 220 27,8
KBL121000 12 100 62,6 100 105 330 173 213 220 28,2
KBL121200 12 120 73,2 120 124,8 408 177 225 225 34
KBL121350 12 135 82,4 135 140 345 172 274 280 41,2
KBL121500 12 150 91,5 150 156 483 170 224 238 43,2
KBL121800 12 180 109,8 180 187,2 532 207 214 220 53,6
KBL122000 12 200 122 200 208 522 240 218 220 59,8
KBL122500 12 250 152,2 250 260 522 268 220 226 72,5

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Tabela de correções de capacidade x temperatura.

T 1 hora 3 horas 5 horas 10 horas


(Cº) 95% 100% 95% 100% 95% 100% 95% 100%

5 00:50:10 00:52:48 02:30 02:38 04:10 04:24 08:21 08:48

6 00:50:30 00:53:10 02:31 02:39 04:12 04:25 08:25 08:51

7 00:50:51 00:53:31 02:32 02:40 04:14 04:27 08:28 08:55

8 00:51:11 00:53:53 02:33 02:41 04:15 04:29 08:31 08:58

9 00:51:32 00:54:14 02:34 02:42 04:17 04:31 08:35 09:02

10 00:51:52 00:54:36 02:35 02:43 04:19 04:33 08:38 09:06

11 00:52:13 00:54:58 02:36 02:44 04:21 04:34 08:42 09:09

12 00:52:33 00:55:19 02:37 02:45 04:22 04:36 08:45 09:13

13 00:52:54 00:55:41 02:38 02:47 04:24 04:38 08:48 09:16

14 00:53:14 00:56:02 02:39 02:48 04:26 04:40 08:52 09:20

15 00:53:35 00:56:24 02:40 02:49 04:27 04:42 08:55 09:24

16 00:53:55 00:56:46 02:41 02:50 04:29 04:43 08:59 09:27

17 00:54:16 00:57:07 02:42 02:51 04:31 04:45 09:02 09:31

18 00:54:36 00:57:29 02:43 02:52 04:33 04:47 09:06 09:34

19 00:54:57 00:57:50 02:44 02:53 04:34 04:49 09:09 09:38

20 00:55:17 00:58:12 02:45 02:54 04:36 04:51 09:12 09:42

21 00:55:38 00:58:34 02:46 02:55 04:38 04:52 09:16 09:45

22 00:55:58 00:58:55 02:47 02:56 04:39 04:54 09:19 09:49

23 00:56:19 00:59:17 02:48 02:57 04:41 04:56 09:23 09:52

24 00:56:39 00:59:38 02:49 02:58 04:43 04:58 09:26 09:56

25 00:57:00 01:00:00 02:51 03:00 04:45 05:00 09:30 10:00

26 00:57:21 01:00:22 02:52 03:01 04:46 05:01 09:33 10:03

27 00:57:41 01:00:43 02:53 03:02 04:48 05:03 09:36 10:07

28 00:58:02 01:01:05 02:54 03:03 04:50 05:05 09:40 10:10

29 00:58:22 01:01:26 02:55 03:04 04:51 05:07 09:43 10:14

30 00:58:43 01:01:48 02:56 03:05 04:53 05:09 09:47 10:18

31 00:59:03 01:02:10 02:57 03:06 04:55 05:10 09:50 10:21

32 00:59:24 01:02:31 02:58 03:07 04:56 05:12 09:53 10:25

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Tabela de descarga por tempo de descarga

KB613

KB628

- 19 -
KB640

KB645

- 20 -
KB672

KB6120

- 21 -
KB1212

KB1223

- 22 -
KB1232

KB1245

- 23 -
KB1250

KB1270

- 24 -
KB1272

KB1290F2

- 25 -
KB12120F2

KB12180

- 26 -
KB12200

KB12260

- 27 -
KB12280

KB12400

- 28 -
KBL12450

KBL12550

- 29 -
KBL12650

KBL12750

- 30 -
KBL12800

KBL12900

- 31 -
KBL121000

KBL121200

- 32 -
KBL121350

KBL121500

- 33 -
KBL121800

KBL122000

- 34 -
KBL122500

Autodescarga

O uso de grade com liga de Chumbo-Cálcio resulta em uma taxa de autodescarga


significativamente baixa. A taxa média mensal de autodescarga é de aproximadamente
3% a uma temperatura de 25 ºC.
Especial cuidado deve ser tomado com baterias, especialmente em armazenamento,
quanto à autodescarga. Em armazenamento, as baterias sofrem autodescarga: quanto
mais elevada a temperatura, maior a taxa de autodescarga. Assim, um monitoramento
do nível de carga das baterias em armazenamento deve ser implementado. A formação
de sulfato de chumbo nas placas ocorre normalmente durante processo de descargas
de baterias. O processo de sulfatação da bateria, que ocorre normalmente durante as
descargas e são revertidas nas recargas, pode tornar-se irreversível, com sulfatos de
grande granulação, se o limite de segurança em autodescarga for ultrapassado. É
quando se diz, normalmente, que a bateria “não pega carga”.
Abaixo estão os intervalos recomendados para recarga para baterias em
armazenamento ou desconectadas do sistema, para diversas temperaturas. Considera-
se que as baterias estejam totalmente carregadas antes de entrar em armazenamento.

Temperatura de Intervalos de
Armazenamento carga
20oC ou menos A cada 9 meses
20oC a 30 oC A cada 6 meses
30oC a 40 oC A cada 3 meses

- 35 -
CARACTERÍSTICAS DE AUTO-DESCARGA
110

100

Capacidade (%) 90

80

70

60 o o o
40 C 30 C 20 C
50

40
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo de armazenagem (meses)

As baterias devem ser armazenadas em local arejado, livre de incidência direta de luz
solar e, se possível, com temperatura ambiente controlada.

Expectativa de Vida

A expectativa de vida da bateria depende de uma série de fatores, tais como:


▪ Controle de temperatura no ambiente da bateria;
▪ Método de carga utilizado;
▪ Forma de utilização do produto: em flutuação ou em uso cíclico, etc...;
▪ Utilização dos valores especificados de tensão, corrente, temperatura, tens
ão de corte automático, etc...;
▪ Profundidade e frequência de descarga;
▪ Manutenção Periódica Preventiva, segundo a Norma Brasileira ABNT NBR
15.641 – Bateria chumbo-ácida regulada por válvula – Manutenção.

11.1. Em Regime de Flutuação

A expectativa de vida em flutuação é de 3 a 5 anos para baterias da Série KB e de 10


anos para as baterias da Série KBL. A vida útil operacional vai depender dos itens
listados acima.
A bateria atinge seu final de vida quando sua capacidade for igual ou menor que 80%
de sua capacidade nominal. Em uma aplicação com comportamento regular, a perda de
capacidade se dará de forma constante até atingir o limite que define o final de vida.
Abaixo, um gráfico que mostra o efeito da temperatura na expectativa de vida útil da
bateria.

- 36 -
11.2. Em regime Cíclico

A vida operacional da bateria também será dependente dos fatores já listados.


A relação da quantidade de ciclos que uma bateria pode fornecer conforme a
profundidade de descarga está mostrada no gráfico abaixo:

- 37 -
Resistência Interna

A resistência interna de uma bateria corresponde à soma da resistência de seus


componentes, tais como placas positivas e negativas, separadores, conexões internas,
etc.
Uma bateria plenamente carregada tem a menor resistência interna, que aumenta à
medida que ela vai se descarregando. A resistência interna também aumenta conforme
se verifica o seu envelhecimento. Para a medida desses valores, assim como os de
condutância, há no mercado equipamentos específicos para esse fim. Um cuidado,
entretanto, deve ser tomado. Equipamentos de marcas diferentes utilizam diferentes
metodologias, fazendo com que os resultados numéricos sejam diferentes. Assim, ao
se utilizar de um valor informado pelo fabricante, é essencial que o equipamento a ser
utilizado seja o mesmo do utilizado pelo fabricante.
Caso o equipamento seja diferente, deve-se estabelecer sua própria referência, fazendo
as leituras individuais das baterias com seu próprio equipamento, idealmente após três
meses da instalação das baterias. Após esse tempo, resíduaos de sulfato de chumbo
decorrentes do processo de fabricação terão sido quebrados e seus componentes
incorporados aos elementos ativos da bateria. Considera-se que a bateria atingiu final
de vida operacional quando o valor ôhmico sofrer variação de 40% em relação ao valor
de referência (variação acima para leitura de resistência interna ou variação para baixo,
para leitura de condutância).
O valor de curto circuito deve ser consultado a Tempoel

Capacidade remanescente

Abaixo, um gráfico mostrando a relação entre a Capacidade Remanescente de uma bateria, em


função de sua tensão de circuito aberto (OCV):

- 38 -
Emissão de Gases

As baterias chumbo-ácido reguladas por válvula produzem internamente, os gases


hidrogênio e oxigênio durante o processo de carga.
Entretanto, a bateria Kaise opera com eficiência de recombinação interna dos gases
gerados, da ordem de 99% nas condições de carga conforme especificação do
fabricante.
Nessas condições de trabalho, é inexpressiva a quantidade de gás emitido durante a
operação das baterias. Com isso, não há restrição quanto à sua utilização em ambientes
ocupados por pessoas e ou equipamentos.
Em condições de sobrecarga, entretanto, a quantidade de gás gerada pode se tornar
maior que a capacidade de recombinação da bateria. Nessas circunstâncias, gás pode
ser liberado para o ambiente, criando situações potenciais de risco. Por isso, torna-se
essencial que o controle de tensão de carga e temperatura seja observado com rigor.
Recomenda-se que as baterias não sejam instaladas em ambientes fechados. Devem
ser cumpridas as especificações de ambiente ventilado, livre de incidência direta de
fonte de luz.

Quando houver a utilização de baterias em gabinetes ou estantes, deve-se prever


espaçamento de, pelo menos, 10 mm entre elas, de forma a permitir adequada
dissipação de gás e calor desenvolvidos durante sua operação, assim como aberturas
nas laterais dos gabinetes, com o mesmo propósito.

INSTALAÇÃO

15.1. Recebimento e Inspeção

As baterias Kaise são embaladas de forma a oferecer proteção adequada


durante seu manuseio e transporte. No entanto, pode ocorrer alguma eventual
irregularidade nesse procedimento, antes de a bateria chegar ao seu destino.
Por isso, no recebimento, deve-se inspecionar e identificar algum eventual dano
ocorrido no transporte e verificar se a quantidade e especificação de todos os
componentes estão de acordo com o material descrito nos documentos fiscais
da bateria. Constatada qualquer irregularidade, providências corretivas devem
ser tomadas. Antes de se proceder a instalação, deve-se ler o manual de
instalação cuidadosamente.

▪ Desembalar as baterias com cuidado uma vez que elas são forn
ecidas carregadas. Em todo o manuseio das baterias, deve-se a
bster de utilizar correntes, anéis e pulseiras, que possam provoc
ar um curto-circuito acidental. As ferramentas devem ter seus ca
bos isolados.
▪ Em caso de acidente mantenha a bateria longe de fonte produtor
a de faísca ou chama. Descarregue a possível eletricidade estáti

- 39 -
ca de seu corpo, tocando alguma peça metálica aterrada.
▪ Quando a bateria for conectada em série, torna-se maior o risco
devido ao nível de tensão dos elementos conectados e que pode
causar severos danos. Por isto, deve-se usar, além de ferrament
as isoladas, luvas e avental de borracha na instalação e na desc
onexão de elementos já instalados. Utilize alças e ganchos aprop
riados para seu içamento, sempre que necessário. Nunca a leva
nte com uma única alça de transporte e nem utilize alça de aço.
Nunca levante as baterias pelos terminais.

15.2. Local de Instalação

▪ O piso, adequadamente regular e nivelado, deve ser suficientem


ente resistente para suportar o peso das baterias, estantes, cone
xões, etc....
▪ A bateria deve ser instalada em locais com boa ventilação natura
l. Se isso não for possível, deve contar com ventilação forçada, d
e forma a permitir um ambiente ventilado.

15.3. Preparação do local

Para o início de instalação deve-se certificar de que o piso esteja seco e limpo. A sala
deve estar dotada de ventilação apropriada, as esteiras / calhas para fiação e cabos
devem estar instaladas, a Fonte de CC em condições de carga, e todos os materiais e
ferramentas para a instalação devem estar disponíveis.

15.4. Precauções na Instalação

▪ As baterias devem ser instaladas em ambientes limpos, secos e l


ivres da incidência direta do sol, assim como de quaisquer outras
fontes de calor. Recomenda-se que a temperatura seja mantida c
onstante em 25 ºC.
▪ Montar a estante / gabinete conforme desenhos e instruções do f
abricante.

15.5. Métodos e Procedimentos de Instalação

▪ As baterias devem ser montadas em estantes / gabinetes rigoros


amente conforme projeto fornecido pelo fabricante.
▪ Estas estantes podem ter diferentes configurações de níveis e fil
eiras e devem ser montadas conforme o desenho que acompanh

- 40 -
a a bateria.
▪ As baterias, conforme a aplicação ou necessidade de espaço, de
sde que aprovada pela Tempoel, poderão ser montadas na posiç
ão vertical ou horizontal.
▪ A colocação dos elementos deve ser efetuada do nível mais baix
o para o nível mais alto da estante. Coloque os elementos sobre
a estante, observando a disposição correta dos pólos positivos e
negativos conforme diagrama de instalação.
▪ Conexões mal feitas ou sujas podem ser extremamente danosas
. Assegure-se sempre que as ligações elétricas entre as baterias
estejam limpas e corretamente apertadas.
▪ Para limpar a superfície dos vasos, utilizar somente um pano úm
ido.
▪ Certificar-se que as polaridades de cada elemento estejam corre
tas, fazendo então a conexão dos elementos em série com as int
erligações específicas. Importante: Utilizar torquímetro para a fix
ação dos parafusos com o torque indicado (item 2.5. “Terminais”
deste manual).
▪ Quando se conectar a bateria com a Fonte de CC ou com a carg
a do consumidor, a chave do circuito elétrico deve ser colocada e
m “Desligado”. O terminal positivo da bateria deve ser ligado com
o terminal positivo da Fonte e o terminal negativo da bateria ao t
erminal negativo da Fonte.

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA BATERIA

Seguir o disposto nas Normas Brasileiras ABNT NBR 15.389 – “Bateria chumbo-ácida
estacionária regulada por válvula – Instalações e Montagem” e ABNT NBR 15.641 – “B
ateria chumbo-ácida estacionária regulada por válvula - Manutenção”.

▪ Utilizar instrumentos e ferramentas adequados e devidamente ca


librados, para a instalação, operação e manutenção da bateria: c
haves fixas ou com catracas, multímetros, alicates amperímetros
, shunts, termômetros e equipamentos para leituras ôhmicas. To
das as ferramentas devem ter cabos isolados e sempre devem s
er utilizados os EPIs apropriados.

▪ As baterias podem perder alguma capacidade durante o transpor


te e no armazenamento antes da instalação. A bateria poderá re
ceber uma carga inicial de equalização antes de ser posta em flu
tuação.

▪ Quando utilizada em flutuação, a tensão de carga é de 2,25 a 2,3


0 vpc a 25 ºC. Se a tensão de carga for menor ou maior que esta

- 41 -
faixa, a capacidade ou a vida da bateria será alterada e sua vida
operacional poderá ser reduzida.

▪ Quando a bateria estiver sendo utilizada em uma aplicação cíclic


a, o método de carga deverá ser de tensão constante de 2,35 a 2
,40 vpc a 25ºC e com limitação de corrente, de 0,2 x C10A.

▪ Uma bateria está totalmente carregada quando atingir a tensão e


specificada e a corrente permanecer inalterada após três leituras
horárias consecutivas.

▪ A bateria deverá sempre ser recarregada, após ser descarregad


a. Se uma bateria permanecer descarregada, sua condição de s
ulfatação será agravada pela autodescarga, ocasionando perda p
arcial ou total de sua capacidade e redução de vida útil.

▪ As conexões devem estar apertadas conforme especificação de t


orque para evitar mau contato, perda de carga e aquecimento.

▪ Equalização – quando as tensões individuais das baterias variare


m mais que 0,3 V, deve-se identificar a causa da desequalização
e, se necessário, aplicar uma carga de equalização de 14,1 a 14,
4 V a 25ºC durante 24 horas.

▪ A cada intervalo correspondente a 25% da expectativa de vida o


peracional da bateria, recomenda-se efetuar um teste de capacid
ade para avaliar a sua condição. Dependendo da criticidade, ess
e tempo pode ser reduzido. O teste pode ser realizado, aplicando
-se uma corrente de descarga correspondente a um regime de 1
0 horas (capacidade nominal) ou a um outro regime qualquer (ca
pacidade diferente do nominal), até a tensão de corte indicada p
elo fabricante. A autonomia, devidamente corrigida pela tempera
tura, deverá ser igual ou superior ao tempo especificado.

▪ Quando não utilizada, a bateria deverá ser armazenada com sua


carga plena, em um ambiente de temperatura baixa, conforme re
comendado pelo fabricante. Cuidados especiais devem ser toma
dos durante esse período devido à autodescarga a que estão suj
eitas as baterias. Deve-se observar os intervalos máximos recom
endados no item 10 para armazenamento de baterias plenament
e carregadas, conforme for a temperatura do ambiente das bater
ias nesse período.

- 42 -
ROTINA DE INSPEÇÃO E REGISTROS

- Uma vez que as baterias forem postas em serviço, deve-se estabelecer um p


rocedimento de manutenção periódica com registro dos parâmetros avaliados
ao longo de sua vida operacional. Devem ser registrados os dados tomados im
ediatamente antes da ativação (OCV) e cerca de 3 dias após, quando a tensã
o de flutuação já estiver estabilizada, medir e registrar os valores individuais d
e tensão e de leitura ôhmica (condutância ou resistência interna)

- Para a composição do banco de dados, essencial para os procedimentos de


manutenção preventiva, é preciso que se verifique no ambiente da instalação:
a. Temperatura do ambiente – deve ser mantida controlada e consta
nte
b. Limpeza nas baterias, estantes e ou gabinetes, assim como na ár
ea em torno da instalação.
c. Iluminação adequada do ambiente permitindo visualização de tod
as as baterias, nos procedimentos de instalação e manutenção pe
riódica preventiva.
d. Espaçamento adequado entre as baterias e entre bateria e parede
da estante.
e. Não incidência direta de luz solar nem de outras fontes de calor.
f. Integridade das conexões: oxidação, apertos, etc...
g. Integridade dos elementos e ou monoblocos quanto à inexistência
de trincas ou vazamentos, corrosão nos terminais da bateria e dos
cabos de conexão, deformações (abaulamento) do vaso ou tampo
.
h. Integridade da estante ou gabinete.
i. Nivelamento e alinhamento da estrutura (estante ou gabinete)

17.1. Inspeção Trimestral

Pelo menos uma vez a cada três meses, a bateria deve ser inspecionada e os
seguintes dados devem ser registrados:
a. Tensão individual dos elementos.
b. Tensão total da bateria.
c. Corrente
d. Temperatura ambiente e da superfície dos elementos.

17.2. Inspeção Semestral


Além dos procedimentos do item 18.1, fazer e registrar leituras ôhmicas individ
uais das baterias (condutância ou resistência interna).

- 43 -
17.3. Inspeção anual
Anualmente, além de repetir os procedimentos do item 18.2, deve-se fazer:
a. Medidas de ripple.
b. Verificar o torque e ajustá-lo, se necessário, conforme as especific
ações deste manual (item 2.5).

- Quando os seguintes problemas forem detectados, deve ser determinada a c


ausa e devem ser tomadas as medidas corretivas cabíveis:
a. Tensão inadequada para a temperatura – ajustar para a tensão co
rreta, conforme a temperatura ambiente.
b. Tensão individual da bateria com valores muito altos ou muito baix
os – identificar o problema e proceder à substituição dessa bateria
, sempre que necessário.
c. Dano físico (vaso ou tampa quebrado). – substituir a bateria
d. Vazamento de eletrólito – neutralizar o ácido utilizando-se uma so
lução de bicarbonato de sódio, na proporção de 1 kg para cada 10
litros de água.
e. Temperatura anormal – determinar a causa e corrigir para a temp
eratura correta ou substituir a bateria com a anomalia. Temperatur
as acima da especificação podem conduzir as baterias a um proc
esso denominado avalanche térmica, que as danifica irreversivelm
ente. A instalação de um dispositivo que corrige automaticamente
a tensão de flutuação a cada variação da temperatura é altamente
recomendável.

OBSERVAÇÕES GERAIS

▪ Utilizar conexões e cabos nas bitolas adequadas ao regime de ut


ilização das baterias (intensidade de corrente e comprimento do
cabo)
▪ Utilizar sempre ferramentas com cabos isolados, assim como eq
uipamentos de EPI específicos para cada operação a ser execut
ada.
▪ Não se recomenda a utilização de baterias de capacidades, idad
es e fabricantes diferentes na aplicação em série.
▪ As etiquetas e inscrições apostas nas baterias para controle da T
EMPOEL não devem ser removidas nem rasuradas sob pena de
perda de garantia.
▪ Não deve ser permitido o acesso de pessoas estranhas no local
de instalação das baterias. Apenas pessoas habilitadas e autoriz
adas devem ter acesso. Isolar adequadamente a área para evita
r riscos.
▪ É essencial um procedimento de manutenção preventiva periódic
a nas baterias. Os dados coletados devem compor um Banco de

- 44 -
Dados a ser apresentado, sempre que solicitado pela TEMPOEL
e nas situações em que houver solicitações de garantia.

COMPROMISSO COM O MEIO AMBIENTE

Em obediência à Resolução CONAMA 401/08, após o final de sua vida útil, as baterias
devem ter destinação final adequada, de forma que seus componentes sejam reciclados
e tratados adequadamente, preservando o meio ambiente.

A Kaise se compromete a atuar ativamente em todas as frentes disponíveis para


exceder aos requisitos dos Organismos Reguladores no que se refere ao recolhimento
e reciclagem de seus produtos.

- 45 -
Abaixo está o texto completo dessa Resolução:

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


Conselho Nacional do Meio Ambiente - RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 401 de 04 / 11 / 2008.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições e competências


que lhe são conferidas pelo art. 8o, inciso VII, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e pelo art.
7o, incisos VI e VIII e § 3o, do Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, e conforme o disposto em
seu Regimento Interno, e o que consta do Processo no 02000.005624/1998-07, e Considerando a
necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte
inadequado de pilhas e baterias; Considerando a necessidade de se disciplinar o gerenciamento
ambiental de pilhas e baterias, em especial as que contenham em suas composições chumbo,
cádmio, mercúrio e seus compostos, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou
disposição final; Considerando a necessidade de reduzir, tanto quanto possível, a geração de
resíduos, como parte de um sistema integrado de Produção Mais Limpa, estimulando o
desenvolvimento de técnicas e processos limpos na produção de pilhas e baterias produzidas no
Brasil ou importadas; Considerando a ampla disseminação do uso de pilhas e baterias no território
brasileiro e a conseqüente necessidade de conscientizar o consumidor desses produtos sobre os
riscos à saúde e ao meio ambiente do descarte inadequado; Considerando que há a necessidade de
conduzir estudos para substituir as substâncias tóxicas potencialmente perigosas ou reduzir o seu
teor até os valores mais baixos viáveis tecnologicamente; e Considerando a necessidade de atualizar,
em razão da maior conscientização pública e evolução das técnicas e processos mais limpos, o
disposto na Resolução CONAMA no 257/99, resolve:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Resolução estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio e os critérios e
padrões para o gerenciamento ambientalmente adequado das pilhas e baterias portáteis, das baterias
chumbo-ácido, automotivas e industriais e das pilhas e baterias dos sistemas eletroquímicos níquel-
cádmio e óxido de mercúrio, relacionadas nos capítulos 85.06 e 85.07 da Nomenclatura Comum do
MERCOSUL - NCM, comercializadas no território nacional. Art. 2o Para os fins do disposto nesta
Resolução, considera-se: I - bateria: acumuladores recarregáveis ou conjuntos de pilhas, interligados
em série ou em paralelo; II - pilha ou acumulador: gerador eletroquímico de energia elétrica, mediante
conversão de energia química, podendo ser do tipo primária (não recarregável) ou secundária
(recarregável); III - pilha ou acumulador portátil: pilha, bateria ou acumulador que seja selado, que não
seja pilha ou acumulador industrial ou automotivo e que tenham como sistema eletroquímico os que
se aplicam a esta Resolução. IV - bateria ou acumulador chumbo-ácido: dispositivo no qual o material
ativo das placas positivas é constituído por compostos de chumbo e o das placas negativas
essencialmente por chumbo, sendo o eletrólito uma solução de ácido sulfúrico; V - pilha-botão: pilha
que possui diâmetro maior que a altura; VI - bateria de pilha botão: bateria em que cada elemento
possui diâmetro maior que a altura; VII - pilha miniatura: pilha com diâmetro ou altura menor que a do
tipo AAA - LR03/R03, definida pelas normas técnicas vigentes; VIII - plano de gerenciamento de pilhas
e baterias usadas: conjunto de procedimentos ambientalmente adequados para o descarte,
segregação, coleta, transporte, recebimento, armazenamento, manuseio, reciclagem, reutilização,
tratamento ou disposição final; IX - destinação ambientalmente adequada: destinação que minimiza
os riscos ao meio ambiente e adota procedimentos técnicos de coleta, recebimento, reutilização,

- 46 -
reciclagem, tratamento ou disposição final de acordo com a legislação ambiental vigente; X -
reciclador: pessoa jurídica devidamente licenciada para a atividade pelo órgão ambiental competente
que se dedique à recuperação de componentes de pilhas e baterias. XI - importador: pessoa jurídica
que importa para o mercado interno pilhas, baterias ou acumuladores ou produtos que os contenham,
fabricados fora do país. Art. 3o Os fabricantes nacionais e os importadores de pilhas e baterias
referidas no art 1o e dos produtos que as contenham deverão: I - estar inscritos no Cadastro Técnico
Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais-CTF, de
acordo com art. 17, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981; II - apresentar, anualmente,
ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA laudo físico-
químico de composição, emitido por laboratório acreditado junto ao Instituto Nacional de Metrologia e
de Normatização - INMETRO; III - apresentar ao órgão ambiental competente plano de gerenciamento
de pilhas e baterias, que contemple a destinação ambientalmente adequada, de acordo com esta
Resolução. § 1o Caso comprovado pelo laudo físico-químico de que trata o inciso II que os teores
estejam acima do permitido, o fabricante e o importador estarão sujeitos às penalidades previstas na
legislação. § 2o Os importadores de pilhas e baterias deverão apresentar ao IBAMA plano de
gerenciamento referido no inciso III para a obtenção de licença de importação. § 3o O plano de
gerenciamento apresentado ao órgão ambiental competente deve considerar que as pilhas e baterias
a serem recebidas ou coletadas sejam acondicionadas adequadamente e armazenadas de forma
segregada, até a destinação ambientalmente adequada, obedecidas as normas ambientais e de
saúde pública pertinentes, contemplando a sistemática de recolhimento regional e local. § 4o O IBAMA
publicará em 30 dias, a contar da vigência desta resolução, o termo de referência para a elaboração
do plano de gerenciamento. Art. 4o Os estabelecimentos que comercializam os produtos mencionados
no art 1o, bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses
produtos, deverão receber dos usuários as pilhas e baterias usadas, respeitando o mesmo princípio
ativo, sendo facultativa a recepção de outras marcas, para repasse aos respectivos fabricantes ou
importadores. Art. 5o Para as pilhas e baterias não contempladas nesta Resolução, deverão ser
implementados, de forma compartilhada, programas de coleta seletiva pelos respectivos fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes e pelo poder público. Art. 6o As pilhas e baterias
mencionadas no art. 1o, nacionais e importadas, usadas ou inservíveis, recebidas pelos
estabelecimentos comerciais ou em rede de assistência técnica autorizada, deverão ser, em sua
totalidade, encaminhadas para destinação ambientalmente adequada, de responsabilidade do
fabricante ou importador. Parágrafo único. O IBAMA estabelecerá por meio de Instrução Normativa a
forma de controle do recebimento e da destinação final.

CAPÍTULO II

DAS PILHAS E BATERIAS DE PILHAS ELÉTRICAS ZINCO-MANGANÊS E ALCALINO-


MANGANÊS

Art. 7o A partir de 1o de julho de 2009, as pilhas e baterias do tipo portátil, botão e miniatura que
sejam comercializadas, fabricadas no território nacional ou importadas, deverão atender aos
seguintes teores máximos dos metais de interesse: I - conter até 0,0005% em peso de mercúrio
quando for do tipo listado no inciso III do art. 2o desta resolução; II - conter até 0,002% em peso de
cádmio quando for do tipo listado no inciso III do art. 2o desta resolução; III - conter até 2,0% em peso
de mercúrio quando for do tipo listado nos incisos V, VI e VII do art. 2o desta resolução. IV - conter
traços de até 0,1% em peso de chumbo.

CAPÍTULO III

DAS BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO

Art. 8o As baterias, com sistema eletroquímico chumboácido, não poderão possuir teores de metais
acima dos seguintes limites: I - mercúrio - 0,005% em peso; e II - cádmio - 0,010% em peso. Art. 9o
O repasse das baterias chumbo-ácido previsto no art. 4o poderá ser efetuado de forma direta
aos recicladores, desde que licenciados para este fim. Art. 10. Não é permitida a disposição final
de baterias chumbo-ácido em qualquer tipo de aterro sanitário, bem como a sua incineração. Art. 11.

- 47 -
O transporte das baterias chumbo-ácido exauridas, sem o seu respectivo eletrólito, só será admitido
quando comprovada a destinação ambientalmente adequada do eletrólito.

CAPÍTULO IV

DAS BATERIAS NÍQUEL-CÁDMIO E ÓXIDO DE MERCÚRIO

Art. 12. O repasse das baterias níquel-cádmio e óxido de mercúrio previsto no art. 4o poderá ser
efetuado de forma direta aos recicladores, desde que licenciados para este fim. Art. 13. Não é
permitida a incineração e a disposição final dessas baterias em qualquer tipo de aterro sanitário,
devendo ser destinadas de forma ambientalmente adequada.

CAPÍTULO V

DA INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO AMBIENTAL

Art. 14. Nos materiais publicitários e nas embalagens de pilhas e baterias, fabricadas no País ou
importadas, deverão constar de forma clara, visível e em língua portuguesa, a simbologia indicativa
da destinação adequada, as advertências sobre os riscos à saúde humana e ao meio ambiente, bem
como a necessidade de, após seu uso, serem encaminhadas aos revendedores ou à rede de
assistência técnica autorizada, conforme Anexo I. Art. 15. Os fabricantes e importadores de produtos
que incorporem pilhas e baterias deverão informar aos consumidores sobre como proceder quanto à
remoção destas pilhas e baterias após a sua utilização, possibilitando sua destinação separadamente
dos aparelhos. Parágrafo único. Nos casos em que a remoção das pilhas ou baterias não for possível,
oferecer risco ao consumidor ou, quando forem parte integrante e não removíveis do produto, o
fabricante ou importador deverá obedecer aos critérios desta Resolução quanto à coleta e sua
destinação ambientalmente adequada, sem prejuízo da obrigação de informar devidamente o
consumidor sobre esses riscos. Art. 16. No corpo do produto das baterias chumbo-ácido, níquel-
cádmio e óxido de mercúrio deverá constar: I - nos produtos nacionais, a identificação do fabricante
e, nos produtos importados, a identificação do importador e do fabricante, de forma clara e objetiva,
em língua portuguesa, mediante a utilização de etiquetas indeléveis, legíveis e com resistência
mecânica suficiente para suportar o manuseio e intempéries, visando assim preservar as informações
nelas contidas durante toda a vida útil da bateria; II - a advertência sobre os riscos à saúde humana
e ao meio ambiente; e III - a necessidade de, após seu uso, serem devolvidos aos revendedores ou
à rede de assistência técnica autorizada para repasse aos fabricantes ou importadores. Parágrafo
único. No caso de importação, as informações de que trata este artigo constituem-se pré-requisito
para o desembaraço aduaneiro. Art. 17. Os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes
destas pilhas e baterias, ou de produtos que as contenham para seu funcionamento, serão
incentivados, em parceria com o poder público e sociedade civil, a promover campanhas de educação
ambiental, bem como pela veiculação de informações sobre a responsabilidade pós-consumo e por
incentivos à participação do consumidor neste processo. Art. 18. Os fabricantes e importadores dos
produtos abrangidos por esta Resolução deverão periodicamente promover a formação e capacitação
dos recursos humanos envolvidos na cadeia desta atividade, inclusive aos catadores de resíduos,
sobre os processos de logística reversa com a destinação ambientalmente adequada de seus
produtos.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19. Os estabelecimentos de venda de pilhas e baterias referidas no art. 1o devem


obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados. Art. 20. Os fabricantes e importadores
dos produtos abrangidos por esta Resolução, que estejam em operação na data de sua publicação,
terão prazo de até 12 meses para cumprir o disposto no Inciso III do art. 3o. Art. 21. Para cumprimento
do disposto nos arts. 4o, art. 5o e caput do art. 6o, será dado um prazo de até 24 meses, a contar da
publicação desta resolução. Art. 22. Não serão permitidas formas inadequadas de disposição ou
destinação final de pilhas e baterias usadas, de quaisquer tipos ou características, tais como: I -
lançamento a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais, ou em aterro não licenciado; II - queima

- 48 -
a céu aberto ou incineração em instalações e equipamentos não licenciados; III - lançamento em
corpos d'água, praias, manguezais, pântanos, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades
subterrâneas, redes de drenagem de águas pluviais, esgotos, ou redes de eletricidade ou telefone,
mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação. Art. 23. O IBAMA, baseado em fatos
fundamentados e comprovados, poderá requisitar, a seu critério, amostra de lotes de pilhas e baterias,
de quaisquer tipos, produzidos ou importados para comercialização no país, para fins de comprovação
do atendimento às exigências desta Resolução, mediante a realização da medição dos teores de
metais pesados, em laboratórios acreditados por órgãos competentes para este fim, signatários dos
acordos do "International Laboratory Accreditation Cooperation" - ILAC. § 1o Os custos dos ensaios
de comprovação de conformidade, realizados no país ou no exterior, assim como os decorrentes de
eventuais ações de reparo e armazenamento, correrão por conta do fabricante ou importador das
pilhas e baterias. § 2o A verificação do não cumprimento das exigências previstas nesta resolução
resultará na obrigação para o fabricante ou importador de recolhimento de todos os lotes em
desacordo com esta norma. Art. 24. O órgão ambiental competente poderá adotar procedimentos
complementares relativos ao controle, fiscalização, laudos e análises físico-químicas, necessários à
verificação do cumprimento do disposto nesta Resolução. Art. 25. Compete aos órgãos e entidades
do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, sem prejuízo da competência de outros órgãos
e entidades da Administração Pública, a fiscalização relativa ao cumprimento das disposições desta
Resolução. Art. 26. Os fabricantes e importadores dos produtos abrangidos por esta Resolução
deverão conduzir estudos para substituir as substâncias potencialmente perigosas neles contidas ou
reduzir o seu teor até os valores mais baixos viáveis tecnologicamente. Parágrafo único. Os estudos
e resultados mencionados no caput devem ser entregues ao IBAMA, que os avaliará tecnicamente e
encaminhará relatório ao CONAMA, respeitados o sigilo industrial e as patentes. Art. 27. O não-
cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução sujeitará os infratores às penalidades
previstas na legislação em vigor. Art. 28. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se a Resolução nº 257, de 30 de junho 1999.

- 49 -
CARLOS MINC

Presidente do Conselho

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


Conselho Nacional do Meio Ambiente - RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 401 de 04 / 11 / 2008.

ANEXO I

Simbologias adotadas para pilhas e baterias:

A. Chumbo ácido: Utilizar qualquer das 3 alternativas abaixo:

Se o fabricante ou o importador adotar um sistema de reciclagem poderá utilizar complementarmente


a simbologia abaixo.

B. Níquel-cádmio: Utilizar qualquer das 3 alternativas abaixo

- 50 -
Se o fabricante ou o importador adotar um sistema de reciclagem poderá utilizar complementarmente
a simbologia abaixo

Eng. Thiago de Figueiredo


Tel: (11) 2925-9901
Cel: (11) 945-423-895

Thiago.figueiredo@tempelgroup.com
www.tempelgroupstore.com

- 51 -

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