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Instalação eléctrica

A instalação elétrica é um conjunto de equipamentos que torna possível a instalação de


energia em um projeto, o corpo da instalação é constituído por fios, cabos e outros
acessórios que juntos formam uma ponte entre a fonte geradora de energia e as cargas
elétricas. 
Antes de falar especificamente de como a elétrica automotiva funciona, é preciso
entender quais são as peças que a compõem. Efetivamente, o sistema é formado pela
bateria, motor de arranque e alternador.
Para que o automóvel comece a funcionar, é preciso que a bateria forneça a corrente
elétrica que é levada para todo o sistema de ignição, que em conjunto com o
combustível, provoca a faísca que inicia o processo de acionamento do motor, que passa
pelo motor de arranque.
Já o alternador gera energia própria por meio da rotação do motor, e é responsável por
recarregar a bateria à medida que ela gasta energia para manter os componentes que
precisam do sistema elétrico ativos.
Além da bateria, cuja importância para o veículo citamos anteriormente, existem
diversas outros fatores que podem acarretar em problemas na elétrica automotiva.
O alternador, que também é essencial para manter o motor funcionando, pode ser a
origem de uma pane. Por transformar energia mecânica em elétrica e ser responsável
por manter a bateria sempre carregada, qualquer problema com essa peça pode causar
dores de cabeça ao proprietário do veículo.
A eletricidade pode classificar-se em:
 Eletricidade estática ou eletricidade em repouso;
 Electricidade Dinâmica ou electricidade em movimento.
Eletricidade estática ou eletricidade em repouso- aplica-se mais propriamente a
electricidade obtida por fricção.
Electricidade Dinâmica ou electricidade em movimento- é a que tem maior
relevancia pois é aquela que se traduz pela corrente electrica que se consome em casa,
por a responsável pela luz e principalmente, é digna deste estudo por fazer parte
integrante do automóvel.
A batéria é o modo mais cómodo de armazenar a energia elétrica, estando sempre
presente nos terminais da batéria sob a forma de uma diferença de potencial eletrico, a
qual se dá, igualmente, o nome de Força Eletromotriz. Entre os polos da batéria de um
automóvel existe uma diferença de potencial.
Ligando-os por um fio metálico haverá passagem da corrente elétrica, em função da
carga do circuito.
A fonte de tensão poderá alimentar o circuito com corrente continua (caso de batéria do
automóvel ou das pilhas de um rádio portátil) ou com corrente alternada( caso da rede
eletrica geral ou de um gerador/ alternador).
Noção de condutor e isolador
Condutores são materiais que possibilitam a movimentação de cargas elétricas em seu
interior com grande facilidade. Esses materiais possuem uma grande quantidade de
elétrons livres, que podem ser conduzidos quando neles aplicamos uma diferença de
potencial. Metais como cobre, platina e ouro são bons condutores.
Isoladores são aqueles que oferecem grande oposição à passagem de cargas elétricas.
Nesses materiais, os elétrons encontram-se, de modo geral, fortemente ligados aos
núcleos atômicos e, por isso, não são facilmente conduzidos. Materiais como borracha,
silicone, vidro e cerâmica são bons exemplos de isolantes.
Corrente Continua e corrente Alternada
As correntes elétricas contínua e alternada são responsáveis por transmitir energia
elétrica. Isso ocorre quando os elétrons deslocam-se do lado negativo, onde há excesso
de partículas elétricas, para o lado mais positivo, no qual a quantidade de elétrons é
menor.
Na corrente contínua, todos os elétrons seguem um fluxo direcional único, estabilizando
a carga. Bons exemplos de sistemas de corrente contínua são as pilhas – em que a carga
vai do positivo para o negativo, e vice-versa – e os painéis solares.
Enquanto isso, a corrente alternada caracteriza-se pela movimentação errática de seus
elétrons, já que eles podem mudar de direção constantemente – até 60 vezes por
segundo. 
Uma das maiores vantagens da corrente alternada está em sua capacidade de ser
transportada por longas distâncias. Por esse motivo, ela é muito utilizada em linhas de
transmissão de usinas elétricas, passando por transformadores, até que chegue à
residência das pessoas na tensão adequada.
O funcionamento da corrente alternada ocorre por meio da condução de elétrons que
oscilam em volta de um ponto fixo, a uma frequência de 60 Hz. Isso quer dizer que os
elétrons fazem um movimento de vai e vem por 60 vezes durante um segundo. 
Em termos de distribuição de eletricidade, a corrente alternada é mais prática, visto que
é consideravelmente mais fácil alterar a tensão elétrica na corrente alternada do que na
corrente direta.
A diferença básica entre as correntes elétricas contínua e alternada é que, enquanto na
corrente contínua (CC) os elétrons movem-se em um único sentido, a corrente alternada
(CA) possui elétrons que variam sua direção constantemente.
As principais diferenças entre as correntes elétricas contínua e alternada são:
 A distância em que a corrente é transmitida;
 As perdas de energia;
 O sentido da corrente.
Cablagens elétricas do automóvel
Os cabos condutores estão reunidos entre si protegidos por uma fita plástica,formando
conjuntos de cabos que tomam o nome de cablagens. Cada um dos condutores
distingue-se pela cor o que permite identificá-los na entradae saída da cablagem
correspondente

A cablagem deve passar sempre em locais mais próximos possíveis dos componentes
elétricosque necessitam de ser ligados. Deve-se tomar em conta o facto da cablagem
passar em locais o mais afastados possíveis depeças quentes ou que tendem a aquecer
como por exemplo o tubo de escape, pois oaquecimento do escape poderá aquecer a
cablagem, provocando o envelhecimento precoce doisolamento dos condutores elétricos
que dela fazem parte. Com o objetivo de facilitar as reparações elétricas, que
eventualmente possam surgir noautomóvel, bem como a localização e ligação dos vários
componentes elétricos e eletrónicos ainstalação divide-se por partes encontrando-se
interligada por meio de fichas de ligação ouconectores apropriados.
Quando alimentado apenas pela bateria (motor desligado), o sistema elétrico recebe um
tensão 12V, esta tensão alimenta todos os consumidores elétricos, os contínuos, os de
longa duração e os de curta duração. Uma vez que o motor está em funcionamento, o
alternador se encarrega de recarregar a bateria e alimentar os consumidores, assim a
tensão produzida por este é 14,8V. Mesmo o circuito de ignição trabalhando com
tensões acima 30.000V, para que este funcione, é necessário a tensão padrão do sistema
elétrico.
No sistema elétrico automotivo existem diversos consumidores elétricos, motivo pelo
qual há grande preocupação com o balanço de cargas no sistema. Isso se deve ao fato de
que alguns consumidores devem funcionar continuamente e outros por longo ou curto
período de tempo. Assim classificam-se em três tipos de consumidores: os Contínuos,
de Longa Duração e de Curta Duração.
 A cablagem do sistema elétrico automotivo é extensa e os fios são identificados
por diversas combinações de cores, exceto pelos fio positivo da bateria, a
chamada linha 30 e pelo negativo da bateria, ou terra (aterramento ou massa),
sendo as cores vermelha e preta respectivamente. 
Fusíveis
Fusíveis são dispositivos de segurança que protegem os circuitos elétricos, formados
por um elo condutor, que derrete caso haja um aumento significativo em sua
temperatura.
 Fusíveis são dispositivos de segurança que protegem os circuitos elétricos contra
os danos que podem ser causados por uma sobrecarga de corrente elétrica. No
interior dos fusíveis, há um fio de chumbo ou estanho de dimensões variadas,
feito para suportar um determinado limite de temperatura e, então, derreter,
interrompendo o circuito da corrente elétrica.
A principal finalidade dos fusíveis é tornar um circuito elétrico seguro. Um aumento
súbito na intensidade da corrente elétrica que flui através de um circuito elétrico pode
causar superaquecimentos, que levam a incêndios, queimaduras etc
Os fusíveis protegem componentes eletrônicos sensíveis de curto-circuitos, que são os
casos em que a resistência elétrica de um circuito eletrônico sofre uma brusca redução
devido à presença de impurezas como a água, que contém uma grande quantidade de
sais minerais.
No interior dos fusíveis, há um fio de chumbo ou estanho, cujas dimensões (área
transversal e comprimento) são calculadas para que ele suporte certa corrente elétrica
máxima. Caso a corrente elétrica ultrapasse o valor máximo suportado, o fio derrete e o
circuito é interrompido, sem que maiores danos sejam causados aos demais
componentes conectados.
Sistema de carga e Arranque
O sistema de partida, como o próprio nome já diz, é responsável pela partida do veículo
e inclui os seguintes componentes: bateria, motor de partida e alternador.
 Bateria
Na bateria deve-se fazer uma inspeção visual, à procura de danos nos terminais que
podem ser causados pelas abraçadeiras muito apertadas, corrosão nos terminais, quabra
da cobertura, abastecimento/vazamento/falta de eletrólito (líquido da bateria). Sempre
verifique quanto ao aterramento das conexões no motor e na carroceria. Verifique
também as conexões no alternador e no regulador de tensão.
Uma bateria tem em média quatro anos de vida útil, podendo ser menor em regiões com
temperaturas muito elevadas, como Norte e Nordeste. Para testar a bateria quanto a sua
capacidade de carga, executam-se dois tipos de testes: o de densidade, executado com o
auxílio de um densímetro e o de descarga executado utilizando-se um Voltímetro e
Amperímetro.
Se a carga interna da bateria for constatada muito baixa e, após uma nova "carga" dada
nela, esta não permanecer carregada ou "segurar" essa carga, substitua a bateria. Tome
cuidado, no caso de a caixa da bateria estar trincada ou vazando. Proteja sua pele do
eletrólito. Luvas grossas de borracha (não do tipo doméstico) devem ser usadas quando
for remover a bateria. Se a bateria do veículo está ok e todas as instalações elétricas
também, após executar os testes com o amperímetro e um voltímetro, verifique as outras
partes do sistema. Para valores, consulte sempre o manual do veículo, pois estes
números variam de acordo com cada fabricante.
Alternador
Um alternador, assim como o motor de partida, possui peças internas. São elas: bobinas,
regulador, escovas e diodos. Ele é responsável pela transformação da energia mecânica
em elétrica, carregando a bateria e mantendo o funcionamento de todos os componentes
elétricos do veículo enquanto o motor está ligado.
É através de uma correia que ocorre essa transformação de energia, então recomenda-se
que a correia do alternador seja verificada a cada seis meses de forma preventiva.
Inspecione a tensão da correia, fixação da peças nas suas polias e também no
tensionador. Verifique se os terminais estão bem presos e se as buchas dos mancais não
estão gastas.
Tipos de Motor de Arranque :
 Motor de Arranque de Acoplamento livre
 Motor de Arranque por Inércia (mecanismo Bendix)
Funcionamento do Motor de Arranque
Depois de descritos alguns aspectos que podem ser encontrados no motor de arranque
passemos à descrição do seu funcionamento. A Função do motor de arranque consiste
em accionar o motor do veiculo até que tenham início as explosões e este possa
funcionar por si mesmo

Avarias no sistema de carga e arranque


Verificação do relé do motor de arranque- Primeiro verifica-se a continuidade das
ligações do relé. De seguida desliga-se o cabo da massa da bateria, depois desligamos os
cabos do relé para possibilitar a sua alimentação.
Verificação da bateria -A primeira coisa que temos que testar é o estado de ligação dos
cabos da bateria, em especial o cabo da massa.
Escovas -Se o motor não arranca devido a uma incorrecta entrada de corrente, temos de
o desmontar e verificar as escovas.
Verificação da queda de tensão nos cabos - Primeiro desliga-se a bobina de ignição e
retira-se o valor indicado no voltímetro. Após este procedimento liga-se o motor de
arranque. Deve-se registar uma descida inferior a um volt.
Verificação da queda de tensão no relé - O voltímetro é montado entre os bornes do relé
. Acciona-se o motor de arranque durante três segundos.
Verificação da queda de tensão no cabo da massa - Accionase o motor de arranque
durante três segundos. Se o cabo da massa estiver em bom estado, o valor do voltímetro
desce 0,5 volts, se descer mais é necessário verificar o estado das ligações.
Verificação das ligações de massa da bateria -Verificar se o borne da massa está bem
apertado e faz bom contacto. Verificar também o local onde o cabo de massa vai à
carroçaria do automóvel. Limpar as ligações de modo a eliminar qualquer mau contacto.
Painel de instrumentos
Existem diversos tipos de luzes de indicação do painel de instrumentos. As principais e
mais padronizadas estão na tabela abaixo:

Legenda:
 Farol alto: sempre de cor azul para destacar que a luz alta dos faróis está
acionada.
 Farol baixo: indica que as luzes dos faróis estão acesas.
 Luzes de posição (ou faroletes): torna o carro visível para outros motoristas e
também para pedestres, especialmente durante manobras ou estacionamento.
 Luz de direção (seta): seta para esquerda ou para direita está ligada. Dependendo
do modelo do painel de controle, pode haver uma luz para cada uma das setas ou
um marcador único para as ambas as setas.
 Pisca-alerta: indica que o botão de emergência está acionado e que as 4 setas do
veículo estão piscando.
 Ar-condicionado: acende sempre quando o ar-condicionado do carro está ligado.
 Combustível: acende sempre que o combustível do veículo está acabando.
 Alerta: principal sinal de emergência de um veículo. Significa que há algo sério
de errado e provavelmente haverá outra luz acesa indicando a fonte do
problema.
 Carga da bateria (também chamada de amperímetro): quando acesa, indica que o
motor não está recebendo carga de energia suficiente por causa de mau
funcionamento do sistema elétrico (no alternador, bateria ou em outras peças).
 Óleo motor (também chamado de manômetro): se ela estiver acesa ou piscando é
sinal de problemas de lubrificação do motor causada por falta de óleo ou por
problemas mais graves no sistema de lubrificação. É um dos alertas mais
importantes do painel.
 Temperatura do motor (ou temperatura de fluido de arrefecimento do motor):
alerta para falhas no sistema de refrigeração (também chamado de
arrefecimento) que provocam superaquecimento e danificam o motor.
O painel de instrumentos foi projetado de modo a informar ao condutor, as principais
condições de uso e funcionamento do veículo.
Alguns instrumentos que encontramos em quase todos os painéis:
Tacômetro ou Conta-giros: informa a rotação do motor (RPM- rotações por minuto) e
ajuda a determinar o momento certo para a troca de marchas.
Velocímetro: informa a velocidade do veículo. É nele que você deve ficar de olho para
não exceder o limite de velocidade das vias.
Hodômetro principal: indica quantos quilômetros o veículo percorreu, desde que saiu
da concessionária até o momento.
Sistema de limpa vidros
Os limpa para-brisas são atuadores do sistema de limpeza do vidro. Estes são feitos para
moverem os braços com elementos de borracha nas suas extremidades que se encaixam
bem no para-brisas e seguem a forma da sua superfície. Os lados opostos dos braços
estão conectados por uma dobradiça a uma articulação que garante o movimento
síncrono dos limpa para-brisas. O sistema é impulsionado por um motor de engrenagem
que é alimentado através de um relé. O seu modo de funcionamento depende da posição
do interruptor de mão localizado no compartimento de passageiros.
Quando um determinado modo de funcionamento é escolhido, os contactos no relé
fecham o circuito necessário, e o mecanismo começa a funcionar a uma certa
velocidade. O líquido de lavagem do para-brisas pode ser operado ao mesmo tempo.
As avarias mais comuns do limpa para-brisas e as suas razões
Para determinar o motivo da falha de um componente, estude cuidadosamente a
natureza da falha. A maioria dos proprietários de automóveis estão familiarizados com
situações como as seguintes:
1. Nem o motor, nem os limpa para-brisas reagem a ativação. Neste caso, a
inoperabilidade do sistema é provavelmente causada pela falha do interruptor
multifunções, fios partidos ou um fusível queimado.
2. Os limpa para-brisas não se deslocam, mas o motor de engrenagem produz
zumbidos quando ativado. Na maioria dos casos, esta falha é causada pelo
desgaste dos dentes do eixo de transmissão do motor, desapertando a porca de
aperto da articulação, ou por abrasão das ranhuras nos braços.
3. Os limpa para-brisas não funcionam em nenhum dos modos. Isto muitas
vezes indica o relé da bobina ou os contactos queimados, ou a falha do
interruptor.
4. O sistema não pode ser desativado, ou está ativado espontaneamente. Neste
caso, os contactos do relé do interruptor, ou o interruptor final do motor pode ter
tido um curto-circuito.
5. Os braços do limpa para-brisas deslocam-se muito lentamente. A razão pode
enraizar na incrustação ou corrosão dos elementos do atuador, ou peças do
motor elétrico. A sujidade acumulada impede a livre circulação dos elementos
em movimento.
6. A eficiência de limpeza do vidro deteriorou-se. Frequentemente, isto é devido
ao desgaste das escovas do limpa vidros. A necessidade de substituição é
também indicada por listras e manchas na superfície do para-brisas e pela
turvação de partes do para-brisa após a limpeza.
Remover estas falhas exigirá a substituição dos componentes defeituosos. Na maioria
dos casos isso exigirá ajuda de profissionais, uma vez que os componentes estão
localizados em lugares de difícil acesso. A exceção são as escovas do limpa vidros. São
elementos consumíveis que são substituídos durante a manutenção de rotina, e todo o
proprietário de automóvel o pode fazer.

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