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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
EDUCACIONAL - EDA
Objetivos
Analisar a educação brasileira nos séculos XX e XXI a partir das grandes reformas
educacionais, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e leis complementares e os
impactos nos sistemas escolares brasileiros de nível fundamental, médio e superior; destacar as
articulações entre os diversos níveis e modalidades de ensino com vistas à compreensão da
estrutura e do funcionamento dos sistemas escolares. Compreender as políticas públicas para
educação nos níveis básico e superior.
Ementa
Educação brasileira: visão histórica. A educação básica e superior na atualidade.
Magistério, formação de professores e condições do trabalho docente.
Avaliação de aprendizagem
Individualmente, através da participação nas aulas, assiduidade e pontualidade na entrega de
trabalhos e prova.
Em grupo, através da realização de seminários, trabalhos em sala e apresentações orais.
Bibliografia básica
BRASIL, Congresso Nacional. Constituição Federal de 1998; Lei 9.394/96.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9.394/96 – Rio de Janeiro:
Lamparina, 2008.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva: artigo a artigo. 17.ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
ROMANELLI, Otaíza. História da Educação no Brasil. 27.ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
SAVIANI, D. A nova LDB: limites e perspectivas. São Paulo: Autores Associados, 2005.
SHIROMA, Eneida Oto. Política Educacional. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
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PARTE I
A EDUCAÇÃO BRASILEIRA (1920 – 1988)
Apesar dos progressos a partir da década de 30, educação e desenvolvimento
apresentam crescente distância entre as necessidades de desenvolvimento e a forma
como a educação se expandiu. Houve um aumento da demanda efetiva (no de
alunos) e pressão sobre o sistema educacional ocasionando uma expansão na
história da educação do Brasil, contudo, com falta de elasticidade da oferta. A
manutenção da defasagem entre educação e desenvolvimento vinculada às
contradições políticas (lutas entre diferentes facções das camadas dominantes) acaba
evidenciada através da legislação de ensino que evoluiu de forma contraditória
(quase sempre em favor das linhas conservadoras).
As primeiras décadas do século XX foram marcadas no Brasil por novas
ideias e movimentos culturais, políticos e sociais que tiveram profundas
repercussões. Entre eles destacamos a Semana de Arte Moderna de 22, a
constituição da Academia Brasileira de Ciências (ABC) no mesmo ano e, em 1924, a
Associação Brasileira de Educação (ABE).
Esse período efervescente nas artes, na cultura, na literatura, na música,
repercutiu amplamente no campo da educação e do ensino e muitos educadores
promoveram a crítica a um modelo de ensino passivo, engessado, em que o aluno
era apenas um receptor das ideias e dos conhecimentos transmitidos pelos mestres.
Abre-se, nessa época, um caminho para as reformas nos sistemas de ensino e
educação.
2O Instituto de Educação foi criado por Anísio Teixeira em 1932 a partir da Escola
Normal do Rio de Janeiro (AYRES, 2005).
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segundo Sampaio (2000), sob forte influência católica, mas não a ponto de satisfazer às aspirações
da Igreja que buscava uma universidade sob seu estreito domínio. Derrotada em suas pretensões de
controle do ensino público, a Igreja católica tomou a iniciativa de criação de suas próprias
universidades na década seguinte (p.46).
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Destaca-se que o surgimento de novas Faculdades de Filosofia pelo resto do país foi
acontecendo de forma precária. Conforme Candau (1988), até 1950, em todo Brasil,
havia apenas vinte e duas, sendo sete oficiais, cinco em universidades particulares
católicas e dez escolas isoladas. Em 1960 já ultrapassavam a marca de setenta
unidades, sendo que a grande maioria de alunos matriculados em instituições
privadas de ensino superior concentrava-se na área de humanidades, sendo raras as
licenciaturas em física ou química.
PONTOS CRÍTICOS
O CONTEÚDO DO MANIFESTO
O ENSINO SECUNDÁRIO
ENSINO NORMAL
As escolas Normais existem no Brasil desde o séc. XIX. A primeira delas foi
criada em 1830, em Niterói. Assim como o ensino primário, o ensino normal era
assunto da alçada dos estados. Em 1946 decreto-lei oficializou as finalidades do
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A CONSTITUIÇÃO DE 1946
O retorno à normalidade democrática, estabelecia que à União cabia legislar
sobre as diretrizes e bases da educação nacional. Previsão de recursos mínimos
destinados à educação. Ministro Clemente Mariani constituiu comissão de
educadores com o fim de estudar e propor projeto de reforma geral da educação
nacional. Esse projeto dava entrada na Câmara em 1948. Essa comissão era
presidida por Lourenço Filho. Foram criadas três subcomissões: uma para ensino
primário, outra para o médio e outra para o superior.
Lei 1076/50 – garantia matrícula nos cursos clássico e científico aos estudantes
que concluíssem curso de 1o ciclo comercial, industrial ou agrícola (necessário
prestar exames das disciplinas não estudadas naqueles cursos e compreendidas
no 1o ciclo do curso secundário).
Lei 1821/53 – facultava o direito de ingresso em qualquer curso superior
mediante exames de seleção, ao aluno que houvesse concluído um curso técnico
industrial, comercial ou agrícola ou o 2o ciclo do curso normal (mesma exigência
de exames das disciplinas do curso secundário – ginasial e colegial).
Equivalência plena (4024/61). O ensino médio passou a incluir o secundário, os
três ramos do técnico e o Normal. Qualquer ramo do 1o ciclo secundário dava
direito a matrícula em qualquer 2o ciclo e qualquer 2o ciclo concluído permitira
acesso ao ensino superior
SECUNDÁRIO
Clássico
2o CICLO Científico ENSINO DE SEGUNDO
COLEGIAL GRAU
TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE
Industrial
Comercial
Agrícola
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Entraves nas precárias condições das escolas e nas fortes resistências que
havia dentro do sistema educacional o que levou as autoridades do MEC a aprovar
o parecer 76/75. O país estava saindo do período mais truculento do regime para
entrar no processo de abertura política, que se deu a partir da ascensão do Geisel,
em março de 74. Reflexos aparecem na educação quando autoridades do MEC
pedem ao CFE que promovam estudos com o intuito de estabelecer normas que
melhor orientassem a implantação do ensino de segundo grau. Relatório da
professora Teresinha Saraiva no parecer 76/75 demonstra a insatisfação dos
dirigentes educacionais e educadores com os rumos que estavam sendo tomados
pela implantação do ensino de segundo grau profissionalizante.
PARTE II
SISTEMAS DE EDUCAÇÃO
ÓRGÃOS FEDERAIS
Criado em 14 de novembro de 1930, teve suas origens no Decreto n.º 19.402, que,
por sua vez, deu origem a uma Secretaria de Estado com a denominação de Ministério
dos Negócios da Educação e Saúde Pública. Em de 13 de janeiro de 1937 passou a
denominar-se Ministério da Educação e Saúde com atividades relativas à educação
escolar, educação extra-escolar, saúde pública e assistência médico-social. Em decorrência
da criação do Ministério da Saúde pela Lei n.° 1.920, de 25 de julho de 1953, passou a
denominar-se Ministério da Educação e Cultura.
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Regulação
Supervisão
Avaliação
Secretarias
SASE – Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino
SEB – Secretaria de Educação Básica
SECADI – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
SETEC – Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
SESU – Secretaria de Educação Superior
SERES – Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior
Censo Superior: coleta anual de uma série de dados sobre o ensino superior no País,
incluindo cursos de graduação, presenciais e à distância;
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): exame de saída facultativo aos que já
concluíram e aos concluintes do ensino médio, aplicado pela primeira vez em 1997;
PNE: plano que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional.
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO
SAEB
Semelhanças e diferenças
A Aneb e a Anresc (Prova Brasil) são duas avaliações complementares que fazem
parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica. Apesar de algumas características
distintas, todos os alunos da Aneb e da Anresc (Prova Brasil) utilizam os mesmos
instrumentos na avaliação (provas e questionários). Para saber mais sobre o assunto veja o
quadro comparativo.
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Anresc (Prova
Aneb
Brasil)
Avalia estudantes da
4ªsérie/5ºano e Avalia estudantes da
8ªsérie/9°ano do Ensino 4ªsérie/5ºano e
Público alvo
Fundamental e também 8ªsérie/9ºano do Ensino
estudantes do 3º série do Fundamental.
Ensino Médio.
Avalia escolas da rede
Avalia as escolas da rede
Tipo de instituição pública e da rede privada
pública localizadas em área
avaliada localizadas nas áreas
urbana e rural.
urbana e rural.
A avaliação é amostral:
apenas parte dos
estudantes brasileiros das
séries/anos avaliados
participam da prova. Os
critérios para amostra são:-
escolas que tenham entre
10 e 19 estudantes
matriculados na 4ª
série/5ºano e
8ªsérie/9ºano do ensino
fundamental regular, em
escolas públicas,
localizadas nas zonas A avaliação é censitária:
urbanas e rurais. todos os estudantes das
séries/anos avaliados, de
todas as escolas públicas
Características da avaliação - escolas que tenham 10 ou
urbanas e rurais do Brasil
mais estudantes
com mais de 20 alunos
matriculados no 3º ano do
matriculados na série/ano
ensino médio, em escolas
devem fazer a prova.
públicas, localizadas nas
zonas urbanas e rurais.
na resolução de na resolução de
problemas). problemas)
e) as informações
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Provinha Brasil
IDEB 2017
Meta IDEB 2021 6,0 5,5 5,2
O Enem, aplicado pela primeira vez em 1998, destina-se aos alunos que estão
concluindo ou que já concluíram o ensino médio. A modificação do formato do ENEM
com a realização das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (incluindo
redação); Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias,
e Matemática e suas Tecnologias e a consequente valorização dos conteúdos acadêmicos
próprios do ensino médio gera a possibilidade de utilização dos resultados desse exame
para a seleção dos ingressantes no ensino superior. A opção pela utilização do ENEM
não implica abdicar de outros mecanismos de seleção. O exame continua voluntário.
O Certificado de Conclusão do Ensino Médio não será mais concedido a partir das
notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Atualmente, 11% dos inscritos
fazem o Enem para obter o Certificado do Ensino Médio. A medida já valerá para 2017,
sendo o Enem 2017 substituído pelo Exame Nacional para Certificação de Competências
de Jovens e Adultos (Encceja) para quem desejar obter o Certificado do Ensino Médio.
De acordo com o ministro, o Enem será apenas para o que se refere ao ensino superior.
As médias do Enem poderão ser usadas no acesso às instituições federais de ensino e,
também, em processos seletivos de cursos profissionalizantes pós-médios, além do
PROUNI e do FIES
Fonte: INEP
Uma nova alteração legal para a formação de professores em nível superior no Brasil
foi estabelecida com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96,
aprovada em 20 de dezembro de 1996, a Lei Darcy Ribeiro. É relevante ressaltar que a
discussão dessa Lei se inicia uma década antes de sua aprovação, com a Carta de Goiânia,
logo após a redemocratização do Brasil.
Conforme colocado por Saviani (1997), o início das discussões da Lei de Diretrizes e
Bases inicia na IV Conferência Brasileira de Educação em 1986, na qual é aprovada a Carta
de Goiânia e, no ano seguinte, publicado na revista da ANDES um artigo sobre a LDB. No
âmbito legal, em 1988, o deputado Otávio Elísio apresentou na Câmara Federal um projeto
de lei fixando as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entre os anos de 1988 e 1989 são
apresentadas três emendas do deputado, sendo o projeto aprovado na Comissão de
Constituição e Justiça. Ao projeto original foram anexados sete projetos completos,
dezessete projetos sobre temas específicos e 978 emendas. Em 1990, o texto transforma-se
no Substitutivo da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara (Substitutivo
Jorge Hage). Em 1992, enquanto tramitava na Câmara Federal, deu entrada na Comissão de
Educação do Senado um projeto do Senador Darcy Ribeiro, tendo como relator o Senador
Fernando Henrique Cardoso. Em 1993, o projeto de Darcy Ribeiro (tendo agora Cid Saboya
como relator) é aprovado na Comissão de Educação do Senado.
De volta ao cenário da Câmara Federal, o Substitutivo Jorge Hage é aprovado em
1990 com 25 emendas da relatora (deputada Sandra Cavalcante). Em 1992 temos um
conturbado cenário político com a Comissão Parlamentar de Inquérito, que ficou conhecida
como a CPI P.C. Farias e o posterior impeachment do presidente Fernando Collor. Em
1993, a Câmara Federal aprova o projeto substitutivo que seguiria para o Senado. No ano de
1994, Fernando Henrique Cardoso é eleito Presidente da República. Darcy Ribeiro, ainda
Senador, apresenta substitutivo próprio, baseado no seu projeto inicial e com leves alterações
baseadas no projeto da Câmara. Em 1996, seu Substitutivo é aprovado no Senado. O projeto
retorna à Câmara Federal como Substitutivo Darcy Ribeiro, tendo o deputado José Jorge
(PFL) como Relator, sendo aprovado em 17 de dezembro e indo à sanção presidencial – sem
vetos – em 20/12/96. Do início da tramitação da Lei até sua promulgação, o Brasil teve
quatro diferentes presidentes da República: José Sarney; Fernando Collor de Melo; Itamar
Franco e Fernando Henrique Cardoso.
TÍTULO I – DA EDUCAÇÃO
1) EDUCAÇÃO INFANTIL
A meta é ter 100% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas na pré-escola até 2016.
2) ENSINO FUNDAMENTAL
A meta é fazer com que todas as crianças de 6 a 14 anos estejam matriculadas no ensino
fundamental de 9 anos...
3) ENSINO MÉDIO
A meta é alcançar 100% do atendimento escolar para adolescentes entre 15 e 17 anos...
4) EDUCAÇÃO ESPECIAL
A meta é garantir que todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos com deficiência(s)
tenham acesso à educação básica com atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino.
5) ALFABETIZAÇÃO
A meta é alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino
fundamental.
6) EDUCAÇÃO INTEGRAL
A meta é oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas.
14) PÓS-GRADUAÇÃO
A meta é ampliar as matrículas na pós-graduação stricto sensu para atingir a titulação anual
de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
TÍTULO V
NÍVEIS ESCOLARES
Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
Educação superior.
Matrículas 2017
etapas/modalidades da
educação básica
Creche 3.406.796
Pré-escola
5.101.935
Total 27.348.080
Ensino médio regular 7.930.384
No país, as redes municipais são responsáveis por quase metade das matrículas (47,5%),
seguida pelas redes estaduais que atendem a 33,4%. A rede federal participa com 1% do
total. Aproximadamente 18,3% das matrículas estão concentradas na rede privada e 87,7%
na rede pública.
EDUCAÇÃO INFANTIL
ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO MÉDIO
Ensino médio: etapa final ou de passagem? A herança que perdura até hoje é a de
ciclo preparatório de estudos para ingresso na universidade – o que fez do ensino médio
refém do ENEM e dos vestibulares. O horizonte é de uma profunda articulação com o
ensino fundamental onde o aluno adquiriu os meios para interpretar as linguagens básicas.
No ensino médio irá aprofundar esses meios para interpretar os conteúdos tecnológicos
básicos – adquirir capacidade intelectual para acompanhar as transformações que se dão na
área do conhecimento, já que este é provisório. Inclusão de duas línguas estrangeiras, uma
obrigatória e outra optativa; inclusão de sociologia e filosofia. A oferta do espanhol no
ensino médio é obrigatória conforme a Lei 11.161/2005. Definição como dimensão primeira
do ensino médio a formação geral, assim a educação profissional torna-se complementar à
educação básica.
Áreas curriculares trabalhadas: Linguagem, códigos e suas tecnologias, ciências da
natureza, matemática e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. Não há uma
distribuição legal de tempo para cada área, cabe à escola assumir essa decisão. Ao fazê-lo,
deverá levar em conta um sentido de equilíbrio entre as áreas.
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As escolas poderão “escolher” como vão ocupar 40% da carga horária dos três anos do
ensino médio: 60% será composto de um conteúdo mínimo obrigatório definido pela Base Nacional
Curricular Comum (BNCC). Já o restante do tempo será definido de acordo com a proposta da
escola, que deverá oferecer aos estudantes pelo menos um de cinco "itinerários formativos": “Art.
36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por
itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos
curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
O ensino de português e de matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio. Também
será compulsório o ensino de inglês, artes, educação física, filosofia e sociologia. A medida provisória
incentiva o ensino integral e estabelece que a carga horária deve ser ampliada, progressivamente, até
atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800 horas. O texto fixa o prazo de cinco anos
para que as escolas passem a ter carga horária anual de pelo menos mil horas. A medida provisória
instituiu o Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral, por meio do qual
o Ministério da Educação apoiará a criação de 257,4 mil novas vagas no ensino médio integral.
Originalmente, a previsão era repassar à rede de ensino R$ 2 mil por ano para cada aluno, durante
quatro anos. O texto aponta que a política poderá ser aplicada "por dez anos".
Além das formas de organização previstas no art. 23, o ensino médio poderá ser
organizado em módulos e adotar o sistema de créditos com terminalidade específica.
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Públicas 2.282.521
F E M
1.449.895 713.647 979
Privadas 6.116.768
Total 8.399.289
CURSOS
Formar profissionais;
Oferecer educação em nível avançado;
Realizar estudos, pesquisas e investigação científica, voltadas para o desenvolvimento;
Funcionar como instituição social.
Podem participar:
- Estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de
bolsistas integrais da própria escola.
- Estudantes com deficiência.
- Professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação
básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública. Nesse caso, não é
necessário comprovar renda.
Para concorrer às bolsas integrais, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal,
por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as bolsas parciais (50%), a renda familiar
bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.
Bolsa integral: para estudantes que comprovem renda familiar bruta mensal, por pessoa, de
até um salário mínimo e meio.
Bolsa parcial de 50%: para estudantes que comprovem renda familiar bruta mensal, por
pessoa, de até três salários mínimos.
Brasil vão à escola. 93,7% são homens e 6,3% mulheres. Dois em cada três detentos são
negros, e metade da população prisional não frequentou ou possui ensino fundamental
incompleto. Além disso, cerca de 56% deles são jovens, com 18 a 29 anos. Conforme a Lei
de Execuções Penais – Lei 7.210/1984 Art. 83, o estabelecimento penal, conforme a sua
natureza, deverá contar em suas dependências com áreas e serviços destinados a dar
assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva. Serão instaladas salas de aulas
destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante.(Incluído pela Lei nº 12.245, de
2010) Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá
remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela
Lei nº 12.433, de 2011). O benefício - chamado 'remição pelo estudo' - autoriza a redução de
um dia da pena do preso a cada 12 horas de estudo.
Educação especial
Estamos diante de mais uma modalidade de educação. A sociedade posicionou-se
fortemente contra a exclusão de pessoas que, embora com alguma limitação, são
potencialmente saudáveis para a aprendizagem, desde que esta seja adequada às
especificidades de cada caso. A educação especial deverá se organizar a partir dos seguintes
focos: currículos, metodologias, recursos; possibilidades de antecipação de conclusão do
ensino fundamental em situações especiais; possibilidade de aceleração para alunos
superdotados; formação docente especializada; educação para o trabalho; disponibilização
dos programas sociais suplementares (merenda escolar, livro, transporte, etc).
A Educação Especial no Brasil desenvolveu-se, primeiramente, em instituições
privadas sem fins lucrativos. Posteriormente, o Estado passou a se ocupar deste assunto.
Contribuição de instituições como APAE e Pestalozzi não podem se esquecidas. A Lei
reconhece, então, a necessidade de os órgãos normativos dos sistemas de ensino (Conselhos
de Educação) definirem critérios para que tais instituições recebam apoio técnico e
financeiro do Poder Público.
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I - Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física,
intelectual, mental ou sensorial.
A lei determina que todas essas crianças têm o direito a um atendimento educacional
especializado. Preferencialmente, devem ter o seu espaço de aprendizagem em classes
regulares, ao lado das demais crianças, evitando-se, desta forma, qualquer modalidade de
segregação (conceito de educação inclusiva).
As creches e pré-escolas são estruturas de organização da primeira etapa da educação
básica. No entanto, a creche ainda não se trata de etapa de educação constituinte de
responsabilidade obrigatória do Estado. Este encargo vem sendo assumido por municípios
crescentemente. Sob o ponto de vista do Governo Federal, cabe-lhe definir as diretrizes
pedagógicas para a educação pré-escolar em âmbito nacional. Estas diretrizes são
complementadas por estados e municípios, responsáveis por suas propostas pedagógicas. O
atendimento em creches e pré-escolas fica comprometido pela inexistência (antes do
Fundeb) de recursos vinculados a este nível de educação, o que contribui para a indefinição
de responsabilidade.
Educação à distância
Para definir políticas e diretrizes e coordenar ações o MEC criou a Secretaria de Educação à
Distância/SEED. O projeto Universidade Aberta do Brasil - UAB - veio para estimular essa
nova via de ensino. No entanto, em 2012, a SEED foi extinta e seu quadro incorporado à
SERES. Objetivos:
Difundir o uso das TIC no ensino público, estimulando o domínio das novas
linguagens de informação e comunicação junto aos educadores e alunos das escolas
públicas;
Propiciar uma educação voltada para o progresso científico e tecnológico;
Preparar os alunos para o exercício da cidadania, mediante ações de inclusão digital.
O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB/2006) é voltado para o
desenvolvimento da modalidade de educação à distância. Tem o objetivo de expandir
e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no país; oferecer,
prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação inicial e continuada de
professores da educação básica.
No Brasil existem, atualmente, cerca de 230 instituições de ensino, entre
universidades, faculdades e outras que estão credenciadas para oferecer cursos à
distância.
Das 226 instituições que oferecem cursos ou disciplinas em EAD, 64% pertencem à
rede privada, enquanto 36% são instituições públicas de ensino. Dois cursos se
destacam dos demais: Administração e Pedagogia. Há aproximadamente 1,2 milhão
de alunos matriculados em cursos de nível superior a distância.
Educação no campo
Cerca de 35 milhões de pessoas residem em áreas rurais no Brasil. Esta rede atende
aproximadamente 8 milhões de alunos. Na faixa de 10 a 14 anos, 95% das crianças da área
rural e 97% da área urbana encontram-se na escola. Enquanto na área urbana 50% das
crianças que frequentam a escola estão com atraso escolar, na área rural esse contingente é
de 72% dos alunos. Para os jovens de 15 a 17 anos somente 66% frequentam a escola e
apenas 12,9% desses jovens estão no ensino médio. 21% das escolas não possuem energia
elétrica, apenas 5,2% dispõem de biblioteca e menos de 1% oferecem laboratório de ciências,
de informática e acesso à Internet. Em relação aos professores: do 1º ao 5º ano, apenas 9%
apresenta formação superior, (na zona urbana, 38%). Nas séries finais do ensino
fundamental, o percentual de docentes com apenas o ensino médio completo corresponde a
57% do total. No ensino médio, 22% tem escolaridade de nível médio. Os professores que
atuam do 5º ao 9º ano em exercício na área rural recebem praticamente a metade do salário
dos que atuam na área urbana.
A Coordenação é feita pela Diretoria de Políticas de Educação do Campo, Indígena e
para as Relações Étnico-Raciais –vinculada à SECADI.
Quilombolas
As comunidades remanescentes de Quilombos ainda são pouco conhecidas por grande parte
dos brasileiros. Entretanto, levantamento feito pela Fundação Cultural Palmares, órgão
ligado ao Ministério da Cultura, aponta a existência de aproximadamente 1200 comunidades
quilombolas vivendo em ao menos dezoito estados do país. No entanto, segundo a ONG
Observatório Quilombola, estima-se existir cerca de 5.000 e dessas, aproximadamente 1.500
estão com processo de titulação aberto no INCRA. A Constituição Brasileira de 1988
reconheceu às comunidades remanescentes de quilombos o direito à propriedade de suas
terras. São áreas de difícil acesso, onde viviam os antepassados de uma população que
compartilha história comum de fuga da dominação e construção de uma nova vida nas matas
amazônicas. O decreto 4887/03 visa garantir às comunidades quilombolas a posse de terra e
o acesso a serviços, como saúde, educação e saneamento. Para assegurar o ingresso a uma
educação de qualidade, o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão traçou as seguintes ações específicas:
afirmativas para o ingresso de indígenas. Seis mil universitários. Nas escolas trabalham
aproximadamente 10.200 professores, 90% deles indígenas. Percentual de matrículas em
escolas indígenas, por região do Brasil – 2006: Região Norte (52%); Nordeste (23%);
Sudeste (3%); Sul (6%); Centro Oeste (16%).
TÍTULO VI
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
TÍTULO VII
Recursos Financeiros
desconto de 2.5% da folha de pagamento dos empregados. Deste montante, 1% fica com
o INSS, órgão encarregado de arrecadar os recursos. A Constituição atual manteve o
salário-educação como fonte de financiamento da educação.
A constitucional compensatória é constituída dos incentivos fiscais (mecanismos de
amortização de impostos), isto é: pessoas físicas ou jurídicas que financiarem programas
escolares ou bolsas de estudo, com recursos próprios, poderão ter estas despesas abatidas
do imposto de renda.
As fontes alternativas são aquelas oriundas de legislações emergentes, como é o caso dos
impostos especiais que se criam para atender, em caráter provisório, certas situações que
reclamam um aporte de recursos adicionais.
Composição do FUNDEB
Receitas
Impostos que faziam parte do Fundef - ICMS, FPE, FPM, IPIexp, LC 87/96
Impostos novos - ITR, IPVA e ITCMD
ANO 1º ao 5º ano
1998 R$ 315,00
1999 R$ 315,00
2000 R$ 333,00
2001 R$ 363,00
2002 R$ 418,00
2003 R$ 446,00
2004 R$ 537,71
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2005 R$ 620,56
2006 R$ 682,60
2007 R$ 946,29
2008 R$ 1.137,30
2009 R$ 1.350,09
Em agosto esse valor foi reduzido para
R$ 1.221,34
2010 R$ 1.443,63
2011 R$ 1.722,05
2012 R$ 2.091,37
2013 R$ 2.243,71
2014 R$ 2.285,57
2015 R$ 2.576,36
2016 R$ 2.739,87
2017 R$ 2.875,03
2018 R$ 3.016,67
FUNDEF (4 valores):
1ª a 4ª série (urbana)
1ª a 4ª série (rural)
5ª a 8ª série (urbana)
5ª a 8ª série (rural) e Ed. Especial (urbana e rural)
Pré-Escola
1º ao 5º ano (urbana)
1º ao 5º ano (rural)
6º ao 9º ano (urbana)
6º ao 9º série (rural)
Ensino Médio (urbano)
Ensino Médio (rural)
Ensino Médio Profissionalizante
Educação de Jovens e Adultos
Educação Especial
Educação Indígena
Bibliografia
CARNEIRO, Moaci Alves.17.ed. LDB fácil: Leitura crítico compreensiva artigo a artigo.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
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