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Ano Letivo:

Departamento de Ciências Sociais e Humanas


Geografia 10ºano 2018/2019

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Não é permitida a utilização de calculadora.
Não é permitido o uso de corretor.
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Apresente as suas respostas de forma legível.
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção que considere correta.
Escreva, na folha de respostas, o grupo, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Nas respostas aos itens que envolvem a produção de um texto, deve ter em conta os conteúdos e a sua organização, a
utilização da terminologia específica da disciplina e a eficácia da comunicação em língua portuguesa.
GRUPO I

A figura representa as diferentes fases da passagem de um sistema frontal. (25 pontos)

1.A ordem correta das figuras, de forma a representarem a passagem de um sistema frontal, é
(A) 2,1,3. (B) 1,3,2. (C) 2,3,1, (D) 1,2,3.

1. Na imagem 1, o estado de tempo associado ao lugar A é


(A) céu muito nublado, as nuvens são de fraco desenvolvimento vertical, chuvas de longa duração e
mais ou menos contínuas, progressivo aumento da temperatura e vento fraco.
(B) uma melhoria do estado do tempo, céu limpo ou pouco nublado, curtos períodos de chuva,
alternando com boas abertas, temperatura elevada e vento fraco.
(C) céu muito nublado, cumulonimbus devido ao grande declive da superfície frontal, aguaceiros
acompanhados de fortes trovoadas, diminuição da temperatura e aumento da velocidade do
vento.
(D) aumento da nebulosidade, formação de nuvens altas e finas, aumento da humidade, aumento da
precipitação (chuviscos) e temperatura relativamente constante ou gradualmente mais alta.
2. O conjunto formado pela associação de uma frente fria, uma frente quente e uma depressão
barométrica designa-se por
(A) frontogénese. (B) perturbação frontal. (C) frontólise. (D) frente oclusa.

3. Na imagem 2, as nuvens associadas ao lugar A são


(A) de fraco desenvolvimento vertical (pouco espessas) devido ao fraco declive da superfície frontal.
(B) claramente cumulonimbus devido ao fraco declive da frente quente.
(C) de grande desenvolvimento vertical (muito espessas) devido ao grande declive da superfície
frontal.
(D) inexistentes, pois a frente quente não permite que se formem.

5. Quando a frente fria atingir a frente quente, havendo uma junção do ar frio posterior e
anterior, levando à ascensão forçada de todo o ar quente, dá-se o fenómeno de
(A) perturbação frontal.
(B) sistema frontal.
(C) oclusão da perturbação frontal.
(D) frente polar.

GRUPO II
(35 pontos)

Na Figura 2, estão representados os valores da temperatura registados em alguns lugares do país,


sobre o oceano e sobre o continente, no dia 5 de janeiro de 2018, pelas 16 horas.

1.Se o valor da humidade absoluta


for o mesmo na Serra do Gerês, em
Braga, na Serra da Estrela e em
Coimbra, e se os valores da
temperatura do ar forem os
registados na Figura 2, a humidade
relativa é mais elevada

(A) na Serra da Estrela.

(B) na Serra do Gerês.

(C) em Braga.

(D) em Coimbra.

Figura 2 – Valores da temperatura do ar registados em alguns locais do país, sobre o oceano e sobre o continente, no dia 5 de janeiro de
2018, pelas 16 horas (valores aproximados). Fonte: www.windy.com (consultado em janeiro de 2018) (adaptado).
Nas Figuras 3A e 3B, está cartografada a percentagem de água no solo disponível para ser utilizada
pelas plantas, um importante indicador para a gestão agrícola.

Fig. 3A e 3B

2.A variação intra-anual da precipitação, em Portugal continental, explica-se, entre outras


razões, pela posição do país

(A) entre as latitudes de 37° N e de 42° N, o que faz com que seja influenciado, ao longo de todo
o ano, pela faixa de altas pressões subtropicais.
(B) entre as latitudes de 37° N e de 42° N, o que o coloca na zona de transição entre as baixas
pressões subpolares e as altas pressões subtropicais.
(C) junto ao oceano, o que permite que seja afetado, ao longo de todo o ano, por massas de ar
marítimo, tropical ou polar.
(D) junto ao oceano, o que favorece a ascendência das massas de ar marítimo, que aquecem em
contacto com a terra.

3. Considere as afirmações I, II e III, que se referem à análise das Figuras 3A e 3B.

Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e as falsas.

I.  Em julho de 2014, na NUTS II Norte, a distribuição dos valores percentuais de água no solo
reflete a influência do relevo e do afastamento do mar.

II. Em julho de 2017, a percentagem de água no solo na NUTS II Alentejo e na NUTS II Algarve
justifica-se pela maior impermeabilidade da camada superficial dos solos.

III. Os valores percentuais de água no solo registados em julho de 2017, relativamente aos
registados em julho de 2014, devem-se à utilização frequente da rega na atividade agrícola.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.

(B) I é verdadeira; II e III são falsas.

(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.

(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.


4. A percentagem de água disponível no solo, observada na Figura 3B, deve-se, entre outros fatores,
à influência prolongada de

(A) depressões de origem dinâmica localizadas sobre o oceano Atlântico, a leste dos Açores.

(B) anticiclones de origem térmica localizados sobre a Península Ibérica.

(C) depressões de origem térmica localizadas sobre a Península Ibérica.

(D) anticiclones de origem dinâmica localizados sobre o oceano Atlântico, a leste dos Açores.

5. Em Portugal, a ocorrência de longos períodos secos no verão


(A) favorece a evaporação, originando um aumento relativo da poluição das águas superficiais.

(B) aumenta a evapotranspiração, acelerando o crescimento vegetativo das plantas.

(C) diminui a infiltração de água no solo, reduzindo o risco de eutrofização nos rios e nas lagoas.

(D) reduz a escorrência superficial, diminuindo a área disponível das parcelas para pousio.

6.A diferença entre os valores de precipitação registados no Noroeste e no Nordeste de Portugal


Continental deve-se, entre outras razoes, a...
(A) Maior ocorrência de chuvas orográficas nas montanhas localizadas a noroeste.

(B) Menor profundidade dos vales da bacia do rio Douro, na região nordeste.

(C) Maior frequência da passagem das perturbações da frente polar, no nordeste.

(D) Menor penetração dos ventos de norte, na região noroeste.

7.A maior quantidade de precipitação recebida nas bacias hidrográficas localizadas no Noroeste
português, relativamente ao restante território continental, explica-se pela...
(A) influência frequente do anticiclone dos Açores.

(B) baixa altitude média das redes hidrográficas.

(C) maior frequência da passagem das perturbações da frente polar.

(D) existência de muitas bacias hidrográficas exclusivamente nacionais.

GRUPO III

Os gráficos termopluviométricos representam o regime térmico e pluviométrico de duas estações


meteorológicas localizadas em Portugal. (30 pontos)
1. Os regimes térmicos e pluviométricos representados nos gráficos são característicos de um
clima (A) mediterrânico. (B) continental. (C) tropical. (D) marítimo.

2. O gráfico A corresponde a uma estação meteorológica localizada no(a)


(A) norte interior. (C) sul litoral.
(B) norte litoral. (D) fachada norte da ilha da Madeira.

3. As características dos regimes térmicos e pluviométricos representados permitem associar os


gráficos A e B, respetivamente, às seguintes estações meteorológicas
(A) Penhas Douradas e Ponta Delgada. (C) Bragança e Faro.
(B) Viana do Castelo e Faro. (D) Beja e Funchal.

4. O clima temperado mediterrânico de feição marítima caracteriza-se por


(A) precipitação escassa e temperaturas amenas ao longo de todo o ano.
(B) precipitação elevada no inverno e amplitude de variação térmica anual reduzida.
(C) precipitação reduzida, temperaturas moderadas no inverno e elevadas no verão.
(D) precipitação elevada no inverno e outono e amplitude de variação térmica anual elevada.

5. Os fatores do clima que explicam a diversidade de comportamento dos elementos climáticos no


território de Portugal continental são, entre outros….

(A) A nebulosidade e as correntes marítimas.


(B) A altitude e o vento.
(C) A latitude e o relevo.
(D) A humidade relativa e a pressão atmosférica.

6. Diz-se que um mês é seco quando o valor de precipitação

(A) é superior ou igual ao valor da temperatura desse mês.


(B) é inferior ou igual ao valor da temperatura desse mês.
(C) é superior ou igual ao dobro do valor da temperatura desse mês.
(D) é inferior ou igual ao dobro do valor da temperatura desse mês.
GRUPO IV

O mapa da figura 4 representa a produtividade média dos aquíferos em Portugal Continental. (30 pontos)

Figura 4 – Produtividade média dos aquíferos em Portugal Continental

Fonte: Atlas do Ambiente, Agência Portuguesa do Ambiente,


http://sniamb.apambiente.pt/Home/Default.htm (consultado em Março de
2017)

1.Entende-se por aquífero…


(A)uma formação geológica que permite a circulação e o armazenamento de água nos seus espaços vazios.
(B) o volume total de água que passa numa determinada secção subterrânea de um curso de água, por segundo.
(C) a parte da precipitação que escorre à superfície e em canais subterrâneos.
(D)uma forma deprimida num maciço calcário, resultante da dissolução.

2.Os aquíferos apresentam, em relação à restante tipologia de recursos hídricos…


(A)maior concentração de poluentes, proveniente dos agroquímicos usados na atividade agropecuária.
(B) maior variabilidade intra e interanual no que respeita à quantidade total de água.
(C) maior proteção em relação à poluição proveniente da atividade humana.
(D)menor vulnerabilidade à intrusão salina, frequente nas regiões costeiras.

3.A maior produtividade aquífera verifica-se nas bacias de sedimentação do Tejo e do Sado. Esta afirmação é…
(A) verdadeira, na medida em que estas unidades morfoestruturais são constituídas por rochas pouco permeáveis,
como os granitos, os xistos e os gnaisses.
(B) verdadeira, na medida em que estas unidades morfoestruturais são constituídas por rochas muito permeáveis,
como os arenitos, as areias e as argilas.
(C) falsa, na medida em que estas unidades morfoestruturais são constituídas por rochas pouco permeáveis, como os
calcários, as argilas e os xistos.
(D) falsa, na medida em que estas unidades morfoestruturais são constituídas por rochas muito permeáveis, como os
calcários, as argilas e as margas.
4.A unidade hidrogeológica que, na generalidade, regista uma produtividade aquífera inferior a 50 m 3/dia é…
(A) a bacia sedimentar do Sado.
(B) a orla mesocenozóica meridional.
(C) a orla mesocenozóica ocidental.
(D) o maciço hespérico ou antigo.

5. O Algarve é uma das regiões de Portugal onde a água potável é, cada vez mais, um recurso em rápida
degradação, devido à
(A) poluição química dos aquíferos provocada pela intensa adubação dos campos de golfe.
(B) poluição dos cursos de água provocada pelas descargas de efluentes não tratados das numerosas
unidades hoteleiras.
(C) salinização dos aquíferos, em situação de sobreexploração, resultante da intrusão de água marinha.
(D) eutrofização dos cursos de água provocada pelo crescimento incontrolável de algas.

6.O Homem pode interferir negativamente na produtividade aquífera ao…


(A) investir em projetos de turismo sustentáveis nas regiões de menor densidade populacional.
(B) produzir energia através de fontes renováveis, como a eólica e a solar.
(C) favorecer a construção de superfícies impermeáveis, como os edifícios e as estradas.
(D) construir habitações nos leitos de inundação dos cursos de água.

GRUPO V
A figura representa uma carta sinóptica

1.Identifica os elemento barométricos assinalado com o número 1. (5 pontos)


V1-Frente Quente // V2- Frente Fria

2. Caracteriza a circulação vertical e horizontal do ar numa depressão barométrica. (5 pontos)


A circulação do ar faz-se de forma descendente e divergente

3.Refere o centro barométrico que influenciava o estado do tempo em Portugal Continental (5 pontos)
Centro de alta pressão ou anticiclone

V1 4.Menciona duas das características do estado do tempo geralmente associadas à passagem de uma
frente quente. (10 pontos)

Durante a passagem da frente as condições atmosféricos vão piorar, verificando-se

-A existência de muita nebulosidade, sobretudo nuvens de fraco desenvolvimento (pouco


espessas)
- a ocorrência de chuvas contínuas e de longa duração (chuviscos)

- Temperatura relativamente baixa, mas com tendências a subir rapidamente devido à


aproximação da massa de ar quente

- Diminuição da pressão atmosférica

- a ocorrência de vento fraco


V2 4.Menciona duas das características do estado do tempo geralmente associadas à passagem de uma
frente fria. (10 pontos)

Durante a passagem da frente fria surge um novo agravamento no estado de tempo.

- A nebulosidade aumenta, e são nuvens de grande desenvolvimento vertical ( muito espessas),


devido à rápida subida do ar quente ao longo da superfície frontal fria.

- A precipitação é intensa e de curta duração e é acompanhada por trovoada.

- A temperatura diminui devido à aproximação da massa de ar frio do sector posterior.

- A pressão atmosférica aumenta rapidamente.

- O rumo do vento altera-se e a sua velocidade aumenta.

5. Explica o processo que conduz à sua formação. (15 pontos)

V1-O processo que conduz à formação de uma frente e de uma superfície frontal tem origem num
contraste muito forte ao nível das características físicas e dinâmicas das massas de ar em
contacto, não se misturando ou misturando-se muito lentamente.
O movimento das massas de ar pode corresponder ao avanço do ar quente sobre o ar frio, dando
origem a uma superfície frontal quente e consequentemente a uma frente quente,

V 2-O processo que conduz à formação de uma frente e de uma superfície frontal tem origem num
contraste muito forte ao nível das características físicas e dinâmicas das massas de ar em
contacto, não se misturando ou misturando-se muito lentamente.
O movimento das massas de ar pode corresponder ao avanço do ar frio sobre o ar quente, dando
origem a uma superfície frontal fria e consequentemente a uma frente fria

GRUPO VI

Observe com atenção os mapas apresentados.


1. Identifique as bacias hidrográficas assinaladas com as letras A e C. (10 pontos)

V1- B- bacia hidrográfica do mMndego D- bacia hidrográfica do Guadiana

V2- A-bacia hidrográfica do Douro C- bacia hidrográfica do Sado


2. Apresente dois problemas associados ao facto de as maiores bacias hidrográficas portuguesas
serem internacionais. (10 pontos)
As bacias hidrográficas internacionais são, com frequência, fonte de conflitos, já que o aproveitamento das
águas no país vizinho pode diminuir, por vezes de forma significativa, o escoamento. Este problema agudiza-se
quando a bacia hidrográfica se localiza em áreas de clima mais árido ou de períodos de seca mais intensa. Por
outro lado, refere-se ainda a poluição das águas que, não conhecendo fronteiras, pode afetar o país a jusante.

3. Refira duas causas explicativas para o desigual escoamento superficial observado no norte e no
sul de Portugal continental. (10 pontos)
As diferenças de escoamento, maior no norte do que no sul, prendem-se, fundamentalmente, com os valores
mais elevados de precipitação e a existência de uma estação seca mais curta na primeira região.

4. Em Portugal, a variação interanual da precipitação tem efeitos na disponibilidade hídrica, o que


implica a necessidade de gerir os recursos hídricos de forma sustentável. (10 pontos)

Duas das estratégias possíveis são:

A – A ampliação da rede de armazenamento de água;

B – A prevenção de problemas que afetam a qualidade de água disponível.

Selecione a estratégia, A ou B, que, no âmbito da gestão dos recursos hídricos, considere


prioritária.
De acordo com a estratégia selecionada, apresente duas medidas, explicando de que modo
contribuem para a gestão sustentável dos recursos hídricos.

– Estratégia A – a ampliação da rede de armazenamento de água:

•  redução da sobre-exploração dos aquíferos, garantindo em períodos secos os níveis freáticos para a
atividade humana;

  aumento da rede de mini-hídricas, assegurando o abastecimento de água para as atividades económicas


em anos menos chuvosos;

•  impermeabilização de solos para a criação de represas destinadas às explorações agropecuárias; • 


aumento do número de represas em áreas de precipitação reduzida para aumentar a disponibilidade
hídrica;

•  construção de tanques/cisternas para o aproveitamento de águas pluviais;

•  gestão da água das barragens, de modo a armazenar a água e a assegurar o caudal ecológico, a jusante,
em anos em que há deficit hídrico.

– Estratégia B – a prevenção de problemas que afetam a qualidade de água disponível:

•  controlo das emissões de efluentes industriais, agrícolas e urbanos para reduzir os níveis de poluição;

•  atribuição de licenciamentos industriais, de modo a garantir a gestão sustentável dos efluentes;

•  fiscalização regular do funcionamento das ETAR, de modo a melhorar a qualidade da água dos rios;

•  monitorização/fiscalização/penalização regular e sistemática da produção de efluentes, com vista a


assegurar os parâmetros de qualidade como o nível de oxigénio dissolvido na água, sobretudo nos
períodos mais secos;

•  sensibilização das empresas e dos cidadãos para a redução da produção de efluentes;

•  redução de nitratos aplicados na agricultura, com vista a reduzir a eutrofização;

•  criação de ETAR em lagares, com vista a reduzir a eutrofização, sobretudo em períodos mais secos.

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