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Universidade de São Paulo

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto

Metais no ambiente e saúde humana:


aspectos toxicológicos e avaliação de exposição

Prof. Fernando Barbosa Jr


fbarbosa@fcfrp.usp.br

2018
Bibliografia
Elementos essenciais e tóxicos ao
H
homem He

Li Be B C N O F Ne

Na Mg Al Si P S Cl Ar

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe

57 Os
Cs Ba a
Hf Ta W Re Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
71

89
Fr Ra a
103

Maiores Elementos-tra
Essenciais ço Elementos
>10 mg/L Essenciais Tóxicos
>100 µg/g 10 µg/L-10mg/L
<100 µg/g
Elementos essenciais e tóxicos ao
H
homem He

Li Be B C N O F Ne

Na Mg Al Si P S Cl Ar

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe

57 Os
Cs Ba a
Hf Ta W Re Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
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Maiores Elementos-tra
Essenciais ço Elementos
>10 mg/L Essenciais Tóxicos
>100 µg/g 10 µg/L-10mg/L
<100 µg/g
TABELA PERÍODICA BIOMÉDICA

Fármacos contento
elementos químicos
ATSDR-Agency for Toxic Substances & Disease Registry
Classificação de 2015 para substâncias mais tóxicas

Substância Colocação
Arsênio 1
Chumbo 2
Mercúrio 3
Cloreto de vinila 4
Bifenilas policloradas 5
Benzeno 6
Cádmio 7

Hidrocarbonetos aromáticos 8

It should be noted that this priority list is not a list of "most toxic" substances,
but rather a prioritization of substances based on a combination of their frequency,
toxicity, and potential for human exposure.
Determinantes do efeito tóxico
● Xenobiótico
Propriedades físico-químicas
Tempo e quantidade de exposição

● Indivíduo
Fatores nutricionais
Fatores genéticos
Gênero
Idade
Vias de exposição
● Exposição por inalação
● Exposição por ingestão
● Exposição dérmica
ONDE PODEREMOS ESTAR EXPOSTOS A
ELEMENTOS TÓXICOS?
Exposição Ocupacional
(Pb) Fábricas de bateriais, tintas, pigmentos, cerâmicas

(Ag) Fotografias, equipamentos elétricos

(Hg) Amalgamas dentários, derivados de combustíveis fósseis


lâmpadas fluorescentes, extração de ouro, produção de cloro

(Tl) Semicondutores, lentes e componentes eletrônicos

(Mn) Atividades de mineração

(Cr) Pigmentos de tintas, eletrogalvanoplastia

(Pt) Catalizador em indústrias químicas

(Sn) Soldadores
ONDE PODEREMOS ESTAR EXPOSTOS A
ELEMENTOS TÓXICOS?
Exposição Ambiental e em alimentos
Atividades do homem

(Pb), (Hg), (Cd) Eliminação de rejeitos industriais

(Hg) Queimas de combustíveis fósseis, mercúrio em rios (garimpo)

(Mn) Atividades de mineração, aditivo gasolina

(Cr) Tintas

(Pt), (Rh) Catalizador em combustíveis

Contaminação natural

(As), (Hg), (Mn), (U) Bangladesh, Amazônia


Áreas contaminadas em São Paulo

Fonte: www.cetesb.sp.gov.br
Metais/Metaloides essenciais e
tóxicos ao homem e as plantas
H He

Li Be B C N O F Ne

Na Mg Al Si P S Cl Ar

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe

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Cs Ba a Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
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Maiores Elementos-traç Elementos


Essenciais o Tóxicos
Essenciais

Arsênio: IARC, Grupo 1 carcinogênico (humanos)


Arsênio e seus compostos
Produção anual 60.000 toneladas
Arsenito AsO2-, AsO33-
Arsenato H2AsO4-, HAsO4 2-, AsO43-
Ácido arsênico H3AsO4
Trióxido de arsênio As2O3
Pentóxido de arsênio As2O5
Arsina AsH3
Ácido Monometilarsônico (MMA) CH3AsO(OH)2
Ácido dimetilarsínico (DMA) (CH3)2AsO(OH)
Arsenobetaína (CH3)3As+CH2COO- X-
Arsenocolina (CH3)3As+CH2CH2OH X-

Formas inorgânicas de arsênio são mais tóxicas

Principais formas de arsênio em ambiente de trabalho


Toxicidade do As
Espécies químicas LD50 (mg/kg)

Arsenite (As(III)) 14

Arsenate (As(V)) 20

Arsine (AsH3) 3

Monomethylarsonic Acid (MMA) 700 - 1800

Dimethylarsinic Acid (DMA) 700 - 2600

Arsenocholine > 10000

Arsenobetaine > 10000


Metabolismo do Arsênio
half life
blood= 10h

seafood
Arsenocholine
and arsenobetaine Urinary excretion
10-20% Inorganic
Monomethylarsonic Acid(MMA)
Not metabolized MMA (10-20%)
Dimethylarsinic Acid(DMA)
DMA (60-80%)
Bangadlesh- Arsênio
Arsênio em Porto de Santana no Amapá

Não expostos < 3.0 µg/L no sangue


Água e alimentos: principal fonte não
ocupacional
Exposição ao arsênio em alimentos
Exposição ao arsênio em alimentos
Arsênio e seus compostos

Ácido arsanílico

Roxarsone
Arsênio e seus compostos
Metabolismo do arsênio

Espécies inorgânicas: As (V), As (III) ½ vida= 10h

As (V) As (III) in vivo (sangue)

Metilado (S-adenosilmetionina)
Metilação primária
As (III) -> ácido monometilarsônico (MMA)
fígado
Metilado (Metiltransferases)
Metilação secundária
MMA Ácido dimetilarsínico (DMA)

Compostos orgânicos
de arsênio Excreção urina
10-20% Inorgânico
Não são absorvidos MMA (10-20%)
DMA (60-80%)
Normal total urinary arsenic values are <50 μg As/L in the absence of
consumption of seafood in the past 48 hours; values in excess of 200 μg
As/L are considered abnormal (ATSDR 2000).

Fish arsenic can significantly increase total urinary arsenic


levels; therefore, it may be prudent to take a dietary history of the previous
48 hours or repeat the urinary arsenic test in 2 or 3 days. Human volunteers
with an average pretest urinary arsenic level of 30 μg/L were given lobster
for lunch. Four hours after eating, they had an average urinary level of
1,300 μg As/L. These values decreased to pretest levels within 48 hours
after ingestion. Request for speciation of arsenic (i.e., analysis of
organoarsenicals or different inorganic species, rather than total arsenic) may
be considered.
Biomonitoramento Novo México
(EUA) As e urina
● Ingestão de frutos do mar: aumenta em
+80% as concentrações de As na urina
● Fumo:aumenta em + de 18% as
concentrações de As na urina
Metabolismo do arsênio
Diferença no metabolismo entre
humanos
Toxicidade de arsênio e seus compostos

-Afininidade por grupos tiol (-SH)

-Pode inibir a respiração mitocondrial


competindo com fosfato durante a fosforilação oxidativa

na produção de ATP e Produção de H2O2

Estresse oxidativo (carcinogênese)


(EROS)
Danos oxidativos
ao DNA
Fatores que podem afetar a toxicidade de arsênio

Agente:
-Propriedades físico-químicas
(tamanho, solubilidade)
-Forma orgânica ou inorgânica
-Estado de oxidação
(As (III) > As (V) > DMA)

Sujeito:
-Idade
-Gênero
Mulheres metabolizam mais rápido As(III)

-Nutrição
Deficiência de enzimas antioxidantes
Selênio (efeito competitivo, faz parte de enzimas antioxidantes Seleproteína P e glutationa peroxidase )

-Doenças
Metais e metalóides essenciais e
H tóxicos ao homem He

Li Be B C N O F Ne

Na Mg Al Si P S Cl Ar

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe

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Cs Ba a Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
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103

Maiores Elementos-traç Elementos


Essenciais o Tóxicos
Essenciais
Vítimas do saturnismo Deus saturno idolatrado na Roma Antiga

Exposição ao chumbo
Calígula

Portinari e Van Gogh

Beethoven
Chumbo (Pb)

Fontes de exposição
– Mineração - Fundição
– Metalurgia
• Soldadores
– Fábricas de baterias
– Munição
– Tintas
– Vidraria
• Pirex
• Cristais
• Tubos para TV e computador
– Cerâmicas
Nationally, 38 million homes contain lead-based paint,
and lead poses a risk in 35% of all low-income housing,
according to the CDC. Moreover, studies are now showing
that blood lead levels as low as 2–3 µg/dL harm children's
physical and mental development; in the past, levels below
10 µg/dL were considered acceptable.

In 2007, millions of toys were pulled from U.S. shelves due to high levels of lead. Legislation passed
14 August 2008 sharply limits the lead allowed in children's products to 100 ppm,
bans the use of phthalates (3 types will be permanently banned, while 3 others are
suspended pending further study), and significantly increases funding and staffing
for the Consumer Product Safety Commission. The law also mandates testing and
safety certifications for products marketed for children ages 12 and under and requires
foreign manufacturers to comply with U.S. toy safety standards.
Concentrações de Pb na população americana 1976 -1999

Removing lead from gasoline drastically reduced lead exposure in the United States.
18
Since the 1970s, American children's blood lead levels have dropped 80%, to a geometric mean of 2.0 µg/dL.

16

14

12
Pb sangue (μg/dL)

10

0
1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000
Ano
Em 2007, 21 países ainda usavam gasolina com chumbo.
Em 2018, 6 países ainda usam gasolina com chumbo.
Chumbo na América Latina
Exposição ao chumbo no Brasil

- Bauru-SP (Fábrica de baterias AJAX)


Santo Amaro da Purificação-BA
http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=23562

Jacareí-SP
Toxicocinética do chumbo
Corey, G et al., Chumbo: Série Vigilância 8,
Panamerican Health Organization(PHO), Washington, DC 1989.
Chumbo sangue
CRIANÇAS (µg Pb/dL) ADULTOS
150
Morte

100 Encefalopatia
Encefalopatia
Nefropatia Anemia
Anemia
Diminuição da longevidade
Cólica
50 Síntese de hemoglobina

Síntese de hemoglobina 40 Infertilidade (homem)


Nefropatia

Pressão sanguínea sistólica (Homem)


Metabolismo vit D 30 Audição

Velocidade de cond. motora 20

Eritrócito protoporfirina Eritrócito protoporfirina


Metabolismo da vit D(?) (Mulher)

IQ 10 Hipertensão (?)
Audição
Crescimento
Chumbo e biosíntese de heme

ALA-U e ALA-P

Porphobilinogen

EP CPU
Relação entre chumbo no sangue e biomarcadores de efeito

EP
Chumbo no sangue
Evolução dos níveis de segurança de chumbo em sangue

Entre 1976 e 2002, a média de chumbo no


sangue das crianças americanas
(1-5 anos) caiu de 13.7 µg/dL para 2.2 µg/dL
Evolução das metodologias para determinação de chumbo
CDC Nível de segurança para Pb em sangue(µg/dL) em sangue e a influência sobre os níveis de segurança

70 Delves-cup FAAS

60 GF AAS

50
40 40 µg/dL

30 µg/dL ICP-MS
30
25 µg/dL
20
10 µg/dL
10 ?
Uma gota
0 Venous blood Capillary blood
(7 mL) (200 µL)

1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000


Limite da capacidade instrumental para detecção vs limites de segurança
Biomarcadores
● Dose interna
O nível do xenobiótico ou um de seus metabólitos em algum
tecido

● Efeito
Qualquer alteração bioquímica, fisiológica ou compartamental
mensurável que pode estar associada a uma disfunção ou
compremetimento da saúde.

● Susceptibilidade
Habilidades do individuo de responder a exposição a um
xenobiótico. Variações genéticas de enzimas detoxificantes, sexo,
idade.
Biomarcadores de dose interna
● Sangue
● Plasma/soro
● Cabelo
● Unha
● Saliva
● Urina
● Ossos e dentes
Chumbo no sangue
● Biomarcador utilizado a mais de 4 décadas.

● Correlações com efeitos estatisticamente fracas

● Indicativo de exposição de curto prazo


(reflete muito pouco sobre exposição passada)

● Só reflete a exposição crônica se a mesma for


constante ou se a coleta e análise for realizada
diversas vezes durante o período de exposição
Biomarcadores de dose interna

Environ. Health Perspect., 2005

Cabelo ?
Tecidos duros ?
Ossos
Unha ? Dentes

Sangue

Saliva ? Plasma, soro ?

Urina ?
Chumbo no plasma
● Do ponto de vista fisiológico podemos considerar como a
fração mais diretamente relacionada aos efeitos tóxicos

● <2,0 % do total de chumbo no sangue total

● Difícil análise, requer técnicas de mais alto custo e alta


sensibilidade para detecção, além de maior capacitação
profissional para coleta e análise

● Materiais de coleta previamente descontaminados em


ambientes apropriados
Interesse pelo Pb no plasma
Efeito não pode ser visualizado nos níveis de Pb-S

Remodelamento ósseo contribui para a fração plasmática


Homens

Exposição por chumbo no passado

Mulheres
Cabelo
● Fácil coleta
● Resultados temporais com análise das
pontas até a raiz
● Susceptível a contaminação
● Sexo, idade e cor do cabelo podem alterar
significativamente os níveis de chumbo
independente do grau de exposição
Chumbo em cabelo
Vantagens
1) De fácil e não invasiva coleta com custo mínimo
2) Não requer condições especiais para estoque
Chumbo em cabelo
Vantagens
1) De fácil e não invasiva coleta com custo mínimo
2) Não requer condições especiais para estoque

Desvantagens
• Variação significativa das concentrações com idade,
gênero, cor natural dos cabelos e hábito de fumar.
• A habilidade para distinguir entre chumbo endógeno do
exógeno é uma das maiores limitações
Chumbo em cabelo
3) Raça/etnia, fatores geográficos e ecológicos podem
afetar a distribuição de chumbo em uma dada população;

4) Não existe valores de referência para não expostos;

5) Métodos com confiabilidade analítica para determinação


de chumbo em cabelo são ainda limitados

6) Estudos interlaboratoriais recentes em laboratórios


comerciais especializados na det. de elementos traço
em cabelo mostram resultados muito discrepantes entre
os resultados (Seidel et al., 2001)

7) Correlação fraca entre Pb-C e Pb-S


Chumbo
(n=280)
Chumbo urinário
Vantagens
1) Coleta não invasiva
2) Chumbo urinário reflete o chumbo plasmático
excretado por meio dos rins
Desvantagens
1) Poucos estudos examinam a associação entre Pb-U e
outros biomarcadores
2) Chumbo urinário é usado basicamente em programas
de monitoramento de exposição ocupacional ou na
avaliação da eliminação do metal após terapia
quelante
Chumbo em unha
Vantagens:
1) Fácil coleta (não invasiva e simples);
2) Amostra estável após a coleta;

Desvantagens:
1) unha dos pés ou mãos??? (Taxa de crescimento menor nos pés que
nas mãos, especialmente durante o inverno);

2) Remoção de contaminação exógena é fundamental

3) Quais são os valores de referência????


Saliva
● Fácil coleta
● Não existem níveis de referência
● Variação do fluxo salivar antes, durante e
após refeições
● Poderia estar diretamente relacionado ao
níveis de chumbo no plasma não ligado a
proteínas
● < 0,15 µg/L em não expostos
Evaluation of the use of salivary lead levels as a surrogate
of blood lead or plasma lead levels in lead exposed subjects
Barbosa Jr, et al., Arch Toxicol (2006) 80: 633–637
Chumbo nos ossos
Porque determinar chumbo nos ossos?

● Mais de 90% do chumbo no corpo de um adulto


está estocado nos ossos (70% em crianças).
● Meia-vida biológica 10-30 anos.
● Biomarcador de dose cumulativa de chumbo
● Reflete histórico de exposição sob longos
períodos.
● Homem entre 60-70 anos pode ter até 200 mg de
chumbo no osso.
Porque determinar chumbo nos ossos?

● Durante remodelamento ósseo o chumbo pode


voltar a corrente sanguínea
● Efeitos recentes podem estar melhor associados
com exposições passadas
● Mulheres nascidas entre as décadas de 60 a 80
estão atualmente em idade reprodutiva
Determinação por técnicas não invasivas

● Fluorescência de
Raios-x (XRF)
● 30 minutos de leitura
● Exposição a radiação (1/500 da qde exame
raios-x dental).
Limitações
● Altas variações nas incertezas 3-30 % o
que limita seu uso para populações
expostas a baixas concentrações e em
crianças
● A precisão depende da quantidade de
tecido superpondo o osso (> espessura<
precisão)
● Poucos países utilizam esta técnica
Dentes
● Facilidade de coleta
● Exposição pre- e neonatal (correlação com
efeitos neurológicos durante a formação
fetal)
● Histórico de exposição(dente é composto
por distinto tecidos que se ligam ao
chumbo em diferentes estágios de vida)
● Restrito a crianças
BIÓPSIA DE ESMALTE

• COLOCAÇÃO DA FITA ADESIVA COM


PERFURAÇÃO CENTRAL

• 5µl DA SOLUÇÃO HCl A 1,6N EM GLICEROL A 70% (v/v)

• AGITAÇÃO SUAVE DURANTE 20s

• 200µl DE ÁGUA Milli- Q


Chumbo no esmalte do dente decíduo
(marcador de efeitos neurológicos fase de formação
fetal)
Chumbo no esmalte do dente decíduo
(marcador de efeitos neurológicos fase de formação
fetal)

identificação de
zonas pré-natal e pós-natal
Conclusão
● Novos trabalhos propondo o uso de marcadores
alternativos de exposição ao chumbo. Entretanto,
ainda não se sabe claramente quão superiores são
estes dados sobre os de Pb-Sangue

● Pb-Plasma provavelmente reflete maior correlação


com os efeitos. (Restrito a poucos laboratórios)

● Níveis de Pb-Ossos devem ser utilizados


principalmente para populações expostas no passado
Conclusões

• Ainda é bastante duvidoso em qual extensão os dados


apresentados de chumbo em biomarcadores
alternativos são superiores ao chumbo em sangue

• Mais estudos associando as concentrações


plasmáticas de chumbo com efeitos são necessários
Conclusões

• Valores de referência regionais precisam ser


estabelecidos para cada biomarcador
(considerando influência genética e nutricional)

• O que realmente os valores de chumbo no


osso representam em termos de risco a
saúde
Referências e regulamentos americanos para controle de exposição ao Pb
Elementos essenciais e tóxicos ao
H homem He

Li Be B C N O F Ne

Na Mg Al Si P S Cl Ar

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe

57
Cs Ba a Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
71

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Fr Ra a
103

Maiores Elementos-traç Elementos


Essenciais o Tóxicos
Essenciais
Principais fontes de exposição ao mercúrio

Chapeleiro
Mercurialismo maluco
-Mais antiga das doenças ocupacionais (1865)
-Mozart, 35 anos de nefrite crônica

– Lâmpadas fluorescentes
– Amalgamas dentários
– Pesticidas
– Petroquímica
– Queima de carvão e combustíveis fósseis
– Amagalmação com ouro
– Peixe
Formas de mercúrio
Formas inorgânicas
● Hg(0)
● Hg(II)

Formas orgânicas
● MeHg (metilmercúrio)
● EtilHg(etilmercúrio)
Efeitos tóxicos (MeHg)
SNC

Rins

Fígado

Coração

DNA
Minamata - Mércurio

A garota apresenta má formação


dos braços, como muitas outras
vítimas que sofrem de
deformações físicas e retardo
mental.

Petroquímica e de fertilizantes
Chisso Corporation
27 toneladas de mercúrio foram despejados na Baía
de Minamata entre 1932 and 1968
Intoxicação por Hg

Local Ano Casos


Minamata 1953-60 10000

Nigata 1964-65 646


Guatemala 1963-65 45

Gana 1967 144

Paquistão 1969 100

Iraque 1956-1971 50000


Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 16(6), 2004
Mercúrio na região amazônica
Biotransformação do mercúrio

Mercúrio Descarte
Inorgânico
Águas
Biometilação Sedimentos

Metilmercúrio Bioacumulação
Forma 100-1000 vezes mais tóxica
Peixe

Metilmercúrio Exposição
em humanos
Hg Amazônia

mineração desmatamento
(Wasserman et al., 2003) (Roulet et al., 1998)

Liberação do Hg inorgânico para sistema


aquático

Metilação do Hg por bactérias

Acúmulo do Hg orgânico na cadeia


alimentar (peixe) (Guimarães et al., 1999)

Base da dieta peixe (Dolbec et al, 2001; Passos & Mergler, 2008)
Mercúrio na região amazônica

MeHg se associa a cisteína mimetizando


a estrutura do aminoácido metionina
Estudos indicam um novo sistema alvo da toxicidade

Tamashiro e cols, 1984 Matsuo e cols, 1989

Óbitos em Minamata Amostras de coração


doenças Concentração
cardiovasculares de Hg

14,1% 80% MeHg


Guallar et al., 2002
Mercury, Fish Oils, and the Risk of Myocardial Infarction

The patients were 684 men with a first diagnosis of myocardial infarction

The toenail mercury level was directly associated with the risk of myocardial infarction ,
and the adipose-tissue DHA level was inversely associated with the risk. High mercury
content may diminish the cardioprotective effect of fish intake.
Fatores nutricionais

MeHg Selênio
Detoxificação de MeHg por Se
● 1972 (Ganther e cols, Science, 1122-1124) foram
os primeiros a mostrar a interação entre
MeHg e Se.
(diminuição da mortalidade e aumento do
peso de ratos tratados com MeHg)
Concentrado de proteinas de peixe

Ganho de peso em ratos

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