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Curso de Fundamentos e

Resistência dos Materiais

Cap.I – Introdução / Estruturas


Isostáticas

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Prof. M.Sc João Carlos de Campos
Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

A Resistência dos Materiais é o ramo da


Mecânica dos Corpos Deformáveis que se
propõe, basicamente, a selecionar os
materiais de construção e estabelecer as
proporções e as dimensões dos elementos
para uma estrutura ou máquina, a fim de
capacitá-los a cumprir suas finalidades, com
segurança, confiabilidade, durabilidade e em
condições econômicas.
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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

A capacidade de um elemento, em uma


estrutura ou máquina, de resistir à ruína é
chamada de resistência do elemento e
constitui o problema principal para a análise
nesta disciplina.

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

A limitação das deformações, em muitos


casos, se torna necessária para atender a
requisitos de confiabilidade (deformações
exageradas podem ser confundidas com
falta de segurança) ou precisão (caso de
máquinas ou ferramentas). A capacidade de
um elemento reagir às deformações é
chamada de rigidez do elemento.

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Muitas vezes, apesar de os elementos


estruturais satisfazerem aos requisitos
de resistência e de rigidez sob a ação
das cargas, a estrutura, como um todo,
não é capaz de manter o estado de
equilíbrio, por instabilidade. A
estabilidade das estruturas é outro
problema a ser analisado.
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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Na Resistência também são estudados:


 Estados perigosos provocados por
descontinuidades na geometria dos
elementos - concentração de tensões;
 por cargas alternativas - ressonância e

fadiga do material; e
 por cargas dinâmicas - choque mecânico.

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

A escolha dos materiais, das proporções e


das dimensões dos elementos de
construção deve ser feita baseada em
critérios de otimização, visando,
invariavelmente, a custos mínimos, menores
pesos (fundamental na indústria
aeronáutica), facilidade de fabricação, de
montagem, manutenção e reparo.

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Na solução de seus problemas básicos, a


Resistência dos Materiais estabelece
modelos matemáticos simplificados
(esquemas de cálculo) para descrever a
complexa realidade física, permitindo uma
fácil resolução dos problemas, obtendo-se
resultados aproximados que,
posteriormente, são corrigidos
através de coeficientes que levam
em conta as simplificações feitas.
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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Esses coeficientes de correção


(coeficientes de segurança) são
estabelecidos experimentalmente e
muitas vezes arbitrados por Normas
Técnicas ou em função da habilidade e
experiência do projetista.

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

A solução de problemas mais complexos,


para os quais os esquemas simplificados da
Resistência dos Materiais não se
enquadram, é em geral tratada pela Teoria
da Elasticidade (outro ramo da Mecânica
dos Corpos Deformáveis que se propõe a
solucionar os mesmos problemas da
Resistência dos Materiais, porém através da
utilização de métodos matemáticos mais
complexos, mas de maior abrangência).
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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Resumindo:
1. resistência: A capacidade de um elemento,
em uma estrutura ou máquina, de resistir à
ruína;
a) Tensões / Concentração de Tensões -
b) ressonância e fadiga do material (cargas
alternativas); e
c) choque mecânico (cargas dinâmicas).

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Resumindo:
2. Deformações: A limitação das deformações,
em muitos casos, se torna necessária para
atender a requisitos de confiabilidade
(deformações exageradas podem ser
confundidas com falta de segurança) ou
precisão (caso de máquinas ou ferramentas).
a) Rigidez – É a característica geométrica de um
elemento com a qual se pode avaliar as.
deformações desse elemento.
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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Resumindo:
3. Coeficiente de Segurança: são coeficientes
de correção estabelecidos experimentalmente e
muitas vezes arbitrados por Normas Técnicas
ou em função da habilidade e experiência do
projetista.

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Curso de Resistência dos Materiais
 Resistência dos Materiais

Resumindo:
4. Estabilidade: Muitas vezes, apesar de os
elementos estruturais satisfazerem aos
requisitos de resistência e de rigidez, sob a
ação das cargas, a estrutura, como um todo,
não é capaz de manter o estado de equilíbrio,
por instabilidade.

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Curso de Resistência dos Materiais
 I. Estruturas Isostáticas
 1.1 Conceitos Fundamentais
 1.1.1 - Análise Estrutural

A análise estrutural é a parte da mecânica


que estuda as estruturas, constituindo este
estudo na determinação dos esforços e das
deformações a que elas ficam submetidas
quando solicitadas por agentes externos
(cargas, variações térmicas, movimentos de
apoios, etc..)

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I. Estruturas Isostáticas
 1.1.1 Análise Estrutural
As estruturas se compõem de um corpo ou de
uma ou mais peças, ligadas entre si e ao meio
exterior de modo a formar um conjunto
estável.

corpo

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1.1.1 Análise Estrutural

Portanto, Estrutura é um conjunto estável capaz


de receber solicitações externas, absorve-las
internamente e transmiti-las até seus apoios,
onde estas solicitações externas encontrarão seu
sistemática estático de equilíbrio (vide figura
anterior – corpo).
Para melhor elucidação – seguem exemplos de
estruturas:

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1.1.1 Análise Estrutural

Ponte
Ferroviária

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1.1.1 Análise Estrutural

Estrutura de
Um Edifício

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1.1.1 Análise Estrutural

Estrutura de um Avião
Estrutura de uma Escavadeira

21
1.1.1 Análise Estrutural

Motor
Engrenagem

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1.1.1 Análise Estrutural
 HIPÓTESES SIMPLIFICADORAS

Em sua maioria, as construções e as máquinas


são muito complicadas quanto às
características dos materiais, a forma e
geometria dos elementos estruturais, tipos de
carregamento, vinculação etc. e, a menos que
sejam estabelecidas hipóteses e esquemas de
cálculo simplificadores, a análise dos problemas
seria impraticável. A validade de tais hipóteses
é constatada experimentalmente.

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1.1.1 Análise Estrutural
 Classificação das Estruturas - Inicialmente
vamos classificar as estrutura:
a) Quanto aos materiais -
contínuos (ausência de imperfeições, bolhas
etc);
homogêneos (iguais propriedades em todos
os seus pontos), e
isótropos (iguais propriedades em todas as
direções).
Essas hipóteses nos permitem aplicar as técnicas
elementares do cálculo infinitesimal para a solução
matemática dos problemas. 24
1.1.1 Análise Estrutural
 Classificação das Estruturas
b) Quando à geometria dos
elementos estruturais - Evidentemente
todo elemento estrutural possui três dimensões

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1.1.1 Análise Estrutural
 Classificação das Estruturas
Logo, as estruturas, quanto a sua forma podem
ser classificadas em três casos:
a) Estruturas Lineares (Barras ou constituídas
por barras) – são constituídas por elemento(s)
onde duas de suas dimensões são de mesma
ordem de grandeza, e inferiores a ordem de
grandeza da terceira dimensão (*) (L1 ≅ L2 <
L3)
(*) da ordem de 10 vezes ou mais.

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1.1.1 Análise Estrutural
 A) Estrutura Linear

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1.1.1 Análise Estrutural
 A) Estrutura Linear
ARCOS

BARRAS RETAS

PERFIS L
DELGADOS

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1.1.1 Análise Estrutural
 A) Estrutura Linear
As estruturas Lineares ainda podem ser
classificadas com:
a1) Estruturas Reticuladas –Vigas, pilares ou
colunas, treliças planas e espaciais, pórticos
planos e espaciais, grelhas;
a2) cabos
a3) Viga balcão
a4) Arcos

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1.1.1 Análise Estrutural
 A) Estrutura Linear
Coluna -
Estrutura Linear
Vertical
Viga –
Estrutura
Pórtico Linear
Plano Horizontal

Viga Balcão

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1.1.1 Análise Estrutural
 A) Estrutura Linear

Estrutura
Treliçada

Estrutura
Aporticada

31
1.1.1 Análise Estrutural
 A) Estrutura Linear

Cabos

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1.1.1 Análise Estrutural
 Classificação das Estruturas
b) Estruturas de superfície
(áreas) ou Folhas - são
constituídas por elemento(s)
onde duas de suas dimensões
são de mesma ordem de
grandeza, e maiores que a ordem
de grandeza da terceira dimensão
(L1 ≅ L2 > L3). Tais estruturas
podem ser consideradas como
geradas a partir de uma
superfície média, admitindo-se
uma distribuição de espessura ao
longo da mesma.

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1.1.1 Análise Estrutural
 Classificação das Estruturas
b) Estruturas de superfície
Conforme a morfologia (Tratado das
formas que a matéria pode tomar) da
superfície média, as estruturas de
superfície são classificadas em:
b1 - Placa – Estrutura de superfície média
plana e horizontal (Laje)

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1.1.1 Análise Estrutural
 Classificação das Estruturas
b) Estruturas de superfície
b2 - Chapa – Estrutura de superfície
média plana e Vertical (Parede)

b3 - Casca – Estruturas de superfície


média curva

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1.1.1 Análise Estrutural
 B) Estruturas de
Superfície (Áreas)

Treliças
Placas - Lajes

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1.1.1 Análise Estrutural
 Classificação das Estruturas
c) Estruturas Volumétricas - são constituídas
por elemento(s) onde três dimensões são
de mesma ordem de grandeza (L1 ≅ L2 ≅
L3). As peças dessa categoria são
denominadas de “Blocos”
b

c
37
1.1.1 Análise Estrutural
 C) Estruturas Volumétricas

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1.1. Conceitos Fundamentais

Antes de continuarmos a
Classificação das Estruturas,
quanto ao carregamento e
quanto ao vínculo, vamos
relembrar duas grandezas
fundamentais

39
1.1. Conceitos Fundamentais
 1.1.2 – As Grandezas Fundamentais:

 Força e Momento
 Força – A noção de força é das mais intuitivas
possíveis: podemos exercer uma força sobre
um corpo por meio de um esforço muscular

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1.1.2 – As Grandezas Fundamentais:
Força e Momento
 Momento
 Para ilustrar e definirmos o conceito de
Momento, vamos analisar a barra abaixo, e
seu equilíbrio.
Podemos observar que,
para contrabalançar a
rotação da barra “AB”,
no ponto “C”, a carga
aplicada em “A” deve ser
inferior a 10 Kg. Por
tentativas, veríamos que
seu valor deve ser 5 Kg.

41
1.1.2 – As Grandezas Fundamentais:
Força e Momento
 Momento
 Observamos portanto, que a rotação do
corpo, em um determinado ponto, promovido
pelas forças aplicadas ao corpo, depende,
além das próprias forças, da distância dessas
forças em relação ao ponto do corpo.
 Logo, a grandeza física que representa a
tendência de rotação em torno de um ponto,
provocado por uma força, deverá ser função
da força e de sua distância ao ponto. Essa
grandeza é o “Momento”.
42
1.1.2 – As Grandezas Fundamentais:
Força e Momento
 Momento

Portanto,
Momento de uma
força em relação
a um ponto é o
produto dessa
força pela
distância do
ponto de
aplicação da
Força até o
ponto.
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1.1.3 – Condições de Equilíbrio

 Para que um corpo, submetido a um sistema


de forças esteja em equilíbrio, é necessário
que elas não provoquem nenhuma tendência
de translação nem rotação a este corpo.
 A tendência de translação é dada pela
resultante “R” das forças e a tendência de
Rotação, em torno de qualquer ponto, é dada
pelo momento resultante”M” destas forças
em relação a este ponto. Necessário portanto,
que essas resultantes sejam nulas.
44
1.1. Conceitos Fundamentais

 1.1.4 – Graus de Liberdade. Apoios.


Estaticidade e Estabilidade
 1.1.4.1 – Graus de Liberdade – A Ação
estática de um sistema de forças no espaço,
em relação a um dado ponto, é igual à de sua
resultante e à de seu momento resultante em
relação àquele ponto, provocando uma
tendência de translação e, segundo uma
tendência de rotação.

45
1.1. Conceitos Fundamentais

 4.1 – Graus de Liberdade.


No espaço, uma translação pode ser expressa por
suas componentes segundo os eixo tri-ortogonais e,
uma rotação, como a resultante de três rotações, cada
uma em torno de um de seus eixos.
dizemos que
uma estrutura
no espaço
possui um total
de 6 graus de
liberdade (3
translações e 3
rotações)

46
1.1. Conceitos Fundamentais

 4.1 – Graus de Liberdade.


É evidente que estes 06 (seis) graus de liberdade
precisam ser restringidos, de modo a evitar toda
tendência de movimento da estrutura, a fim de ser
possível seu equilíbrio.
Essa restrição é dada por apoios, que devem impedir
as diversas tendências possíveis de movimento,
através do aparecimento de reações desses apoios
sobre a estrutura, nas direções dos movimentos que
eles impedem, isto é, dos graus de liberdade que eles
restringem

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1.1. Conceitos Fundamentais
 4.1 – Graus de Liberdade.
Y
X

Apoios – que se oporão às


cargas aplicadas - Reações
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1.1. Conceitos Fundamentais

 4.2 – Apoios. A função dos apoios é a de


restringir graus de liberdade das estruturas,
despertando com isto reações nas direções
dos movimentos impedidos.

São dispositivos mecânicos que impedem


certos tipos de movimentos da estrutura ou
máquina, através de esforços reativos cujos
tipos são estudados nos cursos de Mecânica
dos Corpos Rígidos.

49
1.1. Conceitos Fundamentais

 4.2 – Apoios. Eles serão classificados em


função do número de graus de liberdade
permitidos, ou do número de movimentos
impedidos, podendo, portanto, ser de 6 tipos
diferentes.

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1.1. Conceitos Fundamentais

 4.2 – Apoios. Vamos considerar e trabalhar com


Estruturas Planas com carregamento no próprio plano.
São os seguintes apoios utilizados para impedir os
movimentos no plano:
apoio do 1.º gênero – apoio simples ou móvel

Impede apenas o
deslocamento na direção
“Y”, permitindo livre
rotação em torno dele,
assim como o
deslocamento na direção
“X”

51
1.1. Conceitos Fundamentais

 Apoio móvel - capaz de impedir o


movimento do ponto vinculado do corpo numa
direção pré-determinada;

52
1.1. Conceitos Fundamentais

 4.2 – Apoios.
apoio do 2.º gênero – articulação fixa ou rótula

Y
Impede deslocamento nas
direções “X” e “Y”,
permitindo livre rotação
em torno dele.

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1.1. Conceitos Fundamentais
 Apoio fixo – capaz de impedir qualquer
movimento do ponto vinculado do corpo em todas
as direções;

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1.1. Conceitos Fundamentais

 4.2 – Apoios.
apoios do 1.º e 2.º gênero

Impede deslocamento nas


direções “X” e “Y”, e
também não permite a livre
rotação em torno dele.

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1.1. Conceitos Fundamentais

 4.2 – Apoios.
apoio do 3.º gênero – Engaste
Impede deslocamento nas
direções “X” e “Y”, e
também não permite a livre
rotação em torno dele.

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1.1. Conceitos Fundamentais
 Engastamento – capaz de impedir qualquer
movimento do ponto vinculado do corpo e o
movimento de rotação do corpo em relação a
esse ponto.

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1.1. Conceitos Fundamentais
 1.1.4.3 – Estaticidade e Estabilidade
Como vimos a função dos apoios é limitar os graus de liberdade de
uma estrutura. Podemos distinguir 03 casos possíveis:
1.º - Os apoios são em número estritamente necessário para impedir
todos os movimentos possíveis da estrutura.

Neste caso, o número de reações de apoio (incógnitas) é igual ao n.º


de equações de equilíbrio disponíveis. Ocorre portanto, uma situação
de equilíbrio estável – dizemos que a estrutura é isostática

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1.1. Conceitos Fundamentais

 1.1.4.3 – Estaticidade e Estabilidade


2.º - Os apoios são em número inferior ao necessário
para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura.
Neste caso, o número de reações de apoio (incógnitas) é
menor do que o n.º de equações de equilíbrio
disponíveis. Portanto, a estrutura é instável – dizemos
que a estrutura é hipostática

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1.1. Conceitos Fundamentais

 1.1.4.3 – Estaticidade e Estabilidade


3.º - Os apoios são em número superior ao necessário
para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura.
Neste caso, o número de reações de apoio (incógnitas) é
maior do que n.º de equações de equilíbrio disponíveis.
Neste caso, a estrutura é estável – e denominada
Hiperestática.

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1.1. Conceitos Fundamentais
 1.1.5. Esforços
 Os esforços externos ativos (cargas permanentes,
variáveis, deformações, etc..) solicitam a estrutura
despertando os esforços externos reativos e os
esforços internos, produzindo estados de tensão.
 5.1 – Classificação dos Esforços (Figura seguinte)
 5.2 – Esforços Externos Ativos (Ações) – classificação
das cargas –
 Conforme sua atuação
 Relativamente ao tempo (permanentes , acidentais)
 Relativamente ao tempo e espaço (fixas e móveis)
 Conforme a sua origem
 Estática
 Sujeição (variação de temperatura, retração, etc..)

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1.1. Conceitos Fundamentais
.

Esforços
Esforços

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1.1. Conceitos Fundamentais

 Esforços Externos – são os que atuam no


sistema material em análise (por contato ou
ação à distância) oriundos da ação de outro
sistema (o peso próprio, a ação do vento,
esforços vinculares, são exemplos de esforços
externos). Os esforços ativos serão
classificados de permanentes quando atuam
constantemente sobre a estrutura (como seu
peso próprio) e acidentais quando atuam de
forma transitória (o efeito do vento nas
construções, carga de partida das máquinas,
etc.).
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1.1. Conceitos Fundamentais

 Esforços Externos – Esses esforços são em


geral conhecidos a priori (através das Normas
Técnicas, requisitos para o projeto, etc). No
projeto de novas estruturas o peso próprio é
inicialmente desconhecido já que as
dimensões das partes não estão ainda
estabelecidas. O peso próprio é levado em
conta nesses casos a partir de um peso
estimado e utilizando-se um método de
cálculo iterativo, rapidamente convergente.

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1.1. Conceitos Fundamentais

 Esforços Externos – Os esforços


produzidos pelos vínculos, também externos,
são denominados de esforços reativos, ou
reações dos apoios, sendo determinados
pelas equações da Estática que regem o
equilíbrio das forças sobre um corpo em
repouso (que no caso de carregamentos
coplanares se reduzem a:

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1.1. Conceitos Fundamentais

 Esforços Ativos - As cargas ainda podem ser:


 Concentradas

 Distribuídas

66
1.1. Conceitos Fundamentais

 As cargas ainda podem ser:


 Carga – Momento

 Diretas
 Indiretas
 E ainda, verticais, horizontais e inclinadas
(oblíquas)

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1.1. Conceitos Fundamentais
.

68
1.1. Conceitos Fundamentais
 Unidades

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1.2 – Estruturas Isostáticas

Cálculo de Reações
Exercício 1.- Carga Concentrada Vertical
Calcular os valores das reações para a barra
da figura abaixo.
P = 20 KN
a=2m
b=3m
L=5m

70
1.2 – Estruturas Isostáticas

Cálculo de Reações
Exercício 2.- Carga Concentrada Inclinada
Calcular os valores das reações para a barra da
figura abaixo.

P = 20 KN
a=2m
b=3m
L=5m

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1.2 – Estruturas Isostáticas
Cálculo de Reações
Exercício 3.- Carga Uniforme Constante
(Uniformemente Distribuída)
Calcular os valores das reações para a barra
da figura abaixo.

p = 20 KN/m
L=5m

72
1.2 – Estruturas Isostáticas

Cálculo de Reações
Exercício 4.- Carga Linear (Linearmente
Distribuída)
Calcular os valores das reações para a barra
da figura abaixo.

p = 20 KN/m
L=5m

73
1.2 – Estruturas Isostáticas

Cálculo de Reações
Exercício 5.- Momento Aplicado
Calcular os valores das reações para a barra
da figura abaixo.

Mc = 30 KN.m
L=5m

74
1.2 – Estruturas Isostáticas

Cálculo de Reações
Exercício 6.- Calcular os valores das reações
para as barras das figuras abaixo.

75
1.2 – Estruturas Isostáticas

Exercício 7.- Calcular os valores das


reações para a peça (Barra - viga) da
figura abaixo.

76
1.2 – Estruturas Isostáticas
Cálculo de Reações
Exercício 8.- Calcular os valores das reações
para a peça (Pórtico Plano) da figura abaixo.

77
1.2 – Estruturas Isostáticas
Cálculo de Reações
Exercício 9.- Calcular os valores das reações para
a peça (Pórtico Plano) da figura abaixo.

78
1.2 – Estruturas Isostáticas
Exercício 10.- Calcular os valores das
reações para a peça (Barra - viga) da
figura abaixo.

79
1.2 – Estruturas Isostáticas

Exercício 11.- Calcular os valores das


reações para a peça (Barra - viga) da
figura abaixo.

80
1.2 – Estruturas Isostáticas

Exercício 12.- Calcular os valores das


reações para a peça (Barra - viga) da
figura abaixo.

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1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes - Internos

82
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes – Internos


 Os esforços internos são os oriundos da ação de uma
parte da estrutura ou elemento estrutural, sobre
outra parte da estrutura, por contato.

 Para o caso de elementos em forma de barras (caso


mais comumente tratado pela Resistência dos
Materiais) podemos analisar os esforços internos
atuantes em uma seção transversal (perpendicular
ao eixo da barra) e reconhecemos que a ação de
uma parte da barra sobre a outra pode ser reduzida
a uma força F e a um conjugado de momento G.

83
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas
 Esforços Solicitantes – Internos
 Ao decompormos estes dois esforços na direção
do eixo da barra (direção normal) e no plano da
seção (direção tangente), obtemos os chamados
esforços seccionais (ou solicitantes) a saber :

N – Força Normal M – Momento Fletor


F G
Q – Força Cortante T – Momento Torque

84
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes - Internos


Um corpo
qualquer, em
equilíbrio,
sujeito a
esforços
externos, ao
ser
seccionado,
em qualquer
seção, as
partes resultantes também se mantém em equilíbrio.

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1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes - Internos


Um corpo
qualquer, em
equilíbrio,
sujeito a
esforços
externos, ao
ser
seccionado,
em qualquer
seção, as
partes resultantes também se mantém em equilíbrio.

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1.2 – Estruturas Isostáticas Planas
 Esforços Solicitantes - Internos

Barra – estrutura
linear - Isostática

Ao ser seccionado, em qualquer seção, as partes resultantes também se


mantém em equilíbrio.
87
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes - Internos


Vamos
analisar a
figura da
barra,
mostrada ao
lado. Vamos
seccionar a
barra na
seção “F”
Primeiro calcular as reações (Esforços Externos) para
manter o corpo em Equilíbrio.
88
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes - Internos


Em seguida,
separar a
barra na
seção “F”

89
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes – Internos


 Exercício 1 – Calcular os Esforços Solicitantes
na seção S1, da viga (Barra - Estrutura
Linear) da figura
Dados:
P = 20 KN;
a = 3,0 m;
B = 2,0 m;
C1 = 1,5 m

90
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes – Internos


 Exercício 2 – Calcular os Esforços Solicitantes
na seção S2, S3 e S4, da viga (Barra -
Estrutura Linear) da figura
Dados:
P = 20 KN; a = 3,0 m;
b = 2,0 m; c1 = 1,5 m
c2 = 2,999 m (pouco
antes do ponto de
aplicação de “P”
c3 = 3,0001 m (logo
após o ponto de
aplicação de “P”
c4 = 4 m 91
Cap. II Diagramas dos Esforços Solicitantes

 2. Exercícios
 Exercício 3 – Desenhar os Gráficos (Diagramas) dos
Esforços Solicitantes para a barra da figura:

92
Cap. II Diagramas dos Esforços Solicitantes

 2. Exercícios
 Exercício 4 – Desenhar os Gráficos (Diagramas) dos
Esforços Solicitantes para a barra da figura:

93
1.2 – Estruturas Isostáticas Planas

 Esforços Solicitantes – Internos


 Exercício 3 – Calcular os Esforços Solicitantes
na seção S1 do Poste (Estrutura Linear)
representado pela figura
Dados:
P = 20 KN;
l = 2,0 m

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