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MITOS SOBRE A CERVEJA

Mito nº 1 – Cerveja boa é a gelada!


Costumo dizer que quanto pior a cerveja, mas gelada ela tem que ser servida. Quem aguenta ficar bebendo uma cerveja
comum por mais de 30 minutos? A cerveja que era tão boa, ao esquentar fica intragável, mas você sabe o por quê? Porque
quando ela esquenta começamos a perceber o real sabor dela. Explico, os aromas são percebidos por causa de substâncias
voláteis que evaporam junto com o gás. Quanto mais gelada, menos espuma a cerveja forma, ou seja, menos evaporação
acontece e menos aroma é percebido. O frio também amortece as papilas gustativas da língua diminuindo a sensibilidade para
degustar a bebida. Logicamente que nosso calor pede cervejas geladas, mas isso não deve ser aplicado para todo tipo de
cerveja, lembrando que cada estilo tem sua temperatura de serviço ideal. E no caso das mais comuns, gelada, ou então boa
sorte.
Mito nº 2 – Cerveja engorda.
Diversas pesquisas já apontaram que não existe relação entre o consumo da cerveja e o aumento da circunferência abdominal.
Na verdade os grandes vilões dessa história são primeiramente os petiscos hipercalóricos que casam muito bem com as nossas
cervejas comuns. Depois temos que a “pilsen brasileira” é extremamente leve e fácil de beber, pedindo vários copos. E por
fim, o estilo de vida de cada pessoa, já que muitos apreciadores de cerveja não fãs de atividades físicas. Ou seja, somando as
calabresas aceboladas, os torresminhos, a coxinha, a batata frita, mais o engradado de cerveja no final da noite, e mais a
semana sem atividade física, você poderia está bebendo água que engordaria do mesmo jeito.
Mito nº 3 – A “pilsen brasileira”
Sinto informar, mas boa parte da população brasileira nunca provou uma pilsen de verdade. O que nos é empurrado há
décadas é um outro estilo chamado de Standard American Lager, que com exceção da cor em pouca coisa vai lembrar uma
verdadeira pilsen alemã ou tcheca. Apesar disso, muitos fabricantes classificam suas cervejas como tal, esquecendo do fato
que para ser uma pilsen verdadeira, além de uma dose mais generosa de lúpulo, ela precisa ter 100% de malte de cevada, e
não 50% malte de cevada e 50% de milho. O fato é que dificilmente mudarão de nome, por mais errado que esteja o nome
pilsen nas nossas cervejas comuns já é algo até cultural. Além disso, é bem mais fácil pedir uma “uma pilsen por favor!” do
que, “Garçom! Me trás uma Standard American Lager!”
Mito nº 4 – Copo é frescura
Esqueça o copo americano de boteco, ele pode até ser clássico, por que não dizer cult, mas o copo certo faz toda diferença.
Por incrível que pareça, diferentes sabores e aromas são ressaltados em diferentes tipos de copo. Isso acontece porque o
desenho do copo vai alterar a retenção e formação de espuma, causando desprendimento dos aromas e manutenção da
temperatura. Mas ninguém vai deixar de degustar uma boa cerveja com os amigos por não possuir o copo correto, uma vez ou
outra não mata.
Mito nº 5 – Cerveja faz mal à saúde
Diria até que é quase um elixir da vida! São inúmeros os estudos publicados em importantes jornais de medicina que
comprovaram que o consumo moderado( eu falei moderado!) de cerveja pode trazer uma série de benefícios à saúde. Ela é
rica em vitaminas do complexo B e antioxidantes, previne a osteoporose, aumenta o HDL, que é o colesterol bom e está
associado à diminuição do risco de doenças cardiovasculares. E além disso tudo ela é um lubrificante social, tem coisa melhor
pra saúde que dá boas risadas com os amigos tudo isso regado a uma boa cerveja?
Mito nº 6 – A fonte de origem da água influencia o sabor da cerveja.
Sabe quando uma história nos foi contada tantas vezes que passamos acreditar nessa história? Não é raro escutarmos por ai,
que a água de um local deixa a cerveja melhor do que a de outro local. Mas isso é coisa do passado quando as características
das diferentes fontes de água influenciavam sim no sabor. Toda e qualquer cervejaria, independentemente da fonte de
captação de água, produz a chamada “água cervejeira”, com características físico-químicas específicas para a produção da
bebida.
Mito nº 7 – Quanto mais escura é a cerveja, mais álcool ela contém.
Nem sempre é assim. A cerveja Guinness que não me deixe mentir, ela é escura e só possui 4,2% de álcool. Vale lembrar que a
coloração das cervejas vem do malte, no caso das cervejas escuras, dos maltes tostados ou torrados e a cor não representa
nada no teor alcoólico, sendo assim teremos cervejas claras com alto teor alcoólico, assim como cervejas escuras com baixo
teor alcoólico.
Mito nº 8 – Cerveja não tem validade.
Podemos dizer que a cerveja tem duas datas de validade, a primeira se refere a período estipulado pelo fabricante, e a
segunda se refere ao período de tempo em que o consumo da cerveja tende a ser melhor, e posteriormente a essa data, a
cerveja começa a perder suas características mais valiosas, como o aroma, a textura e até mesmo a cor. Mas tudo vai
depender do estilo da cerveja e da maneira como essa cerveja foi acondicionada. Apesar disso temos estilos que podem
manter e até melhorar suas características depois de alguns muitos anos.
Mito nº 9 – Sem espuma por favor!
Não é raro ver em alguns bares a eterna briga do homem versus a espuma. Será que nunca ninguém parou para pensar que o
colarinho na cerveja não acontece à toa? A espuma talvez seja a melhor amiga da sua cerveja, isso porque sem ela não temos
aroma, e sem aroma temos menos sabor. Ela também funciona como um escudo protetor diminuindo a perda de gases,
impedido oxigênio entre em contato com a bebida, além de regular a temperatura.
Mito nº 10 – Cerveja é bebida de homem
Isso é coisa do passado, Hoje temos uma geração de mulheres independentes e que gostam de cerveja e ir para o bar. No
Brasil, 47% das mulheres consomem alguma bebida alcoólica, e adivinha qual é a bebida preferida delas? A cerveja! 88% delas
adotaram a cerveja como sua bebida nº 1.

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