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Introdução

As 24 horas diárias não parecem ser suficientes para você fazer tudo o
que gostaria no seu negócio? Você se sente insatisfeito com seus próprios
resultados ou com os da sua equipe?

Se a resposta for sim, saiba que você não está sozinho(a). Esta é a realidade da
maioria dos empreendedores brasileiros.

Tendo em vista este cenário, o GPS de Gestão e a Siteware se uniram para


construir este material, tratando de diversas situações comuns à rotina dos
empreendedores que os impedem de atingir os resultados pretendidos.
Nosso objetivo é fazer com que você entenda quais são as causas para a falta
de produtividade que podem estar te afetando, além de conseguir superá-las
com mais facilidade para levar seu negócio a outro patamar.

Continue acompanhando a leitura para descobrir todas as dicas e


ensinamentos de Millor Machado, consultor e co-fundador do GPS de Gestão!

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O dilema do(a) empreendedor(a) moderno(a)

Por mais que não seja algo que paremos para pensar com
frequência, as estatísticas são inegáveis: empreender é algo
extremamente estressante...

...o que se reflete na proporção de empreendedores


que sofrem com quadros de depressão, que é de
quase o dobro da média da população!

Se quiser se aprofundar no tema, recomendo o


excelente artigo da Mariângela Guerra: O lado
obscuro do empreendedorismo: ansiedade,
depressão e exaustão.

Porém, por mais que as estatísticas joguem contra,


algumas pessoas (como eu), simplesmente não
conseguem se imaginar fazendo outra coisa!

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Afinal, existem algumas coisas que só o empreendedorismo permite,
como por exemplo:

• Liberdade praticamente absoluta para colocar suas ideias em prática;

• Flexibilidade para alocar seu tempo da forma que achar


mais conveniente;

• Possibilidade de ganho financeiro “ilimitado”, já que sua


renda está muito ligada aos seus resultados;

• Abertura para formar um “time dos sonhos” e trabalhar só


com pessoas que você goste de ter ao seu lado;

• Sentimento único de orgulho ao atingir objetivos que


antes pareciam impossíveis.

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Só que é aí que entra um problema razoavelmente comum a diversos
empreendedores que já tive a chance de acompanhar de perto: o dia a dia
fica tão corrido que o empreendedor não consegue aproveitar os benefícios de ter
seu próprio negócio.

Por causa de diversos motivos que falaremos a seguir, é normal vermos


empreendedores que passam grande parte do seu tempo apagando
incêndios e não conseguem de fato investir tempo na estratégia, que é de
onde virão os resultados realmente relevantes no médio/longo prazo.

Se você passa por situação similar, sinto muito te informar, mas


provavelmente você se encaixa no perfil do empreendegado, que é aquele
empreendedor que, na verdade, é um funcionário do próprio negócio
(agradecimento especial ao Yuri Gitahy, de quem ouvi o termo pela 1ª vez).

Já adianto que esse é um texto longo, técnico e profundo, que entrará em


muitos detalhes, tanto sobre as causas desse descontrole sobre o próprio
tempo, como também questões técnicas de gestão que podem te ajudar a
sair dessa espiral negativa.

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Por isso, só leia até o final caso se identifique com alguma dessas situações:
• Passo meu dia apagando incêndios ao invés de trabalhar na estratégia
do negócio;

• Se eu ficar fora um tempo, provavelmente o negócio morre ou perde muito


da sua eficiência;

• Por mais que eu oriente as pessoas sobre como um processo deve ser
executado, ainda é bastante comum que ocorram erros operacionais básicos;

• Toda vez que preciso de um indicador, ele demora muito para vir. Quando
vem, não sinto confiança na sua precisão.

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Os 4 Cavaleiros do Apocalipse da Improdutividade

Em todo o tempo que passei auxiliando empreendedores, já ouvi


os mais variados motivos sobre o porquê de suas empresas não
estarem crescendo da maneira como gostariam:

• “O Brasil está em crise”;

• “Os imprevistos tomam conta do meu dia a dia”;

• “Meus concorrentes são desleais”;

• “Meu time comete muitos erros”;

• “Meus clientes querem pagar pouco e receber muito em troca”.

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Por mais que esses motivos muitas vezes sejam válidos e eu
mesmo já tenha falado coisas similares, todos eles possuem
um padrão similar: a culpa no lado de fora, nos outros.

Porém, se tem uma coisa que aprendi nos anos em que tive
a oportunidade de interagir diretamente com Jorge Paulo
Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles (empreendedores
brasileiros, donos de empresas como Ambev, Burger King,
KraftHeinz etc.), foi que: donos assumem a responsabilidade.

Na prática, meu ponto é que, por mais que exista influência


externa nos seus resultados, vale muito mais a pena mudar
seu foco para: o que EU posso fazer para mudar o jogo?

Por isso, vou falar de alguns fatores que muito


provavelmente te tornam um empreendegado, porém,
que não te deixam apontar o dedo para fora. Todos esses
fatores estão sob a sua responsabilidade.

Então, se você estiver disposto(a) a começar o desafio de


parar de colocar a culpa nos outros e começar a assumir a
responsabilidade pelos seus resultados, conheça agora os 4
temidos cavaleiros da improdutividade, que consomem seu
tempo e energia quase que diariamente.

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Cavaleiro 1: Objetivo vago

Uma coisa das coisas mais óbvias do mundo dos negócios é


que precisamos ter objetivos claros, prioridades e foco.

Em praticamente qualquer livro ou curso sobre estratégia,


veremos alguma recomendação relacionada a isso. Porém, se
é tão óbvio, por que pouquíssima gente faz isso bem feito?

A resposta é que: apesar de ser teoricamente simples, definir


um objetivo claro na prática não é fácil.

Entre as dificuldades para definir objetivos claros, existem


algumas que vejo quase todo dia.

Medo de falhar

O grande problema de um objetivo específico e mensurável é


que ele deixa óbvio se você venceu ou fracassou.

Na teoria, o mundo dos negócios é completamente racional e


as pessoas agem apenas guiadas pela lógica. Porém, na hora
H, mesmo quem defende as metas SMART pode sentir tensão
na hora de definir um alvo específico, que torna a vitória ou
fracasso inquestionável.

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Na prática, nós somos seres humanos e nosso lado emocional fala muito alto.

Quem nunca falou “quero vender mais”, mas nunca chegou a definir se
queria aumentar as vendas em 1 real ou 1 milhão de reais?

Pois é. Se você é humano, provavelmente também sofreu com isso e deixou uma
meta muito ampla por causa do medo de colocar um valor específico e falhar.

Porém, existe algo pior do que falhar em um objetivo: não ter a menor ideia se
está ou não no caminho certo.

Por mais que no curto prazo seja dolorido sair em busca de um objetivo
e não chegar nele, te garanto que no longo prazo vai doer muito mais o
arrependimento de saber que você não deu o seu melhor.

Estou longe de ter criado a solução para esse medo, mas uma coisa eu
te garanto: admitir que ele existe é o primeiro passo para começar a dar
passos maiores.

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Dificuldade na medição do indicador

Vamos começar com um indicador bem básico para qualquer empresa: as


vendas. No caso de um prestador de serviços, qual o momento em que você
deve contabilizar a venda?

É quando o cliente dá o aceite por e-mail? É quando o contrato é assinado?


É quando o projeto foi iniciado? É quando o serviço foi finalizado? É quando
o cliente paga?

Para quem trabalha com serviços complexos, em que um projeto pode ser
vendido em um mês, iniciado em outro e finalizado em outro, essa decisão não
é nem um pouco óbvia.

Contabilmente, existe o chamado regime de


competência, que dá um certo direcionamento
nessa frente. Porém, dependendo da estratégia
e momento da empresa, ela pode querer
analisar de uma maneira que funcione melhor
para o seu contexto (ex.: o orçamento está
fraco, então o foco é em quando o dinheiro
entrará no caixa).

Se as vendas, que são o indicador mais básico


da empresa já abrem tantas possibilidades de
serem definidas, imagina as outras metas!

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Distrações

Por mais que a internet tenha facilitado a vida em muitos aspectos, ela
trouxe um efeito colateral: o excesso de maneiras de sermos interrompidos.

Por causa desse efeito, somos bombardeados com uma quantidade


enorme de e-mails, mensagens nos grupos de WhatsApp, propagandas etc.

Para piorar, nosso time também é bombardeado por esse volume de


informação, o que faz com que constantemente eles nos busquem para
resolver problemas.

Ou seja, viramos reféns do mundo lá fora.

Nesse cenário, precisamos desenvolver mecanismos para fugir das


distrações e focarmos em definir os objetivos de forma clara, que já
vimos anteriormente que é algo que exige bastante trabalho.

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Cavaleiro 2: Definição superficial do plano de ação

Assim como no caso dos objetivos específicos e


temporais, também temos uma dificuldade enorme para
definir e executar um plano de ação que nos permita
atingir nossas metas.

O principal sabotador que permite que esse cavaleiro da


improdutividade apareça é o seguinte sentimento:

“É impossível saber o futuro, então pra que criar um plano que


provavelmente está errado?”

De fato, esse raciocínio faz todo o sentido e gera uma das


minhas principais críticas aos modelos mais tradicionais
de gestão, que sugerem a criação de cronogramas
extremamente detalhados e específicos.

Porém, por mais que um plano muito detalhado seja


desperdício de tempo, não ter um plano é a pior opção de
todas. Como então podemos resolver esse problema?

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Minha sugestão é dividir as ideias em diferentes níveis de maturidade:

• Algum dia (Backlog);

• Prioridade próxima;

• Em planejamento;

• Em execução;

• Em validação;

• Validado / Não validado.

Algum dia (Backlog)

Na engenharia de software, existe um termo chamado Backlog, que representa uma


lista de ideias que podem ser executadas, mas que ainda não sabemos quando.

O foco principal desta categoria é termos um lugar para consultar as ideias, mesmo
que nunca trabalhemos nelas.

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Prioridade próxima

Ao contrário do backlog que serve apenas para guardar ideias, mas que
não dá nenhuma garantia de que elas serão executadas, o “Prioridade
Próxima” já representa certo comprometimento com o projeto.

Apesar de não existir uma regra muito rígida, eu particularmente gosto


de usar essa categoria para destacar as ideias que pretendo começar
a trabalhar nas próximas semanas, no momento em que finalizar as
prioridades atuais.

Em planejamento

Convenhamos, muitas vezes nós começamos a executar uma ideia


e no meio dela paramos pra pensar “Mas para que mesmo estou
fazendo isso?”.

Quando isso acontece, existe uma chance razoável de termos


desperdiçado um tempo enorme em algo que não trará resultados
muito relevantes.

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Para evitar esse fenômeno, existe a categoria do “Em Planejamento”, que serve
basicamente para definir as seguintes características da ideia/projeto:

• Critério de sucesso - Qual o objetivo que tenho ao executar essa ideia? Qual
métrica ou critério mostrará que atingi um resultado desejado?

• Sub-etapas - Ao invés de ficar semanas trabalhando em um grande bloco, que


tal quebrar o projeto em tarefas que caibam em um dia e mostrem progresso em
direção ao objetivo final?

• Estimativa de prazo - No momento em que temos uma visão das partes que
compõem o projeto, fica muito mais fácil ter uma estimativa do todo.

Em execução

Agora sim, finalmente chegou a hora de colocar a mão na massa!

Quando uma ideia ou projeto chega nessa fase, o mais importante é acompanhar o
andamento das sub-tarefas e avaliar se o próximo passo está claro e se a projeção
de prazo ainda faz sentido.

Como geralmente uma sub-tarefa depende da anterior, é importante sempre


reajustar o cronograma geral a partir de eventuais atrasos que acontecem
durante a execução.

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Outro ponto extremamente importante é evitar que uma mesma pessoa
tenha, simultaneamente, múltiplos projetos nessa etapa, o que representa que
provavelmente ela está perdendo foco e se enrolará nas entregas.

Para se aprofundar, leia: Saiba como o work in progress pode matar sua empresa.

Em validação

Se você fez o dever de casa na etapa “Em Planejamento”, ao invés de simplesmente


considerar a ideia como “Entregue”, você fará uma análise para entender se atingiu
o objetivo ou não.

No caso de ações ligadas a marketing ou vendas, podemos medir o atingimento por


meio do número de leads ou novas vendas geradas. Porém, nem sempre é possível
atrelar um indicador numérico à ideia.

Digamos por exemplo que o seu projeto seja a implementação de um sistema.


Nesse caso, vale a pena listar os processos que serão otimizados com a
implantação (ex.: emitir notas fiscais automaticamente, projetar o fluxo de
caixa etc.).

Ter a cultura de definir e avaliar o atingimento de objetivos de cada ideia/


projeto fará uma diferença enorme na hora de implementar processos de
melhoria contínua.

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Validado / não validado

No momento em que você comparou os resultados obtidos com os desejados,


só existem 2 opções: ou a ideia foi um sucesso ou não. Em qualquer um dos
casos, você aprendeu.

Nessa hora, vale a pena ressaltar que se sua coluna de “Não Validado” está vazia,
provavelmente é um sinal de que você não está arriscando o suficiente.

Falhar faz parte de qualquer processo de aprendizado, que é o fator mais


importante para aumentar sua produtividade enquanto empreendedor.

Cavaleiro 3: Dados bagunçados


No momento em que você definiu um objetivo claro e
passou a acompanhar o seu plano de ação, chegou
a hora de conferir se você está ou não na direção
correta. Porém, na grande maioria das empresas, os
dados estão uma zona!

Mas ao invés de simplesmente apontar o dedo,


precisamos entender um pouco mais a fundo alguns
fatores que explicam o porquê disso acontecer:

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Visão limitada sobre os indicadores

Como falamos antes, na parte da definição de objetivos, cada área analisa os


indicadores de uma forma diferente, que a ajuda a tomar melhores decisões.

No caso, por exemplo, das vendas, é muito normal que cada área tenha
uma visão específica sobre um pedaço do funil, sendo que ninguém fica
responsável por um acompanhamento integrado, desde a geração de leads
até a retenção dos clientes.

Tratamento de exceções

Além dos diferentes focos de análise, é bastante comum termos algum tipo
de exceção na hora de gerarmos nossos indicadores.

Seja por causa de um cliente que teve um acordo específico, então não deve
ser contabilizado no valor médio de venda ou um funcionário que teve um
acordo especial e não deve ser contabilizado no turnover, é bem comum
vermos exceções que atrapalham a apuração dos resultados.

De maneira geral, ao invés de estruturar filtros e regras específicas de


apuração, as pessoas recorrem à famosa martelada, que é o ato de alterar
um resultado na mão, ao invés de destacar a exceção na fonte original, o que
facilitaria a rastreabilidade da análise.

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Constantes mudanças nas análises

Por último, outro fator que atrapalha muito a cultura de dados das empresas
é que cada mês os relatórios são apresentados de um jeito diferente.

Se você não tem alguém analítico focado em padronizar sua estrutura de


análise, existe uma probabilidade muito grande de que os relatórios sejam
sempre diferentes e raramente apresentem conclusões claras sobre onde
você deve direcionar sua energia.

Ou seja, se você não toma decisões com os dados, eles não servem para
muita coisa.

Cavaleiro 4: Esquecimento da estratégia

Por último, temos o cavaleiro que talvez seja o mais fácil de


ser combatido, mas que as pessoas menosprezam:
o esquecimento.

Em praticamente todas as empresas que acompanho, é muito


comum vermos o que eu chamo de “gestão para Iemanjá”.

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Esse fenômeno geralmente se manifesta durante reuniões, em que uma
série de decisões são tomadas, mas ninguém se recorda de anotá-las para
garantir que as pessoas sejam lembradas sobre suas promessas.

Na prática, todo mundo tem a confiança de que lembrará de tudo que foi
discutido, mas a realidade mostra que as coisas não são bem assim.

Se você é um(a) trabalhador(a) do conhecimento no século 21, existe uma


chance enorme de você ser constantemente bombardeado(a) com novas
ideias, oportunidades e demandas de outras pessoas.

Nesse contexto, por melhor que seja sua memória, a chance de se esquecer
de algo importante é altíssima!

Por isso faço a analogia com a festa de Iemanjá, que acompanhei diversas
vezes no Rio Vermelho, em Salvador.

Num aspecto religioso, independentemente de qual religião você siga, acho


extremamente válido demonstrar gratidão a uma entidade superior e pedir
para que coisas boas aconteçam.

Porém, no mundo corporativo, ir para o mar, jogar as oferendas e torcer para


que Iemanjá bata suas metas não me parece ser algo muito prudente.

“Tá bom Millor, mas se você está dizendo que 99,9999% das decisões das reuniões
são esquecidas, como podemos resolver esse problema?”.

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Eis que então sugiro alguns passos, que não necessariamente vão funcionar
pra você, mas que garanto que fizeram uma diferença enorme pra mim e
diversos clientes em que ajudei a aplicar esse método.

Aceite que seu cérebro é suscetível a falhas

Por mais simples que pareça essa recomendação, esse é um passo


extremamente difícil, já que ataca uma parte muito frágil de nós: o ego.

Se você está liderando uma empresa, provavelmente é uma pessoa


extremamente inteligente, inovadora e capaz de mobilizar outras pessoas em
torno de um objetivo.

Por isso, assumir que é incapaz de lembrar tópicos discutidos em reuniões ataca
diretamente essa imagem de invencível que algumas vezes precisamos passar
para os outros e que também acaba nos enganando de vez em quando.

Porém, sugiro que faça uma rápida reflexão e pense sobre quantas vezes a
correria consumiu sua atenção e você esqueceu de fazer alguma coisa que
impactasse diretamente o crescimento da sua empresa.

Se, por mais que você geralmente atinja excelentes resultados, vez ou outra
sua memória te traia: está na hora de assumir que seu cérebro é falho e que
técnicas e ferramentas podem te ajudar a atingir resultados ainda melhores.

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Sempre prepare um material escrito a ser discutido nas suas reuniões

Agora que você tirou dos ombros o peso de ter um cérebro perfeito e infalível,
está na hora de começar a contar com uma antiga aliada da Humanidade: a
linguagem escrita.

Além de diminuir a chance de algo ser esquecido, o exercício de montar


o material escrito (seja uma apresentação, lista de tópicos ou simples
anotações na sua mão), te força a pensar sobre quais são as coisas mais
importantes a serem discutidas com seu time.

Tendo esse material, na hora H, você tem um guia que te protege das comuns
distrações que sempre surgem em reuniões, como por exemplo:

• Alguém pede 5 minutos para falar sobre um tema e a discussão se alonga por 1h;

• Outra pessoa comenta alguma notícia do cotidiano brasileiro e todo mundo


dá sua opinião sobre o fato;

• Um terceiro discorda de algum ponto apresentado e puxa uma discussão


enorme sobre o tópico.

No momento em que você já tem um material de guia, também conhecido


como pauta, fica muito mais fácil direcionar as discussões e sugerir à
primeira pessoa que vocês façam uma reunião específica para se aprofundar
naquele ponto, ao invés de tentar resolver tudo durante a reunião que ainda
tem uma série de pontos a serem tratados.

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Vale ressaltar que essa recomendação vale mesmo para reuniões “pequenas”,
como atualizações semanais, acompanhamentos diários de progresso de
projetos etc.

Além disso, durante a reunião, novas informações e decisões serão geradas.


Para um melhor registro, é importante que você atualize seu material com
essas novas informações.

Analise o progresso previsto na reunião anterior

No momento em que sua empresa ganha o hábito de registrar as decisões


por escrito, você ganha o mágico poder de voltar no tempo e rever os
objetivos do seu Eu Passado.

Considerando que os objetivos do Eu Passado eram relevantes, prestar


conta para ele(a) sobre o progresso desses objetivos é uma ótima forma de
acompanhar se sua empresa está ou não na direção correta.

Por isso, o hábito de sempre fazer comentários sobre os progressos obtidos te


ajuda a consolidar os aprendizados que você teve desde a última reunião.

Vale reforçar que esse hábito também é um certo ataque ao ego, já que raramente
conseguimos cumprir absolutamente tudo que prometemos e é um tanto quanto
vergonhoso admitirmos que deixamos a desejar em algum objetivo.

Porém, te garanto que esse exercício, realizado de forma contínua, te dará


uma consciência muito maior sobre suas prioridades e, consequentemente,
sobre seus resultados.
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Programe lembretes para revisão intermediária dos objetivos

Agora que você já aprendeu a se preparar antes das reuniões e consultar o


material da reunião anterior, chegou a hora de relembrar das prioridades no
meio do ciclo, para ter tempo de tomar ações corretivas.

Eis que então você fala:

“No meio do ciclo o bicho tá pegando! Como você quer que eu fique me
lembrando de consultar ata de reunião?”

É aí que entra uma forte aliada, que nunca esquece e pode te ajudar muito: a
tecnologia. Seguem algumas opções de agendamento de lembretes recorrentes:

• Seu celular (opções de lembretes no Android; opções


de lembretes no iOS);

• Seu calendário (Google Calendar, Outlook);

• Sistemas de gestão de tarefas (Asana, Pipefy,


Runrun.it, Basecamp etc.).

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No momento em que você delega a memória para a tecnologia, sua energia
passa a ser direcionada para onde realmente importa: a priorização das ações.

Se no meio do mês você vê que não está progredindo em relação a um


objetivo, ainda existe tempo de correr atrás do prejuízo.

Por outro lado, se você perceber que o objetivo estava “frouxo” e foi atingido
facilmente, essa análise te permite pisar no acelerador e definir novas ações,
sem precisar esperar até a próxima reunião para tomar essa decisão.

E agora, por onde começar?

Na consultoria do GPS de Gestão, nós estruturarmos a metodologia de


aumento da maturidade de gestão nessa sequência:

1. Definição de metas;

2. Criação do plano de ação;

3. Estruturação de relatórios;

4. Implementação de rotina.

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Porém, se você quer começar sozinho(a) a fortalecer seu modelo de gestão, nossa
recomendação é que você comece pela parte dos lembretes.

Por não depender de grandes alinhamentos entre o time, você pode começar hoje
mesmo a lutar contra o Cavaleiro do Esquecimento. Tendo ele sob controle, você fica
muito mais forte para lutar contra os outros 3 Cavaleiros.

Desafio do GPS de Gestão


Como particularmente gosto mais de prática do que
teoria, te proponho o seguinte desafio:

1. Mande um e-mail para desafio@gpsdegestao.com.br


falando qual o objetivo mais relevante que sua empresa
precisa atingir nos próximos 30 dias (um só, tenha foco!);

2. Configure um lembrete e nos envie um novo e-mail em 15


dias, comentando sobre o que você fez para avançar em
direção ao objetivo e o que ainda precisa ser feito;

3. Em 30 dias, mande um resumo sobre o que foi feito em


relação ao objetivo e qual o objetivo relevante para o
próximo ciclo.

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Vale a pena ressaltar que o importante não é o atingimento do objetivo em si, é o
exercício de revisar constantemente a estratégia.

Por isso, para quem tiver a disciplina de mandar os 3 e-mails, te darei uma hora de
consultoria gratuita sobre técnicas de produtividade.

É isso mesmo. Você só precisa desenvolver a disciplina de mandar 3 e-mails e ganhará um


serviço que te ajudará a ter mais clareza sobre como tornar sua rotina ainda mais produtiva.

Abraços, Millor Machado (ansioso para te ver derrotando os Cavaleiros da Improdutividade).

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Sobre o autor
Millor Machado

Eu acredito que existe muito espaço, principalmente nas empresas de


serviços, para serem mais produtivas através de uma boa definição de metas
acompanhada de um modelo de gestão que permita a melhoria contínua.

O que eu faço:

Ajudo empreendedores a implementarem uma rotina de gestão que os ajude a


tomar melhores decisões, alcançando melhores resultados, com menos esforço.

Nos últimos 10 anos tenho ajudado diversas empresas a aumentarem sua


produtividade através de uma estratégia bem definida, alinhada com as decisões
do dia a dia.

Gosto de olhar para uma empresa como um conjunto de pessoas que trabalham em
prol de um mesmo objetivo e que, se bem orientadas, podem conseguir resultados
muito maiores do que se trabalharem de forma desalinhada.

Com quem trabalho:

Especializei-me em ajudar líderes de negócios, principalmente de empresas


prestadoras de serviço, a deixarem sua estratégia mais tangível através do
refinamento de indicadores, criação de planos de ação, configuração de
relatórios automáticos e implementação de uma rotina de acompanhamento e
melhoria de resultados.
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A Siteware te ajuda a aumentar sua maturidade de gestão

Agora que você já está preparado para colocar todas as dicas do Millor em prática, que
tal utilizar um sistema que aumenta sua produtividade automatizando sua gestão de
resultados, o acompanhamento de indicadores, a gestão de metas e muito mais?

A Siteware desenvolveu um software de gestão empresarial que possibilita o


acompanhamento da gestão de resultados e que tem ajudado empresas em
mais de 20 países.

Com ele, você pode dizer adeus à dificuldade de coletar, consolidar e medir
indicadores, acompanhar planos de ação, estruturar relatórios de resultados
ou ter reuniões realmente efetivas.

No nosso sistema, é possível criar indicadores para cada etapa do planejamento


estratégico, desde indicadores estratégicos até os mais rotineiros, e desdobrá-
los para toda a equipe.

Você pode definir, visualizar e analisar todas as metas dos colaboradores,


criando dashboards personalizados e de simples visualização com as metas
específicas de cada projeto.

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Para se manter sempre em dia com sua estratégia, toda a equipe tem acesso às
informações importantes do seu negócio.

Tudo isso em um sistema multiplataforma e hospedado em nuvem, para que você


tenha os dados de forma segura nas mãos, quando e por onde quiser!

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